A Vida Continua...
Harry acordou sozinho na cama, com uma dorzinha chata de cabeça. Colocou os óculos bem na hora que Gina saía do banheiro, de toalha.
- Porque fugiu, hoje? - fez menção de se levantar.
- Eu não fugi. - abriu o guarda-roupa. - Esqueceu-se de que agora tenho que me alimentar por dois? Estou morrendo de fome!
- Que Merlin tenha piedade de mim! Tomara que você não encarne o Rony, viu? - provocou. - Mas você ia descer sem nem falar comigo? - fez cara de cachorro abandonado.
- Depois eu vinha te chamar, seu chato! Você dormiu muito pouco...
- Sei... - fez que não acreditava. - E porque você está tão longe?
- Porque eu sei que se eu estiver a pelo menos dois metros de você, não saio desse quarto hoje.
- Então você está me subestimando; eu posso me levantar e te agarrar, lembra? - deu um sorriso malicioso e preparou-se para fazer o que tinha dito.
- Eu não disse que você me impediria de descer... Eu é que não ia conseguir sair de perto. - falou calmamente, vestindo-se. - E é bom o senhor tomar um banho, viu? Ainda tá cheirando a alambique...
- Ei, ruiva, isso é injustiça! Fiz o que fiz pelo seu irmão, tá? - brincou. - Agora, se você quiser tomar banho comigo, vou de bom grado... - levantou-se devagar.
- Eu até tomaria, mas sei que você não vai me deixar sair tão cedo, e eu estou morrendo de fome, Harry!
- Espere aqui. - e saiu do quarto, todo assanhado, de pijama e descalço. Voltou em três minutos, com uma bandeja. - Pronto, coma!
- Eu não acredito! Harry, quem te viu desse jeito lá embaixo?
- Só a sua mãe. Acho que tá todo mundo de ressaca. Assim que entrei na cozinha, ela começou a rir e perguntou se você estava me batendo de fome... Eu confirmei e ela ficou com pena e preparou essa bandeja o mais rápido que conseguiu.
Gina sentou-se e começou a comer, e Harry levantou-se, espreguiçando-se.
- Você não quer comer nada? - ofereceu-lhe.
- Minha fome é outra, ruiva. Vou encher a banheira, não demore muito. - deu um beijo na testa dela e entrou no banheiro.
* * * * * * * * *
Desceram perto do meio-dia, e casa estava em polvorosa. Havia ruivos por todo lado, crianças correndo e pessoas rindo. Fred e Jorge passaram ao lado deles de óculos escuros, visivelmente de ressaca, com cara de poucos amigos.
Como o almoço ia ser servido no jardim, foram pra lá. Gina estava procurando Mione com o olhar, e meramente sentiu Harry estacando. Então percebeu; Tiago e Lily estavam à mesa, conversando com o sr. Weasley. Ela estava com os cabelos curtos, mas o porte era o mesmo, numa veste verde clarinha muito elegante. Ele, diferente do filho, mantinha-se sem barba, e o único sinal da idade era um tom mais prateado nos cabelos.
- Bom dia. - Gina anunciou a chegada deles.
Lily e Tiago se levantaram e foram abraçá-los, acompanhados de Sirius, Lupin e mais algumas pessoas, que só então Gina tinha visto.
- Mãe! - foi só que conseguiu falar. Abraçou-se a Lily e ficou lá.
- Ei, rapaz, deixe um pouco dela pra mim! - chegou Tiago, abraçando os dois.
Harry não conseguia falar. Abraçou o pai também, e Lily e Tiago se entreolharam, desconfiados. Sirius e Lupin tinham a mesma expressão.
- Calma, filho. Estamos aqui, deu tudo certo. - falou Lily. - Agora precisamos conversar. Vamos, minha querida. - disse para Gina.
