Quem nao puxa aos seus degener
Capitulo VII
Quem não puxa aos seus degenera?
- Depois de amanhã começam as malditas avaliações em dupla da McGonagall e nenhum dos garotos tomou nenhuma providência ainda. – Reclamava Ariana no dormitório enquanto penteava seus cabelos.
- Eu já te disse o que eu acho. – Disse Moura Stine com firmeza. – Nós deveríamos cuidar disso pessoalmente.
- Eu também acho Stine, mas pra isso nós precisamos de uma idéia. – Devolveu Ariana.
- Eu acho que eu tenho uma. – Riu Bellatrix deitada em sua cama. – A McGonagall teria que dar aula mesmo que os Lufa-Lufas não pudessem comparecer, certo?
- Acho que sim... – Falou Moura atenta.
Sarah, só ouvia a conversa, também deitada em sua cama com a cabeça pendurada para fora, entediada.
- Sáh, você acha possível preparar um pouco de pó de avessus ainda hoje? – Perguntou Bellatrix a prima.
- Depende. – Disse Sarah sem mudar de posição ou manifestar qualquer interesse.
- Mas que raio de pó é esse Black? –Interrogou Ariana à Bellatrix.
- Uma receita de família Ariana! – respondeu Bella.
Sarah sorriu, levantou-se e já se preparava para sair do quarto quando foi interrompida.
- Vai sair – Questionou Ariana curiosa.
- Não, Abranson, vou apenas passar pela porta por pura diversão – Respondeu impaciente antes de se retirar.
- Tão mal-humorada essa sua prima. – Resmungou sentida para Bella.
- Você também né... – Foi o que Bella respondeu
Maya estava a horas debruçada sobre os livros estudando para a prova de DCAT, em uma das mesas da sala comunal quando percebeu a aproximação de Pietro, que beijou-lhe a testa, se sentou ao seu lado e lhe entregou uma caneca de chocolate quente.
- Pra mim? Que você quer hein? –Brincou ela.
- Nossa! Não posso nem fazer uma gentileza pra minha amiga preferida?
Maya riu. – Se é assim, obrigada.
- De nada. E aí falta muito?
- Parece que nunca acaba! E você, já estudou tudo que tinha pra estudar?
- Nem te conto! –Riu Pietro.
- E então... A Lícia? –Perguntou ela com um meio sorriso.
- Que tem? –Ele sorriu meio que como envergonhado.
- Eu que pergunto. – Insistiu a menina.
- Ah Maya... – Pietro relaxou. - Não sei, ela não comentou nada comigo, depois daquele dia.
- Também pudera né Tito, com você se esfregando com a Nora o tempo todo.
- Ela tem falado alguma coisa sobre isso?
- Não vem ao caso. Eu quero saber o que você quer?
- Sinceramente? Não sei. Isso envolve muita gente. Acho melhor deixar quieto
- Bom, você que sabe o que está perdendo. – Devolveu ela.
Ele sorriu. – Não me pressione Srta. Geller... Não é justo.
- Não, sério. Eu só preciso te pedir que tenha mais cuidado com os sentimentos dela. – Falou Maya num tom de severidade.
- Eu sei. Acho que é melhor te deixar estudar em paz, agora.
Ela concordou com a cabeça.
- Boa Noite.
- Boa Noite Tito!
Na sala comunal da sonserina, Sirius jogava uma partida de xadrez bruxo com Lucius. Tory sentada no colo do namorado acabava por desviar sua atenção e por essa razão Sirius estava preste a ser derrotado.
- Assim fica difícil! Deixa ele, Tory! Depois ele perde e fica dizendo que perdeu por que queria.
- Para de choramingar Lucius. Parece criança. – Ria Walden sentado na mesa ao lado dos dois.
Bellatrix de repente se aproximou. – Lucius será que dá pra você dar um pulo lá na estufa comigo? Eu acho que nosso trabalho de herbologia não está dando muito certo.
- Mas eu fui lá ver ele ontem... – Lucius já estava decidido a dizer não para Bella, quando olhou para sua cara e desconfiou que o assunto que ela queria tratar não era exatamente o trabalho de herbologia.
- Tudo bem, eu vou! Walden faça-me o favor de não perder esse jogo! Seria demais até pra você.
