Lianne (Provisorio)
_Muito bem. -Falou Snape. _Comecem.
_Crucio. -Gritou Draco ao ouvir o sinal de partida. A maldição foi em um jato verde musgo na direção de Harry. Os alunos prenderam a respiração por aquele ser um feitiço negro. O moreno se abaixou e o jato verde musgo passou a centímetros de sua cabeça, acertando uma pilastra logo atrás de si, que rachou. Realmente aquela era uma magia negra de grande porte. _Vejo que é bom em fugir, Potter.
_E vejo que aprendeu truques novos. –Falou Harry devolvendo o tom de desafio do loiro. _Vamos ver se continua assim. _Lesk. -Uma cruz roxa saiu da ponta da varinha de Harry, indo rapidamente na direção de Draco, que ficou surpreso, aquilo era magia negra avançada. O loiro fez um movimento silencioso com a varinha e uma redoma esbranquiçada se formou. A cruz roxa bateu e foi refletida com força total, o loiro sorriu em sinal de vitória, a cruz ia bater no moreno quando este levantou a mão esquerda, interceptando o feitiço, uma forte rajada de vento passou pelo moreno, um vapor esbranquiçado saía de sua mão atingida, um sorriso maior e frio se instalou em seus lábios. _Eu sei que você pode mais que isso. –Falou Harry provocando o loiro, que rapidamente fez a redoma branca sumir e começou a correr muito rápido em direção ao moreno. Os alunos ficaram quietos, aquela pequena troca de feitiços acontecera em um minuto, mas provavelmente fora destrutiva o bastante para derrubar uns dez comensais.
Draco, quando estava a dois passos de Harry, pulou dando um mortal por cima do moreno e, ainda no ar, apontou a varinha para o topo da cabeça do adversário. Um jato negro ia acertar a cabeça de Harry, quando um pano escuro formou uma redoma em volta dele. Todos ficaram surpresos ao ver que aquilo fora o sobretudo que mudara de forma, agora estava negro, mas parecia refletir a luz, alguns que estavam mais perto viram pequenas escamas negras como de dragões, o jato negro bateu de encontro com o tecido e voltara para o alto, segundos antes de Draco por os pés no chão. Quando o loiro assim o fez, o tecido voltou a ser o sobretudo, Harry se virou rapidamente e agarrou a Malfoy pelo pescoço, o levantando do chão.
_Ora Malfoy, assim você não faz nem ter graça. –Falou Harry, seu tom levemente mais grave, os olhos verdes pareciam ficar mais claros e, por um segundo, o loiro pensou vê-los ficar amarelos, mas logo eles voltaram ao normal.
_Você fala demais Potter. –Falou Draco com dificuldade e largou a varinha. Muitos pensaram que aquilo significava desistência e olharam para Snape, mas este nem se mexia, continuava a olhar o pequeno duelo e viu com surpresa pequenas linhas cinzentas e brancas formarem uma pequena esfera nas palmas das mãos de Malfoy. Quando a esfera estava do tamanho de uma bola de beisebol, ela ficou azulada, a da esquerda se alongou no que parecia ser uma estaca branco azulada, a qual rapidamente tentou cravar no braço do moreno, mas este o largara com reflexos tremendamente rápidos para um humano comum e saltara para trás caindo a apenas um passo do fim da plataforma. Os alunos ficaram surpresos. _Vamos ver como você se sai contra um usuário do DOM.
_O Dom do gelo é algo secundário. –Falou Harry com desinteresse e então guardou a varinha dentro do sobretudo sem tirar os olhos do adversário. Quando ele tirou a mão do sobretudo viram o que parecia ser uma adaga negra de não mais que trinta centímetros da ponta da lâmina negra até o cabo. Aquilo parecia mais a sombra de uma adaga do que uma adaga em si. _Vamos ver o quão forte você pode ficar.
Foi como se uma sombra se movimentasse, pois foi isso que os alunos viram, nada mais que uma sombra que chegou a Malfoy com uma grande velocidade, o som de metal se chocando com algo duro percorreu o salão principal e eles viram Harry e Draco medindo forças. A adaga negra junto a estaca de gelo azulado, um fino vapor começou a brotar da plataforma e a se espalhar pelo salão. Draco, com a mão direita em que a esfera ainda se encontrava, tentou golpear Harry no peito, mas este se curvara para trás em um ato quase humanamente impossível e se colocara de volta ao mesmo lugar. A plataforma de madeira um pouco escura ficou negra como a mais profunda escuridão, o moreno pulou quase três metros de altura quando milhares de estacas negras subiram da plataforma, fora muito rápido. Quando Draco percebeu que as estacas estavam aparecendo, jogou a esfera azulada no chão e todas as estacas negras foram cobertas por uma grande camada de gelo e em seguida estilhaçaram.
_Use o seu Dom. –Falou Draco irritado.
_Já usei. –Falou Harry. A plataforma ainda continuava negra. _Acabei de transformar essa plataforma em meu território, cada golpe que você tentar dar, cada coisa que você pensar, eu saberei antecipadamente, usuários do Gelo demoram para aprender isso. –Falou Harry, que só agora caiu na plataforma de maneira suave. _Malfoy, seja bem vindo ao território das sombras. -Harry fez um movimento com as mãos como se levantasse algo invisível, milhares de adagas saíram da plataforma, eram negras e apontavam para o loiro, que se viu praticamente cercado. Porém ele também poderia fazer aquilo, todo o vapor esbranquiçado que se espalhou pelo salão pareceu retornar rapidamente para a plataforma e, de repente, o salão principal estava repleto de estacas de gelo brancas que refletiam a luz da sala, um frio invernal passou por todos.
_Adeus Potter. –Falou Draco, as estacas voaram na direção de Harry, ao mesmo tempo em que as adagas voaram na direção de Draco.
Foi muito rápido. Houve um grande choque que fez todas as luzes se apagarem e ninguém conseguiu ver nada, o próprio chão parecia tremer. Quando as luzes voltaram como se nunca tivessem sido apagadas, a plataforma estava quase inteiramente repleta de estacas e adagas cravadas na madeira, que voltara a cor normal. Ainda em suas posições estavam Harry e Draco com cortes profundos no rosto e nas roupas, o sobretudo de Harry parecia mais um trapo, as roupas luxuosas de Draco foram quase inteiramente esmigalhadas, mas ambos estavam em pé, um encarando o outro. Repentinamente um correu em direção ao outro, Draco fechou o punho e tentou acertar um soco em Harry, este se abaixara e dera uma rasteira no loiro, que viu o chão sumir de repente de seus pés e não teve tempo para se levantar, pois antes mesmo de suas costas tocarem a plataforma, Potter já estava de pé ao seu lado, com o punho fechado de onde uma fina aura negra circulava o braço. O punho desceu quando ele sentiu a plataforma em suas costas, em seguida a pressão em seu peito abriu a boca e sangue saiu dela, espirrando para longe e acertando parte do rosto do moreno, que ainda sorria. Antes de desmaiar ouviu algo rachar.
O que Malfoy não viu foi a plataforma ser reduzida a entulhos, mas mesmo assim Potter continuava de pé ao seu lado. O silêncio reinou até que Snape se aproximou dos combatentes e olhou atentamente para Draco, não foi preciso uma análise mais profunda para notar que ele talvez estivesse em estado grave.
_Potter venceu. –Falou Snape como se aquelas palavras fossem algo difícil de pronunciar. O salão ainda estava quieto e nem mesmo Rony, Hermione e Gina esperavam aquilo, pelo menos nada naquele estágio.
_Alguém mais dúvida da minha capacidade? -Perguntou Harry em tom alto. Ninguém ousou falar nada, Alex que estava a um canto bufou em desagrado, sua irmã ao seu lado não sabia se ficava assustada ou maravilhada. _Essa foi uma pequena demonstração, eu ainda sou fraco comparado aos outros que estão pelo mundo.
