Cavalos brancos e principes en




Razão & Sensibilidade



 




Sinopse: Quando Lily
Evans acorda, não reconhece o lugar em que se encontra, seus amigos não
parecem os mesmos e James Potter aparenta ser um perfeito cavalheiro. Perdida
entre a fantasia e a realidade, ela terá que se libertar da razão e viver a
emoção em pleno século XIX.



 



Nota da Autora: Novo cap
sendo postado... Agradecimentos à:



 



BaBi Evans:
talvez vc fique sabendo quando o James aparecerá neste cap ou no próximo,
hehe.



 



Sugar Lily:
Elinor? Não, acho que não... como eu disse anteriormente a fic não tem muito a
ver com o livro nem com o filme, mas talvez a Elinor apareça um pouquinho por
aqui.



 



Natalia Potter:
número de comentários alcançados e aparição do James em pauta, hehe.



 



talita_black:
que bom que esta gostando! Eh, 130 anos foi realmente uma grande viagem, rs...



 



Bi: Brigadinha!
Se a Lily vai se apaixonar? Só o tempo nos dirá...



 



Arashi: sim,
definitivamente o romance vai estar no ar, como também algumas trapalhadas,
hehe.



 



Mah Clarinha:
tomara que vc goste deste cap!



 



Tathi:
Obrigada! Tomara que vc continue a gostar da fic!



 



Isabelle Potter
Demonangels: Eu tb! Espero que goste deste cap!



 



Oiii: ok,
ignorando os palavrões aqui está o cap...



 



Agora, sem mais
demoras, senhoras e senhores, com vcs o cap:



 



 



Cavalos Brancos e
Príncipes Encantados



 



Depois de ter feito com
que Meg respondesse suas perguntas, ficara mais confusa ainda, se é que isso era
possível. Descobrira que estavam no ano de 1845, moravam em uma cidade no
interior da Inglaterra em uma casa de campo e pelo tempo que estavam gastando
para chegar à sala de jantar, a casa deveria ser muito grande. A pequena
segurava sua mão direita, guiando-a pelos corredores repletos de pinturas
aparentemente dos antepassados da família. Desistira de contar quantos quadros
havia quando chegara no centésimo primeiro. Tentava guardar cada detalhe e
memorizar o caminho para mais tarde não se perder já que, pelo jeito, não seria
sempre que teria sua miniatura como guia.



 



- Lily, fale algo! Este
silêncio está me matando, sabia? – a ruivinha dizia enquanto ainda percorria o
caminho – Você nunca foi tão quieta assim... Teve mais pesadelos hoje?



 



- Sim, estou tendo um
agora. – respondeu meio que sem pensar causando espanto na menina.



 



- Então como está
caminhando e conversando comigo? Quero dizer, deve ser muito ruim ter um
pesadelo enquanto está acordada e ainda saber que está sonhando... Imagina se de
repente você cai e nem se dá conta disso porque acha que faz parte do sonho?
Seria péssimo, não daria para distinguir nada... Vai que você imagina um monstro
e pensa que ele realmente está na sua frente? Oh, seria horrível! – tampou a
boca com as mãos tentando abafar um grito – Seria pior do que aquelas histórias
de terror que nossos primos contam, não seria?



 



Lily apenas confirmou com
a cabeça. Como aquela menina falava, não? Ela não era assim naquela idade, nunca
tinha falado pelos cotovelos daquela maneira, só quando o assunto realmente lhe
interessava, mas isso era diferente. O que fazia em demasia era apenas divagar,
de vez em quando sentava em sua cama e divagava sobre coisas que nunca
aconteceriam por horas e horas, como se fosse um sonho que ela controlava. Tudo
bem, ela apenas pensava pelos cotovelos, se é que alguma vez existiu essa
expressão.



 



- Pronto, chegamos!



 



Meg continuou puxando-a
pela mão e abriu a porta com a outra. Pôde ver que a sala de jantar era
gigantesca, o que causava um contraste enorme com as poucas pessoas que a
ocupavam: um homem e uma mulher, que pela lógica, deviam ser seus pais naquela
dimensão alternativa, ou seja lá o que aquilo fosse. Fez umas cortesias
exageradas, imitando alguns filmes de época que vira e sentou-se em uma cadeira
vaga ao lado de sua irmãzinha.



 



- Querida, não há motivo
para isso. – a mulher riu discretamente – Sabe que não pode curvar tanto assim,
senão ficará com dores nas costas. E se ficar com dores nas costas não poderá ir
à ópera com os Wise.



