A Chegada



A semana que se faltava para o baile passou voando. As pessoas agora estavam ansiosas por todo o castelo, como se esperassem que dezenas de alunos irlandeses aparecessem do outro lado do corredor gritando "BU!".
Tiago e Laís foram colocando a conversa em dia durante a semana toda. Enquanto isso, Sirius e Amélia poderiam ser vistos aos amassos no canto mais afastado do salão comunal.

Lupin ficava cada vez mais amigo de Tonks e, sem perceber, estava começando a não se importar mais com Christina. Pedro conseguira convidar Nanda Erliver e sempre que a via pelo corredor comentava:

- Ela é linda, não?

- Se não tivesse o narigão - zombou Sirius.

- E esse bigode... - disse Tiago.

- Bigode? - brincou Lupin - Ela combina com você então, caro Rabicho...
- Ela é linda sim! - exclamava ele.

Na tarde do dia das bruxas, os alunos foram dispensados das aulas para se arrumarem e esperarem pelos visitantes na frente do castelo.

- Que frio... - dizia Tiago, se encolhendo mais para dentro das vestes - Será que vão demorar muito?

- Não sei - disse Sirius - Mas concordo com o frio.

Já estavam perto do inverno e a temperetura parecia estar caindo a cada segundo que passava. Pedro verificou o relógio.

- Dez minutos atrasados... - comentou ele - E nós aqui congelando de frio...

- Eles estão chegando - anunciou Dumbledore, calmamente.

Do nada, abriu-se um círculo na terra, á vinte metros de distância, com trinta metros de diâmetro.

- O que é isso? - gritaram muitos alunos, tapando os olhos.

A terra subiu cinqüenta metros no ar, na forma de uma rolha de garrafa. Alguma coisa saiu do buraco do chão. Os quatro marotos assistiam tudo, com os olhos arregalados.

Era um dragão feito de pedra. Seu corpo media trinta e cinco metros de comprimento e sua cor era vermelha, com as asas douradas. O dragão pousou mais atrás e a terra voltou para o seu lugar. A boca do dragão se abriu e o queixo encostou na terra, revelando uma porta de madeira onde deveria ser a garganta.

Ela se abriu. Um homem, de cabelos loiros, olhs azuis e pele incrivelmente branca saiu do dragão.

- Há quanto tempo, Jonatan! - exclamou Dumbledore, sorrindo.

Aquele, sem dúvida, era o diretor da tal escola que existia na Irlanda. Somente agora, Tiago pôde notar um símbolo na testa do dragão. Uma varinha na vertical, lançando fagulhas que caíam até embaixo da varinha, formando algum nome que Tiago não conseguia ler.

- É uma lingua antiga - informou Lupin - Está escrito o nome da escola. Se você estudasse runas antígas saberia ler...

- Certo, e qual o nome dessa escola? - perguntou Sirius.

- Academia de Magia Squartish - respondeu Lupin - É uma das melhores, sabe? Mas deixa á desejar em certos pontos...

- Como... lobisomens? - tentou Sirius.

Lupin sorriu. O homem, diretor da escola, deu um passou á frente e saiu da boca do dragão. Em seguida, começou a caminhar lentamente na direção de Dumbledore, sem dizer nada. Tiago pôde ver uma barba rala em seu rosto. Ele parou diante de Dumbledore.

Mesmo sendo um homem alto, Dumbledore era relativamente baixo diante de Jonatan. A diferença entre os dois era de um palmo. Jonatan parecia sério. De repente, sorriu.

- Dumbledore, não nos vemos há quinze anos! - exclamou ele, dando um abraço no diretor de Hogwarts - Essa visita veio em tão boa hora!

- Sua filha foi mordida por um lobisomem, não? - cochichou Dumbledore. Somente os quatro marotos que estavam perto dele, puderam ouvir.

O homem parou de sorrir. Todos os marotos ficaram sérios, como se fosse em respeito á Lupin. Jonatan concordou com a cabeça.

- Não se preocupe - tranqüilizou Dumbledore - Daremos um jeito. Será que os seus alunos não gostariam de entrar e participar do nosso baile de boas vindas?

- Claro - sorriu ele, de repente - Venham logo, vocês!

A porta da boca do dragão se abriu novamente. Dezenas de alunos. Garotos e garotas do sétimo ano da academia de magia de Squartish, saíram pela porta e começaram uma caminhada até o ponto em que os alunos de Hogwarts estavam.

A maioria dos visitantes eram loiros com olhos azus-claros e de pele tão branca quanto a neve. Chegavam a ser tão brancos, que pareciam cadáveres que andavam.

Tiago logo pôde ficar atento em alguns. Uns três, vestiam longas capas de couro que desciam até o chão, dando-lhes um aparência de um criminoso. Havia outro, que estava chamando a atenção de todas as garotas, com o seu cabelo loiro que caía até os ombros, parecia um tipico exibido. Tiago sabia que poderia estar enganado, mas preferiu ficar com a primeira impressão. Logo, notou algo que lhe deixou com muita raiva. O garoto fitava Lílian atentamente. A garota retribuía o olhar...

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