Walden resmungou alguma coisa.
Sirius sorriu e beijou Tory mais uma vez, Bellatrix fez cara de nojo enquanto se retirava da sala com Lucius.
Dias depois, mais precisamente na quarta pela manhã, toda a classe de Minerva estava pontualmente a sua espera. A professora logo que chegou pediu que as duplas já pré-determinadas sentassem lado a lado e pôs-se a explicar uma atividade que deveria ser executada ainda naquela aula.
De repente os alunos da Lufa-lufa começaram suar e a tremer ao mesmo tempo o que obviamente chamou atenção da professora.
- Posso saber o que é que está havendo? – Perguntou confusa. Alguns sonserinos riam. – Silêncio! – Ela ordenou. – Algum de vocês pode me responder?
Não houve condições de resposta. Os lufa-lufas agora começavam a apresentar pequenas bolhas escuras que brotavam por toda a face, o que em poucos segundos os levou a uma cegueira total. Os pobres sem saber o que estava acontecendo, agora gritavam por socorro, alguns choravam, outros tentavam se mover pela sala. Um verdadeiro caos.
Minerva imediatamente dispôs de sua varinha e tentou fazer alguma coisa a respeito, mas sem saber exatamente do que se tratava, ficava muito difícil.
Os sintomas, porém não pareciam dispostos a pararem por aí... Em pouco tempo, um por um os alunos começaram também a vomitar uma substância negra, porém após colocá-la para fora, ela retornava imediatamente para a boca num ciclo nojento e sem fim. Alguns alunos da sonserina não pareciam surpresos, mas com nojo rapidamente se levantaram ficando o mais longe dos lufa-lufas, quase colados na parede se esforçando muito pouco para não demonstrarem que estavam se divertindo com a situação. Na verdade, todos eles, exceto McGonagall e Sirius Black pareciam não querer socorrer os demais.
A situação era calamitosa e não parava de progredir, agora além de tudo as bolhas estouravam deixando sair um líquido preto que escorria por todo o corpo e gerava uma coceira insuportável.
A professora tentou mais alguns feitiços, mas sem obter efeito com eles ordenou que Walden Mcnair e Lucius Malfoy fossem buscar Madame Pomfrey a enfermeira e Alvus Dumbledore, o diretor. Ambos obedeceram, mas ao saírem da sala caminharam o mais devagar possível pelo corredor.
O tempo ia passando e nada dos dois voltarem. Sirius estava mais transtornado que Minerva e não agüentou quando os dentes dos alunos começaram a queimar e se transformar em cinzas amargas. Olhou para os amigos que riam sem demonstrar a menor preocupação e depois olhou para Remus ao seu lado, o rapaz estava encolhido como uma criança aterrorizada e parecia sentir muita dor. O garoto então sem pensar nas conseqüências ergueu sua varinha.
“- Sirius não!” - Sarah ainda tentou impedi-lo telepaticamente, mas não houve jeito.
O garoto proferiu uma longa e complexa frase que surpreenderia a qualquer um, por ele sabê-la de cor.
“A di avessus, a di negrus, returnus pesdk ivasdin pis ero prodigus diun nain Black ordenus in menus blodis a reversus di porcius.”
N/A: Tradução – “Pó de avesso, pó negro, retorne, se torne inválido, pois eu filho do clã Black, ordeno pelo meu sangue a reversão dessa poção.”
Instantaneamente tudo voltou ao normal. Sirius agora era alvo de todas as atenções.
Mas a que mais lhe incomodou foi a de Remus. O garoto parecia achar que ele era o responsável e foi só então que ele se deu conta, que isso era o que todos estavam pensando também. Minerva cancelou a aula o que gerou comemorações por parte da Sonserina e pediu que o menino a acompanhasse até o escritório do diretor. Antes de ir, Sirius ainda se comunicou com Sarah.
“- Foram vocês não é?”
A menina obviamente tinha escutado a pergunta embora ninguém mais a tivesse ouvido, ainda assim deixou o irmão sem resposta.
“- Pra que vocês fizeram essa merda, Sarah?”
Após narrar todo o acontecimento a Dumbledore, Minerva se retirou para ver os alunos da Lufa-lufa que tinham sido mandados por precaução para a enfermaria.
