Amor "Cup Noodles"

Amor "Cup Noodles"



(N/A: Depois de 25 dias posto mais um capitulo... o espírito de Natal me ajudou, ne? Engraçado, mas nem teve Natal nessa fic ainda.. ;-)
Bem, aí vai mais um capítulo, e eu espero que gostem! Para entender o titulo do capítulo, é necessário lê-lo até o final. Acho que esse titulo é a coisa mais ousada da fic(tirando o fato de a Molly não ter sobrenome, já que no livro só usam o de casada! Hihihi), pois admito que fiz uma comparação bem... diferente. Mas gostei. Pensei até em apagar, mas não resisti a deixar assim, inclusive dar destaque colocando no titulo...
Bem, vocês verão!)

Violet ficou observando Molly por um tempo. Ao entrar com ela na sala, não tinha certeza se conseguiria faze-la perceber o que queria que ela percebesse. Mas pelo modo com que a garota olhava, compenetrada, para o espelho, parece que ela havia conseguido. Depois de uns bons vinte minutos apenas olhando para Molly, que aparentemente havia esquecido de sua presença, talvez até de sua existência, Violet decidiu sair da sala e deixar Molly absorta em seus pensamentos.
“O que quer que ela esteja pensando, deve ser muito bom. Ou importante.”, pensou Vi “ou... ai meu Merlim! O que eu fiz?? Eu criei um monstro! Será que ela vai sair daí algum dia?” o desespero começava a tomar conta de Vi, quando a razão voltou ao controle “Ah, é CLARO que ela vai sair dali. Quero dizer, uma pessoa tem necessidades fisiológicas, certo? Ah, o que estou pensando? É CLARO que está certo! Como eu sou boba!”
Violet era a pessoa mais lógica e racional que alguém pode vir a conhecer. Era como uma “mulher da ciência”. O único “porém” era o fato de ela ser bruxa, o que nos mostra como a vida pode ser engraçada. Uma menina extremamente lógica, é uma bruxa! Se não o fosse, jamais acreditaria na existência do mundo bruxo. Mesmo sendo tão racional, era de certa forma “obrigada” a acreditar na magia e em seu mundo, uma vez que fazia parte dele.
Bem, não se pode ter tudo. Uma menina nascida bruxa não pode querer ser totalmente lógica.
E falando em vontades frustradas... mesmo um bruxo pode sofrer do “não se pode ter tudo”. Mas a diferença é que, se ele tiver muita força de vontade, talvez possa driblar essa aparente impossibilidade. Um triangulo amoroso, por exemplo... se um “participante” deste deixar de lado o conformismo do “não se pode ter tudo”, será capaz, talvez, de dissolver esse triangulo. Afinal, o ditado não é “não se pode querer tudo.” E entre querer e ter, muitas vezes, só há o tamanho da vontade e da importância. Quanto maior for sua vontade e a importância da sua meta para você, menor será a distancia entre querer e ter. Esse era o caso de alguém que já conhecemos muito bem...
Tiago Potter andava, determinado, pelos corredores de Hogwarts a procura de um amigo. Eles não eram muito próximos, mas ainda sim eram bons amigos. Os outros marotos também gostavam muito dele, e apreciavam sua companhia e conversa. Tiago queria agradecer o tempo que Molly passou com ele, tudo o que ela fez para que ele se sentisse melhor. Assim, queria apresentá-la a alguém que ele gostasse e que fosse de sua confiança só para tentar fazer com que o brilho dos seus olhos voltasse. Mal ele sabia que esse brilho voltaria, e ficaria por ali permanentemente...
Em outras palavras, Tiago queria dar uma de cupido, já que Molly havia, de fato, perdido um namorado.
Depois de andar por um tempo, o menino encontrou quem procurava: Arthur Weasley estava sentado embaixo de uma árvore no jardim da escola, com ar despreocupado, lendo um livro.
— Tiago, há quanto tempo não conversamos! — disse Arthur, contente, sem nem saber de tudo o que vinha pela frente —O que me conta de novo?
— Arthur, estava te procurando. Olha, tenho uma longa história, e queria saber se tem tempo agora, pois diferentemente do que normalmente fazem ao dizer que a história é longa, terei que contá-la...
— Adoro longas histórias! Sou todo ouvidos.
Então, Tiago contou a ele toda a história, desde a parte em que bebeu cervejas amanteigadas demais, até a decisão que tomara sobre Lílian depois da conversa com Molly.
— Nossa, realmente, é uma looonga história... mas muito interessante! Quer dizer que você quer reconquistar a Evans?
Tiago confirmou com a cabeça.
— Certo... fico feliz por estar me contando isso, afinal, não contaria a qualquer um, então é uma prova de que somos amigos, mas... existe algum motivo especial para estar me expondo essa situação? — questionou Arthur, sem entender.
— Bem... nem sei como dizer isso, mas... a Molly, ela... ela é uma menina muito legal, sabe? Acho que ela não merecia ficar sozinha. E você, bem... acho que os dois combinam, sabe? E... eu... eh...
— Você quer que eu a conheça?
— Isso!
— Cara... você não sabe o quanto estou feliz em ouvir isso!
Agora era Tiago quem não entendia nada, ao que o amigo o explicou:
— Eu sempre tive, assim... uma quedinha por ela. Mas quando soube que vocês estavam namorando, meio que tentei esquecer...
— SÉRIO?! — Tiago mal podia acreditar
— Sério!
Potter sorriu:
— Acho que meus serviços de cupido não são mais necessários... —Disse, enquanto se afastava.



