Capítulo VII
Capítulo VII
*¨* Did you lose yourself somewhere out there?
Você se perdeu em algum lugar lá fora?
Did you get to be a star?
Você conseguiu ser uma estrela? *¨*
O caminho até a Torre da Grifinória foi feito em silêncio, com exceção do som vindo da voz de Alicia, perguntando se Jonathan estava bem. A garota resolveu acompanha-lo até a pintura da Mulher-Gorda, pois concluiu que, do jeito que ele estava, não acharia o caminho sozinho. Assim que chegaram na pintura, Jonathan ouviu Alicia dizer algo para ele, mas nem prestou atenção. Estava completamente desnorteado com o que acabara de ver. Quase que mecanicamente disse a senha, assim que Alicia se afastou dele, e assistiu a Mulher-Gorda girar para frente, dando passagem a ele. Esquecera-se até de Alicia, que após notar que o garoto nem se quer ouvira o que disse, se afastou em direção às masmorras.
Jonathan passou tão rapidamente pelo salão Comunal que não saberia dizer depois se ele estava cheio ou completamente deserto. Dirigiu-se ao dormitório masculino com os pensamentos soltos. Acostumara-se com o caminho até seu quarto, pois caminhou até lá mesmo com a cabeça longe. Chegou a ouvir as vozes de seus companheiros no quarto, mas não conseguia assimilar o que lhe diziam. Daniel se aproximou do amigo, com um ar preocupado, mas Jona mais uma vez não prestou atenção. Mesmo que quisesse, não conseguia pensar em outra coisa senão a cena que vira há minutos atrás. Chegando em sua cama, deitou-se violentamente, só tendo tempo de tirar os sapatos e fechar o escuro dossel.
"Malfoy... meu pai... ?!?!... Não pode ser...!!!", Jonathan não conseguia dormir, na verdade, não conseguia simplesmente fechar os olhos. A imagem de Draco Malfoy segurando as mãos de sua mãe não saía de sua mente. Não acreditava por completo ainda. Toda uma vida mudada assim, de uma hora para outra. Por toda uma vida ele imaginou ser filho de uma pessoa e de repente descobre que seu pai é outra pessoa, pessoa que odeia por sinal. Recentemente estivera com raiva de Rony, mas agora o que sentia por ele era pena. Pena por ter sido enganado, pena por imaginar como ele ficaria se soubesse a verdade, pena por ter-lo odiado, pena por não ser seu filho... Pena! Que tristeza sentia!
Uma tristeza tão forte lhe tomou a alma. Um medo, uma angústia, uma melancolia o tomava por completo. Sentia-se sozinho, pois além de não ter sua mãe ao seu lado, não tinha também um pai. Era preferível ser órfão por completo do que ter Draco Malfoy como pai. Que pai era esse que sabendo da verdade nunca o havia procurado? Que pai era esse que tratava o filho da maneira que fazia? Que pai era esse que não estava lá... com ele ... agora...
Sentia-se como se não houvesse mais razão de ser, como se não tivesse existido nestes últimos onze anos. Afinal, uma pessoa sem história não é ninguém. Ele não tinha história...ou até talvez tivesse, mas sua história estava falha, incompleta... como se faltassem alguns capítulos. Capítulos importantes. Capítulos fundamentais.
Uma lágrima correu solitária por seu rosto, porém essa lágrima foi seguida por outra e outra e outra até se tornar em um choro descompassado, mas silencioso. As lágrimas vinham em uma tentativa desesperada de amenizar sua dor, de curá-las. Queria que nada tivesse acontecido, que não tivesse discutido com Malfoy, que não tivesse tomado aquela detenção, que não tivesse entrado na Penseira... nada! Preferia ter vivido na mentira do que encarar a verdade de um modo inesperado. Não estava preparado para aquilo hoje, nem hoje nem nunca.
Recostou sua cabeça no travesseiro, deixando suas lágrimas lavarem suas mágoas. Quem dera que estas lágrimas pudessem lhe trazer de volta a felicidade de uma vida inteira, que fora perdida em alguns minutos. Lágrimas amigas, que estavam lhe fazendo companhia, estavam lhe confortando, ouvindo em silencio suas lástimas e suavizando aos poucos sua dor. Virou para o lado, tentando, em vão, fechar os olhos para, quem sabe, talvez dormir. Nada! Não tinha sono e, muito menos, coragem de fechar os olhos e encarar aquelas imagens e aquela frase em sua mente novamente. Com os olhos a vagar pelo escuro dossel, notou que, sobre a mezinha de cabeceira, havia um vulto novo. Não o havia notado antes. Não que estivesse muito interessado no que se tratava, achou que qualquer coisa pudesse ser melhor do que chorar escondido atrás de um dossel.
