O que era para ser,mas não foi

O que era para ser,mas não foi



Notas da autora:

Olá pessoas! É, mais uma fanfic envolvendo os marotos e compahia, devo esclarecer alguns pontos antes de vocês lerem:

1 - É um crossover com o mangá Count Cain, de Kaori Yuki. Quem quiser saber mais sobre ele, bem, as scanlations estão em www.sakura-crisis.net

2 - Vai ter slash/yaoi sim, mas(eu espero) bem fraquinho. É quase impossível pra mim não por algo de slash, com Sirius&Remo e Cain&Riff, entendam!xD

3 - Os personagens citados de Harry Potter e Count Cain osbóviamente não pertencem a mim. Direitos autorais a seus devidos autores e etceteras.

4 - Mas o espaçador e todo o roteiro e idéias são minhas. Pergunte antes de usar!/o


XIX motivos para NÃO deixar o Aluado mexer em ponteiros

Capítulo I – O que era para ser, mas não foi... (ou o que acontece quando você tem um amigo que não sabe a diferença entre um quilômetro e um século)

Era uma tarde particularmente quente de verão e Sirius Black preferia estar fazendo qualquer coisa a desgrudar suas longas mechas presas na testa pelo calor da lareira se não estivesse tramando mais uma fuga inconseqüente com seu cúmplice, Tiago Potter. Já estava no seu recorde de dias tolerando sua família na mansão Black e a perspectiva de um aniversário longe das pomposas e hipócritas festas que seus pais davam lhe animava mais do que uma visita ilegal a Hogsmead no período dos exames.

- E aí, Almofadinhas? Pronto para imaginar a cara da sua velha quando estiver aqui amanhã?

- Bem, Pontas, se você levar em conta que tenho preparado isso desde que cheguei neste chiqueiro, deveria saber, não? Aliás, quem já chegou aí?

- Só o Aluado, que está tentando manter minha mãe na cozinha, o que não é difícil para ele... – um barulho de explosão pode ser ouvido com clareza. – Rabicho não vai poder vir, ele não conseguiu mais de um NOM e seus pais lhe prometeram trancá-lo no quarto até que os miolos dele estivessem pulando da cabeça recitando todos os tópicos sobre a guerra dos gigantes de 1793.

- Sabe, Tiago, às vezes eu acho que você é sádico para me prover de tantas imagens mentais nojentas...

- Remo! Você não era para estar na cozinha?

- Não depois de atrasar nosso jantar por mais de um mês, Pontas. Sua mãe gentilmente me disse para lhe passar o recado que vamos ter de viver de lanchinhos até amanhã enquanto ela limpa a cozinha. – limpou a garganta, disfarçando o riso que os outros dois não conseguiam conter. – Ah, Almofadinhas, quanto tempo!

- Aluado, meu amor, foram os 46 dias mais vazios da minha vida! Não posso agüentar mais um segundo sem você! Oh, venha para o fogo ardente de nossa paixão! – Sirius estendeu os braços da lareira, falando com um sotaque inconfundível de amante latino, antes de todos gargalharem. – Oxit, a velha vem subindo as escadas! Não se atrasem amanhã, muito menos você, mi amore! – e soprou um beijo canalha para Remo, depois de desaparecer da lareira.

- Isso ainda vai dar em casamento sério, Aluado! - riu Tiago, ainda mais quando percebeu um rubor nas bochechas do loiro.

- Não tem graça nenhuma brincar com isso! Ademais, você esqueceu quem é que se transforma em veado depois de meia-noite? – e saiu correndo, ante a chuva de almofadas que o moreno disparou.

Era mais de uma da manhã quando Sirius constatou que o movimento na casa tinha diminuído. Pegou a capa de invisibilidade que Tiago lhe emprestara e uma mochila aumentada magicamente, em seguida tocou com a varinha uma seqüência de letras do quadro de alquimia, em seu quarto. Em seguida, vestiu a capa e respirou fundo. Detestava aquela passagem, mas era o único jeito de chegar na sala de experimentos sem passar pelas armaduras que ficavam na porta, a lanças insistentemente apontadas para partes da anatomia que Sirius realmente não queria perder. Sentou-se no carpete e deu impulso para começar a escorregar no tubo, fechando os olhos enquanto a velocidade aumentava rapidamente. Um baque e um xingamento, baixo. Ele sempre caia de cara no chão, não importava que posição ficasse no túnel, sempre estabacava a cara no chão.