 



- Ah, claro. – sentiu seu
rosto corar e encarou o prato a sua frente, com algumas torradas e queijo fresco
– A refeição parece deliciosa, mãe! – tentou ser educada para compensar o
estrago feito.



 



- Mas não fui eu quem fez,
Lily.



 



- Oh, então... A refeição
parece deliciosa, pai!



 



Os outros três começaram a
rir balançando a cabeça negativamente, como se não acreditando no que a menina
acabara de pronunciar. O homem, que até agora estava lendo um livro, virou-se
para ela, rindo, e disse:



 



- Você sabe como nos fazer
rir logo de manhã cedo, não sabe princesa?



 



Ela apenas deu de ombros
em resposta, sorrindo sem-graça. Agora lembrara que naquela época pessoas da
elite dificilmente cozinhavam, geralmente havia criados para isso. Aquela fora
por pouco.



 



- Mamãe, cadê a Elinor? –
Margareth perguntou entre uma mordida e outra.



 



- Ela acordou mais cedo e
saiu para cavalgar.



 



- Mas isso é injusto, eu
disse que queria ir com ela! Ela tinha que ter me esperado, mãe! – a caçula
cruzou os braços, brava. – Eu quero cavalgar, eu quero cavalgar!



 



- Você pode ir com Lily
quando ela terminar de comer, princesinha. – o Sr. Dashwood acalmava a filha –
Tenho certeza que ela vai amar ir com você, não é mesmo, Lily?



 



Vendo que teria que ir com
a menina de qualquer jeito, e que além do mais, como ela era a única daquela
casa que Lily conhecia um pouquinho mais, disse que adoraria andar a cavalo. O
que ela estava morrendo de vontade de saber era quem era aquela tal de Elinor,
pelo jeito era da família.



 



- Oh, Lily, você é a
melhor irmã do mundo! – a menininha a abraçou fortemente de um pulo só – Você é
bem melhor que a chata da Elinor, com certeza!




 



 



Depois de esperar
Margareth acabar o desjejum, foi levada pela irmã aos estábulos da propriedade.
Como sempre, tiveram que caminhar durante uma eternidade aos olhos de Lily. Não
podia negar que a paisagem era magnífica, os campos verdes, as árvores altas e o
lago de águas cristalinas que vira de longe realmente realçavam a beleza daquele
lugar. A casa vista de fora era maior do que ela imaginara, com cerca de quatro
andares, sem contar o porão e o sótão. Havia alguns chalés distribuídos pela
propriedade, provavelmente onde os criados moravam.



 



- Mas então, não acha que
a nossa irmã foi muito injusta? – Meg parou de cantarolar e lhe perguntou – Você
sabe que desde de ontem de manhã eu estava pedindo para ir com ela. Não custava
nada ela ter me chamado.



 



- Ela deve ter esquecido,
só isso.



 



- Não, ela nunca esquece
das coisas. E ela tinha me prometido, aquela mentirosa. Tinha jurado por tudo
que me levaria. Nunca mais confio nas promessas dela, nunca mais! – estava
vermelha de tanta raiva.



 



Lily riu por dentro, vendo
que a menina parecia com ela mais do que imaginara. Extremamente estourada, se
irritava por qualquer coisa, teimosa. E ainda ficava vermelha quando estava com
raiva, igualzinho a ela. Se a menininha realmente fosse igual ela, sabia que
daqui a pouco não haveria como distinguir o rosto do cabelo.



 



- Mas eu vou parar de
falar daquela traidora, não vou mais perder meu tempo falando dela. – o vermelho
da face ia aos poucos desaparecendo – Que cavalo você vai querer?



 



Que cavalo ela ia querer?
Como ela ia saber que cavalo ela ia querer? Nunca tinha visto as pragas antes,
era impossível escolher um assim ao acaso. Tinha que pensar em algum comum, que
geralmente tinha nos estábulos. “Pensa, pensa, Evans”, gritava internamente
consigo mesma, “Pensa, pensa”.



 



- Não vai responder que
cavalo vai querer?



 



- Ah, acho que...
Talvez... O branco.



 



- Tem certeza que vai
querer o branco? – a olhou curiosa.



 



- Definitivamente o
branco. – disse convicta, feliz por ter chutado certo, branco, branco!



 



- Se você quer – Meg deu
de ombros – quem sou eu para impedir?



 



Abriram as portas do
estábulo, onde um homem, provavelmente cuidava dos cavalos, estava alimentando
os animais. Meg cumprimentou Frank, descobrira que o homem se chamava assim, e
pediu para que ele selasse o cavalo chocolate e o branco.