_Fraco? -Perguntou um aluno da Corvinal. _Você praticamente destrói uma plataforma que foi magicamente reforçada, derruba um usuário do gelo e ainda se considera fraco?
_Eu sou um usuário das trevas. –Falou Harry. Afinal aquilo era óbvio depois da demonstração. _Malfoy está um nível acima do meu, eu pude perceber isso, mas o dom do Gelo e da Água tem a falha de depender muito da umidade no ar ao seu redor e estamos numa noite quente e seca, a umidade do ar não é muito alta, então ele não pôde usar tudo o que tinha para usar. –Falou Harry como se ensinasse algo simples a uma criança. _E tem mais, ele ainda está vivo.
_E o que tem isso? -Perguntou Um grifinório um ano abaixo de Harry.
_Eu o golpeei para matar. –Falou Harry. Aquilo assustou a muitos. _Durante nossos treinamentos eu não pegarei leve, não importa se vocês usarem magia negra ou não, pois estarão constantemente correndo riscos que podem custar suas vidas. -Ele viu que muitos tremeram. _Por em hoje é só, amanhã treinaremos a sério.
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Harry saiu da sala pela porta do salão principal, os alunos abriram caminho quando ele passava. O moreno não olhou para o lado para ver o rosto de seus amigos, mas viu a frente Gina sair sem ninguém perceber, sorriu. Ela estava levando aquilo a sério e isso era bom. Quando ultrapassou as portas ele subiu dois lances de escada e ouviu passos apressados a suas costas, mas não parou. Quando estava perto do terceiro lance viu Rony e Hermione aparecerem quase que a sua frente, olhou para o lado e viu Hel que parecia estar cansada.
_O que? -Perguntou o moreno.
_Você realmente tentou matar Malfoy? -Perguntou Hermione.
_Ele é mais forte que você? -Perguntou Rony.
_Por enquanto sim, ele é mais forte que eu. –Falou Harry tentando subir, mas notou que seus amigos não sairiam dali. _Qualquer um que tentar me atacar eu atacarei para matar, se sobreviver será por que eu fui muito fraco para não matá-lo. –Falou o moreno cansado. _No momento em que vocês abandonarem essa segurança extrema que tem ao estarem em Hogwarts, no momento em que vocês entrarem em um campo de batalha, vocês terão de escolher se querem matar ou serem mortos. -Ele abriu espaço entre os amigos e continuou subindo as escadas, notou que Hel ainda estava caminhando ao seu lado, sabia que os outros dois tentariam alcançá-lo, então entrou em uma passagem que não estava no Mapa do Maroto e ficou escondido com Hel, ainda quieta ao seu lado. Quando ouviu dois pares de pés subirem as escadas apressadamente, soube que poderia sair dali.
_O que você vai fazer hoje? -Perguntou Hel.
_Tenho negócios com os duendes. –Falou o moreno pegando o celular do bolso. Por incrível que pareça ele estava intacto, discou um numero qualquer e Hel ouviu o toque da chamada. Ela poderia ouvir toda a conversa graças a sua audição elevada. _Law, aqui é Potter.
“_Olá senhor”. –Falou Law. Do outro lado da linha o moreno ouviu o som de algo quebrando e uma coisa caindo no chão. _”Estou cumprindo suas ordens agora mesmo”
_Não me chame de senhor. –Falou Harry em tom de desagrado. _Ainda bem que você é bruxo, porque senão demoraria mais.
“_Sou um feiticeiro.” -Corrigiu Law, o som de um tiro foi ouvido por Harry.
_Tanto faz. –Falou Harry sem ligar para o barulho de desagrado que ouviu do chinês. _Pergunte-lhes sobre a última lótus e sua localização, acho que é isso que Voldemort procura.
“Está bem”. –Falou Law. _”Te ligo amanhã na hora do almoço”
_Não se esqueça dos fusos Horários. –Falou Harry, mas ele apenas ouviu uma risada vinda do telefone, em seguida ele desligou. _Se ele ligar no meio da madruga...
_Eu atendo. –Falou Hel sorrindo pelo jeito do moreno. _Posso ir com você nesses negócios com os Duendes?
_Pode. –Falou Harry calmamente. _Eu não ia sozinho mesmo, ia falar com Lucas para ir comigo.
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Law desligou o telefone. Quem visse aquela cena diria que aquele não era o momento de alguém falar no telefone, ele se encontrava em um amplo salão onde diversas mesas estavam viradas. Houvera uma festa ali pouco antes de ele aparecer e estragar a diversão. Corpos caíam no chão, alguns convidados se encolhiam em cantos, a casa era em um estilo colonial britânico e quem morava ali era um líder secundário da Tríade, seu antigo amigo que o traiu.
_Desista, Law, meu velho amigo. -Gritou um homem, era mais alto que Law, tinha os cabelos curtos e vestia um terno de linho muito bonito. Ele parecia ser realmente alguém importante. _Você já foi o melhor, mas agora não passa de uma sombra do que já foi. O homem fez um aceno com as mãos, mais dez homens apareceram atrás dele com metralhadoras automáticas, o barulho alto e contínuo dos tiros foi ouvido, a mesa em que Law estava escondido foi totalmente perfurada, nenhum humano sobreviveria aquilo. Porém não havia sangue, então Law se levantou, em cada mão havia uma Glock negra. Disparou três tiros, as balas pareciam deixar um rastro azul no ar como pequenos flashes de luz, três homens que estavam com as metralhadoras caíram com buracos de balas em suas testas.
_Você se engana Liu. –Falou Law começando a caminhar até o homem de terno, que pareceu se amedrontar. Mais quatro tiros e mais quatro atiradores caíram de costas no chão. _Eu não era o melhor, eu ainda sou, e não foi sua traição que vai me fazer deixar de ser. -Os três atiradores restantes atiraram, o barulho das metralhadoras se espalhou. Eum uma rápida seqüência, Law se abaixara e pegara o corpo do que parecia ser um convidado ainda vivo, ele não impediria as balas por inteiro, então formou um escudo as costas do convidado. O escudo era azul bem claro, logo ele estava manchado de vermelho, os tiros cessaram e mais uma vez o pânico se espalhou, então dezesseis tiros foram ouvidos. Assim que o corpo do convidado caiu, os três atiradores da Tríade caíram para trás, seus joelhos estourados e uma fina parte de carne e osso prendia a parte de baixo das pernas no restante do corpo, os braços pareciam ter sido arrancados com o tiro de uma 12 a queima roupa, o sangue manchava o chão e o cheiro de pólvora enchia o ar, o único ainda em pé era o tal Liu.
_O que você quer? -Perguntou Liu amedrontado, sabia que Law poderia dar quantos tiros quisesse com aquelas armas, afinal elas não usavam balas comuns.
_Informações. –Falou Law. _Todas as informações que você tiver, sei que você não é alguém tão importante assim da tríade e que só subiu de posto por me trair feito um cão, mas creio que tenha ótimas informações.
_E o que garante que você me deixará vivo depois de lhe entregar tais informações? -Perguntou Liu.
_Por mim você pode resistir o quanto quiser. –Falou Law em tom de contentamento, agora estava a apenas dois metros do homem de terno. _Afinal minhas ordens são para usar os meios necessários e, você melhor de que muitos, sabe o quão persuasivo eu posso ser. -Ele baixara o braço esquerdo, deixando agora só a arma direita apontada para a cabeça de Liu. _Sabe, eu posso começar tirando uma coisa que você e os quatro dragões me tiraram. -O rosto de Liu ficou branco, ele olhou para um canto, uma garotinha de não mais de cinco anos tremia no braço de uma mulher que estava tão apavorada quanto ele.
