A Marca Negra
Capítulo Um:
A Marca Negra
Boa Leitura. Espero que gostem!!!
AVISO: O Ministério Bruxo da Saúde adverte: Não leia esse capítulo se tiver problemas de enjôo ou de coração. Grande risco.
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Lágrimas caiam de seus olhos intensamente azuis percorrendo seu rosto perfeito, ela esperava que todo ódio que fervilhava dentro dela fosse embora, mas ele estava vivo e aumentava cada vez mais ao lembrar do acontecido. Liane Lee olhava a tempestade pela janela de seu quarto, criada por ela mesma, esperando, com o pressentimento de que algo iria acontecer e mudaria o destino de sua vida, mas isso não ajudava a diminuir seu ódio nem a saciar sua sede de vingança, ao contrário, parecia que a tempestade demonstrava como estava seu interior, sua essência, o vento levava tudo o que via pela frente, a chuva castigava quem aparecesse em seu caminho, dentro daquele minúsculo quarto protegido magicamente as paredes tremiam e os objetos ‘dançavam’ com movimentos violentos, cruéis.
Liane é loira, com cabelos longos e levemente cacheados emoldurando seu rosto oval e pálido, olhos azuis de uma intensidade inacreditável, não tinham brilho, eram opacos demonstrando sua tristeza e desejo de vingança, ela era alta e seu corpo era esbelto, mas o que mais chamava atenção é seu poder, mesmo sendo bruxa, fazia magia sem usar varinha, sua inteligência inigualável, nem ela sabia qual era seu potencial, pois sempre estivera presa aquelas paredes, aquela casa localizada num lugar onde todos chamam de canto perdido no mundo, mas talvez fosse mesmo, quem passasse pelas ruas empoeiradas apenas veria um armazém, uma praça e algumas casas. Não poderia chamar de vilarejo, mas era ali que a família Lee morava, Joseph e Larissa Lee apesar de trabalhar no Ministério da Magia como inomináveis eram pobres. Exerciam certa influência no mundo bruxo por guardar um dos maiores segredos trancados nas profundezas do Ministério.
Liane tinha muito poder e como tinha o controle deste, tornava-se um alvo frágil e fácil de atingir. Em mãos erradas ela poderia ser terrível. Joseph e Larissa a mantiveram protegida e incomunicável, mas fora um erro. Há uma semana não agüentando ficar naquela casa ela resolveu fugir, mas ao sair de lá pela primeira vez nos seus 24 anos de vida, conheceu um mundo diferente do que costumava viver, seus pais nunca haviam demonstrado carinho ou amor por ela e ela viu crianças sendo amadas, ela nunca pode ser livre e agora sentia a liberdade que tanto sonhara, todas aquelas pessoas aquelas imagens, aqueles sentimentos apenas aumentavam o único que ela conhecia, odiou seus pais por não terem-na deixado viver, as pessoas por não sentirem seu sofrimento, o ar puro, as árvores balançando ao ritmo do vento então seu poder ficou mais intenso, mas sua liberdade foi novamente retirada, aqueles que ela mais desgostava lhe prenderam novamente no seu quarto e a deixaram sem comida como castigo, eles ainda a tratavam como uma criança e isso a alterou.
A cada minuto que passava seu pressentimento aumentava, sentia que alguém viria e a libertaria, esse pressentimento começara há dois dias, mas nada havia acontecido, até agora... As lembranças de sua fuga e sua miserável vida ficavam mais fortes.
*****Início do Flashback*****
Liane aos oito meses de vida:
Olhava para as paredes cinzentas daquele pequeno quarto chorando desesperadamente pela mãe, há mais de 5 horas estava sozinha naquele cômodo, mas como era apenas um bebê não tinha noção do tempo, para ela uma eternidade se passara após a última vez que vira o rosto de sua mãe, estava com medo e raiva por terem-na deixado ali, seu sofrimento era tão intenso que havia objetos voando por toda a parte...
Aos três anos:
Ela brincava com sua única boneca de pano fazendo-a levitar... Sorria e gargalhava a cada cambalhota que Sammy dava, após uma manobra complicada da boneca ela encosta perigosamente num vaso preferido da mãe e ele acaba despedaçando-se no chão. O barulho de vidro quebrado a assusta e ela começa a chorar, sua mãe vê o que ela fez e lhe tira a boneca das mãos colocando ela de castigo num cômodo escuro da casa deixando-a lá por cinco horas.