Seguiram para uma árvore à beira do lago os dois casais, Sirius e Lupin. Lá estava mais calmo, e Tiago fez um feitiço imperturbalizante para impedir que outras pessoas se aproximassem. Sirius conjurou cadeiras e Harry desabou na mais próxima, ainda sem reação.
- Quando vocês voltaram? - perguntou diretamente Sirius a Gina.
- Chegamos há três dias. - não havia como negar; eles sabiam.
- Vocês vieram daquela época pra cá apenas há três dias? - impressionou-se. - Alguém mais sabe da missão?
- Minha família desconfia, mas apenas acham que nós estamos estranhos... Esperamos poder conversar com Dumbledore hoje.
- É melhor que ele explique a vocês tudo, mesmo. Acho que nenhum de nós sabe com exatidão o que aconteceu. - continuou Sirius.
- Mas podem ao menos nos dizer o que houve com Malfoy e Bellatrix.
- Ah, eles. - Sirius fez cara de nojo. - Foram presos quando passaram pelo portal. Dumbledore os levou para a sede da Ordem daquela época, e não soubemos mais nada deles.
- E o portal?
- Foi destruído completamente depois que eles passaram.
Gina suspirou de alívio e voltou a se preocupar com Harry, que continuava catatônico.
- Meu filho, você está bem? - sentou-se ao lado dele Lily.
- Mãe... - balbuciou. - eu - não conseguia falar.
- Oh, Harry! - Lily tinha lágrimas nos olhos. - Você não teve família, não teve nossas lembranças, não viveu o que a gente viveu... Você deve ter sofrido tanto! - abraçou-se ao filho e começou a chorar. Os homens evitavam se olhar, para que não vissem quão emocionados estavam. Gina mantinha-se à distância; sabia que esse era um momento dele.
- Mãe, desculpa eu não ter conseguido falar. - disse, depois de um tempo. - É tudo muito novo pra mim. Eu não sabia se ia dar certo, e nada me preparou para, de repente, ter uma família.
- Você não tem só a nós, meu querido... Tem dois irmãos, também.
- Mione me disse. Liam e Ellen, não é?
- Sim. Estão aqui, depois falaremos com eles.
- Que situação estranha! Vou ter que ser apresentado a todos, mas todos me conhecem... - pensou em voz alta. Subitamente pôs a mão na testa. - Como consegui essa cicatriz?
Os quatro se entreolharam, receosos. Lily tentou falar, mas não conseguiu. Tiago adiantou-se.
- Filho, peço-lhe paciência; a pessoa mais indicada para lhe dar as respostas que precisa é Dumbledore. Por hora, acho que a família ainda não deve saber do que houve, apesar de saber que todos são de confiança, não sabemos como reagirão.
Harry concordou com o pai, levantou-se e foi até a esposa, que assentia em aprovação à proposta.
- Você está bem? - perguntou quando ele se aproximou.
- Melhor impossível. - sorriu, e a puxou pela mão. - Mãe, Pai, tenho uma notícia pra vocês. - os Potter entreolharam-se, desconfiados. - Vocês vão ser avós!
- Que maravilha! Eu não acredito! - Lily gritou, correndo para Gina e parabenizando.
- Eu muito menos! Quer dizer agora que sou casado com uma avó? - Tiago fez graça, depois de dar um abraço no filho.
- Vovô Potter, é melhor o senhor calar a boca! - brigou Lily.
- Pontas, meu velho, essa expressão nunca foi tão redundante... - Sirius lhe deu um abraço.
- Vá se ferrar, Almofadinhas! Eu não tenho culpa se você resolver ficar no caritó! Eu já te disse mais de mil vezes que a vida de casado é maravilhosa... às vezes o filhos perturbam, mas é só lembrar que Hogwarts funciona em regime de internato que tudo melhora... - riu.
- Parabéns, Vovô! E parabéns para o novo pai também! Eu estava fazendo as contas aqui, e tenho que admitir que você foi rápido no gatilho... - disse Remo, abraçando os dois.