Agora a sós com o Diretor, Sirius não fazia idéia de como explicar o ocorrido.
- Então Sr.Black, o que tem a me dizer?
Sirius olhava nos olhos do diretor, mesmo encrencado, sua personalidade não permitia que demonstrasse facilmente submissão.
- Nada. – Respondeu secamente.
- Nada? Que tal começar a dizer qual a origem do feitiço que a professora McGonagall e seus colegas de classe presenciaram? Pela descrição, me parece ser um feitiço bastante antigo criado pela...
- É da minha família sim senhor. Foi criado pelos meus ancestrais e usado para...
- Para coisas que tenho certeza, fogem ao seu conhecimento. – Cortou o diretor incisivo.
Sirius não respondeu.
- Eu apenas não compreendo Sr.Black o por que da utilização de um feitiço dessa magnitude e a muito considerado ilegal, contra seus colegas de classe.
- Não foi a minha intenção.
- Como assim Sr.Black? Quer dizer que o senhor proferiu tal absurdo involuntariamente? É melhor que seja mais claro.
- Desculpe Diretor, não posso.
- Nega-se a se defender, deixando a mim a única alternativa de julgar-te responsável por uma infração que não possui outra punição que não a expulsão como sabe. – Disse o diretor tranqüilo ajeitando os óculos.
A pose de Sirius desfez-se nesse momento.
- Professor, por favor, isso não!
- Eu não fiz as regras Sr. Black. Elas estão aqui muito antes de mim. E são do conhecimento de todos como o senhor bem sabe. Seu ato foi de uma gravidade aquém da minha compreensão e, portanto além da minha capacidade de interferir sobre a pena aplicada.
- O senhor não pode me mandar embora daqui!
- Como já disse, não é uma decisão minha.
- O senhor não entende!
- Não mesmo. Agora se sente enquanto envio uma coruja a sua casa, convocando seus pais a virem te buscar.
- Diretor, por favor, não conte para eles. Eu já disse, não fui eu. – Sirius não podia sequer imaginar no que lhe aconteceria se seus pais descobrissem sobre aquilo. Como ele explicaria aonde aprendeu aquele contra feitiço.
Dumbledore sentou-se calmamente em sua cadeira e sorriu.
- Claro que não. – Disse o homem mexendo na barba.
- O que? – Sirius estranhou. - Então o senhor...Como que? – O menino parecia atordoado.
- Como eu sei que não foi você? Bem pela mesma razão que eu sei que você jamais entregaria os verdadeiros responsáveis. Digo os, no plural, por que sei que tal feitiço não pode ser conjurado por uma única pessoa não é mesmo?
Sirius engoliu seco.
- Entretanto meu caro, eu não posso deixar essa situação sem um desfecho.
- O senhor pretende fazer o que...
- Ainda não sei. É pouco provável que os responsáveis se apresentem voluntariamente. Precisarei pensar em alguma coisa. Seria fácil e não tão ilógico punir os herdeiros desse feitiço, mas tenho para mim que estaria deixando escaparem muitos outros dessa forma, não acha? – Sirius manteve-se calado. - Em todo caso, fique certo de que eu não tolerarei se algo desse tipo voltar a ocorrer e sendo assim, deves tomar conta para que tais heranças de família mantenham-se resguardadas. – Sirius engoliu seco. Dumbledore parecia sempre saber mais do que se esperaria. Quanto a avisar seus pais, creio que essa seja realmente uma medida necessária, é de suma gravidade o que acaba de ocorrer, eles talvez não saibam que seus pertences estejam em mãos tão displicentes.
Sirius sentiu-se tomado novamente pelo desespero.
- Diretor, por favor, não faça isso. Eu lhe dou a minha palavra de que não haverá outra situação como essa. Eu mesmo cuidarei para que essa possibilidade não exista. Mas, meus pais...Bem, o senhor os conhece, sabe que eles jamais...Será realmente terrível se minha família tomar conhecimento desse acontecido. Por favor,...
Dumbledore o encarou diretamente nos olhos por alguns segundos e ele não desviou o olhar. Não teve sequer vontade de fazê-lo.
- Acho então que nossa conversa está encerrada Sr. Black.
- Sim senhor muito obrigado, com licença.
