A Espera da Retirada



Pensando no que lhe havia acontecido nos útimos 5 anos, Harry Potter pensava que era muita sorte estar vivo para contar. O garoto era um bruxo, conhecido mundialmente como "O Menino Que Sobreviveu" aos ataques de Lord Voldemort (o mais temível bruxo das trevas do século), mas ele não se orgulhava nem um pouco disso. Ele estudava na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, lugar de onde já escapara de várias enrrascadas, e era isso que o fazia filosofar sobre sua tremenda sorte.
Até o segundo ano, as coisas em Hogwarts podiam ser classificadas como suportáveis, mas tudo começou a complicar no terceiro, quando o responsável pela morte de seus pais escapara mais uma vez. No quarto ano, a volta ao país de seu maior inimigo, o próprio Voldemort, deixou-o com profundas e terríveis lembranças; e por fim, no quinto, ele presenciara a morte de seu ente mais querido, o seu padrinho Sirius Black. Sirius não era parente consangüineo de Harry, apenas fora o melhor amigo de James Potter, o pai do garoto, em sua época escolar e depois dela. Sirius fora considerado o responsável pela morte dos Potter, quase 16 anos antes, mas injustamente.
E agora vinha a solidão... Harry sabia que nunca mais receberia sequer um cartão de aniversário, ou uma notíca qualquer, mas mesmo assim ele, às vezes, se pegava olhando pela janela da rua dos Alfeneiros, esperançoso, aguardando uma coruja, para depois se lembrar que não viria coruja nenhuma e chorar.
Sim, Harry Potter também chorava. É claro que não derramava suas lágrimas por qualquer motivo banal, mas quando se tratava de seu padrinho, era o que acontecia. Ele evitava que os Dursley o vissem chorando (com certeza seria uma ótima chance para Duda rir dele), por isso passava a maior parte do tempo em seu quarto esperando o dia de ragressar à Hogwarts.
Outra coisa de que Harry sentia falta era de seus dois melhores amigos na escola, Rony Weasley e Hermione Granger. Fazia quase um mês que eles não se viam, e nem se correspondiam, pois estavam passando por momentos difíceis na Ordem da Fênix. A única carta que recebera nas férias fora um envelope da Mione, contendo uma borracha vermelha berrante... Harry reconheceu um berrador, mas não pode imaginar que utilidade aquilo teria. O que Harry queria mesmo era deixar a casa de seus tios e ficar com os amigos, pois há duas semanas ele não estava conseguindo dormir.
O que atormentava seu sono era um pesadelo mais do que sinistro: ele caminhava por uma alameda cercada de àrvores dos dois lados; de repente, ouvia uma voz alta e estridente gritando "AVADA KEDAVRA!'. Essa era a fórmula mágica para o pior feitiço que uma varinha podia executar, era o feitiço da morte. No sonho, Harry era atingido por uma luz verde intensa, e isso provocava uma dor tão forte, que ele acabava acordando. Uma coisa que o intrigava era o fato de que a voz que gritava o feitiço era feminina, ao contrário do que ele imaginava pois pensava que era a voz de Voldemort, pronto para matá-lo e vingar 15 anos de sofrimento.
Por isso ele aguardava tão insistentemente a chegada de seus amigos e alimentava a esperança de que se isso acontecesse antes de seu aniversário, ele poderia ter a sua primeira festa com direito a parabéns e tudo

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