Limpou a poeira das vestes (um pijama com cãezinhos e corações que ganhara de amigo oculto de Remo. Bem, pelo menos não foi um hidrante inflável, presente de Tiago para o “Respeitável Lobo que Precisa se Controlar a Noite”.) e tirou da mochila um lampião, tocando com a varinha de leve, acendendo-se uma luz fraca dentro do vidro. Precisava pegar os ingredientes e objetos para o plano que havia montado, então se dirigiu a uma enorme cristaleira. Gelo perene, ouro do tesouro de um dragão, vira-tempo, óleo de salamandra, ajeitava tudo na mochila enquanto ia riscando mentalmente a lista que fizera. Revistara a casa de seus pais (ou pelo menos tentara) quando estes foram à festa de noivado de sua prima, Narcisa, tendo certeza de que tudo o que precisavam para o plano estaria ali. Depois de meia hora e alguns “cracks” de coisas se quebrando, Sirius afivelou a mochila, não sem antes tirar uma corda com um gancho, se dirigindo a passagem. Apontou o gancho para a boca do túnel por onde tinha escorregado e a corda subiu, até seu quarto, se fixando no carpete. Deu um nó prendendo a mochila e depois outro em volta da cintura, murmurando “Puxe” para a corda enfeitiçada.

A última badalada das onze tocou e Sirius teve certeza que estava meia hora atrasado. A noite encobria parcialmente a enorme mala que carregava consigo, junto com uma gaiola prateada e a mochila guerreira, dando uma sensação de segurança dúbia enquanto corria em direção a clareira do parque a alguns quarteirões do número doze de Grimmauld Place. Quando finalmente chegou, amaldiçoando todos os espermatozóides e, conseqüentemente, as gerações de Remo e Tiago, seu queixo caiu. O animago e o lobisomem estavam esperando-o furiosos, como previra, a única coisa que sua mente não conseguiu imaginar como “presente que combinava em gênero, número e pensamento”, que eles afirmaram veementemente ter na última conversa quando perguntara como diabos iriam para a casa dos Potter, era uma enorme Harley, com direito a um compartimento ao lado, igual a moto de um super-herói trouxa que Pontas havia lhe mostrado, esculpida em couro e metal negro, arfando ao lado dos dois. O queixo de Pontas e Aluado caíram igualmente, mas foi assim que terminaram o fuzilamento de Sirius, da cabeça aos pés. Botas de um tecido estranhamente brilhoso e de aparência plástica, que terminavam em gigantescas plataformas de uns seis centímetros. As três vozes se juntaram em um único som.

- ONDE.VOCÊ.CONSEGUIU.ISSO?

Som de coisas caindo e risadas, enquanto o maroto recentemente libertado da prisão Black se juntava a seus comparsas, agora nivelando sua altura a do lupino.

- Tonks! Ela não é ótima? Na última viagem ao Japão achou que era a minha cara! Claro que quase a enforquei, os únicos que podem sair vivos depois de fazer alguma piadinha com a minha altura são vocês!

- Bem, a nossa novidade não consegue ser mais chocante do que eu poder te abraçar sem espirrar pelo seu cabelo estar fazendo cócegas no meu nariz! Mas sim, nós estivemos guardando a grana o ano inteiro para isso, Almofadinhas, meu velho! Dê olá ao Cão! – e James acenou para a moto ao lado.

- E eu pensando que as economias eram para você ganhar a nossa aposta sobre quem iria ser o último maroto virgem! Ainda bem que não mudei minhas apostas no Aluado!

- Hey! Pelo menos eu tenho algum critério, senhor Eu-achei-minha-boca-E-corpo-no-lixo!

- Não é tanto assim!!

- Cara, você beijou uma sonserina... – Tiago o fitou fingindo nojo.

- Ela era... – começou Sirius, já esperando a reação dos dois. Tinha escutado isso o quarto ano inteiro.