Assim que saiu da sala do diretor Sirius viu Tiago vindo em sua direção.
- Você não presta mesmo! É um covarde exibicionista, como todos os da sua família.
- Você não sabe o que está dizendo. – Respondeu sem dar muita atenção ao outro.
- Ah não sei. Claro que sei. Sei que depois de saber sobre toda a verdade sobre você sabe o que, você não perdeu tempo em se vingar do pobre coitado.
- Você acha mesmo que me conhece não é Potter? Pois você está profundamente enganado ao meu respeito. Já eu, infelizmente estava certo sobre você. Uma criatura mimada que pensa ser o dono da verdade e que mal consegue se enxergar devido ao tempo que passa dizendo aos outros o que eles devem fazer. Sua mediocridade me dá pena! Agora sai do meu caminho que eu tenho coisas mais sérias pra resolver.
- Tomara que você seja expulso! Por que se você não for...
Sirius que já estava de costas indo embora, voltou e encarou Tiago:
- Torça mesmo por isso Potter. Dou-te a minha palavra de que sua vida se tornará um inferno se eu permanecer aqui.
O rosto de Sirius estava longe de demonstrar a tranqüilidade habitual quanto ele invadiu o dormitório feminino.
- Cadê ele?
Ariana Abranson que escovava os cabelos sentada em sua cama, imediatamente reagiu:
- Você está maluco, Black! Não sabe que é proibida a entrada de garotos aqui!
- Eu não pretendo me demorar Ariana. – Respondeu sem nem olhar para a garota. Seus olhos apenas se revesavam entre Sarah e Bellatrix.
-Eu o quero agora! – Ordenou.
- Calma Sirius, você ta muito nervoso! – Disse Sarah, um pouco assustada com a reação do irmão.
- Nervoso eu? Será? – Disse ele enquanto se aproximava dela. – Eu quase fui expulso de Hogwarts há quinze minutos atrás, graças a infeliz brincadeira de vocês duas. Isso sem contar que eu quase precisei implorar para que isso não fosse comunicado a nossa família. Portanto, ou vocês me dão o que eu quero agora, ou eu juro, que nervoso não vai ser uma definição apropriada pro que vocês vão ver.
- Deve ser mais fácil nos culpar, do que ao seu sentimentalismo! – Disse finalmente Bellatrix sentada em frente a uma penteadeira. Para em seguida se levantar e caminhar na direção do garoto. – Se você não tivesse ficado com peninha daqueles abortos, nada disso teria acontecido, não é mesmo Sirius?
- Se você acha que o que me moveu a proferir aquele contra-feitiço foi pena priminha, então você me conhece bem menos do que eu pensava. Agora me dê ele logo!
- Ele não está aqui. – respondeu Sarah. – Mas tarde eu te entrego!
- Eu não vou esperar Sarah. É bom que ele esteja nas minhas mãos ainda hoje, por que senão, eu posso até me ferrar, mas serão vocês que terão sérios problemas em explicar isso para o clã. –Dito isso, Sirius encarou novamente as duas e se retirou.
Como havia dito Dumbledore, um desfecho era necessário para situação do feitiço.
Como ninguém resolveu se apresentar em sua sala como responsável pelo acontecido, o diretor não teve outra saída senão punir toda a turma da Sonserina alegando não ter havido por parte da classe suficiente empenho e envolvimento com o sofrimento dos colegas. Coisa que não pode ser refutada já que McGonagall testemunhou o total descaso desses e Lucius e Walden foram flagrados por Prof. Abner batendo papo e rindo quando deveriam estar a caminho da enfermaria para buscar ajuda. A situação foi encerrada com detenções e proibição de todos os eventos extra curriculares, sendo o caso abafado, para raiva de Tiago, com a explicação de que os sintomas apresentados pelos alunos da Lufa-lufa eram conseqüência de uma erva com a qual tiveram contato em uma aula de Herbologia.
Professora McGonagall repetiu o teste na aula seguinte e os sonserinos muito o contra-gosto tiveram que fazer duplas com os Lufa-lufa sem reclamar. Sirius fez dupla com Remus, mas tirando alguma possível dúvida durante a avaliação, Lupin não deu sequer uma chance para Black tentar iniciar um diálogo.
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