Lupin e Tonks

Capítulo 37: Lupin e Tonks



Nos próximos dias, os marotos começaram a sair do dormitório, durante a noite, apenas para ver se encontravam outras passagens secretas. No entanto, parecia que todas já estavam marcadas no mapa.

- Hum... Lupin? - chamou Lílian, no começo da aula de História da Magia.

- Sim, Lílian? - perguntou Remo, colocando sua mochila na carteira - Algum problema?

Lílian passou um pedaço de pergaminho dobrado para Remo e cochichou no ouvido do colega:

- Tonks me pediu para que eu entregasse isso.

Lupin agradeceu e logo em seguida, abriu o pergaminho.



Caro Remo,

Será que você poderia me encontrar ás sete horas da noite de hoje, perto do lago? Tenho muito o que conversar com você. Por favor, venha.



Lupin ficou intrigado. O que será que Tonks tinha para dizer, que necessitasse ser fora do salão comunal? Ele passou a aula inteira pensando no que a garota queria, enquanto anotava revisões do final do ano.

- O que? - perguntou Tiago, assim que Lupin contara tudo o que Tonks queria, no almoço - Ela quer se encontrar com você?

- Quer - respondeu Lupin - O que será que ela quer comigo, hein?

- Não sei - falou Pedro - Vai ver ela quer lhe falar algo sobre a profissão que pretende seguir...

- Hum... acho que não - disse Remo - Ela poderia falar isso a hora que quisesse, no salão comunal.

Sirius suspirou.

- Vocês são cegos? - perguntou ele - É óbvio que ela gosta de você, Aluado!

Lupin corou.

- Não diga besteiras, Sirius! - exclamou ele - E mesmo assim, eu acho que jamais poderia namorar ela!

- E por que? - perguntou Tiago.

Lupin, antes de responder, pareceu um tanto abalado.

- Simplesmente não posso - respondeu ele, baixando o rosto.

Os três, percebendo que o amigo estava triste, resolveram não insistir no assunto.

- Bem, você pode levar o mapa, ao menos! - sorriu Sirius, como se estivesse tentando animá-lo.

- Certo - falou ele, se levantando - Nos vemos depois, eu tenho que ir á biblioteca...

E saiu do salão. Os três trocaram olhares, mas acharam melhor não dizer nada.



Lupin subiu os andares que haviam até a biblioteca. Chegando lá, pegou um livro qualquer e sentou-se num das cadeiras. "O que será que ela quer de mim?", perguntava-se Lupin, á qualquer instante. Ele ainda estava no meio de seus pensamentos, quando alguém lhe interrompeu.

- Hum... você está lendo o livro de cabeça para baixo, sabe? - falou a garota.

Era Tonks. Remo corou muito.

- Ah... é... he-he-he nem tinha percebido... - falou ele, tentando consertar a situação e se sentindo um idiota.

- Bem... - disse a garota, corando ligeiramente - A Lílian já te entregou o bilhete.

O coração de Lupin deu um solavanco. Ele se sentiu feliz, e ao mesmo tempo, triste. Sabia que não poderia namorar Tonks, se é que era isso que a garota queria...

- Recebi - respondeu, enfim - Eu estive pensando... o que você... iria querer comigo...

Tonks corou mais ainda. Ambos sabiam que se sentiam extremamente envergonhados.

- Ah... isso você só vai saber quando conversarmos! - exclamou ela, sorrindo falsamente - Bom... eu tenho que ir, sabe? Aula de Feitiços...

- É, eu também tenho que ir - falou Remo - Eu tenho Feitiços também. Ah, que coincidência!

Lupin se sentiu muito burro depois de ter falado isso. Era óbvio que não havia coincidência nenhuma. Os dois eram da mesma sala. Tonks parecia ter notado isso, mas não disse nada.

- Você me acompanha, então? - perguntou a garota.

- Claro.

Os dois saíram da biblioteca, caminhando lentamente. Os dois ficaram tanto tempo sem se falar que Remo teve a sensação de estar ao lado de uma desconhecida.

- Você já escolheu o que pretenda fazer depois de Hogwarts? - perguntou ela.

- Não sei - respondeu Lupin - Talvez ser professor não seja tão ruim... e trabalhar no ministério também.

- Ah, o que eu quero ser mesmo é um auror - revelou a garota - Adoro essa vida perigosa...

- Sei... sempre correndo perigo...

- Não é tão ruim quanto parece - falou a garota - Ganhamos um dinheirão no final do mês.

- É, ainda tem essa... - concordou Lupin.

Os dois haviam chegado á sala de Feitiços.

- Nos falamos e noite, então - disse ela, sorrindo.

- Certo.

Lupin sentou-se no seu lugar, assim que a aula começou. Minutos depois, Tiago bateu com força na testa, como se tivesse se lembrado de algo. Escreveu algo em pergaminho e passou para Lupin ler:



Dumbledore quer que nos aliemos a uma "sociedade" anti-Você-Sabe-Quem, assim que sairmos da escola. O que você acha? Gostaria de virar uma espécie de auror?



Lupin suspirou. E agora? Será que ele teria coragem o suficiente para enfrentar os seguidores de Voldemort? E que "sociedade" era essa que Dumbledore estava formando? Ah, Tiago ia ter que explicar isso direitinho depois...