Aos seis anos:
Sammy estava muito rasgada, mas isso não a impedia de brincar com ela nos momentos em que sua mãe permitia, ela ouve um barulho no andar de baixo, seu pai havia chegado. Procurou em volta um lugar para se esconder, sabia o que ia acontecer, mas não fora rápida o suficiente ele já abrira a porta de seu quarto. Arrancou a boneca de suas mãos e lhe mostrou a cinta que segurava, ela tentou fugir, mas foi em vão.
Larissa ouvia os gritos de Joseph e o choro de Liane calada na cozinha.
Aos nove anos:
Era seu aniversário não havia ninguém na casa, seus pais não haviam lhe dado parabéns nem se quer um bom dia, ela já estava acostumada, para ela era um dia como todos os outros. Treinava sua mente rasgando magicamente as páginas de um livro encontrado numa das fendas que existiam na parede que dava para a biblioteca no outro cômodo.
Aos 15 anos:
Acordou assustada tivera um pesadelo terrível, estava sendo perseguida por dois monstros com os rostos de seus pais. Percebe sangue nas cobertas e começa a gritar desesperada. Larissa que estava em seu quarto acorda com os gritos e vê que Joseph não estava em casa, vai até o quarto de Liane e vê a garota desesperada. Entende o acontecido e pede para ela se acalmar e ir tomar um banho.
Ao voltar do banho Liane se surpreende com um abraço da mãe, está lhe entrega uma rosa branca e explica o que aconteceu. Mais tarde Joseph chega em casa bêbado, discute com a mulher ao receber a grande notícia e agride ela, sobe as escadas furioso e entra no quarto de Liane.
Aos 20 anos:
Continuava presa em seu quarto, não tinha noção da maioridade, nem que seus direitos ou deveres, seus poderes estavam em um lento desenvolvimento.
Ela ouve gritos no andar de baixo, seus pais estavam mais uma vez brigando, Joseph provavelmente estava bêbado outra vez, mas agora ela estava preparada, seu ódio alimentava seus poderes de uma forma assustadora. Ao entrar no quarto Joseph é jogado contra a parede e tudo que os olhos de Liane encontravam começa a atacá-lo. Larissa ouve barulhos estranhos e sobe para ver o que está acontecendo.
A fuga:
Fazia uma semana que estava sem nenhuma distração pensando na definição de uma palavra que havia encontrado num dicionário empoeirado encontrado em baixo da cama, liberdade. Olha para aquilo que lhe impedia de exercer tal significado e a porta foi arrancada violentamente. Ela percorreu parte da casa até encontrar a porta de saída.
A luz do sol ofuscou seus olhos. Após se acostumar, conseguiu ver uma praça cheia de crianças brincando e os pais destas dando atenção e carinho; viu uma pequena festa de aniversário de seis anos de uma garotinha de cabelos negros, num dos bancos perto dela um casal de namorados se beijando, para toda a direção que olhasse via felicidade, amor e união, sentimentos contrários cresciam dentro dela como monstros terríveis.
- Olá moça! - Liane olhou para baixo e viu uma garotinha de olhos verdes brilhantes e cabelos castanhos. – Quer brincar comigo? – Perguntou a menina com um sorriso radiante.
- Filha! Quantas vezes lhe pedi para não conversar com estranhos? – Liane volta seus olhos para cima e vê ao longe uma mulher com cabelos idênticos ao da garota. A menina corre até a mãe, que a pega no colo, dando-lhe beijos.
Ela começa a gritar e a correr, queria sair daquele lugar, queria ser livre, mas não ali onde tudo era o contrário do que tinha vivido. Não conseguia respirar direito, parecia que seu coração estava sendo torturado, a dor era imensa. Por que seus pais nunca lhe deram carinho, nunca lhe deram atenção? Por que nunca havia sentido o amor de seus pais? Lágrimas escorreram de seus olhos, ela viu um lugar escuro perto de uma sebe alta longe da praça e resolveu se esconder ali. Mas antes que pudesse dar um passo para o local escolhido sente alguma coisa a puxando. Ela olha para o lado e vê Joseph lhe prendendo por uma corda. (N/A: *joga mais um lenço no lixo que já está transbordando*)
***** Fim do Flashback*****
Ela tentou esquecer aquelas imagens, mas era impossível, a raiva a corroia por dentro, viu alguma coisa estranha se movimentando naquela chuva torrencial, pensou ter visto um vulto. Seu coração começou a bater mais rápido, a ansiedade invadiu seus sentimentos, sair dali e saber o que iria acontecer naquela noite tornou-se um desejo poderoso.