- Sem dúvida, meu caro Aluado, os Potter são muito eficientes... - Tiago tomou a palavra.
Lily e Gina reviraram os olhos. "Onde eu fui me meter, hein?" - pensou a última, divertida. Voltaram para a mesa, e Gina foi erguida nos braços, subitamente. Harry olhou com ódio para quem tinha feito isso, e Tiago o segurou, antes que esboçasse uma reação.
- Liam, ponha Gina no chão!
- Ah, pai... - fez uma cara de cachorro abandonado (aqueeela, já patenteada pelos Potter). - Eu só estava matando a saudade da minha cunhada favorita...
Gina não conseguia conter o sorriso. Liam era da altura do pai, ambos um pouco mais baixos que Harry, mas ainda assim, um grande trio. Tinha os cabelos mais claros e menos revoltos, e o verde dos olhos era mais tempestuoso, além do rosto liso, usava os indefectíveis óculos da família.
- Não se preocupe, Liam... Você sabe que também é meu cunhado favorito! - provocou.
- Vou fazer de conta que não sei que sou seu único cunhado, certo? - deu-lhe uma piscadela. - Como foram de viagem? - virou-se para o irmão.
- Foi tudo ótimo! E vocês, na Nova Zelândia? - mudou de assunto, ainda um pouco enciumado com a proximidade do irmão.
* * * * * * * * *
Harry usava uma veste negra de gala, e tentava dar um jeito nos cabelos. Ia ser o padrinho, então tinha que estar, no mínimo, apresentável. Gina ria dele. Havia acabado a maquiagem e estava se vestindo. Ele ficou extasiado, olhando para a ruiva, com um vestido prata colado das Damas de Honra, os cabelos soltos caindo pelas costas. Ela percebeu-lhe o calor do olhar e resolver implicar um pouquinho.
- Não adianta, Harry... Que pena que você não teve a sorte de ter cabelos bonitos como o de Liam. - tentava ficar séria, perante o olhar mortífero dele. - Parabéns, seu irmão é lindo!
- Então porque você não desce e fica lá, com ele? - indignou-se, desistindo de dar um jeito nos cabelos. Ela começou a rir, o que aumentou ainda mais a raiva dele.
- Porque eu ficaria com alguém que é lindo e simpático, se eu tenho um marido assim, como você? - continuou provocando, enlaçando-o pelo pescoço.
- Como assim, como eu? - abraçou-lhe, ainda com um pouco de raiva.
- Assim: chato, ciumento, mal-humorado, - a cada "qualidade", beijava-lhe de leve o rosto. - decidido, carinhoso, eficiente... - e começou a rir, lembrando-se da expressão "eficiência dos Potter".
- Ruiva, melhor você se afastar, senão vamos faltar ao casamento! - riu com ela. - E mantenha-se longe daquele afoito, viu?
Desceram e Harry correu para a tenda armada no jardim, onde os homens estavam, deixando Gina junto das mulheres, na sala dA Toca. Hermione estava na sala ao lado, terminando de se arrumar, acompanhada da mãe e da Sra. Weasley.
- Você está linda, filha! - falou uma emocionada Sra. Granger. - E a tradição?
- Mamãe, não precisamos dessas coisas, isso é besteira. - Mione desconversou.
- Que tradição, Beth? - perguntou a Sra. Weasley.
- É uma tradição trouxa, Molly; a noiva deve usar algo novo, algo azul e algo emprestado, para dar sorte.
- Sorte nunca é demais, minha querida! Gina, me ajude aqui.
Correram para conseguir as peças. O novo era a sandália alta delicada que Mione tinha comprado para o evento. O emprestado foi uma pulseira prateada de Gina, que combinava com o vestido. Então a Sra. Weasley entregou uma caixinha à Mione, sorrindo. A noiva abriu a caixa e não conteve a surpresa.