_Você não teria coragem. –Falou Liu, afinal conhecia o velho amigo, se é que ainda podia chamá-lo de amigo.
_Eu tenho coragem para tudo. –Falou Law se aproximando tão rápido quanto o vento e dando uma coronhada no rosto de Liu, que caiu no chão, sua boca se encheu de sangue e sentiu uns dentes afrouxarem. _Deixei de ser o mesmo depois daquilo que vocês me fizeram. -Um tiro, o grito de Liu foi ouvido, o terno de um tom cinza claro manchou levemente na altura do ombro. _Diga-me logo.
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Law saía andando por um jardim verdejante, atrás de si havia o brilho vermelho e dourado de chamas. Ele carregava uma mulher não muito mais velha que ele, provavelmente uma protetora da menina de cinco anos que carregava em seu outro ombro, apesar disso ele caminhava normalmente. Gritos ainda eram ouvidos na Mansão Colonial Britânica. A criança se mexeu assim com a mulher, então ele as colocou no chão. As duas pareceram despertar sozinhas. A garota começou a gritar quando viu sua casa ser consumida pelas chamas e começou a chamar o seu pai, já a mulher abraçava a garota também chorando.
_Quando você crescer e souber de tudo o que aconteceu. –Falou Law chamando a atenção das duas, mas ele se dirigia a garota, tanto que pôs a mão em sua cabeça. _Se ainda quiser vingança eu a estarei esperando. -Em seguida ele desapareceu feito fumaça, sirenes foram ouvidas, policia e bombeiros apareceram no local, a primeira demorou, pois não queriam se meter com a tríade mas mesmo assim não dava para para ignorar as chamas que subiam naquela manha.
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Harry apareceu silenciosamente no Beco diagonal aquela noite. O silêncio reinava, as lojas já estavam fechadas, as luzes de apartamentos estavam acesas nos andares superiores de algumas lojas, provavelmente algum lojista morava ali ou até mesmo outras pessoas. Mas uma luz ainda superava as outras e vinha de um grande prédio de mármore branco. Ao lado de Harry estava Hel, que olhava tudo em sua volta com interesse, mesmo sem as lojas estarem abertas os sons dentro dos apartamentos e a magia no local faziam os sentidos da garota ficarem a mil. Os dois não precisaram andar muito, pois logo alcançaram as escadarias do banco, um duende mal humorado estava na porta trajado uma malha de ferro escuro, em sua mal esquerda havia uma lança maior que ele, realmente naqueles tempos até mesmo aquelas criaturas estavam sendo cuidadosas. Hel observou a inscrições avisando aos ladrões e riu, pois um vampiro de primeira geração provavelmente entraria ali sem ao menos ser percebido.
_O problema não seria entrar. –Falou Harry assustando a garota, que estava muito concentrada na placa. Um duende que guardava aquela segunda porta olhou com interesse a observação do rapaz. _Entrar qualquer um conseguiria lançando um império em algum duende e o fazendo guiar pelo banco, o problema seria sair de dentro.
_Uma fortaleza em que qualquer um possa entrar. –Falou Hel pensativa.
_Mas poucos podem sair. –Falou o duende que vigiava aquela porta. Ele olhou com interesse para a garota. _O que querem?
_Marquei com Grumbel. –Falou Harry em tom direto. _Assuntos particulares em que não se pode ter bruxos ouvindo.
_Você é um bruxo, mas ela não. –Falou o duende.
_Abra a porta de uma vez. -Ordenou Harry em tom seco e ligeiramente mais grave que o normal. O duende sentiu uma forte ameaça naqueles olhos verdes e ao tentar entrar na mente do rapaz, tudo que viu foi uma escuridão imensa e saiu logo, antes que fosse aprisionado por ela. Ele fez um movimento com a mão livre e as portas se abriram, em seguida Harry e Hel entraram calmamente, uma dúzia de duendes trajados de forma formal esperava os dois, todos de caras fechadas e aparentemente de mal humor por estarem ali. O átrio do banco estava diferente, não tinha mais mesinhas para tudo quanto é canto, apenas 14 cadeiras em círculo, doze das cadeiras eram ricamente adornadas enquanto somente duas eram de madeira, aparentemente grosseira como se demonstrasse inferioridade as demais.
_Sentem-se. –Falou um dos doze duendes aos dois, apontando para as cadeiras de madeira grosseira, enquanto ele e seus companheiros sentavam em suas cadeiras adornadas e bonitas. O rapaz olhou para a pequena vampira e sorriu, ela foi a primeira a se sentar, um brilho estranho tomou conta da cadeira grosseira e ela pareceu aumentar e ganhar detalhes. Quando o brilho passou ali estava o que mais se assemelhava a um trono adornado de fios de ouro, os braços eram forrados com pequenas almofadas de cetim roxo e era muito confortável, os pés das cadeiras de garra e um único enfeite era uma pedra preciosa azul em forma de gota acima da cabeça de Hel.
Harry sorriu e se sentou em sua cadeira, a sombra da cadeira que estava sendo projetada para trás e se erguia em uma parede recuou, a madeira marrom grosseira da cadeira ficou negra, a cadeira aumentou e se assemelhou a um trono do mais puro mármore negro e brilhante, adornado com o que parecia tribais em outro e prata.
_Qual o assunto? –Falou um duende aparentemente ofendido pelo que acontecera ali, suas próprias cadeiras pareciam grosseiras perto daqueles tronos suntuosos.
_Sabemos que vocês não escolhem lado algum. –Falou Harry indo diretamente ao assunto. _Mas a guerra causará perdas a vocês, famílias tirarão seus ouros daqui com boatos que Voldemort e seus comparsas espalharão, esse pode ser o banco mais seguro do mundo, mas não é o único. –Falou o moreno em tom sério. _Vocês duendes tem uma magia protetora muito forte, mas não é infalível. Se Voldemort resolver entrar pela porta com todo seu poder, ele simplesmente conseguira sair e levar o que quiser, uma vez ele já entrou e saiu e nem ao menos estava com seu poder total.
_O que você quer? –Falou outro duende que Harry não conseguia distinguir dos outros, afinal para o moreno quase todos eram iguais, ou seja, de cara velha e rabugenta.
_Damos uma escolha a vocês. Quem –Falou foi Hel. _Nós somos os únicos capazes de acabar com essa guerra e podemos dar proteção extra ao seu banco, afinal qualquer um confiaria no banco que Harry Potter confiar.
_E o que quer em troca dessa campanha de publicidade? -Perguntou um duende que se diferenciava dos outros, ele era mais jovem e vestia um pequeno terno verde limão muito estranho.
_Meus aliados tem dinheiro, muito dinheiro, ouro, prata, pedras preciosas e obras de artes, eles não precisam exatamente guardá-las, mas não confiam exatamente em sua própria espécie. Nessa guerra muitos cairão, haverão saques de invejosos e até mesmo carniceiros. –Falou Harry atentamente. _Queremos que eles possam abrir contas aqui no banco, mas em uma filial própria que vocês administrarão. Ela será construída em um ponto já escolhido onde estamos erguendo obras, além da minha “publicidade” estamos oferecendo novas contas, algumas maiores que de bruxos, em troca queremos que nos ajudem a proteger o lugar onde estamos fazendo obras.
_Que tipo de Obras? -Perguntou o mesmo duende de terninho verde limão.
_Estamos erguendo uma cidade. –Falou Hel. Não via o porquê deles não saberem, afinal duendes não saíam espalhando seus negócios para os quatro cantos.
_A maior parte de nossos feitiços protetores são para que qualquer um possa entrar, mas poucos possam sair. –Falou um duende de terninho negro.