- Gamada em você.

- Uma adoradora da “estrela-mais-brilhante-do-hemisfério-sul”.

- Glicosamente apaixonada.

- Sonserinamente nojenta.

- E acima de tudo... FEIA! – Aluado e Pontas quase gritaram juntos, com as mãos na cintura, enquanto Sirius se encolheu, como um cãozinho vencido.

- Sinceramente, Sirius, você não precisa beijar todas as garotas que se jogam na sua frente...

- Ou ajoelham no meio do salão comunal...

- Gritando poemas de amor que um trouxa de quinta categoria pode escrever e parecer mais literário.

- Ta, ta, chega!! Eu já entendi! – bufou Almofadinhas, finalmente derrotado. - Rebobinando a fita: Do que vocês chamaram meu presente?

- Cão! Não combina? – Remo sorriu, se aproximando da moto que instantaneamente ligou o farol. – Olha o que ele faz... – e estendeu a mão “coçando” embaixo dos relógios de quilometragem. Para a surpresa de Sirius, a harley começou a arfar e abanar umas tiras de couro presas na traseira, a guisa de cauda.

- Wow! Isso que eu chamo de presente personalizado!

- Bem, v’ambora que eu ainda quero dormir um pouco antes que os malditos pássaros em frente à casa do Tiago comecem a cantar! Sirius, você vai na traseira, eu vou dirigir e Pontas se enfia junto com seu malão ali do lado.

- Peraí, seu puto! O presente é meu! Eu dirijo!

- Você não tem carteira. – Tiago adicionou, sabendo que este não era um argumento válido para eles.

- Dane-se! O Remo por acaso tem?

- Sirius, o Remo tem algo que em você está em tempo de seca. Senso do perigo! Eu não quero virar pizza de asfalto antes de agarrar a Lílian!

- Mas eu...

- Não, não, senhor Almofadinhas! Eu lhe ensino a dirigir sem por em risco seus passageiros quando chegarmos lá! Por enquanto deixa eu salvar sua vida... Ahhh não! Isso de novo não!! – reclamou, enquanto batia com a palma da mão na testa. Sirius se transformara e estava agora fazendo cara de cãozinho-que-caiu-do-caminhão-de-mudança.

- Aluado... – Tiago falou o olhando de soslaio.

- Não, Tiago, eu ainda quero viver!!

- Olha para ele!! Tava todo feliz! Deixa ele..

- Não!

- ... dirigir, só um pouquinho! De qualquer jeito é perto...

- Mas Pontas... Não! Não ouse imitar o cachorro aí! Com você não funciona! Ok, ok, eu deixo o Sirius arriscar a nossa vida hoje... – mal acabara de falar e foi derrubado por um enorme cão negro, que lambia insistente mente seu rosto, abanando a cauda do mesmo jeito que sua moto havia feito. Definitivamente, belo, perigoso e exato presente que escolheram.

- Nunca mais!!! – um berro foi ouvido, enquanto guardavam Cão na garagem. – Nunca mais eu deixo este louco desmiolado guiar algo que não tem, no mínimo, um A em NIEM! – era a voz de Pontas. – E vocêê!!! – apontou um dedo trêmulo para Aluado. – Não me olhe com esta cara de “Eu bem que avisei, Tiago Potter!”!

- Mas eu avisei. – o loiro foi quase estrangulado pelo moreno de óculos. - De qualquer jeito, você deveria estar feliz! Seu cabelo agora está em ângulos que, mesmo com 15 anos de tentativa, você nunca conseguiu fazer!

- Ah!! Me sinto livre novamente!! – Sirius exclamou, um braço no ombro de cada amigo, os separando enquanto Tiago ainda não quisesse enfiar a haste de prata do óculos nos olhos de Remo. – Existe algo melhor do que dirigir uma moto que late a cada gato que vê a 30 metros? Melhor do que voar depois de 46 dias trancado numa casa que cheira a mofo milenar? Melhor do que... – e desceu a mão na cintura de Remo. - ... ter um lupino ultra-mega-sexy e virgem agarrado a suas costas?

