Capítulo 1
Fic: Romance
Por: Camille Labanca
Título: Apenas uma história de amor.
Capítulo 1
Eu, Gina Weasley terminei meu último ano em Hogwarts faz dois anos. Sou casada. E por mais incrível que isso possa parecer não é com Harry Potter. Quem me conhece sabe que não gosto mais dele dês do meu quarto ano. Meu marido tem trabalho próprio, e quem diria que ele trabalharia contra os Comensais da Morte que infelizmente ainda existem? O mundo bruxo está quase ficando em total paz e eu ainda tento me convencer que Draco Malfoy está ajudando. Isso mesmo, meu marido é ele. Ok... Ok... Todo mundo já sabe que seria impossível isso, mas a velha frase está totalmente certa. E que frase é essa? Oras! É a famosa: “Os opostos se atraem”. E como aconteceu? Meus pais estavam devendo um favor a Sra. Malfoy. Que virou amiga da minha mãe. Como? Bem, ambas faziam parte da Ordem da Fênix.
Vocês devem estar pensando “Como? Narcisa Malfoy estava na Ordem da Fênix?” Pois saibam que sim... Secretamente, lógico! Vocês nem podem imaginar quando apareceram Draco e Narcisa juntos e mataram o Sr. Malfoy.
Voltando ao assunto de antes... O Lúcio Malfoy (contra a própria vontade) e a Sra. Malfoy nos ajudaram em um momento difícil, onde quase perdemos nossa casa. E graças a isso eu e Rony tivemos que passar uma semana na casa dos Malfoy. Vocês podem imaginar como Rony soube que tinha que ir passar uma semana na casa dos Malfoy, não é? Se eu já reclamei muito! Ele até tentou ficar na casa de Hermione, mas minha mãe não deixou. Quando chegamos lá, fomos recebidos bem somente pela Sra. Malfoy. Draco não saía do quarto, falava que não queria ser contaminado, e o Sr. Malfoy só faltava nos jogar um Crucius.
Mas teve um dia em que Rony acordou mal. Fiquei preocupada e pensei no pior – Algum Malfoy tinha colocado algo na comida. Ok. É meio idiota isso. Mas eu estava em desespero! Afinal, Rony nunca passava mal. Então a Sra. Malfoy disse que Draco iria me ajudar a fazer uma poção para meu irmão, pois ela estava ocupada.
- Mãe! Porque não pede para os elfos fazerem essa droga de poção? – Falou ele, desgostoso. – Não quero ficar perto da pobretona.
- Ora Draco! Deixe de besteira e vai ajudar a Gina! – Falou Narcisa, arrumando umas flores em cima da mesa se jantar. – Os elfos estão ocupados com o jantar que hoje será especial. O Ministro vem aqui.
A contragosto, Draco seguiu para uma sala onde tinham poções prontas e ingredientes. O que eu não sabia era que Draco sentia algo por mim, apenas não admitia. E eu não podia negar que sentia algo por ele, mas imaginava que era só porque ele era extremamente lindo, tinha o perfil maravilhoso. Mas eu gostava do jeito dele! Esse era o pior! Como eu podia gostar de um garoto tão... Desprezível como ele? Ah! Me culpava por isso. E como me culpava!
Estava tão concentrada em meus pensamentos que acabei esbarrando em uma mesa, deixando cair alguns vidros com poções e caí também. Escutei uma gargalhada, por um momento tinha esquecido que Draco Malfoy estava ali.
- Você podia ter um pouco mais de consideração, sabia? – Disse, levantando.
- Com você? – Ele riu sarcástico, novamente – Está brincando, não é?
O olhei com cara feia, como se isso fosse adiantar alguma coisa.
- Não toque nisso ou vai criar sérios problemas com sua pele. – Ele falou, quando eu tentava pegar os vidros e limpar o que tinha feito.
- Preocupado comigo Malfoy? – Perguntei, sarcástica.
- Lógico que não Weasley. – Ele falou – Isso só acontece em seus sonhos.
Quase explodi de raiva. Odiava esse convencimento dele, mesmo sendo umas das coisas que me fazia ficar atraída por ele. Como isso podia? Odiar e de certo modo gostar disso? Meu Merlin! Cheguei a ponto de eu mesma não me entender! Ó céus... Estava pensando... Naquela época eu me estressava rápido, não é? Agora já estou acostumada com isso.