_Sua magia é forte e sei que conhecem outros tipos de feitiços, estamos reunindo diversos aliados pelo mundo e cada um deles colaborará com alguma coisa. Depois de terminar aquele lugar, entrará quem nós queremos e será tão seguro que mesmo que todos saibam a localização ninguém conseguirá penetrar na cidadela. –Falou Harry.
_Você é apenas um humano, o que acha que pode fazer nessa guerra? -Perguntou um duende que estava a frente de Harry, este parecia ser o mais velho de todos e os demais mostravam certo respeito por ele. _Seu poder está crescendo, mas mesmo assim é apenas um humano.
_Ele é um humano que tem como aliado príncipes das trevas, senhores de primeira geração. –Falou Hel em tom seco, seus olhos ficaram levemente perigosos e alguns duendes perceberam a ascendência nobre dela no clã das sombras pela aura invisível e assustadoramente sombria que exalava dela. _Eu sou Heloise Malivan, herdeira do Clã de Set, minha palavra entre meu clã só é menor que a de meu pai. Inclusive, meu pai me deu poder sobre qualquer outro e eu submeti esse poder a Harry Potter, se ele ordenar não restará um de vocês nesse mundo e não adianta vocês se esconderem no interior de seus cofres, dentre nós a primeira geração ainda caminha.
_Hel. –Falou Harry em tom de reprimenda, os duendes ficaram mais assustados ainda quando a aura invisível e sombria desaparecera de repente. _Me desculpem ela não gosta muito que falem mal de mim, mas como vêem tenho aliados que até mesmo vocês temem. O clã de Set é conhecido na sociedade negra, ninguém sabe quando ele se formou, mas sabemos que o único líder que tiveram foi o pai da Hel aqui. -O moreno parou por alguns instantes, sentiu o cheiro do interesse e de medo se espalhar, duendes não eram facilmente assustados, mas aquelas palavras assustariam até o mais valente deles. _Imaginem o quanto vocês ganhariam com nosso contrato. Não precisariam se prender ao ministério para segurança extra, nem mesmo a Dumbledore e sua ordem, pois sei que ele já os contatou, muito menos a Voldemort, pois este iria querer que vocês dessem todo o ouro dos não puros para ele.
_Vocês lucrariam mais nesse negócio. –Falou Hel agora em tom mais calmo. Os doze duendes olharam entre si como se conversassem silenciosamente, o que era, provavelmente, o que faziam.
_Concordamos. -Falaram os doze ao mesmo tempo. _Esse contrato será perpétuo, seremos o banco de seus aliados, mas precisamos saber onde podemos construir nossa filial, que se tornará a central, afinal pelo que vocês disseram aquele lugar será o mais protegido do mundo.
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_Ele tem que ser expulso! –Falou Henrick nervoso, para seu avô.
_Não, ele não tem que ser expulso. –Falou Snape. _Fora Potter quem sugerira o duelo e em suas regras não havia nada que impedia Malfoy de usar uma maldição imperdoável, o ministério provavelmente nem detectou a maldição, devem ter pensado ser de alguma aula extra.
_O que o impedirá de fazer isso de novo? -Gritou Henrick indignado.
_Se querem reclamar, reclamem com Potter. –Falou Snape sem se importar com o neto do diretor. _As regras eram até um desistir ou não estar mais apto a lutar.
_Todos sabemos que Potter é um caso a parte. –Falou Henrick com asco. _Um moleque prepotente que acha que pode passar por cima de todos. Ele deveria ser expulso por colocar a vida dos alunos em perigo.
_Chega. –Falou Dumbledore em tom normal, mas terminando com a discussão. _O senhor Malfoy não vai ser expulso, mas receberá uma advertência verbal. Creio que o diretor da Sonserina, no caso o Professor Snape, possa fazer isso, no mais eu procurarei abafar o caso e falarei com Harry sobre essas aulas.
_Como se conversar com ele fosse adiantar alguma coisa. –Falou Henrick em tom mordaz. _Ele é perigoso, eu venho avisando isso desde que o vi pela primeira vez, ele é uma fera solta que poderá atacar qualquer um que entrar em seu caminho.
_E você quer o que? -Perguntou Snape, seu tom de voz quase neutro, somente uma mínima coisa que denunciava que ele concordava com o neto do diretor. _Que nos o encurralemos ou prendêssemos ele em algum lugar para não machucar ninguém?
_Você o considera um animal. –Falou McGonagall que até o momento estava quieta. _Uma fera fica mais perigosa quando se sente encurralada do que quando está livre. Eu conheço Potter melhor que vocês, ele é da minha casa e eu tive mais contato com ele. -O tom severo de voz fizera até mesmo Alvo se calar. Ele sabia que era verdade. _No momento em que ele ver o cerco fechar, ele vai explodir e vocês terão realmente uma fera na frente de vocês. Você mesmo Alvo o viu explodir uma vez.
_Ele pode ser facilmente subjugado. –Falou Henrick convencido.
_Por quanto tempo? -Perguntou McGonagall como se achasse aquilo um absurdo. _As habilidades dele estão aumentando em tempo recorde, seu dom está se desenvolvendo mais rápido do que qualquer outro, não demorará muito para ele subir de nível.
_Vai demorar até ele alcançar um nível que realmente nos cause problemas. –Falou Henrick.
_Temos que pensar em Harry com cuidado. –Falou Dumbledore, seu tom sereno de voz assustou aos demais. _Ele é a chave para essa guerra, mas também é apenas um humano, não pode sentir o peso do mundo sobre si.
_Ele não se importa com o mundo. -Gritou Henrick já nervoso com aquilo. _Eu vi nos olhos dele, eu ouvi suas palavras. Ele é uma ameaça, por ele tudo ao seu redor morreria, ele é a própria encarnação das sombras, puramente dito. -Ao terminar de dizer isso abandonou a sala.
_Os dois são mais parecidos do que pensam. –Falou Dumbledore para si mesmo, mas Minerva concordou com um aceno.
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Harry e Hel entraram pelo quadro da mulher gorda em silêncio, não havia ninguém naquele horário acordado ou foi o que eles pensaram quando estavam prestes a subirem as escadas para seus respectivos dormitórios, mas a luz da lareira se acendeu novamente.
_Onde estavam? -Perguntou Hermione, a esquerda dela, em outra poltrona, estava Rony. Os dois pareciam estar esperando Harry.
_Resolvendo negócios. -Respondeu Harry sem dar mais explicações. Houve um silêncio aterrador, tanto o moreno quanto Hel ainda estavam para subir as escadas, se olharam por um instante e sabiam que não fugiriam daquilo tão facilmente, então foram até os amigos. Os dois se sentaram em um sofá de três lugares, a garota deitou sua cabeça no colo do moreno que lhe acariciou os cabelos. _O que vocês querem saber?
_Não estamos interessados no que aconteceu hoje, ou melhor, ontem. -Disse Hermione, mas pelo tom de voz que usava isso era mentira. _Só queremos saber uma coisa.
_Que seria? -Perguntou Hel que estava deitada com a cabeça no colo de Harry.
_Você disse que Malfoy está um nível acima de você em relação ao DOM. –Falou Rony com cuidado. _O que você quis dizer com isso?