Ele caminhava decidido, não se importando com a chuva torrencial que estava caindo, era apenas o início de sua jornada rumo ao poder infinito. Estava pronto para começar uma nova história onde o nome Tom Riddle seria apagado e Voldemort se ergueria para revolucionar e dominar o mundo. Sua postura imponente e suas passadas longas e seguras poderiam causar medo em qualquer pessoa que o visse em contraste com seu rosto pálido, seus olhos ofídicos e seus cabelos negros. Estava quase chegando ao seu destino pensando na sua conquista e no seu poder que estava cada vez mais evoluindo quando pisou em uma pedra limosa e escorregou, caindo de cara numa poça de lama que se formava na calçada, engolindo um pouco da lama, pois não conseguira conter uma exclamação. Estava coberto de lama, suas vestes antes negra agora estavam marrom. Tentou se levantar, mas foi em vão, caiu mais uma vez na poça ficando mais sujo, se é que isso era possível. Apoiou-se na cerca que existia na casa ao lado e conseguiu levantar-se. Sua cara pálida estava coberta por uma grossa camada de lama e esta começou a escorrer com os pingos de chuva, com um feitiço limpou-se. E seguiu seu caminho resmungando um pouco.
Cometera um pequeno erro, um erro humano, logo ele iria ultrapassar esta barreira, não seria mais um humano, seria imortal, com poder e sabedoria infinitos, o tombo não importava àquele homem, estava preocupado com a informação que poderia conseguir naquela noite, se algo ocorresse de errado em seu plano toda a sua hegemonia estava em risco, por isso não mandou um de seus capangas, não poderia deixar qualquer vestígio, tudo teria que ser perfeito.
Avançou mais alguns passos tomando o cuidado para não cair em uma poça outra vez, e então chegou a seu destino, um belo e grande portão cinzento cercado por um muro coberto por um tipo de planta cercava uma pequena casa. Abriu o portão magicamente e andou calmamente até a porta da casa e preparou-se.
Explodiu a porta e entrou, havia um pequeno hall branco com poucos móveis. Suas vítimas vieram correndo armadas com varinhas para contê-lo, mas ele rapidamente os impediu, antes de falarem qualquer feitiço. Apontou a varinha para Joseph e Larissa que apenas se ajoelharam no chão esperando perguntas. Eles sabiam que um dia isso iria acontecer e estavam prontos para morrer em nome de um segredo maior, em nome da verdade absoluta.
Voldemort se aproximou rindo daquela cena ridícula, eles iam se render sem ao menos lutar? Estava muito fácil para ser verdade. Sabia que existia algo errado, talvez eles estejam preparados para morrer, - pensou. – talvez eles pensem que irão me enganar... tolos, não sabem do real poder do Lord das Trevas.
- Falem! – ordenou ele com aquela voz aguda e fria.
- Nunca! – gritou Joseph desesperado. Não estava preparado para morrer, não agora.
- Nunca? – ironizou Voldemort. – Talvez precise de uma ajuda para falar... – Dizendo isto apontou a varinha para Larissa. – Crucio!
Ela começou a contorcer-se no chão e a gritar, a dor que ela sentia era intensa e brutal. Com um movimento rápido Voldemort parou a maldição.
- Irá falar agora? Ou terei de matá-la? – Perguntou o Lord mantendo contato visual e penetrando na mente de Joseph buscando respostas.
- Nunca! Pode matá-la... Ela merece... Por ter uma filha como aquela! – Falou o outro furioso.
- Joseph! – Implorou Larissa espantada.
- Você não serve para nada Lee, Larissa querida fale antes que dê um fim a seu querido marido... Ou a vida dele não importa mais? – Perguntou Voldemort, sua voz mais fria que nunca.
