Convites
Harry acordou com uns barulhos estranhos vindo na sua janela. Olhou. Era Edwiges. Estranhou bastante, pois viu uma carta pendurada em uma das patas da coruja, mas Edwiges sempre entregava as cartas de manhã, junto com as outras.
Se levantou rapidamente. Olhou e viu que como era domingo todos os amigos estavam dormindo ainda. Correu para a janela abri-la e deixar Edwiges entrar para que ela parasse com o barulho e não tivesse perigo de ela acordar também os companheiros de quarto de Harry.
- Para que toda essa ansiedade, Edwiges? –perguntou Harry como se a coruja fosse responder ao mesmo tempo em que pegava a carta.
Harry pegou a carta e o que selava a carta era um adesivo totalmente laranja com um “C” e uma bola de canhão dentro. Harry conhecia aquilo. Era o símbolo do Chudley Cannons.
Harry foi para a sua cama e se sentou lá. Abriu a carta ansioso. O que poderia ser aquilo afinal de contas? A coisa mais lógica seria que Simon MacBrian Chudley estaria lhe mandando os parabéns oficialmente por ele ter ganhado o Duelo Sobre Vassouras. É, deveria ser.
Edwiges espiava enquanto Harry abria a carta atentamente. Parecia mais ansiosa que Harry. As garras da coruja até machucavam um pouco no ombro do garoto.
Ele abriu o envelope endereçado para “Harry Potter, Hogwarts, Grifinória, Dormitório Masculino número 2, primeira cama da porta”. Tirou do envelope então um papel bonito. A letra igualmente. Aquilo lembrava muito as cartas de Hogwarts. Começou a ler em voz um pouco alta para que uma Edwiges que parecia pedir isso escutasse.
Prezado senhor Potter,
Eu, Simon MacBrian Chudley, estou orgulhoso em dizer que assisti há performance de Harry Potter no Duelo Sobre Vassouras, popularmente também conhecido como DSV, contra o senhor Vítor Krum.
Como é de vosso conhecimento eu sou o dono e fundador do time Chudley Cannons e confesso que fiquei boquiaberto com tudo o que o senhor fez naquele dia.
Fiquei incrivelmente magoado por saber que após aquela tão brilhante atuação o senhor entrou em coma, pois, já que isso havia acontecido não poderia de jeito nenhum fazer a proposta que queria.
Mas, agora que fiquei sabendo que o senhor se recuperou imediatamente mando-lhe essa carta para informar-lhe pessoalmente que gostaria muito de ter a honra de ter o senhor como o apanhador oficial do time assim que sair de Hogwarts.
Harry precisou parar um pouco de ler e tomar ar. Será que era aquilo mesmo que ele havia lido? Precisou re-ler aquela parte mais algumas vezes para ter certeza. E então teve. Ele, Harry Potter, havia sido convidado para participar do time Chudley Cannons! Continuou lendo a carta fervorosamente após aquilo.
Como deve ser do conhecimento de Vossa Senhoria o time não vai muito bem pelos últimos tempos, por tanto, o seu salário inicial será de quinze mil galeões anuais (tendo espaço para negociações). Isso é claro, se o senhor aceitar o convite.
Mande-me uma coruja com sua resposta o mais rápido possível com a resposta.
Se aceitar, terá o emprego no time garantido assim que terminar os seus estudos na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts na mesma posição que fui informado que você joga no time de sua Casa (Grifinória).
Atenciosamente,
Simon Mac Brian Chudley, dono e fundador do time
Harry ficou boquiaberto. É claro que a resposta seria sim! Quinze mil galeões por ano para fazer o que ele mais gostava em todo o mundo. Seria um verdadeiro idiota se não aceitasse. Pegou em seu material uma pena e pergaminho rapidamente. Sentou-se em uma mesinha. Foi começar a escrever, mas então uma responsabilidade começou a crescer dentro de si.
Antes de dar a resposta precisava falar com Dumbledore.