_O cabeça de ferrugem e Dumbledore não te contaram? -Perguntou Harry meio chocado, afinal aquilo é uma das primeiras coisas que se aprende com mestres do Dom, e a afirmação negativa dos dois amigos só o fez ficar mais descrente ainda. _Vejam bem, existem cinco níveis reconhecidos do DOM, cada um mais poderoso que o outro. -Começou o moreno rapidamente, sabendo que os amigos tinham de saber aquilo. _Os cinco níveis são Aprendiz, Escudeiro, Guerreiro, Cavaleiro e Mestre. -Ele parou por um instante para que os dois absorvessem isso. _O nível Aprendiz é basicamente o iniciante vocês dois estão nesse nível, mas estão progredindo aos poucos para avançar para o Escudeiro, não sei por que desse nome, mas este nível é um intermediário para começar a desenvolver mais as habilidades físicas e mágicas, além do dom. O nível Guerreiro, como diz o nome, é o nível mais comum para se começar a lutar, pois suas habilidades estarão mais ampliadas, só que você não terá pleno controle dela, pois de uma hora para outra seu DOM fica forte ou fraco dependendo do DOM. O nível Cavaleiro é o nível nobre, alcançar esse nível significa um grande controle sobre seu dom e suas habilidades, também significa que alcançou uma compreensão mental elevada. Já o nível Mestre tem o controle quase perfeito, as habilidades quase que ao extremo, o próprio elemento parece obedecer sua vontade, é um nível perigoso e forte, o poder pode corrompe-los mais facilmente nesse nível, pois vocês verão a sua frente a vastidão de seu poder e do poder que ainda poderá alcançar.
_Como assim? -Perguntou Rony curioso.
_Você disse que só haviam cinco níveis reconhecidos, então quantos são os níveis não reconhecidos? -Perguntou Hermione sabiamente.
_Somente um. –Falou Harry rapidamente. _Ele não é reconhecido pelo ministério, mas todos sabem que esse nível existe. Alguns pensam que ele é somente uma lenda. -O moreno estava cada vez mais serio. _O nome do nível varia de DOM para DOM e não são todos os DOM’s que podem chegar a tal grandiosidade.
_Poucos podem se tornar um Imperador. Quem falou foi Hel, em tom calm,o mas de certa forma surpreendendo a Rony e Hermione, afinal qualquer ser considerado um Imperador devia ter muito poder. _É o que mais se assemelha a um Deus na terra. Dizem que o próprio elemento se curva diante de sua presença, o controle absoluto sobre seu elemento, a compreensão mais clara da vastidão e do conhecimento que o elemento carrega. Há muito tempo, em eras engolidas pelas areias do tempo, seres que alcançavam esse grau de poder, foram considerados deuses.
_Hoje existem muito poucos imperadores. –Falou Harry calmamente. _Vocês conheceram uma Imperatriz nessas férias.
_Conhecemos? -Perguntou Rony chocado, afinal ele julgava ser capaz de perceber alguém de tão grande poder assim por perto.
_Juno, princesa da noite, senhora do Clã Fernandes. –Falou Harry em tom calmo. _Quando dizemos que cada Imperador tem um jeito de ser chamado, não mentimos, afinal temos de diferenciar eles.
_Juno foi a esposa de Zeus na mitologia Grega, então por conseqüência ela seria a senhora dos raios. –Falou Hel calmamente. _Meu pai diz que já a viu destruir exércitos antigamente.
_Se fosse um homem que tivesse nesse nível ele seria chamado por outro nome. –Falou Harry olhando para as chamas da lareira. _Nunca há dois imperadores do mesmo elemento.
_Por quê? -Perguntou Hermione curiosa.
_O Desequilíbrio seria imenso. –Falou Harry como se aquilo fosse óbvio. _Imagine seres capazes de criar tempestades de raios lutando entre si ou imperadores das chamas tentando se destruir.
_Seria o mesmo que trazer a destruição do equilíbrio. –Falou Hel. _Então, por alguma força desconhecida, talvez pela própria natureza, que é algo vivo. Foram decretadas leis que impedem de aparecer um imperador de determinado elemento, se já tiver um imperador desse elemento.
_Qual é o elemento mais antigo? -Perguntou Hermione tentando parecer calma.
_Que pergunta, claro que é a luz. –Falou Rony como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo. _Sem a luz nada existiria.
_Engano seu. –Falou Harry em tom profundo. _O elemento mais antigo do mundo não é a Luz muito menos o fogo ou a água, o elemento primordial é as trevas. -O moreno parecia estar numa espécie de transe em quanto falava aquilo.
“No inicio não havia nada, nem céu, nem terra, nem fogo, nem água,, a luz não dominava, ela nem ao menos existia, a única coisa que reinava era a escuridão, o caos, uma energia tão poderosa que percorria até mesmo o espaço. Então, de dentro das trevas, nasceu algo para trazer o desequilíbrio, causando uma grande explosão. Assim nasceu a luz, que se chocou com as trevas, os elementos expandiram para os cantos mais longínquos que a mente humana poderia imaginar, em reinos tão diferentes que a própria existência não saberia explicar, o choque causou o desequilíbrio, mas com o passar do tempo um equilíbrio foi alcançado, não se sabe como e nem o por que. Depois do equilíbrio surgiu os quatro elementos que se juntaram e trouxeram a vida a milhares de mundos”
_O que foi isso? -Perguntou Rony.
_Ele recitou algo que todo Usuário das trevas sabe. –Falou Hel normalmente. _A existência que se veio depois do grande desequilíbrio carregou junto de si a energia do Caos, que foi aquilo que originou os quatro primeiros elementos.
_O Caos é elo indefinido, pode ser luz ou trevas, afinal as trevas gerou a luz e os dois juntos geraram os elementos. Cada ser que existe pode carregar um DOM ativo, isso não é exclusividade de bruxos. –Falou o moreno pensativo. _O atual imperador das chamas, aquele que quando alcança tal nível é conhecido como “Olhos escarlates”, é um trouxa sem um pingo de magia, capaz de usar qualquer artimanha das chamas, não importa se essa for mágica, pois faz parte de seus domínios.
_Já ouvi esse nome. –Falou Hermione pensativa, olhando para o alto. Ela olhou para o ruivo a sua esquerda e notou que ele estava ligeiramente pálido.
_VOCÊ MANDOU MINHA IRMÃ TREINAR COM UM IMPERADOR? -Berrou o ruivo chocado, ficara sabendo daquilo pouco depois que voltara do clube de duelos. _Mas não bastava ser um imperador, você a manda treinar com o mais sanguinário usuário do DOM, você a manda diretamente para as mãos de Olhos escarlates McGuin, a besta escarlate.
_Ele fez o que? –Falou Hermione, seu tom de voz elevou um pouco e olhou chocada para o moreno. _Você entregou Gina na mão do mais sanguinário amaldiçoado que ainda caminha?
_Não diria que ele é o mais sanguinário. –Falou Harry como se achasse aquilo a coisa mais normal do mundo, fazendo Rony e Hermione pensarem que ali estava Luna, disfarçada com a poção polissuco. _Mas sim, ela está treinando com ele.
_Como você teve coragem! –Falou Rony se levantando.
_Eu só tive duas escolhas. –Falou Harry rapidamente. _Para falar a verdade tive dezenas, mas um usuário das chamas só pode ser treinado por alguém que esteja no nível de Mestre no dom das chamas e, acredite, a maioria deles está do lado de Voldemort. –Falou o moreno seriamente, como se estivesse ofendido. _Só que eu queria o melhor para ela, para que ela ficasse forte e não causasse mal por onde andasse, afinal um usuário das chamas que não controla seu Dom é perigoso. A escolha que eu tive foi simples ou McGuin ou Voldemort.
_Ah sim, você resumiu a lista de candidatos a dois seres muito convidativos. -Zombou o ruivo. _Um psicopata que quer conquistar o mundo e um amaldiçoado que pelo que todos sabem odeia humanos. -Rony fechou os punhos com força e foi rápido, ia dar um soco em Harry quando viu os olhos verdes ficarem amarelos e seu corpo paralisou.
_Tem certeza que quer fazer isso? -Perguntou o moreno, seu tom de voz ligeiramente mais grave. _Eu escolhi o melhor para sua irmã, mas ao contrário do que você pensa, não tomei a decisão final, não sou como Dumbledore que faz esse tipo de coisa por achar certo, eu deixei isso na mão de seus pais, eles decidiram se queriam sua filha apta a lutar e a controlar seu Dom, ou a ser alguém que se entregava a alto piedade, que procurava pela morte por causar a mesma coisa para os outros, um usuário das Chamas sem controle só trás a destruição, saiba disso Ronald Weasley.