- Falarei tudo que sei... Contanto que mate esse desgraçado! Vai pagar por tudo que fez para Liane! – Voldemort riu maleficamente.
- Larissa não! – Foi a vez de Joseph desesperar-se.
- Tarde de Mais... Avada Kedavra! – um lampejo verde saiu da varinha de Voldemort e atingiu Joseph no peito, um sorriso surgiu no rosto de Larissa ao ver Joseph morto perto dela, os olhos dele etavam vidrados, sem vida. - Agora fale. – ordenou Voldemort friamente, penetrando na mente dela.
- Eu... Liane?
Liane ouviu um estrondo vindo do que agora sabia que era a porta de entrada, seu coração começou a bater rapidamente e seus poderes começaram a manifestar sem seu comando, estava acontecendo... o que ela pressentiu estava acontecendo. Ouviu gritos de seu pai e sua mãe, “Eles vão pagar por tudo o que me fizeram!” – pensou, com um movimento rápido e hábil de sua mão arrancou mais uma vez a porta e desceu as escadas. Podia ouvir o que estava acontecendo agora, logo poderia ver quem tiraria de seu tormento.
- Falarei tudo que sei... Contanto que mate esse desgraçado! Vai pagar por tudo que fez para Liane – ouviu sua mãe dizer e em seguida uma risada fria que a fez estremecer.
“E tudo que ela fez comigo?” Ela também ia pagar, Larissa sentia raiva de Joseph? “Pois eu sinto ódio dos dois, mamãe”. – pensou enquanto se dirigia para o hall de entrada.
- Larissa não! – ela viu seu pai implorando, estava escondida, mas podia ver claramente a cena, Larissa e Joseph ajoelhados e um homem apontando o que parecia ser uma varinha para eles. Tudo aconteceu em milésimos de segundo, ela olhou nos olhos ofídicos e seu mundo mudou, sua respiração ficou compassada, seu coração bateu mais forte que antes, uma sensação estranha tomou conta de seu ser... Ela havia se apaixonado por Lord Voldemort.
- Tarde demais... Avada Kedavra! – Ouviu aquele intruso dizer e um lampejo verde sair da varinha, atingido seu pai no peito e ele cair morto. Um sorriso de triunfo surgiu em seus lábios, o homem que a deixou ‘diferente’ acabara de matar a pessoa que mais odiava. Ela começou a se aproximar lentamente como se estivesse hipnotizada. - Agora fale.
- Eu... Liane? – Sua mãe perguntou percebendo seus passos. – Não Liane saia daqui!
- Ora, ora, o que temos aqui? – Voldemort caminhou até a garota, reparando na beleza dela. Liane estava paralisada, arrepios percorriam seu corpo devido à aproximação. Voldemort a agarrou e apontou a varinha para seu pescoço e ela se sentiu como se estivesse flutuando. – Fale agora, ou mato a garota Larissa.
- Ok... Eu falo. – disse ela sem pestanejar, sabia que ele era legilimente, mas o que ele não sabia é que ela era uma boa oclumente. Ela falou palavras bem escolhidas, palavras que ela havia treinado para falar numa situação como aquela. Ela salvaria o segredo e morreria, mas havia uma coisa para contar antes que morresse.
Liane olhou para mãe espantada, como ela sabia uma coisa daquelas? Não, não era possível, então...
Voldemort ficou satisfeito ela havia contado a verdade, não havia sinais de mentira em sua mente. Apontou a varinha para Larissa para dar um fim a vida repugnante da mulher a sua frente... – Agora chegou sua hora!
- Não! Filha, eu preciso lhe contar uma coisa, preciso lhe falar seu segredo, o que sempre escondemos de você, antes que... – implorou Larissa
- Não tem nada a me contar mamãe - Interrompeu Liane ainda presa por Voldemort, falando com desprezo. – Não tenho nada para ouvir de você, eu te odeio! Nunca mais me chame de sua filha... Eu te odeio como odiava meu pai! – os objetos ao redor começaram a flutuar perigosamente ao redor de Larissa.
- Filha... Eu... – Larissa estava sem palavras, agora se arrependera de tudo o que fizera para aquela garota, a sua filha, nenhuma palavra descrevia o seu sofrimento, a dor que sentia superior a qualquer Crucio.