 



- A senhorita vai andar em
qual? – ele perguntou para a pequena.



 



- No chocolate. A Lily
quer andar no branco, Frank, ela deve ter acordado corajosa hoje.



 



- Com certeza. – ele
terminava de selar os cavalos – Senhorita Lily, quer mesmo o cavalo branco? A
senhorita nunca andou nele antes e sabe como ele é. – dizia preocupado.



 



- Oras, claro que sei como
ele é, Frank. – mentira, ela não sabia nada como o cavalo era, mas agora não
havia como voltar atrás – Estou querendo variar um pouco hoje. – sorriu
esperando que a mentira colasse.



 



- Como quiser, senhorita.
– ele terminou com os cavalos e os levou para fora do estábulo com as meninas o
seguindo – Aqui estão, quer ajuda para subir, senhorita Margareth?



 



A pequena disse que sim e
foi mais para perto do cavalo, postando-se em cima com a ajuda do homem.
Apoiou-se direito, segurando as rédeas e agradeceu. Enquanto acariciava as
orelhas do cavalo, perguntou a sua irmã:



 



- Não vai subir Lily?



 



- Claro.



 



A verdade era que ela
nunca tinha andado de cavalo antes, bem, só algumas vezes, quando era pequena,
mas isso não contava, já tinha até esquecido como se montava naquela coisa, quem
diria então como se andava naquilo. Estava perdidamente perdida. Oh, vida
irônica e imprevisível, não? Enquanto estava parada pensando em como se safaria
daquilo, Frank perguntou se ela queria ajuda para subir, respondeu que sim e
depois de alguns tombos leves finalmente se postou em cima do cavalo, segurando
fortemente as rédeas com medo de levar mais um tombo.



 



- Estou pronta, Meg. –
sorriu para a irmã – Agora, como é que faz para essa coisa andar, mesmo?



 



A pequena gargalhou
demoradamente da cara de boba que Lily fazia a cada minuto.



 



- Definitivamente você
bateu com a cabeça em algum lugar ontem. Esqueceu que me ensinou a cavalgar a
dois meses atrás?



 



“Burra, burra, tapada!”,
gritava consigo mesma novamente. “Agora, dona Lily Evans vai ter que parecer uma
especialista no assunto. Parabéns para mim, só eu mesma para conseguir tal
feito!”.



 



- Estou brincando... Te
peguei! – apontou para ela começando a rir – Agora, nós vamos ou não fazer essa
coisa funcionar? – perguntou perdida entre o divertimento e a preocupação.



 



- Só se for agora! Quem
chegar primeiro no velho carvalho ganha a corrida!



 



Nem dando tempo para a
mais velha raciocinar e entender o que acabara de dizer, Margareth saiu correndo
com o cavalo chocolate, sumindo em questão de segundos da vista de Lily. O
problema era que não sabia onde era o tal velho carvalho, não sabia cavalgar e
não tinha idéia de como sair daquela fria. “Seja o que Merlim quiser”, pensou
antes bater o pé ao lado do cavalo e sair em disparada.



 



Logo no inicio daquela
viagem maluca percebeu que tudo estava fora de controle, agora entendera o
porquê daqueles dois ficarem surpresos ao ver que ela escolhera o cavalo branco,
certamente o mais veloz do estábulo e de um temperamento incrivelmente teimoso.
Tudo que ela tentava fazer para que o cavalo parasse ou simplesmente mudasse de
direção era em vão e pior ainda, fazia-o correr cada vez mais rápido.



 



Por sorte, o cavalo se
desviava automaticamente das árvores e obstáculos que apareciam pelo meio do
caminho, mas passava raspando pelos mesmos e Lily podia sentir os galhos
arranhando seu rosto levemente. “Até agora nenhum sinal daquela peste”, pensava
irritada, “Se eu não a encontrar logo, ah, eu não sei até quando eu vou durar!”.
Se estivesse com sua varinha seria fácil ficar fora de perigo, mas justo agora
que mais precisava dela a maldita tinha sumido.



