My Boo
Song fic – Draco/Pansy ''My Boo''
Era o sétimo ano de Draco Malfoy em Hogwarts. Ele estava pronto para se tornar um Comensal de Morte e se tornar um poderoso e rico bruxo. Estava ansioso, e o banquete de despedida dos sétimo-anistas de Hogwarts o deixava cada vez mais animado para deixar finalmente aquela escola cheia de sangues-ruins. Mas ele sabia que algo o prendia àquela maldita escola. Era uma garota que ele sempre considerou ''mais uma de seu fã clube''. Pansy Parkinson. A garota que sempre esteve ao seu lado, e se mostrou uma excelente amiga e companheira durante todos os anos.
''Sempre tem aquela pessoa que terá seu coração para sempre
Você nunca vê que está chegando, porque está cego desde o começo
Saiba que você é a única para mim, e todos vêem isso
Oh baby (você sempre será meu amor)''
Pansy sempre foi uma excelente companheira de Draco em todas as horas. Para zoar com sangues-ruins, se aproveitar dos primeiro-anistas da Sonserina, que faziam de tudo para ter qualquer tipo de relação com o garoto mais cobiçado de toda a escola. Pansy, por mais que escondesse, sabia que sempre sentiu algo mais do que amizade por Draco, aquele garoto dos cabelos louros, que fazia todas as meninas da Sonserina suspirarem, só de vê-lo passar.
Draco, sabia também que Pansy sempre fora mais que uma amiga. Era quase uma irmã, era alguém importante pra ele. Ele, tentava por tudo enfiar na cabeça que ela era ''a Presidente do Fã-Clube do Malfoy'', mas ele sabia que não era só isso.
''Eu não sei sobre vocês, mas eu sei sobre nós e
E esse é o único jeito que sabemos agitar
Eu não sei sobre vocês, mas eu sei sobre nós e
E esse é o único jeito que sabemos agitar''
Draco passara a tarde se lembrando dos momentos que passara no colégio. E um dos que mais marcou-o, foi quando seus lábios tocaram o de Pansy Parkinson, no 4° Ano de seu estudo. Ele já havia beijado várias garotas, a partir do terceiro ano, mas o beijo de Pansy marcou, no Baile de Inverno. Ele lembrava perfeitamente, quando a música lenta começou a tocar e eles pararam de dançar, envergonhados. Eles aproximaram seus rostos e corpos e o beijo consumiu-os ferozmente, fazendo com que ambos esquecessem de tudo e de todos, como se o Mundo se resumisse apenas neles dois.
Depois daquilo, Draco começou a ser mais cobiçado pelas garotas. Todas as Sonserinas são competitivas, e Pansy sempre foi desejada pelos Sonserinos, também. As garotas de todos os anos possíveis davam em cima do Draco, e sem nem ao menos pensar no que faziam. Havia garotas que chegavam e beijavam ele sem ao menos explicar porque. Draco, por mais que gostasse daquilo, não sentia um certo conforto que lhe faltava. E ele sabia aonde estava pecando. Ele queria que Pansy chegasse daquela maneira e o agarrasse. Mas ele nunca assumiria isso.
''Você se lembra, garota? Fui eu quem te deu o seu primeiro beijo
Porque eu lembro, garota, fui eu quem te disse
'coloque seus lábios assim'
Mesmo antes de toda fama e das pessoas gritando seu nome
Garota, eu estava lá e você era meu amor''
Mas Draco parou de se preocupar tanto com as lembranças do passado e se concentrou no presente. Pansy tinha um namorado, Adrian Pucey, que por sinal era um de seus amigos. Draco sentia um aperto no peito sempre que via os dois juntos, e percebia os olhares que Pansy lhe lançava igualmente. Olhares de desgosto, de saudades, de vontade, desejo. Pansy queria agarrá-lo e nunca mais deixá-lo ir. Assim como Draco, que queria esquecer do mundo e tê-la de novo. Depois do segundo beijo que tiveram, no Baile de Inverno mesmo, Draco nunca mais chegou nem a encostar em Pansy de uma maneira diferente. Apenas andava com ela, esperando-a agir. Mas ela nunca se mexeu para tocá-lo. Aparentemente ela também esperava alguma reação dele.
