Sonho ou Visão?
Se eu pudesse ser quem você queria. Se eu pudesse ser quem você queria, o tempo todo. O tempo todo...
Capitulo III – Sonho ou Visão?
Gina acordara bem cedo naquela manhã, pois teve um sonho muito estranho. Sonhou com Harry, mas ele estava junto com a Caroline, eles estavam juntos, se beijando, mas Gina não sentiu nada, nem ciúmes, nada. Até achou lindo eles dois juntos. Ela estava feliz, como ela nunca esteve em toda a sua vida.
De repente, Draco aparecia com um belo sorriso nos lábios, uma vez viu ele sorrindo desse jeito para a amiga dele, a Remy- Ponsardin, um sorriso sincero, um sorriso belo. Então ele vinha em sua direção e parava na sua frente e a contemplava. Não dirigiu insultos para ela, como ele faz normalmente. Ele segurou seu rosto com suas esbeltas mãos e olhou fundo nos seus olhos. Ele foi se aproximando…aproximando…até que seus lábios finalmente se encontraram.
Mas justo na hora que ele ia aprofundar o beijo, a cena mudou. Era de noite, e estava garoando forte. Estavam nos Jardins de Hogwarts, ouvira uma voz forte e masculina gritando “Você não é minha filha! Você não presta nem para ficar do meu Lado!”. Sua voz transbordava ódio. Então, não muito longe de si mesma ela viu dois vultos.
Um era uma garota, de cabelos longos e negros. Ela era inconfundível, era a Remy- Ponsardin. E o outro vulto era um homem muito alto, todo trajado de negro, seu rosto estava encoberto pela capa negra e apontava sua varinha para a garota. “Pai!Por favor, não faça nada com ninguém!Eles não tiveram culpa de nada!” Gritava Remy- Ponsardin num tom de desespero, e sua voz denunciava que ela estava chorando.
“Eu fiquei com você para que ficasse do meu lado. Se soubesse que você me trairia, deixaria você com sua avó lá na França, assim teria sido melhor, teria me poupado tempo e paciência!”.
Depois que o homem disse isso, a imagem da Remy- Ponsardin se desfaleceu. Ela caiu sobre seus joelhos, e seu choro era agora descontrolado. Depois de um tempo, Remy- Ponsardin apenas respondeu num fio de voz: “Como você quis que eu ficasse do seu lado, se você nunca ficou do meu? Tantas vezes que eu precisei de você e você sempre me virou as costas? Me desculpa pai,eu não sou aquela que o senhor quis que eu fosse.”
O homem urrou de ódio e falou logo em seguida: “Então você não tem utilidade para mim.” Remy- Ponsardin abaixou o rosto e chorou mais se possivel. Então ele apontou sua varinha e gritou: “Crucio!”.
No mesmo instante, Remy- Ponsardin começou a se contorcer de dor, gritou, mas gritou muito mesmo. O homem soltou um sorriso frio.
Ela gritou “Para pai, por favor!”. Mas somente depois de um certo tempo ele cortou o feitiço. Ela estava ofegante, mas consegui se levantar. Nesse momento, Draco e Blaise chegaram. Eles estavam desesperados. Draco parou de seu lado esquerdo e Blaise de seu lado direito. Ambos olharam para cena logo à frente e empalideceram.
Jolie estava num estado deplorável. No canto de sua boca tinha um filete de sangue escorrendo. Seus lábios tremiam, e de seus olhos lagrimas negras escorriam, graças ao lápis que ela usava.
Seu pai indagou mais uma vez para sua filha: “Eu sempre te pedi que você me obedecesse e você nunca me escutou! Eu sempre te dei tudo Geneviéve! Tudo o que você me pedia eu dava! Aonde foi que eu errei?”
Ele estava furioso. Gina estava grudada no braço de Draco e Blaise estava sem ação nenhuma. Todos estavam paralisados com a cena, por mais que quisessem não conseguiam mover um músculo sequer.
Até então ela estava com sua cabeça baixa. Ela levantou-a e falou com toda a tristeza, toda a dor que ela levou consigo durante anos transbordando dos seus lábios. “O que eu sempre quis e o senhor nunca me deu, foi seu amor pai. Cada dia da minha vida eu esperei por um gesto de amor por mim. Cada dia da minha vida eu quis saber se o senhor ligava para mim. Cada dia da minha vida pai, queria saber se você me amava, e se você nunca me deixaria sozinha como você sempre me deixou. Mas esse dia nunca chegou. E não espero mais por esse dia, pois hoje você me tirou todas esperanças que eu tinha de um dia eu deixar de pensar que eu era só um objeto.”
Enquanto Jolie ia falando isso, Gina, Draco e Blaise deixavam cair lágrimas silenciosas. Nunca poderiam imaginar o quão Jolie era infeliz.
Seu pai apenas disse: “Amor são para os fracos Geneviéve. Eu nunca te amei garota. Pensei que você fosse servir para algo, mas me enganei. Não quero um estorvo a mais na minha vida. Me arrependo todos os dias por ter dado um nome tão nobre como Etienne para você. Você não vale o sangue que corre em suas veias. Você é uma vergonha para mim. Adeus!”.
Jolie parara de respirar. Estava com a boca aberta e seu rosto estava lívido como se estivesse morta. Seu pai deu mais um sorriso e gritou: “Avada Kedavra!”.
Um raio verde saiu de sua varinha e veio em direção de Jolie. Ela olhou para Blaise e gesticulou com seus lábios : “Eu te amo.” .Fechou os olhos e esperou que o feitiço lhe atingisse. O feitiço a atingiu. Seu corpo rodopiou no ar e caiu de bruços. Sem vida. O homem sorriu e desapareceu.
Blaise pareceu sair do transe e correu para o corpo de Jolie sem vida. Gina e Draco fizeram o mesmo. Blaise ajoelhou-se ao lado de Jolie. Sua vista estava turva graças às lágrimas. Pegou seu corpo delicadamente e o virou. Seus olhos estavam esbugalhados. Aqueles olhos violetas tão magníficos que ele amava contemplar, que sempre brilhavam de um jeito todo especial para ele, estavam ali, opacos, sem vida, transparecendo dor, medo, desespero.