- Ora ora, Sirius, meu velho, eu podia pensar de tudo menos que você seria o passivo em nossa caliente relação! – o loiro retrucou, um sorriso expressando toda a felicidade de um rato que acabara de achar um buraco na parede quando estava prestes a ser engolido por um gato.

- Vocês brincam tanto com isso que já estou me conformando de deixar o posto de “veado prateado que saltita pelas colinas verdes de Hogwarts” para vocês dois... – finalizou um Tiago já acalmado da fúria repentina, correndo em direção a árvore que usavam para “emergências” e que dava em seu quarto, seguido por seus dois melhores amigos possuídos por suas respectivas identidades caninas.

- Deixa ele ficar, mãe... ele não tem pra onde ir...

- Tiago! Imagine o que os pais deles vão fazer quando descobrirem isso!

- Eles não vão fazer nada! Estavam maltratando ele! – Pontas indicou Sirius, que estava sentado, fazendo sua melhor cara de cão-carente.

Depois de algumas súplicas, promessas e vivas, os três correram para o quarto, abrindo a mochila-guerreira de Sirius e sentando em círculo. Iriam começar o plano.

- Bem, o que você não disse a sua mãe é que ele pretende ficar mais que o verão deste ano...

- Não tem problema, ela se acostuma com as pulgas. Além do mais, ele realmente não tem pra onde ir...

- Eu não tenho pulgas! Só... alergia a... ahn.. estudar. É! Isso! – disse um Sirius que tentava disfarçar arrumando os materiais no chão.

- Alergia com perninhas ou pulgas, é melhor começarmos este treco se quisermos que funcione até amanhã. – interrompeu Aluado, pegando uma pilha de moedas douradas e sua varinha. – Eu vou fazer os ponteiros e os números, Almofadinhas faz os mostradores e o compartimento e Pontas, a poção.

- E se tudo der certo... – Tiago olhou de soslaio para Remo. – o que eu espero, estaremos passando um dia ótimo nos Alpes, esquiando...

- Hey! É meu aniversário! Eu não tinha dito que queria ir para os Alpes!

- Meu voto vai para Disney Européia! – levantou a mão um Remo que se distanciava dos dois. Geralmente acertava o olho de alguém quando trabalhava sério, então os amigos mantinham uma distância segura de dois metros.

- Disney Européia? Que diabos é isso?

- Parque de diversões trouxa, senhor bruxo-alienado. – o loiro mostrou a língua, separando as moedas em montinhos de três.

- Eu não vou passar o meu aniversário em um parque trouxa! – agora Sirius fazia movimentos com a varinha, comandando um cinzel que trabalhava rápido dois mostradores do tamanho de pratos.

- E aonde quer passar, afinal? Não estamos fazendo o Espaçador à toa! – reclamou Tiago, preparando o fogo debaixo do caldeirão.

- Ah, então você deu um nome pro treco? Bem, é justo. E o único meio de viajar sem que: a – o Ministério da Magia nos convide a nos retirar da escola. b – chegássemos lá depois do meu aniversário. c – sua mãe descobrisse. – listou Sirius, com os olhos no cinzel.

- E nossa chance de trabalhar com coisas que provavelmente nunca veríamos na vida! Cara, como sua família tem um Vira-Tempo??!– Tiago completou, abrindo um pacote que continha uma seringa e se ajoelhando no chão. Desenhado a giz, um círculo perfeito, com algumas inscrições e floreios, ocupava uns dezesseis centímetros das tábuas de madeira, aonde colocou a ampulheta e a seringa.

- Tem certeza que fez o círculo alquímico certo, Pontas? Não quero acabar fugindo de dinossauros... – Remo observava o amigo, traçando o símbolo de infinito com a varinha no ar, enquanto as moedas lentamente se fundiam.

- Claro que tenho, confie em mim! – o animago sorriu, ajeitando os óculos e espalmando as mãos nas marcas do círculo.

- É disso que tenho medo... – um Sirius entediado comentou, bocejando e contemplando a luz azul que confirmava mais um sucesso de Tiago em improvisar alquimia.

O relógio já batia três da manhã quando finalmente terminaram de montar todas as peças do espaçador. Tiago olhou para cima, sendo atraído pelo som das batidas.

