A Morte de Alguém Importante

A Morte de Alguém Importante



Harry estava na Ex-Sala de Torturas. De trinta em trinta segundos olhava para Tonks que estava querendo deixa-lo mais confiante com alguns olhares que passavam de calmo para cheio de pena.


O garoto podia sentir o suor escorrendo pela sua testa. Por cima de sua cicatriz. Apurava o ouvido o máximo possível para escutar qualquer barulho que dissesse que o grupo dois e Voldemort e seus capangas já estivessem chegado.


E Hermione? Ele não podia parar de deixar de pensar nela. Olhava pelo Mapa do Maroto o pontinho com o nome da garota embaixo andando de um lado para o outro. Parecia tão nervosa quanto ele.


Harry estava sentado encostado em um dos antigos objetos de tortura. Um objeto que quando Voldemort entrasse pela porta não o veria.




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Hermione pela décima vez para mais estava lendo a carta que havia recebido de Harry. Ela própria já havia pensado naquilo, mas havia sido orgulhosa demais para isso.


Sempre soube que o amava. Só não foi um amor a primeira vista pelo fato de que ela era muito novinha, apenas dez ou onze anos que ela tinha quando o viu pela primeira vez. Fechou os olhos e suspirou fundo.


Lembrou-se profundamente de quando começou a sentir alguma coisa por Harry. No terceiro ano. Lembrou-se também como o vôo no Bicuço foi um excelente pretexto para abraça-lo. Chegou até a dar um sorrisinho rápido. Aquilo tudo chegava a ser um pouco engraçado.


E quando foi no baile de inverno com Vítor Krum? Era para fazer ciúmes para o Harry, mas é claro que o que ela queria pareceu acontecer muito melhor com Rony. E rendeu a ela o seu primeiro beijo. Não tão bom quanto os em que dava em Harry, mas o seu primeiro beijo. E depois disso rendeu-lhe também um grande amigo, o próprio Vítor Krum.




Hermione,

Nunca imaginei que um dia iria me sujeitar a isso. Não paro de pensar em você. Apesar de sempre me descontrolar como um verdadeiro idiota e nunca conseguir dizer o que eu quero de verdade.


Não peço que me perdoe, pois eu admito, fui um verdadeiro idiota. Nunca deveria ter brigado com quem é a pessoa mais importante para mim. Não deveria ter sido tão bobo e infantil.Ainda mais com você. Que sempre foi tão maravilhosa, linda, a razão do meu viver.


Nunca tive a oportunidade de amar alguém assim. Nunca fui amado como você me amou. Mas acho que não preciso escrever como a minha vida foi.


Pensei em morrer quando Sirius morreu, mas você me ajudou. Me ajudou a superar isso e muitas outras coisas também. Mas eu nunca, até esses dias que vem se seguindo, fui capaz de notar que você sempre foi e sempre será o meu grande amor.


Nunca deixei e nem deixarei de te amar,


Harry





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Um bipe alto começou a sair de algum lugar. Harry olhou para Tonks e teve a certeza de que o bipe vinha das vestes que a moça usava. Ela rapidamente tirou alguma coisa do bolso das vestes parecia um pequeno besouro.


- Pode falar, Arthur. –disse Tonks perto do aparelhinho.


- TONKS! VOCÊ-SABE-QUEM NÃO ESTÁ AQUI! –gritou uma voz ofegante pelo besourinho. Era a voz do Sr. Weasley, Harry franziu a testa.


- O quê? –falou Tonks. O tom incrédulo tomando conta de si- O Dumbledore precisa saber disso!


Ela nem pareceu ter notado quando jogou o aparelhinho e a voz ofegante e rouca do Sr. Weasley que parecia estar tendo um duelo ao mesmo tempo que falava para que Tonks ouvisse pelo seu besourinho.


Harry viu quando Tonks correu para fora, ele correu também. Não podia ser! Voldemort não estava lá! Isso não era nada bom.


- Aconteceu alguma coisa? –perguntou Hermione quando Harry saiu. Parecia ter feito a mesma pergunta para Tonks, mas essa não havia respondido.


- Voldemort. –disse Harry sério- Parece que ele não apareceu.


Hermione levou a mão à boca tal grande o susto. Aquilo definitivamente não era bom.


- E agora? Dumbledore não havia pensado nisso? –falou ela finalmente.


- Pelo que eu saiba sim... Mas... Eu definitivamente não sei o que saiu errado... –disse ele.


Ele olhava rapidamente para o lado. Mas então viu Hermione com uma expressão de total espanto. Apontava para alguma coisa atrás dele. Ele olhou. Não pôde acreditar.


- Nem eu, Potter... –disse uma voz arrastada. Era ele. Harry já sentia a sua cicatriz arder.


- Harry! –alguém gritava. Tonks, Dumbledore e Lupin vinham correndo até eles. Mas o homem de capa preta fez um simples movimento com a mão e a porta se fechou na cara dos três.


- Voldemort... –disse Harry. Os olhos semicerrados.


- Isso mesmo, Potter. –disse ele. Harry teve certeza que se Voldemort não tivesse com um capuz ele veria um sorriso além dos olhos vermelhos- Está apavorado? Aposto que esta...


- Acabou de perder a aposta, Voldemort... –disse Harry provocante.


- GAROTO TOLO! –gritou Voldemort- Como pode ser tão insolente? Como pode falar o meu nome tão seguro! EU MATEI MAIS PESSOAS QUE VOCÊ POSSA IMAGINAR! EU MATEI SEUS PAIS! EU VOU MATAR VOCÊ!