Depois dele ter falado isso eu falei que ele era convencido demais e “iniciei” uma briga – que só foi briga pra mim, pois ele não estava nem ligando. Aff... Ele podia levar algumas coisas a sério, não é? Eu, sem querer, falei o que sentia por ele. Na verdade falei coisas que nem sabia que sentia. E o pior é que só percebi o que disse quando ele ficou me encarando de um modo estranho. Senti meu rosto ficar quente, estava bem claro que eu estava parecendo um pimentão! Pensei que ele fosse rir da minha cara, fosse me humilhar, mas não. Ele apenas virou e voltou a fazer a poção. Daria qualquer coisa para saber o que ele estava pensando! Até hoje não descobri o que era...
Ele terminou de fazer a poção, sozinho e me entregou, em seguida fez um feitiço que limpou o chão, deixando tudo arrumado como antes e saiu do local. Por que será que ele ficou tão quieto depois que eu falei? Perguntava-me Por que ele não me humilhou como sempre fazia?
Entreguei a poção a meu irmão. E depois saí da mansão, começando a passear pelo enorme jardim. A mansão dele não era como eu imaginava que seria, era grande, lógico. Mas não era sombria. Parecia uma mansão como outra qualquer, de pessoas boas e não de um Comensal da Morte. Se eu sabia que Lúcio Malfoy era um Comensal? Sabia sim... Mas estava estampado na cara de qualquer um que ele não poderia fazer nada comigo nem com meu irmão.
Era noite e eu estava com minha roupa de dormir. Para ser sincera estava tentando dormir a mais de uma hora, mas não conseguia. Então desci as escadas para beber água, mas parei quando escutei meu sobrenome. Parei para escutar a conversa, sabia que aquela voz era do Sr. Malfoy, e isso me assustava.
- Temos que arrumar um jeito de matar logo a Weasley! – Falou ele.
- Sim querido. – Disse Narcisa.
Teria gritado se Draco não tivesse colocado a uma mão na minha boca e a outra na minha cintura me puxando para um lugar meio longe da sala. Soltando-me em seguida.
- Sua mãe... Estava mentindo... – Eu comecei a falar, surpresa.
- Não. – Ele falou, me interrompendo – Meu pai está controlando ela com um feitiço.
- O QUE? – Gritei.
- Pare de gritar! Se meu pai descobrir que estamos aqui e que estávamos ouvindo a conversa dele, provavelmente irá lançar um feitiço em nós.
- Como ele tem coragem de jogar um feitiço na própria mulher? E como você consegue viver sendo ‘ameaçado’ com feitiços? E por que ele faz isso? – Perguntava sem parar.
Draco simplesmente não respondeu, prestava atenção nos barulhos. Após um tempo em silêncio, ouvimos passos. Draco me mandou esconder, porque se fosse o pai dele seria difícil explicar. Escondi-me no primeiro lugar que vi pela frente, dentro de um armário.
Não estávamos enganados, pouco tempo depois Lúcio chegou cobrando explicações. Draco deu desculpas esfarrapadas, mas falou sério, de modo que qualquer um entenderia que estava contando a verdade.
Dentro do armário eu estava tão desconfortável, que quase gritei de alegria quando vi que o Sr. Malfoy tinha ido embora. Saí do local, ainda em silêncio. Mas todos sabemos que quando tudo parece um mar de rosas tem que acontecer algo que nos deixe triste ou constrangidos, não é? Comigo não foi diferente. Por uma desatenção da minha parte, tropecei em meus próprios pés e sem querer (gente, eu JURO que foi sem querer) caí em cima de ninguém mais, ninguém menos que Draco. Com essa “caída” nossos lábios acabaram se tocando.
Parecia novela, em que tudo está bem, em seguida fica (de um certo modo) ruim e novamente bem. Já sabem o que aconteceu, não é? Um lindo e romântico beijo. Espera um pouco! Romântico? Não, definitivamente não foi romântico. Bem, voltando aqui... Vocês podem imaginar quanto tempo eu fiquei para acreditar no que eu havia feito? Podem ter certeza de uma coisa: durou mais que um dia. Durante uma semana eu me perguntei “Isso realmente aconteceu?”. OK! Eu sei, eu sei que isso foi muito mais que exagero, mas o que eu podia fazer? Não controlava meus pensamentos!