- Almofadinhas!! Estávamos tão concentrados que nem percebemos! – falou, se levantando, o giz caindo de sua mão, enquanto Remo olhava para o relógio e sorria. – Feliz aniversário, cara! – e derrubou o moreno no chão, que há um segundo atrás estava o olhando com cara de ponto de interrogação.

O loiro ajeitou o espaçador dentro de um pentagrama e se levantou, cruzando os braços, esperando Tiago terminar de pseudomatar seu amigo lhe desejando parabéns. Finalmente, quando já dava para ver a pele de Sirius ficando roxa de tão sem ar que estava, se aproximou, com uma das mãos no bolso do jeans gasto.

- Ah não, outra tentativa de homicídio não! – reclamou, afastando o garoto de óculos que caiu rindo, sentado.

- Precisa parar com esta mania de perseguição, Almofadinhas. – e mostrou a língua, jogando-lhe um embrulho pequeno que Sirius apanhou no ar. – O mundo não gira em torno do Lord Almofadinhas, apesar dele constantemente tentar provar isso matematicamente.

Papel e a tampa da caixinha jogados para o lado e um belo colar prateado, com um pingente em forma de ossinho, apareceu diante dos olhos cinzas.

- Primeiro uma moto que procura postes para vazar óleo, depois um cordão de osso! O que vocês querem dizer com isso?!

- Que, mesmo na forma humana, você continuará sendo nossa grande massa de pêlos negros...

- Que, mesmo na forma humana, você continua a dar em cima de qualquer fêmea bípede...

- Que, mesmo na forma humana, você continua e sempre continuará sendo um grande e canastrão cachorro, cara. Feliz aniversário! – disse o loiro, abraçando o amigo que fazia menção de protesto.

- Pois bem, presentes e parabéns dados, aonde você quer passar o dia do seu aniversário, o grande evento deste dezoito de agosto?

- Uhn, eu estive pensando: por que não em Nova Iorque?

- Sirius... eu não acredito... – gemeu o loiro, batendo a mão na testa.

- Mas Remo, você tem que entender que, pombas, eu nunca fui lá e...

- SIRIUS! Você não vai fazer isso...

- Mas Remo...

- Nós combinamos: SEM viagens no tempo!

- Mas...

- SI-RI-US! Você quer viajar trocentos quilômetros no espaço e quatro anos no tempo pra ir a um festival de música?!

- Não é UM festival de música, é O festival de música! – suspirou, quase visionário - Woodstock!

- OUCH! – gemeu Tiago, que a esta hora estava ajeitando os ponteiros.

- AH NÃO! Você concorda com esta idéia, Pontas?! – Remo virou, com as mãos no quadril.

- É o aniversário dele, Aluado, vamos, é pouco tempo de qualquer jeito! E mais, que eu me lembre, você também gosta de Janis Joplin!

- Eu gosto, mas...

- Nunca foi a um show...

- E, Remo, Woodstock foi um marco!

- Tá bom! Tá bom!! Ok, vocês venceram! Vou ajustar os ponteiros e vocês terminam o maldito círculo alquímico! – bufou um derrotado Remo, que já se agachara no centro do enorme círculo de giz, depois de ter corado levemente com o beijo estalado em seu rosto, por Sirius.

- Todos prontos? Aluado, ajustou os quilômetros e o quatro no ponteiro de tempo?

- Ajustei, pode ir conferir.

- Pontas, já acabou a inscrição?

- Acabei. – disse o garoto de óculos, indo se sentar em um dos tre pontos marcados de giz, em volta do círculo. Os outros dois garotos fizeram o mesmo, espalmando as mãos no chão.

- Prontos?

- Que seja o que Deus quiser...

- Temporis! – disseram em uníssono. Por alguns segundos, pensaram que tivesse dado errado, mas os três pares de olhos se arregalaram para o jato quase concreto de luz azul que ia do centro, onde estava o espaçador, até o teto. Jatos de vento começaram a rodear o círculo, raios de luz fraca emergindo e voltando do chão. A última coisa que os três viram foi a projeção dos ponteiros, luminosos, antes de desmaiarem.

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