Pansy lembrava também o quanto gostava de Draco até o 6° ano. O sétimo ano mudou tudo na vida da garota, Adrian se declarou para ela. Ele era um garoto bonito, jogador do time de Quadribol da Sonserina e muito cobiçado pelas garotas também. Apenas perdia para Draco, que sem dúvida nenhuma, era quem as garotas mais desejavam ter. Ela lembrava de todos os momentos vividos ao lado de Draco, que agora, sentado ao seu lado, no último dia de estudo na Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts, no Salão Comunal da Sonserina, parecia completamente perdido. Lembrava de todas as risadas que deu com ele, de todas as aulas, detenções. E especialmente de um certo baile, que ela poderia descrever facilmente como o melhor de toda a sua vida.
''Eu era apaixonada por você quando éramos mais jovens,
você era meu (meu amor)
Quando eu te vejo às vezes,
ainda sinto (meu amor) (esse é o meu amor)
Você pode ver, não importa o quanto eu tente esconder (meu
amor)
(eu não consigo esconder)
E apesar de existir outro homem na minha vida
Você sempre será meu amor''
Ela lembrava também do quanto sofreu nos anos seguintes, por não conseguir ter Draco ao seu lado. Por saber que ele era uma coisa impossível de se ter, algo que estava completamente fora de alcance. Ela o amava, o desejava, queria tê-lo ao seu lado. Mas estava fora de cogitação. Draco Malfoy, o cara que ela tanto amava, não pertencia a ela, mas sim, ao mundo, e à todas as meninas arrogantes e invejosas da Sonserina, que tanto queriam-no. Mas Pansy, de uma coisa tinha certeza: Ninguém amaria Draco Malfoy mais do que ela.
No quarto ano ela sentiu que teria conseguido Draco. Mas não passou de uma ilusão. Após o baile, Draco simplesmente se afastou de Pansy. Ficaram sem se falar durante umas boas 3 semanas. Draco nunca tinha feito isso com ninguém. Sempre via todas as meninas que beijava no dia seguinte. Mas com Pansy não foi assim, e isso a fez perceber que Draco a via como uma mera seguidora. Mas na verdade não era bem assim...
''Sim, eu lembro, garoto, porque depois que nos beijamos
Eu só conseguia pensar na sua boca
Sim, eu me lembro, garoto, do momento em que eu percebi
Que você era a pessoa com quem eu poderia
passar o resto da minha vida
Mesmo antes de toda a fama e pessoas gritando seu nome
Eu estava lá e você era meu amor''
E agora era o último dia de estudo em Hogwarts. Draco descia para o Salão Principal. Entrou no mesmo, e ficou admirando a bela decoração. Sentou-se em seu costumeiro lugar na mesa da Sonserina, entre Crabbe e Goyle, seus fiéis amigos. Em sua frente, estava Pansy, Millicent Bulstrode e Daphne Greengrass. Ele olhava para Pansy como se nunca tivesse visto-a na vida, ou como se nunca fosse vê-la novamente.
Aquilo incomodava Pansy, embora ela, lá no fundo, gostasse de ver o garoto olhando-a com aquele desejado olhar de cobiça. Ela ouvia Millicent e Daphne lembrarem de tudo o que acontecera em todos os anos de Hogwarts, e Pansy só conseguia lembrar de uma coisa: Os dois perfeitos beijos de Draco Malfoy, no Baile de Inverno, no Quarto Ano.
