Herança?
Capítulo 4: Herança?
Mood apareceu e levou o comensal para o ministério, antes de sair deu palmadinhas nas costas de Harry murmurando bom garoto. Harry já tinha arrumado toda a cozinha de Tia Petúnia e resolveu ir até a sala para ver como está a tia. Petúnia estava sentada na poltrona que tio Valter geralmente sentava-se para assistir o noticiário, ela não mexia um músculo sequer. Duda estava desmaiado no sofá de três lugares, tinha uma aparência doentia.Lupin veio até Harry e disse:
- Já podemos ir?
- Antes preciso conversar com minha tia sobre o Duda, é rápido.-respondeu Harry e dirigindo-se a tia falou:
-Tia o Duda pode ter febre por alguns dias, não tente dar remédios trou...Normais para ele. Eu irei mandar uma poção para ele tomar de seis em seis horas, por favor, se a senhora não der a poção o Duda pode morrer, pois a maldição que ele recebeu é muito forte.
Ela apenas assentiu com a cabeça. Harry virou-se para pedir que Lupin fizesse outra chave de portal quando ele ouviu a voz bem fraca de sua tia lhe chamar- Harry? –Ele se virou para ouvi-la – O o obrigada.- Ele sorriu penalizado com o estado dela e esquecendo as mágoas da infância assentiu de volta em gesto de concordância.
- Pode fazer o portal.- Pediu Harry
Pouco tempo depois já estavam na frente dos portões de Hogwarts, Harry entrou tentando não pensar na última vez que tinha feito o mesmo trajeto. No saguão de entrada Mc Gonnagall já estava a espera dos dois.
- Mood já me relatou o acontecido. Vocês estão bem? – Disse ela olhando para os dois como quem procura algum osso quebrado ou uma ferida horrenda.
- Sim estamos – Respondeu Lupin.
- Então vamos que temos muito que conversar.
Harry olhou para um e para o outro sem entender. Foi seguindo ambos sem prestar atenção ao caminho. Como era bom estar em casa, como era bom estar em Hogwarts! Cada estátua, cada armadura, cada um daqueles corredores tinha uma história para contar.Uma grande paz inundou seu coração. Mas nada o preparava para o que estava por vir.
Eles pararam em frente à Gárgula de pedra que o menino que sobreviveu tão bem conhecia. O coração de Harry que estava cheio de paz esvaziou-se de repente e uma angústia inundou sua alma. Ele segurou uma lágrima ao saltar para a escada giratória. Não queria estar ali, era horrível ter que reviver momentos que ele queria esquecer, doía demais!
Lupin olhou penalizado para ele, sabia que ele estava sofrendo. Mc Gonnagall abriu a grande porta de carvalho e pediu que eles entrassem. Harry entrou ainda muito triste e reparou que ali tinha pouca coisa mudado, apenas os instrumentos prateados que outrora ali estiveram sobre a mesa madeira estilo Luiz XV deram lugar a uma pilha de livros. Harry olhou os quadros da parede e se deteve em um. Era Dumbledore. Este piscou para ele, ele retribuiu com um olhar sem graça e voltou sua atenção a professora de Transformação.
- Sentem-se e peguem um biscoito- Disse ela entregando um pote de biscoito para eles – Bom Harry eu vou ser bem direta com você, eu lhe chamei aqui para lhe entregar a parte que lhe cabe da herança de Dumbledore
Deja vú. Herança ele? Dumbledore não era seu parente, apesar de Harry ter sempre pensado nele como um avô, e não era seu padrinho, ou seja, não tinha o porquê deixar uma herança para ele. Resolveu perguntar, mas sua voz pareceu vacilar: - h herança?
- Sim senhor Potter uma herança. Era da vontade dele que você ficasse com a Fênix, Fawkes, com a penseira, com todos os pensamentos, e com a espada de Gryffindor. Além da herança ele deixou para você uma carta- Ela abriu uma gaveta da escrivaninha e tirou de dentro um envelope endereçado a ele com uma caligrafia muito fina em tinta verde- Tome é sua.
Ele pegou a carta e abriu.
Caro Harry,
Eu sei que você deve estar muito triste com a minha “ausência permanente”, mas existem muitas coisa que eu preciso lhe explicar e outras que preciso lhe pedir, por tanto eu sugiro que leia com atenção esta carta.
Eu sei que você e seus amigos estão com muita vontade de sair atrás dos Horcruxes, mas eu peço a você um pouco de paciência. É de essencial importância a busca dos pedaços de alma de Voldemort, mas eu gostaria muito que você e seus amigos terminassem seus estudos em Hogwarts. Eu deixei uma carta a Mc Gonnagall explicando aquilo que ela tem que saber sobre sua missão e pedindo certar regalias a você e a seus amigos para que possam se dedicar exclusivamente aos estudos à missão.
Eu “sugeri” a Minerva que você neste último ano ficasse com a vaga de professor de DCAT dando aulas a alunos do primeiro ao quarto ano e também sugeri a ela que Hermione ficasse com o cargo de professora de Transfiguração dos mesmos anos que você. Para seu amigo Rony eu dei a idéia a Minerva para abrir um grupo de estudos avançados em duelos e o colocasse para presidir. Estas medidas não são coincidência e nem prêmios, apesar de vocês merecerem, são apenas disfarces para melhorar a suas vidas e facilitarem na vossa missão.