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Depois daquele beijo não teve mais jeito. Mais ou menos um mês depois ele pediu para me namorar. E vem cá... Quem sou eu para recusar? Aceitei quase na mesma hora. Quase, porque eu fiz um charme de “ah não sei...”.
Naquela época, eu recebi uma carta de uma mulher que trabalhava com Draco, falando que eles iam se casar e que Draco não queria mais saber de mim. Eu chorei tanto... Mas por sorte recebi uma carta dele e de uma amiga nossa, Aline, dizendo que era mentira. Eles podiam ter avisado antes, não é? Mas eu estava louca para sair daquela escola e dar um soco na cara daquela mulher!
Pois é... Passar tempo demais com Draco deu nisso. Mas não era só eu quem tinha mudado! Muito pelo contrário. Ele também estava mais... Hum... Doce, vamos dizer assim. Dá para acreditar que só faltavam dois dias para a minha formatura? Estava ansiosa... Meu Draco disse que tinha uma surpresa e isso me deixou, no mínimo, quatro vezes mais ansiosa do que estava.
Na verdade era um dia só, pois no último era a formatura. E como o dia da formatura chegou rápido...
Quando percebi, lá estava eu, no baile de formatura, dançando com meu futuro noivo. Lembro-me perfeitamente quando ele tirou a aliança do bolso e me pediu em casamento.
- Quer casar comigo? – Ele perguntou.
Aquela frase... Ahhhh... Aquela frase... Nunca vou me esquecer dela. Lembro que estava tão feliz que nem respondi, apenas pulei nos braços dele, muito feliz. Eu estava com medo. Medo de terminar Hogwarts e acabar me separando dele por, sei lá, falta de contato ou algo do gênero. Mas naquela hora aquele medo desapareceu. Eu ia perguntar “como vamos fazer para continuar namorando”, mas ele foi mais rápido.
Minha mãe de longe observava tudo atentamente, sabia que ela estava um pouco preocupada pelo fato de ele ser um Malfoy, mas também sabia que estava muito feliz por me ver tão alegre e despreocupada.
Minha formatura foi ótima, nunca estive tão feliz na minha vida. Todas as pessoas que eu mais amava estavam lá. Minha mãe, meu pai, meus irmãos, Hermione, Harry e mais umas amigas. E o que me deixava mais feliz ainda era que ele estava lá. Meu namorado, a pessoa que eu sempre quis – e ainda quero – estava ao meu lado. Tratando-me como uma princesa, fazendo eu me sentir tão importante, protegida e principalmente feliz.
Lembro-me de como estávamos. A música era lenta, não estávamos dançando, estávamos abraçados. Eu, com a cabeça no peito dele.
Nevava, e eu estava sem meu casaco, pois tinha o guardado no fundo da mala e não quis tirar tudo para pegá-lo. Comecei a tremer de frio. Ele me olhou.
- Por que não pegou seu casaco? – Disse, enquanto me encolhia ao corpo quente dele. Ele me abraçou mais forte.
- Porque estava dentro da mala, bem no fundo. Fiquei com preguiça.
- De um certo modo isso foi bom, não? – Ele falou, eu ri.
- Tenho que concordar com você.
- Eu sempre tenho razão Gina. – Ele falou, convencido.
- Não vou discutir isso agora Draco. – Disse.
- Minha flor, pode falar que eu tenho razão. – Disse ele. – Não precisa inventar desculpas.
Dei um leve tapa nele, rindo.
- Quer ver como está errado? Posso listar às vezes em que você não teve razão.
- Há! Duvido. – Ele falou.
- Da vez em que disse que me odiava, da vez em que disse que eu não significava nada para você, da vez em que você achou que ia conseguir terminar comigo, da vez em que achou que eu namorava o Harry...
- Ok... Entendi o recado. Mas só nesse tipo de assunto.
- Ai Draco, deixa isso de lado. Vamos tratar de assuntos mais... Hum... Importantes? – Falei o olhando, maliciosa.