Acomodou-a em seus braços e começou a chamá-la: “Jolie? Meu amor. Acorda. Jolie, não me deixa aqui sozinho. Por favor. Fala comigo. Acorda.” Falava ele com uma voz embargada enquanto a abraçava contra o peito, ninava ela como se fosse um bebê e acariciava e beijava o topo de sua cabeça negra. Olhou novamente para seu rosto e o tocou. Estava frio e lívido, não quente e com suas bochechas um pouquinho coradas como sempre. Então ele gritou: “Nããããooooo!” E apertou mais o corpo de Jolie contra o seu.
Draco e Gina ajoelharam ao lado de Blaise e desataram a chorar. Draco havia perdido uma irmã e Gina uma grande amiga.
Foi isso que Gina sonhou. Remy- Ponsardin sendo morta por seu próprio pai numa noite de garoa, numa noite no meio de novembro.
Gina acordou assustada e com um aperto no coração. Não tinha simpatia pela Remy- Ponsardin, mas vendo ela daquele jeito no seu sonho, sentiu pena dela.
Como era cedo, Gina resolveu tomar um banho quente. Não importava se estivesse 40º lá fora, seu banho tinha que sempre estar fervente.
Foi para o banheiro e se despiu. Abriu o registro do chuveiro e esperou a água escorrer. Ficou se contemplando no espelho. Lembrou-se que no sonho, ela e Draco estavam namorando. Lembrou-se tambem que no sonho ela estava feliz como nunca.
Balançou a cabeça para afastar tais pensamentos. Entrou dentro do box e relaxou. A água quente descendo pela suas costas fez com que ela deixasse de pensar no sonho, que querendo ou não, foi assustador. Ficou lá uma hora. Um banho lento e bem tomado.
Saiu e se enrolou na sua toalha vermelha felpuda e se dirigiu para o dormitorio para pegar a sua roupa e se trocar. Quando lá chegou viu que Caroline estava acordando.
- Bom-dia Ca. – Disse Gina sorrindo.
- Bom-dia Gi. – Respondeu Caroline sonolenta. - O que aconteceu? Caiu da cama? – Ela indagou se espreguiçando.
- Muito engraçada você. – Disse ela divertida mostrando a lingua num gesto infantil. – Pesadelos Ca. Afinal das contas, somente uma coisa muito séria pra me tirar da cama cedo.
Pegou sua roupa e se dirigiu para o banheiro. Trocou-se, escovou seus dentes, passou seu perfume de sândalo e saiu do banheiro. Quando saiu, Caroline perguntou para ela:
- Quer falar sobre isso Gi? – Disse Caroline sentada na cama.
- Não. Deixa pra lá. Não foi nada de mais. – Disse ela escondendo o quão ela estava frustrada. – Já vou descendo Ca. Estou com fome. Depois a gente se vê tá?
- Tudo bem. Vou tomar um bainho e depois eu desço. Bom café.- Disse ela criando coragem e saindo da cama.
- Obrigada. Tchau. – Gina acenou para Caroline e desceu.
O Salão Comunal estava começando a encher de gente. Seus irmãos, Harry e Hermione não estavam lá. Deduziu que ainda estavam dormindo ou se arrumando. Atravessou a Sala e dirigiu-se para o quadro.
Estava andando bem distraída. Pensando na vida. Pensando naquele maldito sonho. Muito estranho. Muito perturbador.
“Por que eu iria sonhar que eu estava namorando o Malfoy? Por que eu iria sonhar com a morte da Remy- Ponsardin? Eu nem conheço o pai dela pra sonhar com ele! Sem falar que é impossivel daquilo acontecer. Um pai matar a própria filha. Não, não. Sem falar do Harry namorando a Ca! Ela ama o Willian, não é? Espero que sim…Ai, ai. Ultimamente tem tanta coisa acontecendo de estranho. O Malfoy me encarando ontem na janta. Muito estranho. Aposto que a Remy- Ponsardin estava falando de mim. Aquela menina é estranha…”
Mas ela foi interrompida. Tinha trombado em algo. Algo bem grande, forte e muito cheiroso… um cheiro familiar… Com a força do impacto Gina ia beijar o chão. Fechou os olhos e esperou o contato com a pedra fria do chão. Mas esse momento não chegou. Pois a “coisa” em que ela trombou enlaçou sua cintura e a segurou. Sem querer fez com que seus lábios se tocassem.
Gina sentiu que os lábios eram finos, quentes e doces. Resolveu abrir os olhos. Viu olhos acinzentados bem perto, cabelos de um louro-platinado, pele pálida. Seus lábios ainda estavam colados e os olhos de ambos estavam arregalados. Gina pensou com sarcasmo: “Ai meu Deus, era tudo que eu precisava pra melhorar meu dia. Bosta!”.
Draco não esperava que os lábios se tocassem. Mas gostou quando aconteceu. Tinha lábios macios, quentes e com gosto de morango. Quando resolveu abrir os olhos, viu duas poças de chocolate lhe observando, cabelos vermelhos e pele com algumas sardas, não pensou duas vezes. Tirou seus braços da cintura da garota e se recompôs.
Gina caiu de bunda no chão. Olhou para ele com suas íris transbordando raiva. Estava lá ela, com a bunda no chão e ele com um sorriso vitorioso nos lábios e com seu porte superior.
- Você está loco Malfoy? Tromba em mim, me segura e depois me larga! Tem merda na sua cabeça? – Soltou Gina se levantando.
- Não era eu, Weasley, que estava como uma idiota andando por ai, e nem vendo o que acontecia meu redor. Não sabia que além de tapada você era cega. Bem que você poderia fazer uma vaquinha com seus amigos grifinórios pra comprar um óculos. Ou pode pedir emprestado pro Testa-Rachada. Você não está namorando ele? Você tem varias opções.- As palavras de Draco transbordavam sarcasmo.
Gina não aguentou. Deu-lhe um belo tapa na cara. Tanto que ficou a marca de seus cinco dedos na face alva de Draco. Com a força do tapa, Draco virou seu rosto para o lado e ficou assim durante um tempo. Quando olhou novamente para a ruiva na sua frente, suas íris transmitiam ódio profundo. Seu rosto transmitia uma raiva fora do normal.