- Não me chame de filha, eu não sou mais! – as lágrimas corriam por sua face livremente.
Liane estava com tanta raiva daquela mulher a sua frente que seus poderes estavam descontrolados, concentrou-se no seu desejo interior, com seus poderes fez uma bela escultura feita em metal que estava atrás dela transformar-se em um punhal. Com um único pensamento a adaga com um movimento brutal atingiu o peito de Larissa esta olhou para a filha pela ultima vez como se pedisse desculpa por tudo o que fizera e lentamente caiu no chão branco do hall que lentamente adquiriu uma coloração avermelhada. Larissa Lee estava morta e seu segredo não havia sido revelado.
Voldemort soltou a garota, estupefato com tal poder, o destino tinha lhe dado um trunfo, planos mirabolantes surgiram em sua mente, faria dela sua seguidora, a tornaria invencível, e quando o poder chegasse ao auge ele o tomaria dela, Liane tornaria-se uma arma poderosa em mãos de uma pessoa que faz qualquer coisa pelo poder, pela ambição, por vingança.
- Qual é seu nome garota? – Perguntou ele interessado.
- Liane... E não sou uma garota! – Respondeu ela friamente, ela havia matado... E sentir que faria outra vez a alegrava, ela descobrira que podia brincar com a vida das pessoas, e isso lhe fazia bem... Brincar com uma coisa tão importante, a vida, da mesma maneira que a maltraram, seu desejo para matar ficou poderoso, seu poder estava começando a se revelar, ela tinha uma missão e esta iria aparecer cedo ou tarde.
- Sim, não é uma garota é uma bela mulher! –concordou ele.
- Obrigada – agradeceu ela envergonhada. Voldemort aproximou-se e a abraçou.
- Parece que foi muito maltratada para fazer isso com sua própria mãe... – tentou consolá-la.
- Ela não é minha mãe! – irritou-se Liane, mesmo assim deixando ser abraçada, era a primeira demonstração de carinho que recebia. – Ela mereceu! Ela pagou por tudo que fez comigo! E também aquele homem terrível!
- Quer juntar-se a mim e esquecer este passado horrível? Irei torná-la muito poderosa, invencível... e poderá ver o mundo de uma forma que nunca viu...
- Eu... É tudo que eu mais quero! – Respondeu ela com um sorriso nos lábios.
Ele ergueu a varinha lentamente, seu outro braço abraçava a jovem carinhosamente, ele estava pronto para começar sua história, esse era o ponto de partida.
- MORSMORDRE! – Gritou e uma luz verde clareou a noite tempestuosa, um crânio colossal desenhou-se como por encanto, aparentemente composto por estrelas de esmeralda e uma cobra saindo da boca como uma língua, a Marca foi subindo cada vez mais, a jovem observava encantada com tal poder, a Marca Negra recortou o céu noturno inesquecível, como se uma nova constelação tivesse acabado de nascer da morte, sofrimento e dor, prenunciando tempos de trevas.
- Vamos? – perguntou ela de súbito ouvindo ruídos estranhos nas outras casas, concordando com a cabeça ele pegou delicadamente as mãos dela, então eles aparataram para longe daquele lugar.
{Poucas horas depois}
- Mamãe, onde estão os tios Lee? – perguntou uma menininha olhando para o local sem entender, seus olhos estavam sem brilho, este antes demonstrava a sua alegria.
- Venha filha vamos pra casa! – falou a mãe da garota pegando-a no colo, pretendia explicar para garota quando chegasse a casa, agora ela queria esquecer aquela cena horrenda.
Em poucas horas o lugar totalmente destruído fora tomado por curiosos, poucos policias e vizinhos. Eles perguntavam o que seria aquele símbolo assustador e o que teria acontecido naquele lugar.
- O que aconteceu com a casa dos Lee? – perguntou uma velhinha olhando assustada a casa em ruínas.
- Que diabos significa esse símbolo? E como ele foi parar aí? – perguntou um policial com um arrepio percorrendo a espinha de tal sensação que a Marca causava.
***
O Ministério da Magia tentava solucionar aquele assassinato, após ter apagado a memória dos não bruxos do local, mas este parecia não querer se solucionar. Duas pessoas mortas, sem qualquer sinal de culpado e aquela terrível marca, como se o criminoso tivesse assinado sua acusação.