Como resposta ele me beijou.
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Havia acabado o Baile de Formatura. Eu fui para a casa de Draco, já que ele tinha me chamado para ir ficar lá. Como já era tarde, ao chegarmos na casa dele tomamos um banho e fomos dormir. Eu fui para um quarto diferente do dele. Quartos um tanto separados, já que o dele ficava em uma ponta da casa e o meu na ponta oposta.
Era madrugada e eu acordei com frio. Já estava toda coberta e a preguiça de levantar não era pouca. Com muito esforço eu levantei e fui fechar a janela. Ainda estava nevando. Após fechar fiquei olhando para fora e vi alguém passando. Um medo tomou conta de mim. E se fosse um dos últimos Comensais?
- Gina? – Alguém falou atrás de mim.
Eu, como já estava com medo, ao ouvir a voz quase entrei em pânico. Quase. Porque virei para ver da onde a voz vinha e vi Draco. Lógico que isso aconteceu depois de eu dar um dos meus gritos.
- Draco! Não faça mais isso! – Pedi. – Você me assustou!
- O que está fazendo essa hora acordada? – Ele perguntou, ignorando o que eu havia dito.
- Eu acordei com frio e vim fechar a janela. Quando vi alguém passar lá fora. – Disse, esquecendo de tentar esconder o medo que sentia. – E você?
- Apenas acordei e vim ver você. – Ele falou – Não precisa ficar com medo Gin... Qualquer coisa eu estou aqui.
Normalmente eu começaria uma pequena discussão, só para tentar convencê-lo do contrário, mas dessa vez não fui capaz. Admiti que com ele por perto eu me sentia mais segura e protegida. Ele me abraçava pelas costas e suas mãos estavam em minha barriga, as minhas se encontravam em cima das dele.
- Draco... Se for um Comensal? – Perguntei baixinho.
- Eu o mato. – Ele falou. – Volte a dormir.
- Não vou conseguir. Estou com medo Draco. – Disse com sinceridade – Fica aqui comigo?
Como resposta, ele a pegou no colo e a deitou na cama de casal, em seguida sentou na cama.
- Pode dormir Gin. Eu fico aqui para te proteger. – Normalmente ele não falaria “Eu fico aqui para te proteger” mas sabia que isso acalmava a namorada.
- Obrigada.
Ele me beijou e em seguida me cobriu. Depois de um tempo, quando eu estava dormindo Draco levantou e foi beber água. Estava descendo as escadas quando viu alguém na sala. E pelo que conseguia ver estava claro que era um Comensal, que o viu e saiu em seguida.
Draco ficou sem entender, afinal... Que comensal correria? Eles costumavam enfrentar. Pelo menos é o que eu acho que normalmente eles fazem, ou faziam... Mas isso poupou trabalho a ele. Ele viu que a porta estava destrancada. Então foi por aqui que ele entrou. Pensou Draco, trancando a porta com um feitiço e continuando seu caminho para a cozinha beber água.
Assim que voltou para meu quanto, viu que eu ainda dormia (graças a Deus, imagine meu desespero se estivesse acordada). Como Draco havia trancado a porta, achou que o comensal não voltaria. Então o sono o venceu, fazendo-o deitar ao meu lado, me abraçar e dormir ali mesmo.
No dia seguinte eu acordei com a luz do sol em meus olhos. Percebi que Draco me abraçava virei e olhei para a cara de anjo dele. Ri ao pensar que só quando ele dormia parecia um anjo. Mas me enganei. Vocês tinham que ter visto como ele ficava lindo quando acordava.
- Me olhando há quanto tempo? – Ele perguntou.
- Não muito. – Disse. – Você fica tão lindo quando acorda, sabia?
Ele riu.
- Eu sou lindo sempre Gin.
Como não ia começar meu dia “brigando” com ele, me espreguicei e me sentei na cama. Para em seguida me levantar.
- Aonde vai?
- Vou tomar meu banho. – Disse como resposta.
Peguei minha roupa e fui tomar meu banho. Saí do banheiro com o cabelo penteado e molhado, já toda arrumada.
- Sua vez. – Disse.
- Eu vou se você tomar o banho comigo. – Eu o encarei.
