Capítulo XI



Capítulo onze


 


-Adam... eu preciso
de falar uma coisa.


O homem
precipitou-se para ela, segurando-a com carinho e, beijou-a calidamente, fazendo
com que Kirsten sentisse as pernas vacilarem ante a espectativa. Seria agora...
o momento... decicidira tudo e agora tinha que seguir em frente.


- O que é? - ele
disse, sorrindo.


- É sério -
murmurou Kirsten, calmamente. -, sente-se.


Ele sentou-se,
pousando as mãos sobre os joelhos; ela não podia falar algo do tipo que não o
amava mais... ele sacrificara-se por ela. Adam a amava com todas as suas forças
e, se ela vacilasse agora, ele não poderia deixar.


- Sim...


- Eu... vou embora,
Adam...


Seu coração parou
no espaço...


- Embora? - repetiu,
incrédulo. - Para onde?


- Inglaterra -
respondeu Kirsten com seriedade. -, eu... preciso ver meu filho... eu... o
deixei lá sozinho... e...


- Filho?
- exclamou ele, irritado. - Que caralho de filho o que? Um molequinho que você
apanhou na rua pra poder voltar a morar sob o teto de Potter? Para poder
continuar abrindo as pernas e tomando o pau dele? VADIA!
UMa piranha mesmo... sempre soube - ele pestanejou diversas vezes, revelando
grossas lágrimas marejando seus olhos. -, por que? Por que? Por que faz isso
assim? Sempre errando, tentando consertar e errando novamente? Você não
aprende? Ele não vai te aceitar de volta.
Não depois do que você fez... mas vai ser legal, vê-la voltando para cá
arrependida e falando que ainda me ama... e sabe o que eu vou fazer? cuspir na sua cara! Como eu devia ter feito... vadia! Sabe o que é que você gosta? - Ele levantou-se abruptamente
e, então, correu os dedos para o zíper da calça, abaixando-a e revelando o
membro flácido com a cabeça rosada saltando para fora. - Pau. É disso que você
gosta e nada mais... puta!


- Não! - disse
Kirsten, com a voz baixa. - Não... eu te amo... mas...


-... mas você não
tem aquele pau do Harry - completou
Adam, com um sorriso irritado.


- Não é isso, Adam
- murmurou ela, aproximando-se dele até sentir a sua respiração pesada
transparecer o seu estresse. -, você sabe que não... mas... algo 
me faz voltar... algo que eu não sei o que é. Provavelmente é a falta
do meu filho.


- Filho? Você nem
olhava pra cara daquele garoto, só queria poder ter um lar novamente.


- Tente me
compreender, por favor...


- Compreender, sim -
disse ele, pausadamente. -, mas não me peça para aceitar...


Ela inclinou-se para
frente, podendo sentir os lábios úmidos dele tocarem os seus, e, então,
quando foi introduzir a língua, viu-se sozinha. Abriu os olhos e viu-o parado
do outro lado do cômodo, perto de um armário.


- Eu tenho algo para
você... - ele murmurou, com suavidade. -, é importante... e... eu ia te
entregar antes, porém, vejo que agora é o momento certo.


E retirou um caderno
com a capa de couro, as bordas com um detalhe mínimo dourado, refulgindo à luz
que irrompia das janelas.


- Tome... e leia...
- disse Adam. -, agora, vá embora...


As lágrimas
vieram-lhe aos olhos e ele não pôde segurar, deixando que elas transbordassem,
salpicando sua face.


Kirsten encarou-o
mais uma vez, e, depois, perscrutou o cômodo com calma; desapareceu de sua
vista, e ele pôde ouvir uma mala sendo arrastada pelo soalho e, então, uma
porta batendo... ela fora... mais uma vez fugira.


 


You
left, I died


Você foi, eu morri


I
went and you cried


Eu fui e você
chorou


You
came, I think


Você veio, eu
pensei


But
I never really know


Mas eu nunca
realmente soube


 


Eve,
the apple of my eye - Bell X1






 





 

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