Ele na hora que recebeu o tapa ficou paralisado. Como aquela coisa insignificante pode bater em sua face! Nunca antes na sua vida recebera um tapa na cara. Ninguém tivera a audácia para tanto.
Seu sangue subiu na cabeça. Ele não via mais nada. Então num gesto rápido, segurou o delicado pulso de Gina e o apertou com toda a sua força e puxou-a para perto de si mesmo, o que fez com que um sentisse a respiração do outro. Queria acabar com aquela atrevida de uma figa!
Gina olhou nas orbes de Draco e ficou com receio do que ele poderia fazer com ela. Ele, um sonserino e ela uma grifinória, sozinhos no corredor. Então, num movimento tão rápido que Gina não viu, sentiu as mãos frias de Draco segurando seu pulso com uma força extraordinária e puxando-a para perto dele, sendo assim, sentido a respiração dele bem perto do seu rosto. Por mais que tentasse, não conseguiu esconder no seu rosto que aquilo estava doendo.
- Nunca. Mais. Toque. Em. Mim. Sua. Nojenta! Como você se atreve levantar a mão para mim? – Draco sibilava cada palavra. Veneno escorreria de seus lábios se possivel.
Gina com toda a força existente no seu ser falou com a voz firme:
- Sempre soube que você não prestava Malfoy. Mas nunca pensei que fosse do seu feitio machucar mulheres. – disse ela numa voz fria e cortante.
Draco então percebeu que estava apertando o pulso de Gina com muita força, já que as veias das mãos ato delicadas da garota estão saltando apara fora. Com um sentimento de culpa soltou o pulso da garota imediatamente.
Ela puxou seu pulso e o acariciou. Estava doendo muito, ele tinha prendido sua circulação, sua mão estava fria. As marcas dos dedos de Draco estavam no seu pulso. Ele estava bem vermelho, provavelmente ficaria roxo mais tarde.
Então olhou para Draco, e para a sua surpresa ele estava cabisbaixo. Mas sua raiva não suavizou. Agora queria matar aquele loiro aguado.
Draco se perdeu em pensamentos. Certa vez viu o pai de Jolie fazer o mesmo com sua filha. Não sabia como, mas o pulso da garota começou a sangrar, e foi somente naquele momento que ele deixou de apertar o pulso dela. Depois de um tempo, ficaram marcas negras no pulso dela, e ela teve que usar pulseiras para esconder as marcas.
Sempre desprezou o jeito que o pai de Jolie a tratava. Agora fez o mesmo com a Weasley. Odiava quando não conseguia segurar a sua raiva. Odiou mais ainda por ter a soltado em cima de uma garota, mesmo que seja na Weasley.
Levantou seu rosto e olhou para a Weasley. Ela estava com uma cara espantada, como se não acreditasse no que acabou de acontecer. Primeiro seus lábios se encostam, depois um esta querendo matar o outro! Dirigiu seu olhar para os pulsos dela. Estavam vermelhos e com seus dedos marcados nele.
Balançou sua cabeça, se lamentando. Apenas disse:
- Desculpa. Você está avisada Weasley. Não toque mais em mim. – Disse ele num tom distante.
Gina apenas disse com uma voz meio vacilante:
- Você é um monstro Malfoy. Um monstro.
Draco a olhou e sorriu sem vontade. Um sorriso sem emoção. Um sorriso de culpa. Virou as costas e se foi.
Gina o fitou indo embora. Sua capa negra esvoaçava. Tocou seus lábios com a ponta de seus dedos. Apesar de apenas for um contato de lábios, foi o bastante para ela deixar de pensar que os lábios do Malfoy eram frios e sem vida. Não, eles eram quentes e com um gosto de hortelã. Deu um sorriso bobo.
Voltou para seu rumo, o Salão Principal, para tomar seu café da manhã. Lá chagando sentou num canto da mesa da Grifinória, que naquela hora da manha estava quase deserta.
Respirou fundo deitou sua cabeça nos seus braços. Aquela discussão com o Malfoy esgotou todas as suas energias. Olhou para seu pulso. Estava começando a ficar roxo. “O que eu vou falar pro Rony quando ele ver isso? “Ah Rony eu estava andando quando eu esbarrei no Malfoy, nos demos um selinho, eu meti um tapa na cara dele e ele quase arranco a minha mão fora, só isso” Ele vai querer matar o Malfoy e depois ME matar. Ai ele vai chamar o Fred e o Jorge… to perdida.” Pensou ela desolada. “Vou ver se tem alguma pulseira que possa cobrir isso… Ah, depois eu vou. Preciso comer, estou com muita fome.”
Quando pegou seu prato para por algumas frutas e torradas, a pessoa que Gina menos queria ver no momento, fora o Malfoy chegou. Seus irmãos estavam vindo na sua direção. Rony estava com uma cara emburrada. Fred e Jorge estavam rindo para variar. Harry e Hermione estavam logo atrás conversando.
“Passem reto, passem reto. Eu não estou aqui, isso é só uma visão. Passem reto…” Gina pensava enquanto tentava inutilmente esconder seu rosto.
- Gininha! Como você está? Faz muito tempo que você está aqui? – Fred avistou a irmã e resolveu que ela seria a primeira vitima dele. Amava atazanar ela e sabia tambem o quanto ela odiava ser chamada de Gininha.
- Estaria bem melhor Fred, se você não viesse me encher o saco logo de manha! E não me chama de Gininha. Mas que merda, já falei que eu detesto isso! – Gina respondeu com raiva. Ela ficava puxando a manga de sua blusa para que seus irmãos não vissem o que o Malfoy fez.
Pra melhorar, não foi só p Fred que sentou perto dela, e sim toda a penca de gente que estava com ele. Isso incluía seu irmão, Harry, Hermione, Jorge e o amigo deles, Lino Jordan.
Gina não falou com ninguém. Comeu bem rápido e saiu dali. Estava indo para a Torre da Grifinória para pegar seu material. Quando ela já estava um pouco longe so Salão, a Remy- Ponsardin passou por ela. Gina sentiu um aperto no coração. Ela estava acompanhada de Zabini.