- Não vou tomar meu segundo banho do dia nesse momento. – Disse – Acabei o meu agora!
- Se esse é o problema, é só você não considerar esse o segundo banho, mas sim a continuação do primeiro.
- Não vou Draco!
- Acho melhor você ir se acostumando com a idéia, pois quando nos casarmos você tomará banho comigo todos os dias. – Ele falou, me abraçando pela cintura.
Eu corei, em seguida me soltei dos braços dele e o empurrei para o banheiro.
- Então aguarde até nos casarmos. – Disse, ainda corada, tentando o empurrar para o banheiro, mas ele não saía do lugar.
Ele ficou me encarando, sorrindo da cena. Que realmente era para se rir. Uma mulher fraca e um pouco baixa tentando empurrar um homem alto e forte não deixava de ser cômico. Mas tentava parecer brava. Ele balançou a cabeça para os lados, como quem fala um “não” (ainda sorrindo) e deixou-me o “empurrar” para o banheiro.
Fechei a porta e minutos depois escutei o barulho da água do chuveiro. Suspirei imaginando como seria tomar banho com Draco. Balancei a cabeça tirando isso da minha imaginação. Caminhei até a cama e me joguei caindo de costas na cama, como fazia quando era menor. Olhava para o teto.
Normalmente eu iria preparar o café da manhã, como costumava fazer todos os dias, independente do local que me encontrava. Mas pensei que os elfos já teriam o feito. Mais alguns minutos e o barulho do chuveiro acaba, e Draco sai do banheiro.
Como estava lindo... Os cabelos molhados estavam no rosto e estava com a toalha amarrada na cintura. Tentei várias vezes desviar o olhar. Virei-me, ficando com os braços apoiados na cama, somente para poder ver melhor. E Draco, como sempre, percebeu isso. E como o mesmo sempre fazia, riu.
- Gosta do que vê, não é?
- E se eu falasse que não?
- Estaria mentindo. – Ele respondeu, com calma, escolhendo a roupa que usaria.
- E se eu falasse que sim?
- Além de estaria falando a verdade, ganharia um presente que eu estou para te dar á um tempo atrás.
- Presente? Que presente? – Estava curiosa. Que presente seria aquele?
- Você...
- Sim Draco! Eu gosto do que vejo! Agora me diz, que presente? – O interrompi.
- Você vai descobrir depois.
- DEPOIS? – Disse, não acreditando – Ahhh não Draco! Fala! Não me deixa assim não... – implorei, já na frente dele.
Ele, rindo, pegou meu rosto com carinho e me beijou. Durante o beijo ele mexia em meus cabelos. Aos poucos fomos chegando para trás até eu “encontrar” com a parede. Ele me abraçou pela cintura e aprofundou o beijo. Durante um tempo senti que não havia espaço entre nós dois. Nossos corpos estavam totalmente ‘colados’ um no outro. Nos soltamos pouco tempo depois, nos olhando. Sorri timidamente. Ele me soltou e pegou uma roupa um tanto... Hum... Chique para quem vai ficar apenas em casa. Entrou novamente no banheiro e colocou a roupa, saindo em seguida.
- Você não vai assim, não é? – Ele perguntou, me olhando.
- Assim para onde? – Disse, olhando para o que vestia. Aquela roupa era uma roupa comum para mim.
- Nós não vamos passar o dia aqui. – Disse ele.
- Não? Vamos para onde?
- Você vai conhecer Paris.
Pára tudo! PARIS? Ele falou Paris? Como a gente ia para Paris?
- Pa-Paris? – Gaguejei – Como nós vamos para lá?
- Nós, infelizmente, vamos como trouxas.
- Quer dizer que vamos andar naquela coisa grande que voa no céu? Como é o nome? Afizão? – disse, animada.
- Avião pelo que eu ouvi falar. – Draco, disse. Sem dar muita importância. – Mude de roupa e vamos.
- Mas Draco! – Ele, que tinha virado para sair do quarto, olhou para a namorada. – Essa é a melhor roupa que eu tenho.
Eu, sorrindo sem graça e ele me olhando como quem pergunta “O QUE? Essa é sua MELHOR roupa?”.
- Ah Draco... Sei que para você isso não é uma roupa decente...