 



Agarrou-se ainda mais ao
pescoço do animal ao sentir que ele quase tropeçara em uma rocha. “Merlim, onde
está você quando eu preciso?”, balbuciava tremendo. “Juro que se sair dessa
nunca mais brigo com Petúnia”. Suas preces não foram ouvidas, pôde perceber ao
quase trombar com uma árvore. “Merlim, se me proteger eu juro que nunca mais
brigo com...”, tinha que ser uma promessa muito boa, já que nem brigar com
Petúnia adiantara, pensava tremendo “Juro que nunca mais brigo com o Potter!”,
prometia desgostosa, mas se prometesse que nunca mais brigaria com Potter...
bem, seria meio difícil e ela não queria fazer uma promessa falsa, vai que
Merlim decidisse castigá-la? “Ok, juro que nunca mais brigo com aquela coisa,
mas se eu tiver um bom motivo para estapear ele então vai ser meio difícil não
fazê-lo, entende? E o pior que ele nunca me deixa em paz, então, isso vai ser
realmente complicado, não acha? Olha, acho que podemos fazer o seguinte...”



 



Não conseguiu terminar
seus juramentos ao cair do cavalo, visto que este trombara com uma árvore e
saíra correndo em disparada, a deixando para trás. Por um momento pensou que
realmente não tinha caído, mas ao sentir seu corpo todo dolorido, apenas soltou
alguns palavrões. Ok, não alguns, mas todo o repertório que acumulara em todos
aqueles anos de existência.



 



- Eu. Nunca. Mais. Ando.
De. Cavalo. Enquanto. Eu. Viver! – gritou para o nada, ainda sentada na grama –
Eu sinceramente não tenho sorte, não tenho mesmo! De toda a população mundial
porque isso tem que estar acontecendo comigo? Por quê? Podia ser alguma
sonserina nojenta no meu lugar, eu não me importaria, de jeito maneira!



 



Continuou sentada,
segurando agora as pernas com as mãos, como uma criança que acabara de ver um
monstro do armário, ou um bicho-papão no seu caso. Pelo que calculara, devia ter
passado mais de duas horas que saíra do estábulo. Por que tinha topado
participar daquela loucura? Ela não sabia o caminho de volta e dificilmente o
descobriria. Se pelo menos tivesse sido escoteira alguma vez na vida saberia
achar o caminho com mais facilidade... Pena que nunca nem pensara na
possibilidade.



 



- Pense no lado bom. – ela
dizia para si mesma como uma forma de auto-consolação – Não há como ficar pior
do que está!



 



Sim, ela e sua boca
extremamente gigantesca. Lógico que tinha jeito de ficar pior do que já estava.
Mas não, ela tinha que ter falado besteira, como sempre, tinha que atrair mais
catástrofes para aumentar a “adrenalina” no seu dia. Tinha que começar a chover
bem naquele instante e pior ainda, tinha que começar a chover forte.



 



Era melhor procurar algum
lugar para se abrigar antes que pegasse um resfriado. Então com dificuldade,
devido ao corpo ainda estar dolorido, levantou-se apoiando no casco da árvore.
Com passos médios começou a busca por um abrigo, sempre olhando para todos os
lados. A chuva já encharcara seu vestido e como conseqüência, aquele amontoado
de pano ficara vinte vezes mais pesado, dificultando ainda mais a caminhada.




 



 



Meg chegou ao velho
carvalho depois de quarenta minutos de caminhada. Ficou surpresa ao constatar
que sua irmã ainda não estava lá. Geralmente ela chegava bem antes e a ficava
esperando, enquanto deitava no campo cantarolando alguma melodia. Decidiu
esperar mais um pouco por sua chegada, enquanto colhia algumas flores ao redor
da árvore.



 



- Uma margarida para
alegrar minha vida, – cantarolava alegremente – uma violeta para enfeitar minha
maleta, uma rosa para eu não ficar chorosa, uma jasmim para trazer meu amor pra
mim, um dente-de-leão para eu não virar um balão, um lírio para eu não me perder
em delírio...



 



Enquanto colhia mais
algumas flores fazendo rimas, que aprendera com Lily, uma outra pessoa chegou ao
local, tapando seus olhos com as palmas das mãos.



 



- Adivinha que é? –
perguntou a voz divertida.



 



Meg tentou espiar por
entre os dedos, mas não conseguia ver nada. Porém isso não era problema, só uma
pessoa em toda a face da terra fazia aquilo com ela, principalmente quando temia
que ela estivesse brava ou alguma coisa do tipo.



 



- Elinor, a grande
traidora! – respondeu irritada.



 



- Não, não é Elinor, a
grande traidora. – a voz continuava – Você tem mais uma chance apenas.



 



Era claro que era Elinor e
ela sabia que até falar que era a irmã mais maravilhosa do mundo, Elinor, que
estava tapando seus olhos, não teria os mesmos descobertos. Um pequeno truque
que a irmã fazia para que ela não ficasse mais brava, ou pelo menos, se
acalmasse um pouco.