Ela olhou então para Gina. Gina sentiu que com aquele olhar, Remy- Ponsardin pode ler sua alma. Então Remy- Ponsardin dirigiu seu olhar para seu pulso, como se ela adivinhasse algo. Como sua manga não estava tampando nada, Remy- Ponsardin viu o pulso machucado. Seu olhar demorou-se lá. Então ela tocou seu próprio pulso, abaixou a cabeça e seguiu seu rumo.
Gina achou aquilo completamente anormal. “Sou eu ou o mundo tá todo louco!” Gina pensou num tom alarmado.
Gina pegou seu material e dirigiu-se para a primeira aula do dia, que ra Transfigurações. Chegando na sala de aula da Profª McGonagall. Caroline já estava lá e já tinha guardado um lugar ao seu lado no fundo da sala.
Quando Caroline viu Gina, acenou para ela. Ela viu Gina vindo em sua direção como se fosse um furacão, com fogo saindo pelas narinas. “Meu Merlin. O que foi que aconteceu!” Caroline se perguntou mentalmente.
Gina jogou seu material na mesa e se jogou na cadeira. Caroline estava ao seu lado com os olhos arregalados. Qualquer um que visse a equilibrada Gina agindo daquele jeito, tambem se assustaria.
- Gina, você esta bem? – Perguntou Caroline receosa.
- Não, Ca, eu não estou nem um pouco bem. Vamos fazer um resumo da minha maravilhosa MANHÃ. Eu acordo assustada porque eu sonho com gente morrendo. Eu trombo com o Malfoy, nos demos um selinho. Eu dou um tapa na fuça dele. Ele quase arranca a minha mão. – Nessa parte Gina mostra seu pulso roxo para Caroline. - Ele me pede DESCULPAS! A Remy- Ponsardin me olha de um jeito que com certeza leu a minha alma. Depois que ela saboreou todos os meus segredos, ela olha pra baixo e continua andando com o Zabini. – Conforme Gina ia falando, seu tom de voz foi aumentando. – E olha que ainda é de MANHÃ. Quero ver o que vai me acontecer até o final do dia! – Gina acabara de desabafar.
Caroline ficou sem ação, ainda processando todas aquelas informações. “Ela beijou o Malfoy. A Remy- Ponsardin abaixando a cabeça para Gina”. Apenas falou:
- Gina, calma, respira. Conta tudo para mim. Ainda faltam quinze minutos pra começar a aula.
Gina então lhe contou tudo. Desde o sonho, até a chegada dela na classe.
Caroline estava boquiaberta. Pelo sonho e pelo Malfoy. Enquanto ela contava sobre seu sonho e sobre a Remy- Ponsardin, Caroline colocou a mão sobre a boca e reprimiu um gritinho.
- Ai Gi! Quer horror! Não consigo nem conceber esse tipo de pensamento. Coitada dela! E se for verdade Gi?
- Ah Ca, por favor, não venha ficar com pena da Remy- Ponsardin. Ela não merece. Ela anda com o Malfoy e com o Zabini, e eles não são nada legais, sem falar que ela é uma sonserina né... – Gina disse com uma cara de nojo.
- Gina, você já conversou com ela? Como você pode falar de uma pessoa que você nem conhece? – Caroline ficou realmente com muita pena da Remy- Ponsardin.
Gina bufou. Realmente nunca falou com ela. Mas só pela cara dela, dava para ver que era um nojo de pessoa. Pelo menos é o que aparentava... Ela vivia de cochichos com o Malfoy e com o Zabini. Seu olhar era penetrante e subjugador.
Na hora que ela ia retrucar, a Profª McGonagall. Então ela apenas gesticulou com os lábios: “Depois.”.
As aulas passaram rápido, e quando Gina viu já era hora do almoço. Finalmente poderia conversar direito com Caroline.
Quando entrou no Salão Principal, seu olhar virou-se quase que automaticamente para a mesa da Sonserina. E para sua felicidade-infeliz, um par de olhos cinzentos a fitava. “Por que o olhar dele me prende tanto?” Gina pensou. O que era nada mais que a verdade. Quando aquelas orbes olhavam para ela, não conseguia fugir delas.
Mas alguma coisa estava a incomodando. E achou o que era. Remy- Ponsardin estava lhe encarando tambem. Aqueles olhos violetas que todos admiravam, até ela mesma, estava a fitando com intensidade, ela não se sentiu muito confortável.
Gina sempre acreditou numa frase : “Os olhos são as portas da Alma.” Mas os olhos da Remy- Ponsardin não transmitiam mensagem alguma. Eram nebulosos e cheios de segredos. Muito estranho.
Caroline lhe deu um cutucão na costela. Estava chamando Gina fazia um bom tempo. Então Caroline seguiu o olhar da amiga para ver pra onde ela estava olhando, e descobriu. Malfoy e Remy- Ponsardin a olhavam com a mesma intensidade que ela olhava para eles, então resolveu acabar com aquilo.
- Gina, quer parar de olhar para lá! Que coisa. Vamos nos sentar vai. Precisamos conversar. – Disse Caroline arrastando Gina para a mesa da Grifinória.
Quando lá sentaram, Gina falou:
- Você está vendo não está? Aquela garota tem algo contra mim! Você viu o jeito que ela me olhou? Parecia que ia me matar!
- Gina, Gina. Não julgue as pessoas pelas aparências... você não gosta quando os outros te taxam de “A Santinha que Precisa de Proteção” . “Não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você.” – Advertiu Caroline.
- Ai, tá Ca. To sem paciência pra discutir com você. Vamos comer. Temos ainda a tarde intera de aulas. – Disse Gina num tom de desanimo.
Almoçaram em paz. Depois foram para o segundo tempo de aulas.
O dia passou rapidamente, para a felicidade de Gina. Nada mais de emocionante aconteceu naquele dia. Não trombou com Malfoy o Remy- Ponsardin novamente.
Estava muito cansada naquele dia. Só queria saber de sua cama, dormir e não ter pesadelos.
Jantou sem problemas sozinha, pois Caroline estava jantando com o seu namorado. Não dirigiu um olhar sequer para a mesa da Sonserina.