- Não tem problema. – Ele falou. – Sorte que minha mãe separou umas roupas e deixou no seu outro armário.
- Outro? – Perguntei – Mas eu não só tinha esse? – Mostrei o que eu usava.
- Não. Aquele outro também é seu. – Ele mostrou um outro que eu nunca tinha percebido que havia no quarto.
Fui até o armário e abri a porta, minha surpresa não foi pouca. Dentro do armário tinha muita roupa um tanto... Chique.
- Eu acho que aquele vestido simples preto, ficaria ótimo em você. – Ele disse.
- Simples? Draco! Não tem vestido simples aqui! – Disse, ele riu.
Draco andou até o armário e tirou um vestido, dizendo para eu o colocar. Disse que achava o vestido muito chique para apenas uma viagem, mas ele não mudou de idéia, então apenas vesti.
Quando saí do banheiro, vestida e com a outra roupa na mão, Draco me olhou sorrindo, satisfeito.
- Bem melhor. – Ele disse. – Vamos logo.
Saímos de casa e fomos para o aeroporto. Draco não gostou da idéia de estar junto à tantos trouxas. Por sorte, tinha uma loja bruxa – enfeitiçada para os trouxas não verem, lógico – entramos e ficamos lá até ouvirmos que estavam chamando os passageiros para entrarem no tal avião – esse nome é complicado, concordam?
Passando um tempo o avião partiu. Mesmo sendo a primeira vez de Draco estar em um avião, não percebi medo quando o mesmo levantou vôo. Será que avião e vassoura fazem as pessoas sentirem aquele friozinho na barriga? Bem, eu não sei...
Passaram umas horas - eu acho – e chegamos em Paris. Fomos direto para o hotel. Meu Deus! Aquele hotel devia ter sido muito caro! Quer dizer, caro para mim, porque para um Malfoy não devia ter sido praticamente nada.
Draco foi até a recepção.
- Sr. Malfoy! Bom vê-lo novamente. – Disse a recepcionista. – Seu quarto já está preparado e o Willard irá levar suas malas para lá.
Parei de prestar atenção na beleza do local e olhei para aquela mulher. Senti um pouco de ódio ao ver o olhar que ela mandava ao meu Draco. Para acabar com aquilo eu andei até Draco, ficando ao lado dele.
- Draco! – disse a mulher nos olhando – Trouxe sua irmã dessa vez?
Irmã? Que irmã o que queridinha! Namorada e se Merlin quiser brevemente serei casada com ele!
- Ela não é minha irmã Alice. – Draco disse.
- Então é sua amiga Draco?
- Não. – Ele falou, calmamente. Pelo olhar dele, vi que ele sabia que estava com ciúmes. Ele sorriu. – Ela é minha namorada. Brevemente será minha esposa, não é Gina?
- Sim. – Disse, corada.
O olhar que ela mandou para mim fez eu olhar para Draco. E se ela fosse igual àquelas mulheres dos filmes que fazem de tudo para roubar os namorados das outras?
O tal do Willard pegou nossas malas e levou-as para o quarto. Draco e eu íamos atrás, abraçados.
Entramos no quarto e Draco deu uma gorjeta ao senhor que trouxe nossas malas. Em seguida trancou a porta e me encarou.
- Gina, estava com ciúmes? – Ele perguntou, enquanto deitava na cama.
- Oras Draco! Você não percebeu o jeito com que ela te olhou? – Disse, sentando ao lado dele na cama.
- Não precisa ficar com ciúmes. Não vai rolar mais nada entre ela e eu. – Ele falou.
- Mais nada? – Perguntei o encarando – Isso quer dizer que vocês já tiveram um caso?
- Sim. – Ele falou, ainda calmo. – Mas Gin... Isso aconteceu a um tempão atrás, agora eu amo você e só quero você. – Disse, me puxando e me beijando.
- Draco... Acho bom você estar me contando a verdade, heim? – Eu disse, rindo.
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N/A: Gente, desculpa, viu? Da outra vez eu não coloquei o capítulo e tals. Mas é que deu mó erro, aí eu fiz outro cadastro. =] Vou postar as fics nesse cadastro aqui, viu? Obrigada pela atenção e espero que tenham gostado do primeiro capítulo da fic. =] Kisses
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