_Se estiver preocupado com Gina, pergunte a ela sobre as aulas. –Falou Hel calmamente. _McGuin não ousaria tocar em um fio de cabelo dela. -Rony sentiu seu corpo relaxar e conseguiu se mover de novo.
_Por quê? -Perguntou o ruivo.
_Amanhã eu te levarei até onde ele está e você irá perguntar isso pessoalmente. -Disse o moreno. Ele cutucou Hel, está se levantou e ficou de pé, o moreno fez o mesmo. _Até lá fique quieto e da próxima vez considerarei sua tentativa de agressão como um convite para duelo.
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Frieza indomável, fúria avassaladora e terror em abundância, era isso que aquela pessoa transmitia, seus olhos castanhos carregavam o brilho de uma alma despedaçada pela loucura, ou talvez pelo fanatismo ninguém sabe, ninguém a viu em dezesseis anos mais ou menos, mas agora ela caminhava entre os comensais que se afastavam ao reconhece-la. Difícil seria não reconhecê-la, a mesma pele branca os mesmos cabelos negros, como o ébano, os mesmos olhos castanhos, ela não envelhecera nem sequer um ano, ainda parecia ser uma jovem de seus recém formados dezessete anos.
Os quarenta comensais que ali estavam eram os mais antigos libertos das paredes de Azkaban por honra ao mestre das Trevas. Fanáticos pelo tempo enclausurados, ansiosos pelo sopro da liberdade e o cheiro do sangue fresco, mas nenhum ousava sequer se mexer perante aquela figura, aquela garota de estatura normal, roupas provocantes e um sorriso de uma cruel felicidade. Ela olhava para baixo, do morro via as luzes de uma cidade, era um pouco maior que um vilarejo, para falar a verdade muito maior, alguns prédios já eram erguidos, ali estava um prospera cidade do interior.
_Companheiros. –Falou a garota sem ao menos se virar, sua voz ecoou pelo morro alto. _Que nossos inimigos tremam e que o sangue dos impuros manche o solo, pois a palavra do lorde deve se erguer acima de toda existência. -Ela abriu os braços e se virou, um tremor coletivo passou por todos. _Divirtam-se e que nossa mensagem ecoe pelos quatro cantos e alcance os céus e os infernos. –Houve um urro de concordância, os comensais se prepararam. _A existência de nossos inimigos não mais será tolerada. –Falou por último, desaparecendo com um estalo longo, os quarenta comensais fizeram o mesmo.
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_Alvo temos problemas. –Falou Lupin saindo da lareira sem ao menos avisar. _Os comensais estão atacando abertamente uma cidade do interior.
_Qual cidade?
_Sant Gerard. –Falou o lobisomem. _Os aurores estão caindo aos montes.
_Eu irei. –Falou Henrick entrando no escritório sem se importar por ter ouvido a conversa. _Quem é o líder?
_Lianne. –Falou Lupin muito pálido, tremores passavam por seu corpo. Henrick não entendeu, mas notou que seu avô estava levemente surpreso e preocupado. _O furacão sangrento Lianne. -Henrick entendera, ouvira histórias sobre ela em relatos de antigos aurores, diziam que ela era tão cruel ou mais que o próprio lorde das trevas, somente três pessoas escaparam de um duelo direto com ela, Alastor Moody fora um. Havia sido ela que lhe causara tantas cicatrizes em uma só luta. Eric ninguém sabia o sobrenome dele e nem o ministério tinha o sobrenome em registro, quando a guerra acabou ele desapareceu, e por último Alvo Dumbledore.
_Tome cuidado. –Falou Dumbledore olhando para o neto, este afirmou com um aceno e atravessou à lareira, jogando pó de flu e falando bem alto o nome da cidade.
_Ele estará bem? -Perguntou Lupin.
_Sim, estará. –Falou Dumbledore. _Como vocês souberam que era a Lianne?
_Ela mandou um corpo para o ministério ou o que restou de um, parece que ela quer enfrentar a todos que atrapalham você sabe quem. –Falou Lupin.
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Henrick já estava há meia hora ali, não era difícil saber onde os comensais estavam, era só seguir os gritos, a trilha de sangue e corpos, já havia derrubado uns dez, mas nada de encontrar a tal líder. Ele queria saber se ela era tão forte quanto diziam nas histórias, mas não acreditava em tudo, afinal ninguém podia ser tão cruel.
_Vejam só, apareceu um brinquedinho novo. –Falou uma voz feminina ao ouvido de Henrick, que se assustou, mas não se moveu, não percebera a aproximação de ninguém. Como ela poderia ter se aproximado tão rápido ele não sabia. _Pelo visto a descrição que fizeram de você é bem precisa não é mesmo “Presas Brancas”?
_Vejo que conhece como alguns me chamam. –Falou Henrick calmamente. Deu alguns passos para frente e se virou, para ver uma garota de não mais que dezessete anos, ainda na ponta dos pés, ela usava uma saia que para ele era anormalmente curta, um casaco de couro com alguns botões abertos dando a aparência de um ousado decote, era visível que ela não usava nada por baixo na peça de couro, os pés cobertos por uma bota também negra como o resto da roupa que ia até o joelho, os cabelos longos estavam soltos, mas foram os olhos castanhos que lhe chamou a atenção, nunca vira olhos tão cruéis, parecia que a própria sombra da morte passeava por eles. Não ele se enganara, já vira olhos parecidos, olhos amarelados. Balançou a cabeça, aquilo não tinha nada a ver. _Mas eu poderia saber quem você é?
_Ora essa e eu pensei que não tinha mudado muito. –Falou a garota se olhando, procurando algo de diferente. _Bom, pelo menos todos os que um dia me viram me reconheceram.
_Laminare. -Gritou um comensal a uns vinte metros a direita de Henrick, um raio prateado foi na direção do auror, mas nem ao menos o tocou. Uma barreira cinza chumbo a impediu, ele olhou para a garota, está estava com o braço estendido na direção em que a barreira se encontrava, mas seu olhos estavam direcionados para o comensal.
_Crucio. -Falou a garota depois de desfazer a barreira e apontando para o comensal, que sentiu como se estivesse sendo devorado vivo, sem nunca ter o privilégio da morte. Ele nem ao menos caíra, apenas continuava em pé, olhando para o alto gritando até não agüentar mais. Henrick, chocado, viu uma luz verde sair da boca e dos olhos do comensal que ainda berrava, até que se silenciou e caiu morto no chão. _Desculpe a interrupção querido. Se você ainda não sabe, eu sou Lianne, não queira saber meu sobrenome, mas se quiser terá de se divertir um pouco comigo. -O tom carregado de malícia e os olhos brilhando em crueldade não dava dúvidas.
_Mas eu pensei que...
_Eu fosse uma velha de cabelos brancos ou pelo menos alguém de uns quarenta anos ou trinta se assim preferir. –Falou Lianne como se previsse aquilo. _Existem coisas sobre mim que uma mera criança como você não entenderia. -Ela apontou sua mão para Henrick. _Mas não creio que terá tanto tempo assim. -Uma esfera vermelho sangue saiu da palma de sua mão, a distância entre os dois não era muito grande, a esfera voou na direção de Henrick, que estava encurralado, não tinha como fugir, cruzou os braços em sua frente e uma redoma branca apareceu a sua volta.