Quando acabou de jantar, foi direto para a Torre para descansar. Quando lá chegou, não tinha ninguém importante, só alguns alunos do primeiro e segundo ano. Então foi para as escadas dos dormitórios.
Chagou no seu quarto, se trocou lentamente apagou as luzes e se jogou na cama. Ficou durante um tempo apreciando as estrelas do céu.
“Os lábios deles são tão macios… Apesar de tudo, gostaria muito de prová-los novamente…”. E foi com esses pensamentos que Gina adormeceu.
Jolie acordara cedo aquela manhã. Para falar a verdade ela teve mais uma noite de insônia. Se ela dormira uma hora foi muito. Ela não sabia por que isso acontecia. Ela se sentia nervosa, como se algo estivesse prestes a acontecer.
Ela se sentiu assim quando sua mãe morreu. Teve crises de insônia, não se concentrava em nada... Ela não se lembra direito de sua mãe, mas lembra da sua crise.
Foi pensando nisso, que Jolie começou recordar de sua mãe. Ela tinha cabelos longos, do tamanho dos seus. Eram muito sedosos e brilhantes. Eram de um louro profundo, com algumas mechas tem um louro mais claro. Eram lisos, mas na ponta tinham ondas, das quais Jolie se recordava que amava enroscar seus dedinhos.
Seu rosto era do memso formato que o seu, esbelto e bem moldado. O nariz era o mesmo, fino e combinava com o resto da face alva e macia.
Seus lábios eram mais finos do que os da filha, mas não deixavam de ser mais rubros que uma rosa e sensuais. Ainda mais quando sorria de um jeito todo especial do qual ela sempre dedicou somente ao seu marido.
Seus olhos hipnotizavam qualquer um. Em volta de suas pupilas raios de uma cor que chegava perto do tom vermelho. Depois vinha um mel meio claro, mas que mudava para o tom mais escuro quando seu humor não estava dos melhores, e depois um negro englobava o belo conjunto. Herdara isso da mãe tambem, quando estava com raiva, seus olhos ou se tornavam um azul profundos ou negros.
Seu nome era Catherine de Remy- Ponsardin. Era de uma nobre família bruxa francesa. Remy- Ponsardin um lugar ao sul da França que sua família era dona há séculos.
Catherine casou-se com um nobre de uma família bruxa inglesa, os Etienne. Seu nome era Jonathan Etienne. Era um homem alto e com um porte de aristocrata.
Seus cabelos eram negros e sedosos. Chegavam-lhe ate os olhos, o que deixava seu rosto esbelto ainda mais sensual.
Seus olhos eram tão magníficos quanto os de Catherine. Em volta da pupila, vinham raios de um azul turquesa belíssimo, depois vinha um verde-água brilhante com alguns pontos negros e depois um negro prendendo as outras cores.
Sua pele era mais alva que a de sua mãe se possivel, o que constratavam radicalmente com seus belos lábios herdados para sua filha.
Ele era conhecido por sua frieza mesmo entre seus familiares. A única pessoa que ele não demonstrava frieza, mas somente quando naum estava no meio das pessoas, era Catherine.
Jolie começou a ter insônia mais ou menos um ano antes de sua mãe morrer. Pelo menos uma vez na semana, ela não conseguia dormir. Conforme, a morte de sua mãe se aproximava, as noites de insônia se tornavam mais freqüentes.
Em três semanas, aquela era a segunda vez que ela tinha insônia. Mesmo que isso fosse só paranóia da sua cabeça, Jolie ficara preocupada. Pegou trauma disso.
“Ai meu Merlin, que isso seja só paranóia minha… que não volte a acontecer… por favor…”. Jolie estava perdida em seus pensamentos, quando ouviu o relógio da Sala Comunal bater. Eram seis horas da manhã.
“Mais um dia começando…Bom, é melhor eu me levantar e tomar um banho para despertar. Ainda bem que está calor, como se fizesse alguma diferença aqui nas masmorras mas...”
Jolie pegou sua toalha felpuda verde e dirigiu-se para o banheiro. Como ainda era seis da manhã, e as sua “colegas” de quarto sempre acordavam mais tarde, Jolie poderia demorar o quanto quisesse no seu banho.
Enquanto a água esquentava, Jolie se despiu e se olhou no espelho. Sua imagem já começara a ficar embaçada, mas Jolie viu algo a mais. Um filete de sangue escorrendo pela sua boca. Ela arregalou os olhos e colocou a mão em cima do suposto machucado, mas quando o tocou não havia sangue nem nada.
“Sono. Deve ser sono. Você não dormiu a noite intera ai depois fica vendo coisas. Vai tomar banho vai, pra ver se assim você desperta.”
Foi um banho bem demorado. Ela amava sentir o toque fulminante da agua quente em suas costas relaxando tudo. Pegou-se pensando em Blaise. Em como se sentia bem ao seu lado, e como se sentia um lixo quando o decepcionava.
“Mas com o Draco é a mesma coisa. Êêêê, Jolie, Jolie, não vá confundir as coisas. Blaise é seu amigo assim como Draco tambem é.”
Fechou o registro e se enrolou na toalha. Olhou-se novamente no espelho. Tudo normal. “Foi sono mesmo.” Pensou ela não tão certa de suas palavras.
Foi para o quarto e pegou suas roupas e dirigiu-se novamente para o banheiro. Trocou-se lentamente, não esquecendo de passar seu creme com essência de baunilha por todo seu corpo.
Quando saiu, as garotas continuavam ferradas no sono. Por um breve momento Jolie sentiu inveja delas.
Deitou-se na sua cama, fechou as cortinas verde-musgo e esperou dar oito horas para se encontrar com Draco e Blaise na Sala Comunal.
Draco acordara com o barulho das badaladas do relógio. Ficou mais um pouco na cama por preguiça. Decidiu que não iria tomar banho agora, pois já tinha tomado um antes de dormir. Abriu sua cortina verde-musgo e foi acordar Blaise. Aquilo já era rotina, quem acordasse primeiro, acordava o outro.
Abriu a cortina do amigo e o chacoalhou. Blaise o empurrou, mas depois acordou num pulo.