Harry engoliu um seco. Sua cicatriz doía mais quando Voldemort ficava nervoso. Isso não era bom, mas ele não queria demonstrar nada para o vilão. Definitivamente não tinha medo. Tinha raiva. Justamente por causa daquilo. Justamente porque Voldemort havia feito tudo aquilo. Hermione tremia atrás dele. Estava paralisada e não conseguiria falar nada.


Apesar de Harry e Hermione estarem escutando fortes batidas e gritos por trás da porta aparentemente nem mesmo Dumbledore conseguia abri-la. Parecia estar lacrada de alguma maneira.


- Você esqueceu de uma coisa, Voldemort. –disse Harry ainda provocativo. Tentando parecer calmo- Você pode ter matado muitas pessoas, mas não me matou.


Voldemort se enfureceu. Esticou a varinha e gritou “Estupefaça” ainda não queria matar Harry. Queria somente machuca-lo muito. Queria fazer tudo muito devagar.


- Harry! –Hermione gritou e foi correndo para o garoto que havia batido na parede. Mas não queria se dar o luxo de ficar desacordado.


- Você acha que só isso irá me vencer... Voldinho...? –provou ainda mais Harry.


- CALE A BOCA, GAROTO INSOLENTE! –gritou Voldemort e esticou a varinha de volta- ESTUPEFAÇA!


Harry fechou os olhos, mas não sentiu nada. Ouviu uma voz feminina que ele conhecia muito bem gritar. Harry abriu os olhos. Hermione estava caída aos seus pés.


- Hermione!


Ele pegou a garota nos braços, ela estava no chão. Inconsciente. Ele mediu o pulso dela. Ainda estava viva. Harry voltou o olhar furioso para Voldemort. Esse parecia comemorar.


- Parece que eu encontrei o ponto fraco do Potter... –disse ele.


Harry xingou a mãe de Voldemort. E pegou a Espada de Gryffindor que estava ainda no coldre da calça. Correu até Voldemort segurando-a. Mataria-o agora sem dó e nem piedade. Não conseguiu.


- ESTUPEFAÇA! –Voldemort gritou para se proteger. Mais uma vez Harry foi jogado contra a parede. Voldemort foi se aproximando- Agora chegou a sua vez de ir para o inferno e juntar-se aos seus pais! AVADA KEDRAV...


O bruxo foi interrompido por um estouro atrás deles. Harry olhou. Dumbledore, Lupin e Tonks finalmente havia conseguido arrombar a porta.


- Ah... Dumbledore... Veio ver o seu protegido morrer.


- Pare, Tom. –disse Dumbledore- Nós estamos em maior número. Será melhor você se render...


- VELHO IDIOTA! –gritou Voldemort. Apontou a varinha para Dumbledore- Eu já não tenho a mesma paciência de antes... AVADA KEDRAVA!


Harry viu quando um raio verde saiu da varinha do bruxo. Dumbledore até tentou se proteger. Não conseguiu. Foi atacado. Foi à mesma coisa de quando Harry vira Cedrico Diggory morrer. Mas dessa vez foi mais dolorosa.


- DUMBLEDORE! –ele gritou.


Não podia permitir aquilo. Levantou-se com toda a força que tinha. Lupin e Tonks já estavam ajoelhados ao lado do diretor caído. Trocaram olhares entre si e depois olharam para Harry. Esse caiu ajoelhado ao lado de Dumbledore e não pôde deixar de perceber que chorava.


- Dumbledore... -falou Harry chorando.


- Harry? -Dumbledore ainda resistia- Harry... Por favor... Faça um favor para mim. Mate Voldemort. Não poderei ver isso, mas...


- Não fale isso, Dumbledore! -disse Harry. Segurava a cabeça do diretor- Você não vai morrer! Eu não vou deixar!


- Harry... As vezes... Vidas precisam serem sacrificadas para se haver um vencedor... -disse o diretor ofegante- Prometa para mim!


Harry não queria prometer, ele iria caso ele fizesse isso. Chorava. Mas, pensou duas vezes. Não haveria mais jeito. Dumbledore iria de qualquer maneira.


- Eu... Eu prometo...

A última coisa que ele viu antes de uma raiva se apoderar de seu corpo foi a cabeça do diretor caindo para o lado. Ele de olhos fechados. Mas havia morrido feliz. Harry voltou o olhar para Voldemort. Sentia seus olhos verdes flamejarem. Estava decidido.


- Agora... É a vez da sua namoradinha, Potter! –disse Voldemort após parar de rir. Harry olhou, ele tinha a varinha apontada para a garota.


- NÃO! –gritou Harry.


Harry se levantou, agora muito mais rapidamente, tinha a espada na mão e pronta para enfia-la em Voldemort, lágrimas saiam pelos cantos de seus olhos que no momento estavam semicerrados. Abertos o suficiente para ele enxergar alguma coisa e não tropeçar.


O garoto sentiu a Espada de Gryffindor sendo enfiada em alguém ou alguma coisa. Sua cicatriz doía muito mais do que já estava há pouco tempo atrás. Abriu os olhos. Havia acertado o temido bruxo das trevas.


A dor era muito intensa, Harry foi obrigado a se ajoelhar. Levantou rapidamente a cabeça somente para ver quando Voldemort dava passos cambaleantes para trás. Foi a última coisa que viu. Caiu desacordado logo após, com um sorriso no rosto.




Putz... E aí gostaram? Sei que não agradei a todos com esse final, mas tá aí. Não esqueçam que a fic ainda não terminou!!! Quem sabe eu ainda mato alguém......... Mas bem, COMENTEM!!!!!!!!
E por favor. Nos comentários evitem colocar spoilers... Fico agradecida por lerem e comentarem.

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