Aquela marca foi noticiada em todos os jornais bruxos do mundo, com pouco destaque, embora muitos jornalistas acreditavam que aquela marca prenunciava algo muito terrível. E eles estavam certos, tanto o mundo bruxo quanto o Trouxa estava prestes a entrar num período de sombra e Trevas.
Era naquele lugar que as Trevas, o mal e o ódio se reuniam, nenhum lugar seria melhor que aquele para Lord Voldemort. Uma mansão sombria enorme se erguia da neve que era cercada por uma parede negra gigantesca e um portão feito em prata pura com a Marca Negra no centro, uma estrada de pedras negras brilhantes demarcava o caminho do portão até uma varanda sombria e porta de mogno reluzente. O ar era rarefeito e congelante, apenas as criaturas mais resistentes poderiam sobreviver naquele lugar inóspito, mas era lá que Voldemort começava sua tirania.
Dois vultos surgiram do nada na frente daquele grande e majestoso portão, com um toque de varinh a de um dos vultos o portão se abriu e deixou seguir passagem. Eles não pareciam se importar com a temperatura abaixo de zero, caminhavam sem se importar com o vento andando lentamente em direção a mansão.
Liane olhava para a paisagem como se fosse um sonho, observando atentamente cada detalhe do lugar, Voldemort abriu a porta de mogno e ela pode ver o interior, a mansão era lúgubre, fria e pouco convidativa para alguém normal, havia poucos móveis e pouca iluminação, o lugar era imenso, parecia que a mansão fora aumentada e o local precisava de uma limpeza e não havia nenhum objeto decorativo.
Voldemort ergueu sua mão direita e movimentou-a como se estive-se tocando um sino invisível. Quando ele terminou um homem muito alto e muito forte, cabelos loiros e olhos cinzentos sem vida, usava uma veste negra que destacava sua aparência de assassino.
- Wasen, leve Liane até o quarto especial. – ordenou o Lord friamente.
- Sim Milorde! Venha, srta. – pediu Wasen educadamente encantado com a beleza de Liane.
Subiram a escada principal e entraram no corredor a direita. Este era o mais sombrio e abominável da casa. Entraram na segunda porta negra a esquerda. Era com certeza um quarto majestoso e ao mesmo tempo frio e obscuro. Havia uma grande cama com cobertores cinzentos, um armário encontrava-se na parede a direita e uma janela enorme emoldurada por uma cortina de aparência sombria mostrava parte da propriedade coberta por uma grossa camada de neve.
Ela dirigiu-se a sacada e ficou lá observando as árvores cobertas pela neve e as montanhas. Quando percebe movimentos atrás dela, vira-se para ver quem era.
- Tudo bem querida? – perguntou Voldemort, ela balançou a cabeça afirmativamente. – Parece tão triste....
- Não... Eu estou feliz! Apenas fiquei maravilhada com a paisagem. É tudo tão lindo, tão perfeito...
Ele aproximou-se um pouco mais pegando as mãos dela.
- Não tão belo quanto você... – Voldemort colocou sua mão no rosto de Liane num gesto carinhoso. Ao sentir a mão fria em seu rosto ela fechou os olhos e apenas sentiu o toque. – Você é incrível Liane, tão perfeita quanto o horizonte.
Com um movimento imperceptível de sua cabeça Liane os faz levitarem alguns metros do chão. Voldemort sorriu para ela ao perceber que seus pés não faziam mais contato com a madeira. Ele consentiu coma cabeça e os dois abriram os braços e como se quisessem abraçar o horizonte e Liane cuidadosamente os fez voar pela paisagem congelada. A garota nunca estivera tão feliz em sua vida, Voldemort sorria maravilhado com a incrível sensação de poder voar, era indescritível. Percorreram boa parte da propriedade, os olhares dos dois se encontravam algumas vezes. Apenas algumas palavras descreviam o que eles sentiam... mas estas nunca foram ditas.
Liane lentamente os trouxe de volta a sacada de seu novo quarto, mas nunca iria esquecer o melhor dia de sua vida.
- Esteja pronta a meia noite para sua iniciação Liane. – Voldemort a beijou ternamente. – Será tão inesquecível quanto agora. – Falou entre os lábios dela.
...