Afastou um pedaço da cortina, que circundava sua cama, e assim, pôde ver melhor do que se tratava o vulto. Um livro. Um grosso livro de capa aveludada azul marinho. Com certo esforço, pegou o livro nas mãos e o levou para dentro de seu dossel. Não o havia notado antes... talvez algum de seus companheiros de quarto o havia esquecido, mais cedo, em cima de sua cabeceira. Assim que colocou-o em seu colo, algo chamou sua atenção para a capa do livro. Estava escrito, com letras douradas bem trabalhadas, "Maldições Crônicas". Jonathan chegou a conclusão que esse livro só podia estar na área restrita da biblioteca, o que impossibilitava que qualquer aluno o tivesse pegado sem autorização.
Ia perguntar aos garotos, que ainda faziam uma algazarra do lado de fora de seu dossel, de quem era o livro, mas notou que uma certa página estava marcada com um pequeno pedaço de fita vermelha. Passou os olhos pelo dossel, vendo os vultos dos garotos, como se quisesse a certeza de que ninguém o estava vendo. Após concluir que estava completamente isolado por detrás das cortinas, voltou-se para o livro. Abriu, lentamente, na página marcada. As folhas eram amareladas e muito finas. Teve dificuldade em abrir o livro por completo por causa do peso, mas assim que o fez, notou que a página marcada falava de uma certa maldição intitulada de "Forcius Envecti".
Nunca ouvira falar sobre ela antes, mas se concentrou em estudá-la. Qualquer coisa que o fizesse esquecer, momentaneamente, o que lhe ocorreu nas masmorras, era bem vinda. Passava o dedo pela página e, conforme ia lendo, ficava cada vez mais concentrado na leitura. Parecia estar reconhecendo seu conteúdo. Frases como: "Não conseguir efetuar simples feitiços", "Perder o controle", "Não possuir magia"... se faziam presentes em sua mente.
"A Maldição Forcius Envecti", Jonathan lia, "fora inventada no século XVII, por bruxos Sangue-Puros, que se aliaram a Revolta dos Duendes, para promover a morte de bruxos que não tivessem sangue puros. A maldição fora uma potente arma na revolta, pois acabava gradativamente com a magia da pessoa que a recebesse." Jonathan continuava a leitura com o olhar fixo, algo o dizia que isso lhe interessava, que isso fazia parte de si e que talvez aquele livro não tive vindo parar em sua mesinha de cabeceira por acaso. "Com o passar dos anos, a Maldição Debilitante, como ficara conhecida, foi sendo aprimorada ilegalmente. Não conseguir efetuar simples feitiços e perda do controle emocional são uns dos efeitos colaterais da maldição. Com a Liminar do Departamento de Controle de Maldições, de 1834, proibindo o uso de maldições consideradas nocivas à comunidade bruxa, tornou-se cada vez mais raro o uso desta Maldição. Em 1905, a Maldição Debilitante foi considerada extinta e o Ministério acabou com o controle quanto a ela". Jonathan não compreendia ao certo o porquê aquilo o estava intrigando tanto, mas continuava a leitura incessantemente. "Uma das principais características desta maldição é a diminuição de poderes mágicos. Em certos casos, ocorrera de bruxos ficarem completamente sem poderes ou, até mesmo, morrerem por falta da vitalidade provocada pela magia que todo bruxo possui. Não há indícios concretos quanto a cura desta maldição, mas existem mitos e lendas a respeito de uma poção que realizasse uma transmissão de poderes mágicos. Nenhuma pesquisa foi feita após a data de 1905, então, a Maldição Forcius Envecti mantem-se obscura desde os mais remotos tempos da história".