- Sra. Weasley, são lindos! - olhava para o par de brincos de prata com duas safiras em forma de gota. Era delicado e discreto.
- Eu me casei com eles, Mione. Que lhes tragam tanta felicidade quanto trouxeram a mim e a Artur. - emocionou-se, abraçando a nora. - Seja bem-vinda oficialmente à família, minha querida.
- Obrigada, Sra. Weasley. Por tudo.
* * * * * * * * *
Harry entrou na tenda e viu Rony com aquela cara que ele fazia antes de uma partida importante de quadribol, na época de escola. Quase riu, mas foi lá, apoiá-lo.
- Rony, você tá legal?
Rony só abriu a boca, e Harry meio que leu nos seus lábios um "tô!", fraquinho.
- Olhe, é só nervoso. Estar casado é muito bom. - sorriu. - Tente relaxar e, de vez em quando, lembre-se de respirar, pra não desmaiar em cima da Mione. - brincou, apesar de o amigo continuar com a cara estranha.
- Harry, - chegou Sirius. - seu pai quer falar com você. - deu-lhe um olhar significativo.
Harry explicou a Rony que voltava em instantes, e foi ter com o pai. Quando chegou ao local que Sirius havia indicado, encontrou Tiago acompanhado.
- Olá, meu caro. Soube que queria me ver. - falou do seu jeito característico Dumbledore. Harry percebeu que o pai havia contado ao diretor o que estava acontecendo.
- Professor! Eu tenho tantas perguntas e -
- Vejo que você continua com a mania de me chamar de professor. - deu um sorrisinho. - Chame-me de Dumbledore, Harry. Eu sei que você não se sente à vontade em me chamar de Alvo.
- O senhor há de convir que até pouco tempo atrás era meu professor. - falou, acompanhando o diretor e o pai para fora da tenda, indo até a mesma árvore á beira do lago de mais cedo.
Dumbledore conjurou três poltronas de chintz num lugar pouco à vista, e acenou para que sentassem. Tiago olhava preocupado para o filho, mas não ia se intrometer no que o diretor de Hogwarts tivesse planejado.
- Pois bem, Harry... Serei sucinto, tendo em vista que temos pouco tempo. Há muito tempo espero por esta conversa; muitas coisas foram alteradas, e sei que você deve estar se sentindo perdido, aqui. Seu pai me disse que vocês chegaram há três dias. - Harry assentiu, ansioso para que o diretor fosse objetivo. - Vamos ao início; naquela fatídica noite, os comensais entraram na escola e nós os prendemos sem grandes problemas. Até aí, tudo de acordo com o planejado. Então sentimos uma vibração muito forte e mágica, e eu percebi que vocês tinham conseguido. - sorriu. - Inicialmente, não vimos grandes mudanças, mas aos poucos percebemos que Voldemort estava desestabilizado.
- Desestabilizado? Como? - perguntou Harry, confuso.
- Meu caro, o poder não imana da pessoa; é algo concedido por alguém a alguém. Voldemort assumiu as proporções que assumiu até então porque as pessoas o temiam, veneravam ou seguiam. Com a magia liberada por vocês, não se sabe ao certo como, Voldemort ficou vulnerável, e isso foi percebido por todos. - parou um instante. - O nome de Voldemort nunca foi temido nesta época, como foi na sua. Ele não chegou ao auge, mas tentou desesperadamente chegar.
- Como o senhor sabe que o nome dele era temido, se isso nunca aconteceu para vocês?
- Lembra daquele pergaminho que você me entregou quando chegaram a Hogwarts? - Harry assentiu. - Pois bem; dentro dele havia vários pergaminhos, lacrados e endereçados magicamente, onde só se poderia ler se estivesse na mão no destinatário e de acordo com a especificação da carta. Por exemplo, eu lhe entreguei uma destas cartas pouco antes do natal daquele ano, falando de Gina, lembra?
- Lembro, mas não sabia que havia outros pergaminhos.