McGonagall ergueu-se e começou a discursar. Despediu-se dos alunos do sétimo ano que agora partiam, e dava para ver até uma lágrima solitária escorrer pelo enrugado rosto da Professora. Draco não conseguia prestar atenção. Seus olhos só conseguiam vê-la, só conseguiam admirá-la, e sua mente só conseguia pensar nela, e seu corpo a desejava. Pansy Parkinson, alguém que, talvez, Draco nunca mais visse na vida.
''Começou quando éramos mais novos, você era minha (meu amor)
Agora outro cara te levou, mas ainda vejo nos seus olhos (meu
amor)
Apesar da gente brigar, está tudo bem (meu amor)
Eu sei que faz um tempo que a gente não se vê
Mas você sempre será meu amor''
McGonagall finalmente liberou todos e, com mais algumas lágrimas descendo pelo rosto, disse adeus para os alunos do sétimo ano. Alguns choravam, outros riam, outros combinavam como seria o encontro nas férias. Mas Draco só conseguia olhar para Pansy.
Ambos, Draco e Pansy, foram para o trem, carregando seus malões. Entraram os dois em um vagão vazio. Daphne, Millicent, Crabbe e Goyle entraram junto (N/A: Adrian já tinha saído da escola). Algo os expulsou para fora. Os quatro levantaram-se e disseram algo como ''Vamos comprar doces'', deixando Draco e Pansy sozinhos no vagão.
Pansy sentiu seu corpo estremecer. Ela estava sozinha com o grande amor de sua vida, num vagão do Expresso de Hogwarts. Não muito romântico, mas para ela, era perfeito. Ela queria pular nele e beijar seus lábios, senti-lo nem que fosse pela última vez. Mas tentou manter a calma e soltou um breve sorriso, puxando um livro qualquer para ler.
Draco retribuiu o sorriso e começou a observá-la lendo. Era tão perfeito o modo como ela cruzava as pernas, como virava cada fina e amarelada página do livro, como colocava seus cabelos para trás, como ria ao ver determinadas passagens da obra. Draco parecia paralisado, seu corpo não se mexia, mas ele sentia sua mente e seu coração forçá-lo a chegar mais próximo e dizer tudo o que sentia. Mas não, ele não podia, o orgulho podre dele chegava a tal ponto que nem assumir o amor que sentia ele podia. Nem a si mesmo ele assumia, quem dirá assumir para a garota?
''Eu era apaixonada por você quando éramos mais jovens,
você era meu (meu amor)
Quando eu te vejo às vezes,
ainda sinto (meu amor) (esse é o meu amor)
Você pode ver, não importa o quanto eu tente esconder (meu
amor)
(eu não consigo esconder)
E apesar de existir outro homem na minha vida
Você sempre será meu amor''
O Expresso de Hogwarts chegou à King's Cross. Draco saiu do trem, seguido por Crabbe e Goyle. Encontrou sua mãe, Narcissa, parada em uma parede, acompanhada de Bellatrix. Seu pai estava em Azkaban, impossibilitado de ir recepcionar o filho em seu último ano de estudos. Draco foi até a mãe e ela o abraçou. Ele encostou a cabeça no ombro da mãe por uns minutos e viu Pansy abraçar com força sua mãe. Ele podia vê-la a alguns metros, e depois de segundos admirando-a, seus olhares se cruzaram.
Pansy admirava Draco nos 10 metros de distância que o separavam. Pareciam quilômetros. Os cabelos platinados de Draco misturavam-se com os dourados cabelos de Narcissa, e seus olhos azuis-acinzentados brilhavam, ao ver da garota, por receber a carinhosa recepção da mãe. Ela pensou em ir até ele, mas não. Decidiu manter-se parada, orgulhosa demais para ir despedir-se.
Draco e Pansy eram mais parecidos do que imaginavam, e Draco também não se moveu para ir até a garota despedir-se dela. Ambos foram para seus lados, encaminhados para um destino que nenhum dos dois queria ter. Talvez nunca mais se vissem, talvez nunca mais se falassem, nem se comunicassem, nem que fosse por cartas. Mas o orgulho dos dois era mais forte, e não os permitia escrever um para o outro.