Houve uma forte explosão, uma nuvem de poeira subiu e uma risada de uma cruel diversão ecoou pelo silêncio repentino que caíra na cidade. Era como se tudo nela houvesse morrido e só existisse Lianne. -A poeira baixou, Henrick conseguiu abrir os olhos, viu a redoma ainda em sua volta, mas cheia de rachaduras. Sentiu cortes em seu rosto e em suas roupas, olhou para trás, o prédio de três andares que ali tinha não mais existia, a maldita era muito forte. Sua redoma se estilhaçou como vidro, sentiu todas as suas forças sendo sugadas, afinal se protegera de algo que destruiu um prédio e pelo jeito mais algumas casas, os corpos que estavam pelo chão perto dele foram arremessados para longe ou desintegrados pela explosão, sentiu seus joelhos fraquejarem, mas não cairia, não daria esse gostinho a ela. A viu se aproximando em passos curtos e aparentemente divertidos, tentou levantar seus braços, mas foi com uma grande surpresa que ele percebeu não mais conseguir fazer isso, viu que sangue saía em abundância de seu corpo. O que era aquela comensal capaz de destruir um escudo de luz?
_Meu querido, eu sou aquela que destrói sonhos. –Falou Lianne calmamente, parecia ter lido seus pensamentos. _Eu posso lhe dar uma nova vida e destruir sua antiga, posso despedaçar seus sonhos e destruir suas esperanças, posso lhe dar grandes prazeres e irremediáveis sofrimentos, eu sou aquela que vocês um dia abandonaram e agora vivo pela grandeza de Voldemort. -A voz agora estava baixa, o rosto da garota estava a pouco menos que um palmo de seu rosto. _Sou a cria da escuridão, muitos me chamam de Furacão Sangrento, mas não eu sou uma brisa que tenta trazer uma nova era onde meu mestre está acima de todos. -Ela estava cada vez mais perto, ele não conseguia se mexer. _E sim que não se importa de derrubar aquele que um dia me estendeu a mão. -Os seus lábios estavam quase se encontrando com os dele. Um forte clarão azul seguido de um tremor de terra chamou a atenção de Lianne, ela desviou o rosto e sorriu provocante. _Nossa brincadeira foi breve, mas espere, pois nos veremos mais cedo do que você imagina. -Ela sumiu sem fazer barulho, a marca negra anormalmente maior que o normal apareceu nos céus e Henrick, em um último esforço, desapareceu com um lampejo branco. Ele sabia para onde ia e aquilo ia consumir suas últimas energias, afinal ele ia atravessar as proteções de Hogwarts.
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_Por que tanta agitação? -Perguntou Hel ao se sentar a direita de Harry na mesa do café. Elizabete estava junto com a vampira e se sentou a esquerda do moreno, do outro lado da mesa estava Rony e Hermione, a última parecia estar preocupada com alguma coisa, os alunos estavam muito alvoroçados em volta.
_Parece que o Professor Dumbledore sofreu um acidente. –Falou Dino que estava ao lado de Rony.
_O Diretor? -Perguntou Elizabete.
_Não, o cabeça de ferrugem. –Falou Harry sem ao menos disfarçar o tom divertido de sua voz. _Ele mexeu com o que não devia.
_Pelo que o Diretor falou, foi um dragão, que estudaríamos na aula de DCAT, que escapou e o Professor Henrick foi tentar ajudar a parar o dragão. –Falou Parvati sonhadora. _Ele é tão corajoso além de bonito.
_Pelos deuses, eu to comendo. -Reclamou Harry fazendo uma careta de nojo, recebendo olhares mortais de algumas garotas. _Não foi isso que aconteceu. –Falou ele calmamente, todos que estavam em volta e ouviram aquilo ficaram quietos e encararam o moreno.
_E o que foi então? -Perguntou um Lufa Lufa que estava na mesa, junto com uma garota, provavelmente sua namorada.
_Se vocês não fossem tão cegos, saberiam. –Falou o moreno calmamente. _Existem mais coisas a sua volta do que as paredes do castelo. -Ele se levantou e saiu, não sem antes pegar uma fatia de bolo de laranja.
_Para mim ele deve querer que o professor Henrick morra. –Falou Lilá Brown contrariada. _Vocês ouviram a ameaça dele durante a noite, não me surpreenderia se tivesse sido o próprio Harry que fez aquilo com o pro...
_Fique quieta. –Falou Hel, o tom baixo e frio causou arrepios em quem estava em volta. _Se tivesse sido Harry que machucou o cabeça de ferrugem, podem ter certeza que um dos dois não estaria vivo hoje e o sobrevivente não estaria de pé.
_Você acha o Potter muito poderoso. –Falou Alex aparecendo por entre a pequena aglomeração que estava em volta de Heloise. _Mas ele não é.
_Foi forte o suficiente para quase te matar. –Falou Heloise calmamente.
_Quase não quer dizer que ele conseguiria. -Retrucou Alex.
_Digamos que as escadas do Castelo salvaram sua miserável vida. –Falou Hel e lançou um olhar reprovador a Rony e Hermione por não terem nem sequer defendido o amigo. _Ah, mais uma coisa, houve um ataque. -Disse a morena se levantando, Liza se levantou também e a seguiu para fora do salão, deixando os outros confusos. Rony e Hermione se levantaram e saíram rápido, antes que alguém fizesse alguma pergunta, na porta eles encontraram Gina que também lhes lançou um olhar reprovador e saiu junto com eles.
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_Venha. –Falou Harry na porta de entrada, os três foram até ele. _Hel está com Liza então poderemos ir sem nos preocuparmos. –Falou o moreno calmamente.
Harry atravessava os jardins a passos largos, logo atrás deles estavam Gina, Hermione e Rony. Os quatro estavam perto da orla da Floresta Proibida e não hesitaram em entrar. A ruiva parecia familiarizada com os caminhos que seguiam, ninguém falava nada, o som de folhas secas sendo pisoteadas ecoava pelas grandes árvores que antes espaçadas, agora estavam ficando mais próximas uma da outra, os quatro estavam muito dentro da floresta.
_A trilha é segura. –Falou Harry ao notar certo receio vindo de Rony e Hermione, afinal naquela floresta viviam criaturas das trevas muito fortes. O ruivo ficou branco quando viu uma acromantula passar do lado da trilha que eles seguiam. A aranha era duas vezes maior que ele, ela parou para observá-los por um instante, mas logo pareceu perder o interesse e, com uma agilidade assustadora, subiu em uma árvore e desapareceu entre as folhagens, minutos depois um grito de um pássaro foi ouvido.
_Imagino se não fosse. -Murmurou o ruivo a contra gosto. _Por que ele tinha de ficar tão longe?
_Por segurança. –Falou o moreno totalmente calmo. _Das criaturas da floresta. –Falou em um tom sombriamente divertido. _Ele está num local que pode chamar de território, assim nenhuma criatura se aproxima de lá. –Falou calmamente. Eles ouviram um som a esquerda da trilha, Hermione ficou maravilhada ao ver quatro unicórnios, três adultos e um pequeno, aparentemente um bebê. _Falta apenas trezentos metros, fiquem atrás de mim e de Gina. Avisou Harry, Gina foi ficar ao seu lado. Ela respirou fundo, mas não parecia cansada. _Como foi o último treino?
_Inferno seria o melhor jeito de definir. –Falou a ruiva olhando para as mãos. _Ainda bem que o fogo não me afeta do jeito que afetaria alguém normal. –Falou mais uma vez. _E minha cicatrização está muito mais rápida. Tenho que me lembrar de agradecer a Hel por isso, afinal ela que cuida dessa parte para mim.
_Cicatrização? -Perguntou Hermione levemente chocada. _Eu pensei que ele estivesse te ensinando. -Gina riu com o que a amiga disse.