Liane estava pronta para mudar a sua vida, para mudar o rumo de sua pacata história, ela se tornaria uma Comensal e se tornaria invencível. Soube desde a primeira vez que viu Voldemort que este só se interessou por causa de seu poder, mas ela iria conquistá-lo, ela iria provar que era capaz, iria ter Lord Voldemort em suas mãos.
Ela estava esperando numa sala e podia ouvir algumas vozes do salão lado onde seria realizada a iniciação. Liane vestia um traje negro comprido até os pés, suas mãos eram cobertas pelas mangas.
Ela ouviu a porta da sala se abrir, um comensal havia entrado, ela não pôde reconhecer quem era, pois ele estava encapuzado e por baixo deste havia uma máscara.
- Venha! – ordenou ele, os dois saíram da sala tudo estava escuro, não havia nenhuma luz, ele a guiou até uma porta mais negra que a escuridão ao seu redor. – Espere aqui até o sinal ser dado.
- Ok! – respondeu. Após cinco minutos, uma luz verde vinda da porta começou a brilhar, ela foi aumentando desenhando uma cobra que fazia um contorno curioso na porta, esta não tinha maçaneta. Quando a luz iluminou a cabeça da cobra a porta se abriu e ela viu um lugar imenso, muito negro, havia uma única luz no centro verde brilhante vinda do chão que iluminava parcialmente o local. A luz desenhava a uma Marca Negra gigantesca acima desta encontrava-se os Comensais da Morte cada um em sua posição formando uma meia lua no meio estava Voldemort com vestes negras com detalhes em verde e prata.
Liane lentamente se encaminhou até o centro da Marca. Voldemort caminhou até ela, que se ajoelhou diante dele.
- Que comece a Iniciação! – ordenou ele.
A luz da Marca se fixou somente em Liane e ela levantou-se, os comensais afastaram-se deixando apenas Voldemort e Liane no centro da Marca.
- Liane Lee, tu estás pronta para ser uma Comensal da Morte, obedecendo somente ao Lord das Trevas e a mais ninguém? Estás pronta a dar sua vida se preciso a ele? – perguntou uma voz vinda da Marca.
- Sim! É o que mais desejo! – disse ela pegando a adaga que apareceu ao seu lado e cortando seu pulso da mão direita, a primeira gota formou um cálice de aparência maquiavélica onde o resto do sangue foi jorrado.
- Com o sangue a lealdade será revelada. Com sangue ela será selada e nunca poderá ser quebrada. – dizendo isso Voldemort pegou o cálice e bebeu o sangue que havia ali. Uma ligação invisível existia entre os Comensais e Voldemort, pois bebendo o sangue deles tirado de bom grado para demonstrar a lealdade Voldemort tinha total controle sobre seus Comensais, ele sabia quando alguém estava o traindo, sabia quando alguém não obedecia a uma ordem sua, onde estariam, seus movimentos e pensamentos...
A luz verde brilhou intensamente banhando os dois e parou logo em seguida. Os dois Comensais da ponta levaram Liane onde estava localizado o que parecia um instrumento de tortura. Apoiado a uma parede e fixado por cordas encontrava-se um triângulo grande com um círculo de metal no centro, neste círculo encontrava-se a Marca Negra. Era chamado de A Marca da Dignidade. Liane foi amarrada ao instrumento e os Comensais se afastaram. O contato de sua pele com o metal frio a fez arrepiar-se.
Uma cobra de metal saiu das laterais do círculo e começou a enrolar-se em Liane fazendo esta apavorar-se, quando ela chegou ao pescoço da jovem ela se enroscou apenas uma vez e lentamente voltou ao círculo.
Liane se demonstrou digna de seguir a Voldemort. Enfrentara a Marca da Dignidade. Se a cobra a picasse ela teria uma morte lenta e dolorosa comprovando assim que suas reais intenções eram contrárias às ordens de Voldemort.
Os mesmos comensais a desamarraram e a conduziram de volta ao centro. Ela ajoelhou-se e reverenciou Voldemort.
- Agora está pronta para tornar-se uma seguidora. Dê-me seu braço esquerdo. – ela obedeceu imediatamente. O lugar ficou silencioso.
