Doce Engano



Gina não entendeu após ler a carta, por que Snape não voltou para Escola. Apesar de ter ouvido Dumbledore dizer que ele fora tomado por forças malignas, a carta escrita por ele, não tinha nada em que ela pudesse perceber alguma mudança. Snape também pedira para que a ruiva não contasse para ninguém, pois sentia-se envergonhado. Mesmo não concordando, porque pelo que ficara sabendo, ele não fizera nada de mais. A maioria dos alunos só ficou sabendo do ocorrido quando Dumbledore anunciou no dia seguinte que o Professor Snape estaria ausente por tempo indeterminado.
E assim, durante alguns dias, os alunos ficaram sem aulas de Poções, já que o Diretor da Escola, não encontrava ninguém para lecionar a Matéria.


Finalmente o fim de semana chegara e junto veio o dia em que os alunos iriam para Hogsmead. Gina arrumou-se com alegria. Iria ver seu amado. Não contara nem mesmo a Hermione, sua grande amiga e muito menos para Harry e Rony.


Após a habitual revista feita por Filch, Gina saiu acompanhada do irmão e dos amigos. Quando estavam próximo ao Três Vassouras ela mentiu dizendo que iria procurar Luna para conversar. E foi andando até o local em que Snape escrevera na carta.


Era uma rua sem saída. Apesar de ser dia, a rua era escura e suja. Não via nada além de várias latas de lixo e gatos. Ao chegar próxima da parede no final da rua foi agarrada por trás. Tentou gritar mais uma mão tapou sua boca:


-Calma, sou eu Gina – a ruiva reconheceu na hora a voz e acalmou-se. Então foi solta.


-Sev – Gina disse abraçando-o – Fiquei tão preocupada. Pensei que estivesse acontecido algo com você.


-Eu também senti sua falta. Agora vamos entrar aqui – Snape apontou a parede.


-Onde? – indagou Gina que não via nada além da parede. Mas a um toque de varinha do Professor de Poções uma porta surgiu imediatamente.


Ele entrou e puxou Gina pelas mãos. Era um enorme salão de festas abandonado.


-Como você descobriu esse local? – disse Gina surpresa.


-Eu sei muitas coisas que você nem sonha saber – Snape disse olhando-a maliciosamente. Gina ficou sem graça ao ver que Snape olhava com enorme desejo. Depois do que acontecera naquela noite, ela nunca soube se ele gostou ou não.


-Você está linda... – disse ao final de alguns segundos.


-Obrigada – Gina corou.


-Eu sei o que deve estar pensando – Snape falou – Que eu não mencionei nada sobre aquela noite na carta. Deve estar pensando que eu não gostei.


Gina concordou com a cabeça. Ficou feliz em ver que ele conseguia ler seus pensamentos através dos seus olhos.


-Foi muito bom Gina – Snape aproximou-se – E espero que hoje seja melhor ainda – dizendo ele agarrou-a e beijou-a com sofreguidão. Os carinhos foram se intensificando até que eles, ali, naquele local não muito romântico se entregaram ao amor que os uniram.


Gina agora estava deitada sobre o corpo de Severo. Ele conjurou um grande cobertor em que estavam deitados. Ele acariciava os longos cabelos da ruiva.


-Gina, você conversou com o Professor Dumbledore?


-Sim, ele me contou o que fez – Gina ergueu a cabeça para olhar nos olhos de Snape – Ele me disse que você...- ela não sabia que palavras usar.


-Que eu estava dominado pelo Mal que tirei de você.


-É. Mas acho que ele errou não é? Você é o mesmo de antes.


-Ele disse se havia algo para modificar o ritual?


-Não. Ele me disse que até agora nada foi encontrado. Mas ficará feliz em saber que você está normal.


Snape levantou-se e colocou Gina deitada sobre o cobertor.


-Ele disse algo sobre a morte de Yahkala?


-Quem?


-O Mago que fez o ritual.


-Não. Mas ele morreu? Como você sabe? Foi procurá-lo? Snape, o que está acontecendo? – Gina levantou-se – Você não está bem?


-Eu? Estou ótimo. Melhor que nunca Srta Weasley.


-Hã?


-Agradeço pelas informações e pelas horas de prazer que me proporcionou. Agora se quiser voltar para o grande Potter com vida saia daqui agora.


-O que está dizendo? Horas de prazer? Sev, explique-se!


-Sev? Oras Weasley. Não vai me dizer que achou que eu gostava de você? Você foi apenas um passatempo.


Gina estava chocada. Aquele homem que estava a sua frente não era o Snape que amava.


-Pare com isso. Não deixe o mal dominar você. Se você fez o que fez por amor, lute. Por mim.


-Quem disse que eu fiz por amor? Desde o começo o que eu queria era o grande poder que você tinha. Nada mais. Aliás era repugnante dizer que amava você. Como vocês garotas são sentimentais. Algumas palavras adocicadas e tive o que eu quis.


As lágrimas corriam abundantemente pelo rosto da ruiva. As palavras de Snape a penetravam como dardos envenenados.
Pegou seu casaco e saiu em direção à porta. Snape a chamou


-Vou enviar uma carta ao Potter dizendo que ele é tão idiota e lento que eu peguei e usei o que ele mais queria antes dele. Bem, não sei se fui o primeiro. Você troca de namorado como troca de roupa. Mas mesmo assim eu me diverti bastante Weasley. Lembranças aos seus pais.


A fúria que cresceu em Gina ao ouvir aquelas palavras a fez voltar e dar um belo tapa na cara de Snape. O rosto do mesmo começou a sangrar, pois o anel de Gina cortara-o.


-Nunca mais fale de meus pais. Juro que a partir de hoje a única coisa que vou sentir por você será um desprezo mortal.


Gina saiu correndo. Ao chegar fora do salão, na rua sem saída, uma nevasca intensa caía. Mas isso não fez ela recuar. Saiu correndo sem direção. Foi quando trombou com alguém. Era Harry que estava vindo com um pacote de doces na mão.


-O que houve Gina?


-Harry – Gina agarrou o amigo – Me ajude! –e desabou chorar.


Harry não entendeu nada mais guiou Gina até um pub próximo. Era o local em que esteve com Cho em seu quinto ano. Levou até uma mesa ao fundo e pediu uma bebida quente, que ofereceu a amiga. Esperou que Gina tomasse a bebida e perguntou:


-Gina, por favor, fale o que aconteceu?


-Eu sou uma idiota Harry!


-Não diga isso.


-Ele me usou!


-Snape?


-É.


-Como você sabe? Ele está sumido.


-Eu o encontrei hoje.


-Onde?


-Não sei. Mas não interessa. Foi horrível. Ele me disse coisas terríveis. Que eu fui apenas um passatempo para ele.


-Cretino! Eu disse a você que ele não era de confiança. Eu tentei te avisar. Mas ele pagará caro.


Gina abaixou-se na mesa. Sua cabeça doía muito. Em uma mesmo dia o sonho de rever Snape se tornou um terrível pesadelo.


Harry aproximou-se de Gina. Alisou os cabelos da amiga.


-Eu estou aqui Gina – Harry beijou a cabeça de Gina, sentindo o cheiro delicado do perfume dos cabelos dela – Prometo que irei te proteger. Para sempre.


Gina olhou para Harry. Sentia sinceridade nas palavras do amigo.


-Obrigada Harry – disse – Eu vou precisar de todo seu carinho.


-Você tem todo o meu amor Gina. Eu te amo – Harry passou a mão no rosto da ruiva, limpando suas lágrimas – Você vai ser muito feliz. Eu prometo.



Continua

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