- Draco! Odeio quando você me acorda assim... – Disse Blaise mal-humorado.
- Só assim pra acordar você Blaise. Você dorme igual à pedra! – Draco argumentou para um Blaise que estava se espreguiçando.
Blaise olhou para o relógio e viu que eram sete horas da manhã. Pulou da cama. Não poderia se atrasar para encontrar Jolie na Sala Comunal.
Parecendo que Draco entendeu o porque de Blaise pular da cama com aquela cara de pressa, ele simplesmente falou:
- Clama Blaise, ela vai se atrasar como sempre. Mulheres… - Draco falou enquanto pegava seu uniforme para se trocar.
Draco se trocou, fez sua higiene pessoal e desocupou o banheiro. Logo após ele sair, Blaise ocupou o banheiro novamente.
Quando viram, já eram oito e dez da manhã. Seus olhos se cruzaram e ambos gesticularam com os lábios : “Ferrô...”.
Trataram de sair so quarto rapidinho e rumar pelos corredores para chegar na Sala Comunal.
Quando chegaram lá, tinha uma garota com belos cabelos negros, sentada no sofá de couro negro. Estava com os braços cruzados, assim como suas belas pernas com uma saia que estava a dois palmos acima do joelho. Seus pés estavam balançando rapidamente, mostrando o quão impaciente estava.
Chegaram silenciosamente por trás dela. Quando eles estavam bem pertinho dela, ela falou:
- Vocês estão quinze minutos atrasados. O que aconteceu? – Quando ela falou, ela virou-se para os garotos.
Olhou para Draco, ele estava com um olhar estranho... Parecia que ela tinha alguma coisa na cara... Não ligou, pois ele mudou de expressão novamente, para uma de... dó?
Virou-se então para Blaise e o mesmo frio na boca do estomago surgiu. Como sempre ele estava maravilhoso. Sua expressão era de cachorro-sem-dono. Às vezes funcionava quando ela queria brigar com ele, e para a sorte dele, funcionou naquela hora.
Ela bufou e virou-se para a lareira. Draco e Blaise trocaram olhares. Ela estava nervosa aquela manhã...
Blaise deu a volta no sofá e sentou do lado esquerdo de Jolie. Ela nem olhou para seu rosto. Blaise percebeu que embaixo dos seus magníficos olhos violetas, tinha olheiras bem fracas. Suas bochechas estavam um pouco corada, o que denunciava que ela estava nervosa.
Então, com um pouco de receio, ele ergueu sua mão e começou a acariciar as bochechas de Jolie. Como ele adorava fazer aquilo, tocar na pela da garota, que sempre foi tão macia e perfumada.
Quando Blaise tocou suas bochechas, arrepios começaram a correr por toda a sua cabeça. Segurou-se para não tremer e denunciar o quanto gostava daquilo. Fechou os olhos para memorizar aquele toque tão carinhoso e gostoso. “Por que ele faz isso comigo? Geneviéve, ele é seu amigo. Ele só te vê como amiga. Ele faz isso porque se preocupa com você” .
Abriu os olhos para poder afastar esses pensamentos. Não podia pensar assim de Blaise. Era errado. Então virou seu rosto para o amigo. Viajou nos olhos azuis de Blaise. Blaise sentiu que o mundo parou, vendo aquelas orbes tão belas lhe fitando.
Depois de um tempo, que pareceu uma eternidade para ambos, Blaise se assuntou, pois dos olhos violetas da sua amada amiga tinham lágrimas contidas. Quando viu isso, seu estômago pareceu cair.
Então ele segurou o rosto dela com ambas as mãos e mergulhou no mar violeta de seus olhos. Jolie viu os traços do rosto de seu amigo deixarem de serem amorosos. Endureceram e se tornaram preocupados.
- Jolie, aconteceu alguma coisa? – Disse ele num tom preocupado.
Jolie ficou fitando-o, deveria contar ou não sobre a sua insônia? Não. Era melhor não, não queria preocupá-lo.
- Nada não Blaise. Naum se preocupe. Foi só um cisco que caiu no meu olho. – Disse ela pouco convincente.
Com muito pesar, ela se se desvinculou das mãos de Blaise e começou a coçar seus olhos, para pelo menos Blaise acreditar no que ela falou. “Acredita. Acredita. Acredita!”. Torceu ela mentalmente.
Blaise a observou coçando os olhos. Ele percebeu que aquela não era a verdade. Mas achou melhor não comentar nada. Quando ela quisesse lhe falar o que ela sentia, ela o faria, ele tinha certeza disso.
Jolie olhou para trás e viu que Draco não estava mais lá.
- Ué, cadê o Draco? – Disse ela se virando de um lado para o outro.
Blaise não pode deixar de notar a saia de sua amiga subindo mais um pouco, dando a amostra de suas belas e torneadas coxas. Engoliu um seco. “Que isso Blaise! Controle seus homônimos!Ela é sua amiga! E você fica olhando dessa forma para ela! Todas as garotas, menos ela! Falando nisso, preciso arranjar uma para me distrair...”.
- Não sei… talvez ele estava com fome e resolveu não esperar a gente… - Disse ele sem emoção.
Então ele levantou e Jolie ficou o observando. Ele parou a sua frente, com um belo sorriso no rosto. Jolie engoliu seco. Ele estendeu sua mão para que Jolie a pegasse. Jolie deus um sorriso tímido, se possivel, e tocou-lhe a mão oferecida. Milhares de arrepios passaram de um corpo para o outro.
Ele puxou a mão de Jolie e fez uma coisa que ela não esperava. Ele a abraçou com amor e carinho. Primeiramente Jolie ficaram sem ação, mas depois correspondeu ao abraço do amigo.
Blaise era mais alto que Jolie, portanto ele teve que se abaixar um pouco para acomodar seu rosto no ninho do pescoço dela, enquanto Jolie teve que ficar nas pontinhas dos pés para alcançar os ombros de Blaise.
Como era maravilhoso sentir o corpo dela tão bem moldado encaixado ao seu, com um maravilhoso cheiro de jasmim desprendendo de seus cabelos ainda úmidos e um cheiro de baunilha desprendendo do seu pescoço tão macio.