Jonathan terminou a leitura e refletiu sobre seus últimos dias e o quanto esta leitura se encaixava perfeitamente com eles. Ficara extremamente irritado desde que viera para Hogwarts. No início achara que sua irritação fosse por causa da carta de seu pai, mas também se irritara com Alicia e também com Malfoy. Nunca fora assim antes. Refletia também sobre como não conseguira consertar o vidro de tinta quebrado na aula de Feitiços e como não conseguira transformar um fósforo em agulha na aula de Transformação. Tudo se encaixava com a Maldição descrita no livro. "Mas é um absurdo isso!", Jonathan pensava incrédulo, "Eu não posso possuir uma maldição extinta há quase cem anos!". Mesmo sem entender porque, sentia que aquilo tudo se ligava: a falta de poder, a irritação inesperada, o livro em sua cabeceira... seria coincidência demais!
Colocou o pesado livro de lado e puxou em suas vestes a varinha. Era uma varinha longa, de carvalho e com detalhes em cinza, que o havia escolhido na loja do Sr. Olivaras. Era estranho pensar em como ficara surpreso pela rapidez a qual a varinha o havia escolhido. Pensou em como não havia proferido nenhum feitiço desde então. E em como foram mal sucedidas suas tentativas anteriores. Resolvera testar sua própria magia, pois afinal, não queria ser um trouxa, mesmo que esta possibilidade lhe parecesse absurda. Levantou a varinha e apontando para o livro, que acabara de ler, dizendo: "Wingardium Leviosa" com o "GAR" claro e longo. Jona sentiu um frio correndo por sua espinha ao perceber que suas suspeitas estavam certas: não houve um só movimento do livro! O livro não flutuou, como era de esperado. Ele permaneceu ali, parado aos pés do garoto.
Nada de magia! Zero! "Não pode ser!!!", Jonathan estava começando a ficar desesperado. Pensara que o dia de hoje fora o pior de todos por causa da descoberta feita a respeito de Malfoy, mas percebeu que enganara-se. O pior era saber que não possuía magia! Era um bruxo sem poderes mágicos.
Hermione estava sendo levada pelos três homens de branco que a havia levado de Hogwarts. No caminho todo ela veio pensando em como seu filho devia estar se sentindo, como ele estaria neste exato momento. A essa altura, Hermione concluía, que ele já devia ter encontrado o livro que pedira para Sabe deixar em sua mezinha de cabeceira. Sabia que não tinha sido correta esta sua atitude, mas não podia permitir que seu filho ficasse "às escuras" quanto a isso. Nunca permitira que machucassem quem amava sem tentar impedir.
Sabia que fora longe demais. Arriscou-se por seu filho. Mas isso não importava, pois já havia doado sua vida por ele uma vez e tudo que fizesse agora seria irrelevante perto disso. Protegê-lo era sua missão e era isso que estava fazendo. Não acreditava em destino, mesmo que lhe dissessem o contrário! Seu destino era decidido por suas atitudes e escolhas. Suas atitudes e escolhas eram em favor de sua família! Amava sua família e nada de mau aconteceria a eles enquanto ela tivesse a capacidade de evitar.
Fora levada até o prédio que estivera há algumas quimeras junto com Sabe e Jack. Entrou no prédio acompanhada dos três homens. Reparou que as duas bruxas do balcão de informação a seguiam com os olhos e faziam mexericos nada inaudíveis quanto a ela. Deixou ser levada até o elevador e, de lá, caminharam até o escritório de Elaine Fielding, no 23º andar.
A contrário da vez anterior, a porta do escritório estava aberta e Hermione pôde ver, assim que entrou, que além de Elaine Fielding, estavam na sala também dois senhores engravatados.
- Estávamos lhe aguardando, Sra Weasley. – Elaine dissera assim que viu Hermione na sala – Podem deixar ela aqui e saiam, assim que precisar os chamarei. – disse aos três homens de branco. E voltando-se para os dois senhores sentados disse – Podem ir. Eu mesmo direi a Sra Weasley.
Os cinco homens saíram da sala, mas não antes de lançar à Hermione um olhar incriminador. Ela estava em pé, de fronte à porta fechada, sem pronunciar palavra alguma. Fielding fez um sinal com as mãos, mostrando uma cadeira vazia à sua frente para que se sentasse. Mione, meio a contragosto, sentou-se.
- Quem eram estes senhores? – perguntou Hermione formalmente.
- Sr. Oswald Harryson e Sr. Adolpho Bidtio. Ambos fazem parte do alto escalão do Conselho Divinal.
