E eu disse que te amava...



Eu tinha tomado coragem.
Ela estava ali, com suas amigas.
Cochichei um feitiço, e sua mochila rasgou, fazendo com que seus livros, pergaminhos, penas e seu tinteiro caíssem no chão.
- Podem ir na frente meninas! Eu já estou indo – Disse ela.
- Tem certeza Lilly? - Perguntou uma de suas amigas.
- Claro Alice! Podem ir. Alcanço vocês depois.
Elas saíram. Era a minha chance.
- Evans! – Eu a chamei. Nem em tom irônico conseguia mais chama-la.
- Potter! – Respondeu ela com raiva.
- Preciso falar com você!
- Falar o que? Vai rir de mim mais uma vez, vai? Se manca Potter, não tenho nada para falar com você!
Ela se levantou, jogou a mochila nos ombros, e saiu. Não sei o que me deu, mas, segurei seu braço, e a puxei para perto de mim. Senti que ela ficou sem reação e...
- Eu te amo!
Eu disse que te amava. Assim. Na lata. Olhando nos teus olhos. Nunca achei que seria capaz. Não. Não nesta vida...
- Eu te amo Lillian Evans! – Cochichei mais próximo ao seu ouvido.
Mas eu disse. E, por um instante, você ficou pasma.
- Eu... Eu estou... – Ela começou a falar, mas parou, sem saber o que dizer.
E seus olhos cor de aquário misterioso ficaram mais cheios de mistério ainda. E aí... aí você disse que aquilo te deixava...
- Lisonjeada... Eu estou lisonjeada Tiago!
É, foi exatamente essa palavra que você usou, lisonjeada.
- Mas eu não posso retribuir. Não agora!
Retribuir.
- Eu sei. – Eu disse.
- Retribuir o que? – Eu pensei. – Se eu te amo exatamente por tudo o que você já fez por mim.
Mas essa última parte eu não disse. Não consegui. E então ficou aquele silêncio que preenche qualquer vazio. E que me preenche até agora.

- Bem, eu vou indo – Eu falei.
E a gente se despediu.

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