Molly saia da sala onde se encontrava o espelho de Ojesed. Ao olhar para o céu, se deu conta de quanto tempo passou lá dentro. Muitos pensamentos passavam pela sua cabeça, porém, contraditoriamente, ela nunca teve tanta certeza do que queria para sua vida. Estava feliz consigo mesma, porque agora, mais do que nunca, sabia que havia tomado a decisão certa ao terminar tudo com Tiago. Agora, cada passo parecia ser um passo a menos para sua felicidade, pois sabia que tomava o caminho certo: estava despreocupada, apenas esperando que o destino agisse e fizesse sua mágica.
Ou o destino, ou, como já vimos, Tiago Potter.
Sentia câimbra nas pernas de tanto ficar sentada, e estava um pouco tonta. Assim que abriu a porta, sentiu um pouco de dor no olho por causa da diferença de luz entre os dois ambientes. A sala era escura, e do lado de fora, o sol se punha, portanto estava mais baixo, bem na altura dos olhos de Molly. Por isso, ao sair da sala, tampou os olhos e virou bruscamente de modo que fitasse apenas a parede, porém nesse movimento acabou esbarrando com alguém.
Esse alguém, ao ver que a menina tampava os olhos, preocupou-se.
— Ai meu Merlim, machuquei seus olhos? Ah, peço mil desculpas! Por Merlim, desculpe! Quero dizer, vocÊ podeira ficar cega... ei, o que estou dizendo?! Você deve ter ficado cega! Oh, céus! Oh, não! O que foi que eu fiz??? Eu sou um mosntro!! Alguém me ajude! Quero dizer, alguém nos ajude! Alguém! Acudam! — ao ver que o corredor estava completamente vazio, o garoto entrou em pânico— Oh, não! O que vamos fazer agora? Ah, já sei! Venha, eu te levo até a área hospitalar, eu vou te levar...
—Ei! Espere! — Molly tentou interromper
— Sim senhora, nem adianta dizer nada, porque eu sou uma pessoa muito...
—PÁRA!!! — gritou a menina, fazendo com que o garoto largasse seu braço com o susto.
— Ai, meu Merlim, você tem razão! Como posso ser tão insolente a ponto de te tocar depois disso? Me desculpe! Eu só...
— CALMA!! Ei, está tudo bem, vê? — explicou a menina, destapando os olhos para mostrar que eles estavam “inteiros” —Eu posso enxergar! Apenas tapei a mão por causa do sol!
—Ah, claro! Como fui bobo! Me desculpe!
— Tudo bem!
Como a gritaria parou, Arthur Weasley percebeu que sua “vítima” era a menina que estava procurando... nem sabia como ia falar com ela, pelo menos agora já havia começado a falar.
E quanto a Molly, ela se deteve ao olhar do garoto. Olhou-o bem profundamente. E ela sabia que olhar era aquele.

O que aconteceu ali foi amor a primeira vista. “Mas como pode ser a primeira vista” vocês devem estar se perguntando “se eles já se conheciam?”. A resposta é simples. Aqui, “vista” não quer dizer o simples ato de olhar. Não é olhar como se olha uma árvore, um pássaro, um livro, um quadro. Essa “vista” se refere a olhar que Molly conheceu ao mirar o espelho de Ojesed.
Há, basicamente, três jeitos de se apaixonar. Um é quando duas pessoas se conhecem, passam um tempo juntas, avaliando suas personalidades. Então, elas percebem que querem ter essa “personalidade” para si, por toda a vida.
O segundo jeito é o amor a primeira vista “clássico”, em que poucos acreditam. O que ocorre é que um casal se apaixona instantaneamente, no momento em que trocam o primeiro olhar. Não é instantaneamente do tipo “Cup Noodles”, mas sim como uma verdadeira mágica.
O terceiro jeito é desconhecido por muitos, por ser similar ao dito anteriormente. Neste, o casal também se apaixona instantaneamente, mas não necessariamente quando trocam o primeiro olhar. E esse olhar, como já foi dito, não é um olhar normal. É algo especial, forte e que se destaca. Nem sempre é o primeiro olhar, pois o casal tem que estar suficientemente amadurecido e conhecer seus sentimentos. E este, diferentemente do amor á primeira vista tradicional, não representa uma mágica. Pelo contrário, ele é do tipo Cup noodles: é fato.

(N/A: extras! Nomes do capítulo que pensei antes de ter a idéia do Cup Noodles... hihi
1- romance coadjuvante[pois a Molly e o Arthur não são o shipper principal, o shipper deles nem existe!]
2- "querer" e "ter"
3- o cupido
4- amor à primeira vista)

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