Veja bem Harry, os professores de Hogwarts têm acesso livre à seção restrita da biblioteca, entram e saem do castelo a hora que quiserem e têm aposentos reservados a eles (que eu tomei o cuidado de providenciar um ao lado do outro e com passagens secretas entre si). Vocês serão como quaisquer estudantes de sétimo ano, apenas com a diferença que não terão tarefas, para não sobrecarrega-los, e terão aposentos particulares.É importante este disfarce não só por todas as regalias que o emprego pode proporcionar, mas também para manter as aparências ao ministro da magia, pois o assédio dele para com você pode acabar os prejudicando na missão.
Quanto a minha herança a você, são coisas que lhe serão de grande valia na missão. A penseira é para você reanalisar todos os fatos que até agora descobrimos e acrescentar todos aqueles que você ainda vai descobrir.A espada é o único artefato com que você conseguirá destruir os Horcruxes. Fawkes será uma grande companheira durante toda a sua vida, ela lhe escolheu como dono desde o dia que ela te levou o chapéu seletor na câmara secreta.
Não vou lhe dizer como eu já sabia que minha hora de partir deste mundo estava chegando, mas tenho certeza que um dia você descobrirá. Eu desejo que você seja muito feliz e que cuide bem de uma certa ruivinha (Como eu sei? Não é segredo para ninguém depois de um certo espetáculo na sala comunal da Grifinória. Os Potter têm uma certa “quedinha” por ruivas). Só resta agora eu lhe dizer: boa sorte e cuidado. Vigilância constante!
Alvo Dumbledore
Ele acabou de ler a carta com um ânimo renovado. Sentiu como se mil toneladas fossem tiradas das suas costas. Passou a carta para Lupin ler e depois que ele já tinha lido passou a mesma a Mc Gonnagall. Depois que todos leram a carta Minerva perguntou:
- E então Harry, aceita o cargo de professor?
- Claro professora- disse Harry contente- Mas tenho que conversar com Rony e Hermione.
- Vou pedir para Molly que traga ambos aqui. Se concordarem receio que terão que passar o restante de suas férias conosco no castelo, para não levantarem suspeita.- Minerva escreveu um bilhete rapidamente e olhou de volta para ele – Harry será que poderia usar Fawkes para entregar a carta para Molly? , ela é mais rápida que uma coruja.
Ele assentiu que sim. Pegou o bilhete estendido por Mc Gonnagall e foi até a fênix.Acariciou sua cabeça dizendo: -Fawkes será que poderia entregar a carta para a senhora Weasley? – A fênix soltou um canto feliz em assentimento, pegou a carta pelo bico e sumiu e um estalo.
Bom senhor Potter, agora eu creio que o senhor queira ir conhecer os seus aposentos. Lupin leve-o aos aposentos dele, por favor, enquanto eu converso com o senhor Weasley e a senhorita Granger
- Professora Mc Gonnagall ?- Disse Harry antes de sair.
- Sim ?
- Eu gostaria de fazer um pedido à senhora. – Ele enrubesceu.
- Pode falar.
- Eu gostaria que Gina viesse passar o resto das férias conosco – Disse ele todo encarnado- bom...é que ela ficará só se não vier para cá e...
- Claro senhor Potter, mas vou avisando que ela dividirá o quarto com a senhorita Granger, e peço que o senhor se lembre de que aqui é uma escola e que o respeito é algo imprescindível.
- Obrigada professora.- Harry já ia saindo quando Mc Gonnagall disse:
- Senhor Potter?
- Sim ?
- Agora que é professor pode me chamar de Minerva, mas durante as nossas aulas tenho que pedir que o senhor continue a me tratar com formalidade.- O seu rosto esboçou um sorriso e Harry também sorriu assentindo com a cabeça.
- Sim M Minerva, com licença.
Eles saíram da sala enquanto Mc Gonnagall abria um livro e começava a fazer anotações em um pergaminho
~~~~~~~~~~~~*~~~~~~~~~~~~~*~~~~~~~~~~~~*~~~~~~~~~~~~~~*~~~~~~~~~~~~
Na Toca, a senhora Weasley estava aprontando o jantar, Gina e Hermione estavam no quarto conversando e Rony estava tirando uma soneca no sofá na sala.
Fawkes chegou com um estalo deixou a carta, uma pena e novamente desapareceu. A senhora Weasley assustada pela aparição da fênix que pertencia a Dumbledore, abriu a carta.
Cara Molly
Preciso que seu filho Rony e a senhorita Granger estejam aqui em Hogwarts o mais rápido possível com todas as coisas arrumadas já para o ano letivo. Diga a eles que o menino Potter vai ficar no colégio também, portanto é necessário que tragam as coisas dele.Não há tempo para explicações, eles lhe enviarão corujas para explicar o ocorrido, mas posso lhe adiantar que são boas notícias. Mande-os via pó de flú.
Minerva Mc Gonnagall
Quando ela acabou de ler, outro bilhete chegou.
Envie Gina com os outros.
Molly acordou Rony e chamou as meninas explicando que teriam que partir. Todos ficaram eufóricos com a partida para Hogwarts.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!