...de como eu conheci Louis Ga



Capítulo 1
...de como eu conheci Louis Garrel e ele se vendeu para mim.

"Ele era um dos garotos que se vendiam nas esquinas escuras e sombrias de Paris. Tinha uma pele morena e lindos olhos claros que hipnotizavam qualquer um. Ele sempre fedia a cigarros baratos e a noites insaciáveis "


Sempre tive o prazer de ter as mais lindas mulheres e os mais lindos homens aos meus pés. Desde que acabei meu sétimo ano em Hogwarts minha vida deu uma completa virada e tudo mudou.
O que era, antes, uma rotina da qual eu apenas prosseguia, se tornou uma vida misteriosa e agitada. Eu vivia intensamente agora, como nunca vivi na vida.
Deixei para trás meus amigos e minha antiga vida, adotei um novo nome, passei a andar encapuzado. Tornei-me o Lorde das Trevas. Um homem que no futuro, eu sabia, iriam temer pronunciar o nome. Era esse meu desejo, era o meu sonho.
Estava, mais do que nunca, estudando as Artes das Trevas num hotel falido no subúrbio de Paris. Era um lugar trouxa asqueroso, repleto de prostitutas que fediam a cigarro. O cheiro de sexo invadia cada quarto.
Tudo isso era parte do meu plano, eu devia agir assim, secretamente. Estava recebendo a ajuda de alguns comensais, que assim como eu, desejavam o poder. Eu passava noites em claro estudando, estudando e estudando. Era uma rotina incansável e desesperada. Aprendia tudo rápido. Estava me tornando, á cada livro que passava, mais e mais forte.
Estava tudo indo bem nessa minha vida na França, até aparecer Louis, um trouxa que quase pôs meus planos a perder.
Ele era um dos garotos que se vendiam nas esquinas escuras e sombrias de Paris. Tinha uma pele morena e lindos olhos claros que hipnotizavam qualquer um. Ele sempre fedia a cigarros baratos e a noites insaciáveis.
Era um ser triste e calado. Fazia o que mandavam ele fazer. Ele tivera a sorte de nascer com essa beleza exótica e formidável que transpirava prazer. Sua barba rala dava-lhe um tom estereotipadamente francês, era uma das coisas que eu mais gostava.
Em baixo da espelunca que eu morava, o Hotel Bouit, cuja o logotipo era uma caveira com uma cobra, ficava um bar bem medíocre. Os copos pareciam que eram raramente lavados e o dono do estabelecimento cheirava a porco. Era sem dúvidas o lugar menos higiênico do mundo.
Mas foi lá que eu conheci Louis. Ele fumava seu cigarro próximo a porta do estabelecimento, provavelmente pensando no dinheiro que deixara de ganhar naquela noite. Neste mesmo momento eu adentrava o bar, afim de subir as escadas e retornar ao meu incansável aprendizado, na cama mofada do Hotel Bouit.
Ele fitava meus olhos e praticamente me chamava em silêncio. Penetrei em sua mente e li coisas o que ele tanto queria me dizer. Ele estava desesperado, implorando para que eu o levasse para cama e lhe pagasse em libras. Ele necessitava aquele dinheiro. Sorri para ele. Ele apenas retribuiu sorrindo para mim.
- Como vai? - perguntei educadamente em francês.
- Bem...
Um longo silêncio interrompeu esse momento em que eu aproveitava fitando seus lindos olhos azuis.
- Então... - Ele disse - você é inglês, não é?
- Sou sim.
- É, eu percebi - e tragou um pouco o cigarro - você é muito limpinho.
Convidei-o nervoso para subir comigo. Nem sei por que nervoso eu estava, desde que cheguei na França isso não era nenhuma novidade para mim. Foram muitas as vezes que trouxe lindas mulheres e lindos homens ao meu quarto. Ele, porém, me deixou nervoso.
Pedi-lhe um minuto antes de deixá-lo penetrar em meu quarto. Ele esperou fora. Magicamente, arrumei todos os livros discretamente postos na escravinha para não assustá-lo com minha verdadeira indentidade.
Ele entrou explorando com os olhos todo o quarto.
- Que lugarzinho pobre!
- É, eu sei... Não tenho muito dinheiro. - eu disse.
Ele olhou de repente para mim. Eu sabia que aquela era a hora da negociação.
- Quanto você tem? - ele perguntou.
- Eu pago em libras!
- Quanfez.to?
- Trezentas libras!
Ele sorriu gozando da minha cara e apagou o cigarro na parede.
- Você não teria esse dinheiro nem se quisesse.
Tirei do sobretudo a quantia enquanto ele me olhava adimirado. Eu não menti.
- Então... - ele disse - você é rico? O que faz aqui no Bouit?
- Assuntos pessoais...
- Entendo... Qual seu nome mesmo?
Não quis dizer Voldemort, achei que não faria mal dizer meu nome trouxa, afinal de contas Voldemort era um nome ele certamente iria estranhar.
- Tom. Tom Riddle.
- Certo... Eu sou Louis Garrel.
Eu sorri e ele, decerto, também.

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