- Havia um para entregá-los caso falhassem, outros individuais, caso acontecesse o pior com algum dos dois, e alguns para mim, para serem abertos no decorrer do tempo, para monitorar alguns fatos que são mais fortes que a nossa intromissão pueril no tempo. - Harry não estava entendendo, e Dumbledore percebeu. - Meu caro, no nosso tempo, você também é conhecido como o Menino-Que-Sobreviveu, mas são poucos os que sabem disso. Basicamente, só a Ordem da Fênix. Voldemort soube da profecia e tentou a todo custo matá-lo, mas só te deixou esta curiosa cicatriz.
- Professor, como eu posso ter sobrevivido? Na minha época, eu só resisti porque minha mãe morreu para me salvar. - falou, baixo.
- O quê? - era a primeira vez que Tiago falava.
- Como eu estava dizendo, - Dumbledore fez um aceno para que Tiago se acalmasse. - A malha do tempo é intrincada por demais para que possamos explicá-la. Não sei se você vai entender, mas foi você quem se salvou. No momento em que alterou o seu passado, pôde alterar o curso natural das coisas.
Apesar do discurso confuso, Harry havia finalmente entendido. Já havia acontecido uma vez, no seu terceiro ano, quando pensara ter visto o pai lançando um patrono sobre cem dementadores, e depois soube que ele mesmo havia feito isso, com a ajuda do Vira-Tempo de Hermione.
- Prof... Dumbledore, e Voldemort morreu, depois que o feitiço saiu pela culatra?
- Não, Harry. Ele tentou se reerguer, e foi atrás de você de novo. Então ele finalmente perdeu, já que encarava tudo como um grande jogo, um jogo de poder, ele perdeu e o mundo se libertou da sombra dele. Isso aconteceu no seu sétimo ano em Hogwarts.
Silêncio. Harry tentava absorver a conversa. Tiago o encarava, curioso desse agora estranho passado.
- E agora? - perguntou mais para si que para os outros dois.
- E agora, Harry, viva a sua vida. O mundo foi confiado às suas mãos e às de Gina, e agora é hora de deixar as coisas seguirem seu rumo. - sorriu. - Seu pai me disse que você vai ser pai; meus parabéns! Ouso dizer que, apesar de saber que você e Gina estavam destinados um ao outro, eu cheguei a duvidar que vocês dois pudessem se entender.
Harry riu. Estava se acostumando a escutar essas histórias dele com Gina, e ficava imaginando o que havia acontecido. Estava feliz, como nunca havia se permitido estar. Agora tinha família, era casado com a mulher que amava, e não havia nenhum assassino à espreita.
- Caso você queira saber com mais detalhes os acontecimentos, apareça quando quiser em Hogwarts. - falou, quando voltavam à tenda, para o casamento.
* * * * * * * * *
Harry tentava se concentrar, mas não conseguia. Queria gritar de felicidade, agarrar-se à Gina, ou simplesmente rir da cara embasbacada de Rony quando Mione pisou no tapete vermelho, acompanhada do pai, rumo ao noivo. Como padrinho, não era de bom tom ter uma crise de riso no altar.
Mione aproximou-se radiante, e Rony não conseguia nem se mexer. Ela segurou a sua mão e o guiou para o altar, onde Dumbledore sacramentou a união. Harry olhou para Gina durante toda a cerimônia, imaginando como teria sido o casamento dos dois. Acordou ao levar um cutucão nas costelas de Fred, pedindo as alianças.
Terminada a cerimônia, foram para o Salão, feito na base do campo de quadribol. Os recém-casados fizeram a primeira dança, e Harry correu para segurar a sua ruiva, antes que o seu querido irmãozinho se atrevesse a fazê-lo. "Vou ter uma conversinha com este rapaz, em breve!" - pensou, puxando a esposa pela mão, para a pista de dança.