Como aquilo poderia estar acontecendo com ele? Como ele precisava tanto perguntar para o diretor da sua escola sobre se aceitava ou não aquele convite? Colocou uma roupa rapidamente e saiu do dormitório. Rumo ao escritório de Dumbledore, porém, ele estava certo de uma coisa. Aceitaria o convite do time Dumbledore querendo ou não. Só achava melhor ter uma outra opinião do caso.
Chegou a sala do diretor. Ele alimentava Fawkes animadamente ao mesmo tempo em que assobiava uma música que Harry conhecia como sendo das “As Esquisitonas”.
- Olá, Harry. Novidades? –disse Dumbledore assim que o garoto entrou. Parecia já saber do que se tratava.
- Bem... Sabe... Eu recebi isso aqui essa manhã. –disse Harry entregando a carta para Dumbledore.
O diretor pegou a carta com uma certa preocupação no olhar. Talvez não soubesse o que Harry queria afinal. Talvez imaginasse que aquela carta não tivesse um conteúdo tão animador quanto era na realidade.
Passou os olhos atrás dos oclinhos meia-lua rapidamente. Lia aquilo. A medida em que ia lendo sua expressão ficava mais tranqüila. Terminou de ler após algum tempo.
- Eu só quero que saiba que vou aceitar de qualquer maneira. –adiantou-se Harry.
- Mas isso é excelente Harry! –disse o diretor após ler a carta e ignorando o comentário de Harry- Se você quer saber a minha opinião é: Aceite.
Harry se surpreendeu. Pensou que o diretor iria começar a dar milhares de motivos para que ele não aceitasse aquilo. Ia envolver muitas coisas que não tinha nada haver como Voldemort e Hermione. Mas não. Bem pelo contrario.
- Eu só pensava que você queria ser auror. –disse Dumbledore.
- Sim, eu queria... –disse Harry- Mas depois desse convite... Mudei totalmente de opinião.
- Entendo. –falou Dumbledore sentando-se atrás de sua mesa- Sabe Harry... Apesar do salário não ser lá grande coisa... –Harry se impressionou- Se é o que você quer fazer, aceite.
- Por que o salário não é lá grande coisa? –perguntou Harry impressionado.
- Para um apanhador de um time realmente não é. –explicou Dumbledore- Mas para algum leigo... Por exemplo, trabalhando como auror você não ganharia isso nem em cinco anos de trabalho. Já como apanhador. Se o time está em condições boas você recebe isso em... metade do ano...
Harry entendeu. Agora ele também entendia como Vítor Krum poderia ter aquela coleção enorme de vassouras novinhas. Mas aquele não era o problema dele. Ele tinha dinheiro que seus pais haviam deixado para ele. Por tanto, quinze mil anuais estava muito bom mesmo.
- Mas... Talvez... –Dumbledore pareceu mexer em alguns papeis- Talvez seja melhor você dar a resposta mais tarde. Afinal...
- Afinal...? –interrompeu Harry impaciente.
- Você pode receber propostas melhores. –disse Dumbledore- A noticia do grandioso Duelo Sobre Vassouras de Vítor Krum contra Harry Potter está se espalhando rapidamente. Pode ser que mais times mandem propostas para você. Propostas melhores. Essa com certeza é a primeira de varias cartas que você irá receber, Harry.
Harry não pôde e nem fez questão de esconder a surpresa. Como podia ser? Ele poderia desmaiar ali mesmo. Uma noticia boa entre tantas ruins que ele já havia recebido. Talvez uma onda de sorte estivesse crescendo.
- Muito obrigado, professor Dumbledore. –disse Harry se levantando e saindo do escritório- Vou levar em consideração a sua dica.
- Que bom, Harry. –disse Dumbledore- Desejo-lhe sorte.
Harry saiu do escritório do diretor. Não conseguia acreditar como a sua sorte havia mudado. Correu de volta para o Salão Comunal da Grifinória. Precisava contar para Hermione e Rony a novidade.
N/A: E então? Gostaram desse capítulo? Eu pelo menos adorei escreve-lo! Comentem por favor!!!!!!!!!
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