Lupin - Não sei. Me explique com maiores detalhes depois da aula.



Tiago fez um sinal para que ele passasse o bilhete para Sirius. O garoto leu, trocou um olhar com Tiago e depois rabiscou o pergaminho. O bilhete foi passando de mão em mão dos marotos, até chegar nas mãos de Tonks. Ela leu a resposta de Lupin e suspirou. Escreveu rapidamente no pergaminho e sorriu para Remo. Logo em seguida, devolveu o pergaminho á Tiago, que leu as respostas:



Sirius - Tô dentro.

Lílian - Também não sei. Me explique depois da aula também, daí eu decido.

Pedro - Sei lá. Me dá um tempo para pensar.

Frank - Também tô dentro!

Tonks - Claro! É remunerado? Brincadeira...



Tiago sorriu e guardou o papel no bolso.

No final da aula, todos se encontraram na saída da sala de aula. Tiago começou a caminhar em direção a uma sala de aula vazia e todos o seguiram.

- Que história é essa de sociedade anti-Você-Sabe-Quem? - perguntou Lílian.

- Explica isso direito! - pediu Pedro.

- Nós vamos ter que virar caçadores de comensais para o resto da vida? - perguntou Lupin.

- Eu já disse, Lílian - respondeu Tiago - É um grupo criado por Dumbledore para combater Voldemort...

- Não fala esse nome! - guinchou Pedro.

Tiago suspirou e continuou:

- Ele quer que nos aliemos á ele porque ele acha que somos poderosos o suficiente para isso. Não, não vamos Lupin. Eu só acho que nós deveriamos lutar pela nossa paz e segurança, só isso...

- Lutar pela segurança??? - gritou Pedro - Nós vamos é acabar com a nossa segurança, desse jeito!

Sirius suspirou.

- Se não quiser ajudar-nos não entra, Pedro - disse ele - Mas para de gritar!
O garoto ficou quieto.

- Muito bem, quem é que vai entrar na Ordem da Fênix? - perguntou Tiago - Naturalmente, vocês sabem que estarão colocando as suas vidas em risco, assim como eu.

- Eu já disse que estou dentro - falou Sirius.

- Eu também - disseram Frank e Tonks.

- E vocês? - perguntou Tiago - Vão entrar?

Lílian sorriu.

- Se você vai entrar eu entro também!

Tiago retribuíu o sorriso.

- Eu também vou - decidiu-se Lupin.

- Pedro? - perguntou Tonks.

- Ah, tá bom! - aceitou o colega - Mas olhem lá, hein? Não me coloquem para fazer nada perigoso!



Finalmente, a noite chegou. Lupin sentia seu coração bater rapidamente, enquanto os minutos passavam-se lentamente. Já eram sete horas quando Lupin saiu do Salão Principal, logo após a janta. Ele não vira Tonks em lugar nenhum, então a garota já deveria estar á beira do lago.

Lupin saiu do castelo e caminhou pelos campos verdes de Hogwarts, em direção ao lago. A garota já estava lá, sentada em cima de uma pedra. Remo chegou de fininho e sentou-se ao lado da garota.

- Oi - cumprimentou ele - O que você queria falar comigo mesmo, Tonks?

- Hum... - começou ela, corando muito - Eu... só queria dizer... é claro que você ainda deve gostar da Christina, mas...

- O que é? - perguntou Lupin, achando que suas suspeitas haviam se concretizado.

- Eu... eu... Eu gosto de você, Lupin! - exclamou ela, encarando os olhos do garoto.

Remo, apesar de já ter esperado isso antes, ficou paralisado. Os minutos de silêncio se seguiram, até que Lupin falou.

- Eu... eu sinto muito, Tonks... - disse o garoto, desviando o olhar - Eu não posso... Eu também não gosto mais dela há séculos... Nesses últimos meses, a pessoa que eu realmente vi que gostava era você, Tonks...

- Então por que não? - perguntou a garota, com as lágrimas escorrendo no rosto.

- Eu... não posso... depois de tudo o que eu fiz com a Christina...

- EU TE AMO, LUPIN! - gritou Tonks, chorando ainda mais.

Lupin se calou.

- E DAÍ QUE VOCÊ TRANSFORMOU ELA NUM LOBISOMEM??? - continuou Tonks - ISSO NÃO TEM NADA A VER COM OS SEUS SENTIMENTOS! Ela... ela... ela nem ao menos te amava...

- Eu não posso, Tonks... - falou Remo, tentando não chorar - Eu realmente gosto de você, mas... Por favor, me dá um tempo... para esquecer tudo...

A garota virou o rosto para tentar esconder as lágrimas. Respirou fundo e disse:

- Tudo bem, Remo Lupin. Eu espero por você o tempo que você achar necessário. Um dia, um mês, um ano, uma vida...

Remo sorriu, mas a garota não viu.

- Obrigado - falou ele, enfim.

E rumou para o castelo, adivinhando que a garota gostaria de ficar sozinha um pouco...


ERRO Meu! Pulei esse capítulo sem querer, gente... me desculpem aew... ^.^

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