_Ele diz que a melhor forma de aprender é tentando ficar inteiro. –Falou Gina em tom pesado, lembrava da primeira aula quando quase morrera. _Ele é meio estranho, bem frio e em algumas vezes cruel. -Rony bufou como se já soubesse daquilo. _Mas ele me parece triste. –Falou a ruiva. Harry a olhou interessado, parecia que ela já conseguia interpretar o novo professor.
_Vamos colocar assim. –Falou o moreno calmamente. _Se fomos ver quem evolui mais nos treinamentos, eu diria que é a Gina, pois ela está fazendo muito a prática. McGuin não é alguém muito paciente para explicar o teórico.
_Nós também praticamos. –Falou Rony.
_Em um ambiente totalmente seguro e vigiado, enquanto ela aprende a lutar, vocês tem uma coisa que dá vantagem sobre Gina, mas isso está mudando. –Falou Harry.
_E o que é? -Perguntou Hermione.
_Experiência em batalhas. –Falou calmamente o moreno sem olhar para trás. _McGuin está dando experiência em batalha para Gina, assim ela poderá enfrentar facilmente depois de algum tempo alguém com anos de experiência enquanto, vocês ainda vão estar adquirindo mais experiência e... -Harry não terminou de falar, ele e Gina pararam de repente, Rony e Hermione quase se chocaram com os dois, só ai eles perceberam que estavam a beira de uma enorme clareira. Olharam em volta e viram algumas árvores chamuscadas, a clareira era um tanto estranha e parecia abrigar um riacho, o chão até certa parte era de terra com sinais de que um dia tivera grama, mas ao que parecia tudo tinha sido queimado perto do riacho. Era um lugar meio rochoso e lá estava uma cabana um pouco maior que a de Hagrid, fumaça saía da chaminé, a porta da cabana abriu e um homem saiu de lá, nem Rony, nem Hermione tiveram tempo de ver detalhadamente o homem, pois logo se viram envoltos por chamas que não os tocavam, pois uma redoma negra e outra azul os protegia, o calor era muito grande. Quando as chamas passaram, os dois olharam em volta, não tinha mais árvores chamuscadas, pois agora só existia cinzas delas.
_Ele vai acabar com a floresta desse jeito. –Falou Gina, ou pelo que o irmão pôde notar, ela reclamou.
_É a segunda vez que ele me recepciona assim. –Falou Harry como se aquilo fosse normal. _Vamos. -Os quatro seguiram até a cabana, sendo que Rony e Hermione pareciam definitivamente com medo daquilo, mas o ruivo parecia decidido a saber o porque da afirmação segura de Hel por dizer que McGuin não faria nada com sua irmã.
Quanto mais se aproximavam, Hermione e Rony puderam ver melhor o tão temido Olhos escarlates McGuin, que na opinião deles nunca pareceu tão inofensivo. Era alto e não aparentava ter mais que vinte e cinco anos, os cabelos estranhamente roxos e os olhos eram escarlates, era um tanto atraente segundo Hermione, mas carregava uma aura invisível de perigo em sua volta, só ai ela percebeu o quão assustador ele era. Ele passou seus olhos escarlates por sua face, o brilho nos olhos era quente, mas sem piedade, parecia levemente curioso.
_Estava tentando me matar? -Perguntou Harry calmamente.
_Quem sabe. –Falou McGuin calmamente. _O que vocês querem? -Perguntou sem rodeios, olhou para Gina por alguns instantes, mas parecia não se importar muito com a presença dela. _Hoje nós não teríamos treino pelo que me lembro.
_Meu amigo aqui quer dar uma de irmão protetor. –Falou Harry apontando com pouco caso para Rony e só aì McGuin o encarou, os cabelos fortemente ruivos eram idênticos aos de Gina, mas os olhos eram azuis claro e ele era muito mais alto que a irmã, as sardas também pareciam ser uma característica de família.
_Ele quer duelar? -Perguntou McGuin em tom divertido de voz.
_Eu quero meus dois amigos vivos. –Falou Harry em tom seco, McGuin lançou um sorriso zombeteiro a ele. _Eu vou pegar um pouco de água no Riacho para fazermos um chá, enquanto isso conversem. –Falou o moreno calmamente, dando as costas. Gina já ia entrando na cabana sem ligar para o homem de cabelos roxos, este parecia levemente divertido enquanto Rony e Hermione pareciam em pânico.
_Vai nos deixar sozinho com ele? -Perguntou Rony meio espantado.
_Sabe, eu ainda estou aqui. –Falou McGuin com um sorriso falso, olhando para o ruivo, que tremeu.
_O que você tem de conversar com ele é problema seu e eu não estou interessado em saber a resposta. –Falou Harry pegando um balde que estava do lado da porta e saindo em direção ao riacho, que ficava a alguns metros da cabana.
_Queiram entrar, por favor. –Falou McGuin em um tom claramente de falsa cortesia, olhando com pouco caso para Rony e Hermione, que estavam estáticos. Eles por alguma razão encararam aquilo como uma ordem e resolveram não contrariá-la. Entraram rapidamente e notaram que a cabana era diferente da de Hagrid, era dividida em cômodos. Eles estavam em uma sala um pouco maior do que imaginavam, devia ter sido magicamente ampliada, afinal ela parecia ser quase do tamanho da cabana. Gina estava sentada em um sofá de três lugares em frente à lareira, ela parecia pouco interessada naquilo. Logo seu irmão e Hermione se sentaram ao seu lado, eles estavam tensos, não precisava nem olhar para saber disso. Viu McGuin passar em sua frente e sentar numa poltrona a esquerda do sofá, ele estalou os dedos e a lareira que aparentemente não tinha lenha pegou fogo sem consumir nada. _Muito bem, primeiro vamos ser educados e se apresentem.
_Eu sou Hermione Granger. –Falou Hermione tensa, evitava olhar para o rapaz.
_Ronald Weasley. –Falou Rony em tom formal, também estava tenso, mas queria saber a resposta de sua pergunta.
_Hermione Granger. –Falou McGuin como se tenta-se decorar o nome. _Só de olhá-la eu já sei dizer o tipo de pessoa que você é. –Falou calmamente. A garota olhou para Gina que deu de ombros. _Vamos ver se eu acertei, você é esperta e curiosa com tudo aquilo que não conhece, extremamente preocupada com os amigos e vejo que ama alguém também. É alguém de coração estupidamente puro, vejo que tem experiência em situações de perigo e que isso ainda não conseguiu extinguir essa pureza e não creio que algo vá fazer isso. -Agora ele olhou para Rony. _De cara eu já sei que Ronald Weasley é portador do dom da Água, sei disso, pois meu dom se agitou quando o viu, também quer dizer que você ainda não consegue controlar perfeitamente seu dom. Você é esquentado e tende a agir por impulso, mas quando se concentra em algo consegue armar boas estratégias, é extremamente ciumento para com a família e depois de ter cometido um erro em sua amizade, tomou uma característica bem singular, a fidelidade para com os amigos, tem experiência em batalha.
_Mas como você...
_Viva tanto quanto eu e você saberá muito sobre diversas coisas. –Falou McGuin calmamente. _Não temos muito tempo antes que Harry volte, ele provavelmente está enrolando, então diga de uma vez o que você quer Ronald.
_Ontem Hel me disse que você não se atreveria a desobedecer a Harry. –Falou Rony deixando de lado a tensão, notou que McGuin se interessou mais ainda. _Ou quase isso. -O ruivo se inclinou para ver melhor o tão famoso amaldiçoado. _Por que você o ouve?
Comentários (1)
Quem é essa Lianne?Ela não é normal(como se alguem fosse) fez realmente o Henrick ttremer nas bases.Então o Draco é mais forte que o Harry?Ainda quero saber qual a ligação entre o Harry e o Henrique,e o que a Lillian ten com isso.Vamos ver oq o McGuin vai falar para os dois.
2011-03-26