Voldemort começou a falar uma língua diferente, que fora extinta a muitos anos, conhecida por poucos, que não atreviam-se a falá-la pois era a língua das trevas, era um feitiço em forma de poesia, vindo das sombras do inferno. Poderia ser traduzido assim:
O sangue que se mistura no ar da escuridão
As brumas que surgem para o pacto das trevas...
Trazendo consigo o uivo do desespero.
Sob o luar, a vida não lhe pertence mais.
Os espíritos sugadouros, foram retirados em uma noite.
E cabe a mim, em um dia, devolvê-los.
A marca negra, fora forjada.
E o ritual das trevas, realizado.
Uma Marca para comandá-los
E na escuridão aprisioná-los
Os Deuses assentiram.
Os rituais se propagaram.
Sua alma me pertence.
Na noite negra e mais sombria existente.
Vital, é algo que não lhe fará sentido.
Quando se juntar a mim, isso será despercebido.
Escravos das trevas, vocês serão.
E em você, o verdadeiro espírito, ressurgirão.
Agora, sua existência é
Daqueles que realmente...
Possuem o poder das trevas...
Liane sentiu uma dor intensa, superior a qualquer dor que pudesse sentir. Seu braço esquerdo foi coberto por alguns segundos por uma sombra negra, a dor aumentou sua intensidade era impossível suporta-la. Ela não gritava, mas seu interior pedia socorro. Tão rápido quanto começara, a dor cessou.
- Agora Liane, tu és uma Comensal da Morte.
N/A: Depois de muito, mas muito tempo... O 1º capítulo! *comemorando* Não sei se consegui escrever ele direito... Eu diria que está horrendo! Mas aqui está ele, até que em fim! Agora vamos para o capítulo dois... Que por falar nele está sem título... Por enquanto...
Em Busca da Verdade é o começo da verdadeira história... Em seguimento desta existe Harry Potter e a Princesa Mestiça.
Comentem por favor, sei que o capítulo ficou um pouco sombrio, mal, das trevas, sei lá, mas é o primeiro capítulo... Não sei como consegui escrever este, apenas tive uma idéia e ele está aqui, e escrito com pouca inspiração! Queria agradecer a Poliana, a beta da fic... Sem ela não teria escrito uma linha e a Bruna que me motivou a escrever a fic e escreveu o poema! Sim foi ela... A droga de inspiração me deixou! Então ela me ajudou! Muito obrigada! Obrigada mesmo!
Acho que era isso... E comentem... O capítulo dois não vai demorar tanto quanto o 1º... Se comentarem eu posto antes, porque quanto mais comentário, mais inspiração e mais rápido eu escrevo!
Beijos! Fiquem com a N/B! Depois eu respondo os comentários...
N/B: QUÊ? Já acabou? *triste* Não é justo...
Bom, graças à Deus, à Merlim ou a quem for, a Carol terminou esse capítulo! ^^
Só sombrio? Oi?, eu quase morro do coração naquele troço da Dignidade O.o
Ah, sim, e de nojo naquela cena depois que a ‘tia’ Li fez os dois levitarem *com nojo*
Recadinho básico: comentar não custa nada, tá? ^^’
Bom, tchauzinho!
E beijos, também! ^^
Resposta aos comentários:
Giulia Evans Potter: Deixei curiosa? *pulando* Aqui está o capítulo! O que vai acontecer só eu e Merlim sabemos *sorriso maroto*! Obrigada pelo maravilhosa! Bjus e espero que tenha gostado do capítulo!
Bruna Britti: Espero que tenha gostado do capítulo! Não tenho palavras para a sua ajuda! Muito obrigada mesmo! Sua insistencia deu certo! Olha o capítulo prontinho saído do forno ali em cima! Desculpa a demora, falta de inspiração é muito difícil! Agora só falta alguém postar, não? Se você estava ansiosa pela minha fic eu digo o dobro para a sua! Apesar dos problemas ele está aqui finalmente! Espero que para a fic Harry Potter e a Princesa Mestiça não demore muito também! Beijos! Valeu Amiga pela ajuda!
Poliana G. E. Lupin: Obrigada! Muito obrigada! Não conseguiria escrever nenhuma linha sem você! O capítulo você já leu! Espero que tenha gostado, acho que ele ficou um pouco grandinho de mais! Mas tudo bem! Beijos!
Até o capítulo dois... Beijos a todos!
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