- E o que querem? – perguntou Hermione já irritada. Não estava gostando da idéia de ter sido autuada em um dos momentos mais críticos de seu filho.
- Estamos decidindo o que será feito com a senhora. – dizia Fielding com uma expressão formal no rosto.
- Como assim?
- Você quebrou as regras novamente e conseguiu alertar Jonathan Weasley quanto ao perigo que ele corre. Sra Weasley, não é a primeira vez que lhe digo que o destino de Jonathan já está traçado e que não cabe a ninguém modifica-lo.
- Não posso deixá-lo morrer!
- A morte não é algo ruim, Sra Weasley. – falava ajeitando seus crespos cabelos alaranjados.
- Não quando realmente é sua hora de morrer, mas meu filho tem muita vida pela frente!
- Não é você quem determina isso! – Elaine Fielding disse em um tom energético, o que fez com que Hermione parasse de falar – Entenda, você fez sua parcela ao ter doado sua vida a Jonathan, quando ele nasceu. Isso era seu destino, por isso recebeste o cargo de Estrela. Mas só isso!
- Hoje sou uma Guardiã de Sonhos e meu dever é proteger Jonathan.
- Foi até aceitável que tu recusaste seu cargo de Estrela para poder ficar mais perto de seu filho, mas nada justifica suas atitudes desde então.
- No meu julgamento eu vi meu filho morrer nos braços de Draco Malfoy. Mãe nenhuma assistiria esta cena sem nada fazer.
Elaine Fielding permaneceu-se calada por alguns instantes, antes de reiniciar a falar.
- Por causa desta sua super-proteção, o Conselho Divinal decidiu que seu cargo de Guardiã de Sonhos seja cassado e que você passe por um tribunal para que seja decidido seu novo cargo aqui no Limbo.
- O quê??? Não podem fazer isso!!! – Hermione se levantara com tamanha exaltação.
- Já está feito, Sra Weasley. – Elaine Fielding dizia calmamente – Eu sinto muito, mas não posso fazer mais nada.
Hermione deixou-se cair na cadeira à sua frente. Não estava acreditando no que estava ouvindo. Não era justo que ficasse longe de seu filho. Não era justo ser castigada por tentar protege-lo.
Elaine Fielding caminhou até a porta e chamou os homens de branco que trouxeram Hermione. Assim que entraram, Hermione e Elaine notaram que havia somente dois deles.
- O que houve? Não eram três? – perguntou Fielding.
- Er... o nosso companheiro teve um probleminha, mas nós cuidaremos de tudo. – disse o mais baixo dos homens.
- Está bem, então. – disse Elaine – Arrumem para a Sra Weasley um quarto em um dos sobradinhos aqui no Limbo e não deixem que ela saía de lá até a chamarmos para o tribunal, entenderam?
Os dois bruxos consentiram com a cabeça. Hermione estava muito revoltada e tentava se livrar dos braços com que os bruxos tentavam prende-la.
- Me soltem!
Hermione parou de se espernear assim que ouviu o bruxo mais baixo dizer em um sussurro: "Não se preocupe". Ela não entendeu o que ele quis dizer com aquilo, mas uma pequena esperança inundou seu coração. Encaminhou-se, junto com os dois bruxos, à porta até ouvir Fielding dizer:
- Senhores, amanhã entraremos em contato, então, enquanto isso, não quero ninguém estranho a visitando, entendido?
- Está certo. Não deixaremos ninguém estranho entrar no quarto dela, sabe?
De súbito o bruxo parou de falar e levou sua mão à boca, como se tentasse parar a palavra que acabara de pronunciar. O bruxo ao seu lado lançou-lhe um olhar fuzilante e disse, com um inglês péssimo "CORRE!!!!". Elaine Fielding, após notar a gafe de Sabe, e perceber que os dois bruxos eram os companheiros de Hermione, gritou:
- Peguem eles!!!
Os três Guardiões, Sabe e Jack ainda disfarçados, correram em disparada até o elevador. Pelo menos cinco bruxos corriam atrás deles. Hermione sentiu um jato de luz esverdeada passar por seu ombro esquerdo e concluiu que estavam sendo lançados feitiços contra eles. Ambos apertaram ainda mais os passos assim que viram que a porta do elevador estava se fechando. Por sorte, uma bruxa, que estava dentro do elevador segurou a porta fazendo com que os três pudessem entrar.