Jolie ficara quase sem ar com aquele abraço. Sentir o corpo dele tão musculoso envolvendo o seu, era uma coisa maravilhosa do qual ela não poderia descrever em palavras. Sentia-se segura, como se nada pudesse lhe ferir.
Depois de um tempo, Blaise a levantou e a rodopiou. Ela soltou um gritinho abafado, já que sua boca estava tampada pelo ombro de Blaise. Estava inebriada pelo perfume que desprendia da pele de Blaise. Um cheiro cítrico. Sempre amou aquele cheiro.
- Você sabe que eu sempre vou estar do seu lado. Que nunca vou deixar você. Que sempre vou estar aqui quando você precisar. Você sabe, não sabe? – Sussurrou ele no ouvido de Jolie. Sua voz saiu rouca e sensual.
Quando Jolie ouviu tudo aquilo, achou que explodiria de alegria. Blaise sussurrou num tom baixinho que fez com que ela tremesse toda. Com certeza, se ela estivesse no chão, teria que se segurar mais forte em Blaise para naum cair graças as suas pernas bambas.
- Eu sei. Eu sei. Agradeço todos os dias por isso. Eu sempre estarei aqui para você tambem. Sempre. – Respondeu ela num fio de voz, apertando ainda mais Blaise se possivel. Ainda mais por Blaise estar respirando no seu pescoço.
Ambos olharam um para o outro. Estavam bem próximos. Dava para sentir o hálito com cheiro de menta sair da boca de Blaise. E o hálito de Jolie com cheiro de cerejas.
Jolie segurou o rosto de Blaise e foi se aproximando… então ela deu um beijo na sua bochecha. Mas foi um beijo bem demorado, com muito carinho e amor.
Quando Jolie o beijou, Blaise fechou os olhos para guardar na memória aquele toque tão sincero e doce.
- Vamos. Nós estamos atrasados. – Disse Jolie com um sorriso no rosto.
Blaise apenas confirmou. Ela entrelaçou sua mão na dele e o puxou para fora da Sala Comunal da Sonserina.
Quando Jolie e Blaise estavam bem perto do Salão Principal, eles cruzaram com Gina. Olhou para os olhos de Gina e sentiu que ela estava perturbada com algo.
Não soube por que, mas dirigiu seu olhar para os pulsos da garota. Desejara nunca ter feito aquilo. Estava negro, com marcas de dedos. Igual ao eu seu pai fazia nela. Tocou no seu pulso como se sentisse ele apertando-o.
Abaixou a cabeça e pensou com pesar: “Não desejo isso para ninguém… .“ Seguiu seu caminho.
Entrou no Salão Principal. Procurou Draco com o olhar e o achou bem no canto da mesa da Sonserina.
Dirigiu-se para ele e o chamou:
- Draco, você já acabou de tomar o café da manhã? – Perguntou ela friamente.
Draco levantou seu rosto para sua amiga. Assustou-se com a frieza da sua voz, e quando olhou nos seus olhos, viu que estavam num tom azul-escuro.
Quando Draco levantou o rosto, Jolie percebeu que na face tinha uma marca um pouco vermelha. Achou aquilo estranho.
- Ô gente, vou ficar aqui pois eu estou com fome. Depois a gente se encontra. – Falou Blaise se sentando no lugar em que Draco estava.
Jolie e Draco sairam andando do Salão e entraram na primeira sala que eles viram.
Draco encostou-se na mesa e Jolie fechou a porta e veio na sua direção.
- Aconteceu algo Jolie? – perguntou Draco com pouco caso.
- Foi você que fez aquilo no pulso da Weasley? – Jolie estava nervosa, mas continuava com sai pode fria e distante.
Draco ficou paralisado. “Como ela ficou sabendo?” Pensou ela exasperado.
- Estou esperando a resposta Draco. – Nesse momento Jolie cruzou seus braços na altura de seus seios.
- Ela bateu no meu rosto. Eu não consegui controlar minha raiva. – Disse ele envergonhado.
Jolie que tinha uma pose fria, mudou para uma espantada.
- Como você pode? Você não tinha esse direito! – Disse ela quase gritando.
- Eu não pude evitar tá bom? Aquela garota me irrita! – Disse ele elevando seu tom de voz tambem.
Olhou então para Jolie e se arrependeu do que disse. Ela estava com a cabeça baixa, com uma mão acariciando seu pulso.
- Jolie… me desculpa… - Disse ele se encaminhando para a sua amiga.
Jolie deu um passo para trás e olhou nos olhos de Draco.
- Pensei que você nunca seria capaz de fazer isso Draco. – Sua voz transbordava decepção.
- Por favor Jolie, não faça isso comigo. Perdoe-me. Eu pedi desculpas para ela. – Draco estava desesperado.
Jolie olhou para Draco. Era Draco que abominava o jeito que seu pai a tratava, e ele agiu do mesmo jeito que ele…
- Me prometa que nunca mais ira fazer isso. Por favor. – Disse ela olhando fundo nos olhos dele.
Draco se aproximou de Jolie e segurou seu rosto entre suas mãos. Olhou fundo nos olhos de Jolie. Nunca a decepcionaria, memso se pudesse.
- Eu prometo. Eu juro. – Disse ele com uma voz trêmula.
Os olhos e Jolie foram voltando para a cor natural, violeta. Isso fez Draco se sentir melhor. Então ela sorriu para ele.
- Eu acredito. – Disse ela simplesmente.
Então ouviram as badaladas do Relógio. As aulas iam começar. Um olhou para o outro e deram risadas.
- Acho que temos que correr. – Disse Draco divertido.
- É, eu tambem acho… - Replicou ela divertida.
Ambos sairam da sala e correram para a primeira aula do dia, que era Feitiços. Quando chegaram lá, o Profº Flitwick estava entrando na sala de aula, pois ele teve que sair para pegar algumas coisas para a aula.
- Profº Flitwick! Espera! – Jolie gritou para ele.
O Profº olhou para Jolie e Draco que vinham correndo e deu-lhes um sorriso.
- Espero que isso não ocorra novamente senhor Malfoy e senhorita Remy- Ponsardin… - Disse ele abrindo o caminho para ambos passarem.