 



- Elinor, a irmã mais
maravilhosa de todo o mundo! – disse e por incrível que pareça, sentiu a raiva
passar no mesmo instante.



 



Ao ter os olhos
destampados, virou-se para trás e viu sua irmã sorrindo, crente de que vencera a
batalha. Não pôde se zangar com ela, aquele sorriso enorme a impedia de fazer
isso, que pena.



 



- Isso não valeu! – cruzou
os braços – Você jogou sujo, sabia?



 



- Isso é uma das vantagens
de ser eu. – a irmã a abraçou enquanto sentava, puxando-a para o chão junto
consigo – A irmã mais maravilhosa de todo o mundo!



 



Meg lhe mostrou a língua
em sinal de desaprovação, mas em troca a outra começou a lhe fazer cócegas,
quase matando-a de tanto rir.



 



- Pára... Pára... – ela
dizia entre gargalhadas – Estou falando sério, Elin, eu nem consigo respirar!



 



- Sei, sei. Se não
conseguisse respirar não conseguiria falar! Acha que nasci ontem, Megmeg?



 



As duas continuaram em
meio a brincadeiras enquanto esperavam que a outra irmã chegasse. Depois de
algum tempo, a menor disse preocupada:



 



- Lily não chegou até
agora, o que será que aconteceu?



 



- Ela deve estar se
escondendo da gente, sempre faz isso.



 



- Não, acho que não. Ela
já devia estar aqui há mais de uma hora. Ela não estava muito bem hoje e ainda
pegou aquele cavalo branco.



 



Elinor começou a se
preocupar também, talvez sua irmã tivesse se perdido. Aquilo não era nada bom.



 



- Acho melhor procurarmos
ela. Os Wise já devem ter chegado, podemos pedir para os meninos nos ajudarem, o
que acha?



 



- Acho melhor. – respondeu
ao ver que começara a chover.




 



 



Depois de uma longa
caminhada, Lily conseguiu achar uma pequena gruta em que poderia passar o tempo.
“Tomara que alguém me ache”, pensava a todo instante, “Se não, estou frita,
torrada e assada!”.



 



Estava fazendo um frio
terrível e o vestido encharcado contribuía para que o corpo todo tremesse com
mais facilidade. Se encostasse nas paredes da gruta, ficaria com mais frio,
então tentou se colocar no meio, onde parecia estar um pouco mais quente.
Repassando tudo que acontecera até agora, nada fazia sentido, nem no mundo
mágico ela achava que alguma coisa do tipo poderia acontecer, principalmente com
ela.



 



O que será que Marianne e
Josephine estavam fazendo agora? Provavelmente estavam na aula de Feitiços,
aprendendo algo interessante. Será que alguém em Hogwarts já sentira sua falta?
Como será que viera parar ali? Será que tudo aquilo não passava de um sonho, ou
melhor, de um pesadelo? Eram tantas as perguntas que tinha e em contraste
nenhuma resposta.



 



Cantarolando alguma música
qualquer, para tentar se acalmar um pouco, mesmo sabendo que provavelmente não
conseguiria. Tudo que queria fazer agora era estar assistindo à aula de
Feitiços, preferia mesmo estar brigando com Potter, seria mais confortante, pois
não seria uma situação nova, então não precisaria se adaptar.



 



- Lily, Lily!



 



Levantou-se ao ouvir
alguém lhe chamando. Era um milagre! Estava salva!



 



- Estou aqui – gritou em
resposta.



 



A voz continuava gritando
seu nome e aparentava chegar mais perto. Com isso ela percebeu que o dono da voz
era um garoto ou um homem. “Pensando no lado bom, meu cavalo branco fugiu”,
sorria “mas meu príncipe encantado está vindo ao meu encontro”, concluiu
irônica.



 



O garoto, aparentemente da
mesma idade que ela, entrou na gruta ainda gritando seu nome. Ela não conseguia
visualizar direito, pois a chuva invadia a gruta e atrapalhava sua visão.



 



- Lily, que bom que te
achei. – ele chegava mais perto – Estávamos te procurando por toda parte,
ficamos preocupados!



 



Ok, aquilo era uma
alucinação, só podia ser. Aquele ser ali na sua frente não era quem ela estava
pensando, não podia ser de jeito nenhum. Era extremamente irônico ela falar de
príncipe encantado e aparecer na sua frente exatamente o contrário, James
Potter.




 




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N/A: Então, o que
acharam? Finalmente o James apareceu, não? Acho que a Lily não gostou muito
disso, mas fazer o quê? Espero que tenham gostado!



 



Bjus;



 



Patrícia.


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