- Fecha logo! – dizia Hermione apertando freneticamente o botão que fecha a porta.
- "Tranca!". – Jaqueline disse o feitiço com a varinha apontada para a porta, fazendo com que ela se fechasse magicamente, no exato momento em que os cinco bruxos e Elaine Fielding alcançaram o elevador.
Os três bruxos respiravam ofegantes, mas também aliviados. Sabiam que haviam cometido o maior erro de toda sua eternidade.
- Escapamos por pouco – Jaqueline dizia guardando sua varinha nas vestes.
- Precisamos programar mais aventuras como essa um dia, sabe?
- Vocês enlouqueceram? – Hermione, além de cansada, estava também extremamente irritada – Vocês agora serão castigados, assim como eu. Que droga! Todo esse tempo eu tentei proteger vocês de minhas loucuras e agora vocês se entregam de bandeja para todo o Conselho! Onde vocês estavam com a cabeça?!?!
- Nós só tentávamos ajudar uma amiga, sabe?
Hermione olhou os amigos, ainda vestidos de Guarda-Bruxos, com um singelo sorriso que não chegava aos olhos. Mesmo esse tempo todo, não querendo que eles se metessem em confusão por sua causa, eles enfrentaram toda a Suprema Corte do Conselho Divinal e vieram salva-la. Pensou em como sempre tivera sorte para amizades, pois em vida tinha Rony e Harry, e agora tinha Sabe e Jaqueline.
- Está certo... não há mais o que fazer, não é mesmo? – disse por fim – Precisamos decidir o que faremos agora.
- Precisamos voltar à Terra, pois, pelas quimeras que passamos aqui no Limbo, logo logo vai chegar a hora da morte de Jonathan! – Jaqueline falava quase que desesperadamente.
- Não podemos voltar para Hogwarts. Lá será o primeiro lugar onde nos procurarão. – Hermione dizia enquanto observava o ponteiro que indicava em que andar estavam.
- E se formos para sua antiga casa, amiga? Acredito que lá nós não despertaremos a desconfiança do Conselho Divinal, sabe?
Hermione não gostou da idéia de se afastar de Jonathan, mesmo que temporariamente, mas ponderou que não havia outra escolha.
- Está bem. Iremos para minha casa e lá decidiremos o que faremos depois.
Saíram assim que o elevador abriu suas portas. Notaram que o hall de entrada do prédio estava repleto de bruxos que entravam e saíam freneticamente. Hermione presumira que, provavelmente, seria a quimera do almoço. Caminhavam apressados no meio da multidão até ouvirem a voz irritante de Elaine Fielding gritar:
- São eles!
A multidão de bruxos corria em alvoroço com os diversos feitiços que eram proferidos. Hermione tirou sua varinha das vestes, sendo imitada por seus companheiros. Quando alcançaram a porta principal do prédio ela foi fechada magicamente, fazendo com que os três forem ao encontro dela.
Ao som de um " Expeliarmus!", Hermione sentiu sua varinha sair de suas mãos e cair a uns metros de distância. Olhou ao redor e viu que Elaine Fielding se aproximava enquanto tentava se desviar das duas bruxas de "Informações" , que corriam e gritavam desesperadas pelo hall.
Hermione ficara tão nervosa que não notou que Sabe e Jaqueline ainda mantiam suas varinhas em mãos. Para sua surpresa, ouviu Sabe proferir em alto som um feitiço transfiguratório que provocou um enorme estampido no local. Os bruxos que os seguiam pararam para olhar o que havia acontecido. Hermione não podia ver direito o que estava acontecendo, mas, após dissipar um pouco a multidão à sua frente, ela notou uma porquinha alaranjada grunhindo no centro do hall de entrada.
- O que fez, Sabe? – Hermione perguntou incrédula caminhando rapidamente em direção a onde sua varinha havia sido lançada.
- Só fiz a chefinha voltar "ao normal", sabe?
- É melhor sairmos rápido daqui. – disse Jaqueline apontando sua varinha para a porta principal e dizendo "Alorromora!".
Saíram do prédio deixando-o em polvorosa por causa da tamanha confusão provocada pelos feitiços e também por causa de uma porquinha que corria feito louca pelo hall.
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