- Conversei com Dumbledore, Foguinho. - disse, ao seu ouvido, percebendo-lhe a tensão. - Ele mandou que cuidássemos de nossa vida, agora que somos uma família. - sorriu.
- Harry, é sério? - ela segurou o rosto dele.
- Seriíssimo. Depois a gente conversa sobre isso, ruiva. Eu só queria que você soubesse que não tem mais volta; estamos juntos. - beijou-lhe longamente. - Antes que eu me esqueça: você quer casar comigo, Ginevra?
- Não me chame assim! - deu-lhe o já conhecido tapa no braço. - E já somos casados, Potter! Esqueceu?
- É, mas nós não lembramos, Foguinho.
- Ia ser muito estranho casar de novo, Harry. O papel já temos, e nossas famílias sabem que a gente se ama. Agora, - deu um sorrisinho maroto. - se você quiser pular o papo do casamento e partir para a Lua-de-Mel, eu não me oporia...
- Fechado! - e ficaram abraçados, no meio do salão.
* * * * * * * * *
- Pára com isso, Harry! Já disse que a Mione está lá! Você vai furar o chão, se não parar de andar para um lado e para o outro, desse jeito!
- Mas é a minha mulher que está tendo um filho, Rony!
- Será que meus ouvidos me enganam? Um filho, apenas? Então eu sou o campeão! - ergueu os braços Jorge, cantando vitória, sentando-se ao lado de Alícia e dos gêmeos, Alan e Artur, homenagens aos pais de cada um.
- Não tão rápido, Jorge! Eu ainda tô no páreo! - implicou Rony.
- Harry! - Mione o chamou, da porta do quarto. Ele quase derrapou na porta do quarto, de tão rápido que vinha. Olhou para a cama e viu Gina ninando a criança.
- Você tá bem, Foguinho? - disse baixinho, sentando-se na cama.
- Diga oi pro papai, Brian!
Resolveram homenagear Dumbledore dando-lhe o nome ao seu primeiro filho, e dos trocentos nomes do ex-professor, o mais "aceitável" era Brian. Harry até implicou um pouco com Gina, fazendo questão que fosse Wulfrico, mas ela "estranhamente" não aceitou.
Era tão pequenininho; com os cabelos pretos e espetados, olhinhos fechados. Quando começou a mexer os bracinhos em direção a ele, Harry não se agüentou.
- Te amo, Gina. Obrigado por me fazer tão feliz. - beijou a mulher, emocionado.
Depois que o bebê dormiu, e Gina foi descansar, Harry foi para a sala, receber os parabéns e comemorar com a sua família. Como sempre deveria ter sido.
FIM
* * * * * * * * *
Quero me desculpar pela demora do post, mas como vou fazer a continuação, tive que ter muito cuidado com o que ia pôr nesse capítulo. Como vocês viram, fui bem breve nas explicações, pra não perder a graça quando for pra outra fic.
Ainda não decidi o nome da próxima, mas vai ser mesmo desse tempo de Harry na escola, seus encontros e desencontros com a Foguinho (praticamente um incêndio =D ), e suas aventuras.
Não posso me furtar de agradecer aqui todos os que estiveram aqui sempre, apoiando. Nomes em ordem alfabética, pra não dar confusão! =D
* Aluada
* Arthur Lacerda
* Beatriz Evans
* Bernardo
* Daniele
* Dé
* Gabriela Granger
* Gika Black
* Gina Potter
* Glaucia
* Kawa Potter
* Larissa
* Le_Black
* Leticia.weasley
* Lili Black
* Lily_Granger
* Marta Santos Weasley Malfoy
* Michelle Granger
* Pontas
* Shadow sn
* Sonia Sag
* Thalita
Muito obrigada!! Até a proxima! Bjos =D p.s. por enquanto, não vou fechar a fic, pois vou dar uma revisada nos capítulos. Até o fim de semana, devo começar a postar a nova.
Comentários (1)
Que fic linda!
2015-04-23