''Meu oh meu, oh meu amor
Meu oh meu, oh meu amor''
Anos se passaram. Draco tinha 19 anos e havia se tornado um poderoso Comensal. Ainda vivia com sua mãe, Narcissa. Seu pai havia morrido em Azkaban. Nunca mais ouvira falar da linda menina morena que conhecera nos tempos de colégio. Ele tinha uma namorada, Susanne Thunder, a qual era perdidamente apaixonada por ele, desde os tempos de escola. Ela também era Comensal, e eles se davam muito bem.
No dia em que completou 20 anos, Draco resolveu dar uma festa para uns amigos mais íntimos, e resolveu chamar os antigos amigos de escola. Crabbe, Goyle, Millicent, Daphne, Adrian... E tinha mais alguém, alguém inesquecível: Pansy Parkinson. Era a primeira da lista.
Mas antes mesmo de pensar em enviar uma carta a garota, ele recebeu uma carta resposta de Daphne Greengrass.
''Olá Draco.
A quanto tempo, não?
Poderei comparecer a sua festa, com toda certeza, será ótimo rever os velhos amigos.
Mas, Draco, pensei que soubesse.
Pansy foi morta em uma das duras batalhas contra Aurores. Foi em uma floresta. Um dos Aurores lançou um feitiço e ela caiu de um precipício. O corpo dela foi encontrado e já foi velado. Sinto lhe dizer isso dessa maneira, Draco, mas... Bom, foi isso que aconteceu.
Quando eu for até sua casa, lhe conto com mais detalhes.
Daphne Greengrass.''
O mundo de Draco desabou. Quando leu aquela carta, a vontade que tinha era de correr e pular no precipício em que Pansy havia rolado.
Mas logo ele se lembrou do último ano em Hogwarts, e do quão orgulhoso havia sido. Nunca enviou uma carta, nunca foi visitá-la. E ela era a garota que ele amou, e, mesmo que não quisesse, amava até aqueles dias.
No dia 21 de setembro, véspera do aniversário de 20 anos de Draco Malfoy, ele faleceu. Razão: Suicídio, por envenenamento. Draco ficou louco, não entrava em sua cabeça a idéia de perder para sempre a garota que tanto amou. Se sentiu culpado, e junto com seu corpo, uma carta foi encontrada.
''Seja lá quem for que encontre essa carta, não importa. Só quero que saiba o motivo da minha partida.
Estou partindo para encontrar quem amo. Seja no céu ou no inferno. Quem eu amo está morta agora, e logo logo estarei também.
Fui muito orgulhoso e não me deixei enfraquecer.
Nunca escrevi, nunca procurei, nunca visitei. Nem sequer mandei lembranças por algum conhecido em comum.
E hoje vejo o quanto errei, o quanto sofri e nem percebi.
Durante todos esses anos, outras alegrias encobriram a tristeza de perdê-la por um longo tempo.
Mas para sempre não é justo. Ela se foi e não tenho como voltar atrás. Não há nada a fazer que não seja procurá-la no céu, inferno, onde quer que ela esteja. Eu irei encontrá-la e contar a ela tudo o que sinto, tudo o que fiz, meus erros, minhas desculpas.
Irei dizê-la o quanto a amo.
Pansy Parkinson, eu irei te amar pra sempre, não importa se o céu e a terra nos separem. Irei derrubar todas as barreiras, nem que uma delas seja a morte.
Draco Malfoy''
O corpo de Draco Malfoy foi velado ao lado do de Pansy Parkinson, no dia de seu aniversário de 20 anos, 22 de Setembro.
Ele deixou saudades, no coração de Susanne, Narcissa, e todos os seus amigos. Mas uma coisa ele não abandonou. O amor intenso que sentia por Pansy, e foi em busca da felicidade eterna ao lado da mulher que ele tanto amou.
''Eu sei que faz um tempo que a gente não se vê.
Mas você sempre será 'quem eu amo'.''
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