Draco fizera dupla com Blaise e Jolie ficara sozinha. As aulas do dia passaram bem devagar na concepção dos três. Mas com muito esforço o almoço finalmente chegara.
Jolie fizera questão de ir bem rapidinho para o Salão Principal pois estava morta de fome, já que não tomara café da manha.
Durante o almoço eles conversavam sobre coisas banais. Quando Jolie foi perguntar a opinião de Draco, viu que ele não prestava atenção pra ela. Ele estava parando olhando para alguma coisa. Quando seguiu o olhar, viu que era a Weasley quem estava roubando a atenção dele. Quando a Weasley entrou no Salão Principal, Draco não pode deixar de notá-la. Alias, aquela garota estava chamando a atenção dele freqüentemente… “Weasley nojenta… So de pensar que aquelas mãos nojentas me tocaram, me da náuseas…” Draco pensou com uma expressão de nojo no rosto.
- Com essa secada que você deu ela, ela deve ter perdido alguns quilinhos. – Alfinetou Jolie num tom divertido.
Draco apenas olhou para ela e simulou um sorriso. Jolie riu da cara dele e voltou a almoçar, sabendo que a Weasley estava falando dela.
O segundo tempo passou rapidamente, e quando os tres viram já era a hora do jantar.
O jantar transcorreu tudo bem. Terminaram se dirigiram para as masmorras. Eram ainda nove horas, então sentaram e conversaram. Como Jolie era bem folgada, ela deitou. Apoiou sua cabeça no colo de Blaise e suas pernas no colo de Draco.
Deram muitas risadas. Como Draco adorava ver Jolie daquele jeito, rindo. Ela só era assim quando estava com ele e com Blaise. Eles eram iguais em alguns aspectos. Ambos se escondiam por trás de frieza para esconder suas emoções para gente desconhecida. E ambos só eram eles mesmos quando estavam juntos.
Enquanto Jolie contava à vez que viu a Pansy Parkinson se esborrachar no chão do dormitorio, seus olhos estavam voltados para Blaise, e eles brilhavam de um jeito todo especial, igual aos de Blaise. Enquanto Blaise ouvia o relato segurando a risada, ele acariciava os cabelos e a cabeça de Jolie.
“Esse dois… sei não… os dois tão babando um pelo outro… até que eles formam um belo par. Olha só quem fala… até parece um cupido. Draco, seu idiota” Pensou ele com um sorriso malicioso nos lábios.
Jolie olhou para ele e viu aquele sorrisinho malicioso brincando nos lábios dele.
- O que foi Draco? Por que você está me olhando desse jeito? – Indagou ela preocupada. A cara de Draco era igual daquelas crianças que estão armando alguma coisa.
Blaise olhou para Draco com uma expressão de interrogação, não deixando de acariciar os macios cabelos de Jolie.
- Nada não… só estou pensando. – Disse ele simplesmente.
- Sei, sei. Conheço-te. Sei que com essa cara coisa boa não é. – Retrucou Jolie divertida.
Blaise já imaginado o que Draco estava pensando tratou de sair de cena.
- Bom gente, já vou dormir. Amanhã tenho que acordar cedo, porque senão a senhorita Jolie me mata. – Disse Blaise sorrindo. Sorriu mais ainda quando Jolie lhe mostrou a lingua.
Quando Jolie levantou de seu colo ele a segurou e depositou um beijo na testa dela.
- Boa noite Jolie. – Disse ele olhando nos olhos dela.
- Boa noite Blaise. – Disse ela dando um beijo na bochecha dele.
- Boa noite Draco. – Disse ele com aceno de cabeça.
- Boa noite. – Disse Draco simplesmente.
Então ele se foi. Jolie virou para Draco. Estava esperando por aquele momento o dia todo, um momento em que poderiam conversar as sós.
- Draco, preciso te perguntar uma coisa… - Ela fez uma pausa, como se estivesse escolhendo bem as suas palavras. – O que realmente aconteceu hoje de manha? Sinto que você esta me escondendo algo.
Draco a fitou longamente. Nada escapava daquela garota. Deu um sorrisinho e lhe explicou tudo.
Jolie escutara tudo com muita atenção. Draco mostrava que estava nervoso, principalmente na hora do selinho que rolou. Ela respirou fundo e falou:
- Não minta para mim Draco. O que você sentiu na hora que rolou o selinho? – Disse ela olhando fundo nos olhos dele.
- Eu odiei! Tenho nojo daquela menina! – Disse ele emburrado - Ela tem o prazer de dar um selinho em mim e depois me dá um tapa na cara! Aquela menina é louca! – Agora mudando seu tom para o de arrogante.
Jolie negou com a cabeça e deu um sorrisinho cansado. “Pra ele me responder desse jeito é por que não foi tão ruim…”
- Tudo bem então. Espero que vocês não se cruzem de novo, se não vocês acabam se matando. – Disse ela num tom de zombaria.
- Nhá, tambem espero isso. Ah Jolie, eu vou dormir, to morto de sono. – Dizendo isso ele deu um beijo no rosto de Jolie. – Boa noite Jolie.
- Boa noite Draco. Sonhe com os anjos, principalmente uma ruivinha… - Disse ela em meio às risadas.
Draco olhou para ela e deu um sorrisinho maroto.
- Acho que um amigo meu irá sonhar tambem. Com anjinhas morenas de olhos violetas. – Disse ele sorrindo para ela.
Na hora que ela ouviu isso, sei sorriso morreu na hora, e foi à vez de Draco gargalhar. Então ele se virou e foi dormir.
Jolie ficara mais um tempo na Sala Comunal, mas depois foi para seu quarto.
Já trocada, Jolie deitou na cama e fechou a cortina a sua volta. “O que será que ele quis dizer com aquilo? Eu heim… o Draco tá ficando louco… Ele pensa que me engana… coitado…” Pensou Jolie antes de cair no sono profundo sem sonhos.
(N/A) Bom.... espero q vcs gostem desse cap.... mto obrigada Myla Potter Tonks !!!!!!!!!!!! Fikei mto feliz com seu comentario XD ..... Mande revies lah no ff..... vou adorar recebe-looos >.<
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