Baile de Máscaras



Capítulo VIII: Baile de Máscaras.

O tempo começou a ficar cada vez mais frio, e dava sinais de que o inverno seria muito rigoroso naquele ano. A chuva havia parado, finalmente, e às vezes o sol aparecia no céu, exclusivamente como enfeite, pois não esquentava, apenas clareava o dia.

As coisas no colégio estavam agitadas, faltava apenas uma semana para a chegada de Frienshire, seria muito bom conhecer outras escolas, principalmente de alunos que falavam a mesma língua deles. Não havia uma só pessoa em todo o lugar que não quisesse que o dia do Baile chegasse logo.

Gina estava sentada em uma cadeira que rodeava uma das mesas do Salão Comunal. Naquela noite teria um dos treinos de quadribol do time, que, com muito esforço, estava conseguindo resultados até que satisfatórios. Talvez eles até conseguissem ganhar a taça. Gina, entretanto, estava pensando no Baile. Será que poderia assim, tão rápido, conhecer alguém interessante e se apaixonar? Achava que não. Em todo caso, conheceria o máximo de pessoas possíveis, seria divertido.

_Gina, os meninos estão te chamando para o treino. –Mione avisou, sentando-se em uma cadeira próxima.

_Obrigada. Sabe, Mione, eu acho que ando meio desanimada para treinar.

_Eu já percebi, Gin. O que está acontecendo?

_E eu lá vou saber?! É difícil, às vezes, para mim. Eu fico pensando em como tudo vai ser daqui a alguns meses, se eu não encontra-lo, entende?

_Lógico que eu entendo, mas não se deixe abalar. Afinal, quem você procura pode estar em Frienshire, não pode? Quem sabe ele não esteja aqui?!

_Eu sei, eu sei. Fico repetindo isso para mim mesma durante tanto tempo que até parece que é real. Mas não é. Eu não posso simplesmente sair atacando todo mundo, beijando cada menino dessa escola.

_Quem sabe seu grande amor não seja Crabbe ou Goyle?

_Por Merlim, Mione, não diga uma bobagem dessas.

_São as únicas pessoas em quem consigo pensar que não poderiam de forma alguma amar alguém.

_Você se esquece do mestre dessas duas antas.

_Malfoy?

_Claro. Você consegue imagina-lo tendo algum tipo de relacionamento com alguém?

_Não.

_Pois é, também penso assim. –Gina ficou pensando. Seria possível que, em algum momento, Malfoy se revelasse um ser com coração?

_Você não está pensando que Malfoy é seu amor, está?

_Claro que não, longe de mim, Mione. –Gina fez uma cara de pura incredulidade.

_Nossa, que alívio, já estava pensando…

_Não pense nada. Eu vou treinar antes que alguém me mate por antecipação.

_É melhor mesmo.

_Você não vem?

_Acho melhor não ir.

_Por que? –indagou Gina, curiosa, enquanto pegava sua vassoura no chão.

_Você sabe, o Rony. Ele sempre acaba sendo grosso comigo. –respondeu Mione, chorosa.

_Não se preocupe, ele sempre foi assim. Mas sabe, ele te ama muito.

_É, eu sei.

_Bom, vou treinar. Tchau.

_Tchau. Boa sorte.

Gina caminhou lentamente até sair do Salão Comunal, que estava lotado de estudantes fazendo seus deveres. A garota ficava aliviada quando pensava que aquele ano estava acabando e que dentro de poucos dias haveria as férias de natal. A maioria dos alunos mais novos, que não poderiam participar do Baile, partiriam para suas casas dia 22 de dezembro, e só voltariam 31 de dezembro. Tinham também os alunos mais velhos, com pais extremamente conservadores que faziam questão da presença de seus filhos na festa mais esperada do ano –Natal.

Ao descer os degraus, Gina sentia o peso do cansaço em suas pernas, que tremiam ligeiramente, pedindo por um pouco de cama à mais, e nada de esforços físicos. Mas não poderia simplesmente faltar aos treinos, era muito importante para o time, sem exceções.

_Nossa, até que enfim. –Rony manifestou-se assim que Gina pôs o primeiro pé no gramado baixo do campo de quadribol.

_Me desculpe, eu fiquei conversando com a Mione. Mas aqui estou, vamos começar logo?

_Lógico.

Todos tomaram suas posições e começaram a treinar, por muito tempo.

Treinavam de todas as formas possíveis. Trocando suas posições para que cada posição fizesse seu treino individual. Depois juntaram-se todos, e treinaram. No fim da noite todos estavam exaustos, nunca treinaram daquela maneira. Aliviados, eles ouviram Rony comunicar que poderiam ir para os vestiários.

_Acho melhor que esse seja o último treino, afinal, todos os outros times pararam de treinar no começo da semana enquanto nós treinamos todos os dias.

_Graças a Merlim. –manifestou-se Joss. Ela era do quarto ano e tinha um porte altivo, talvez chegasse a ser tão alta quanto Harry, que deveria ter no máximo 1.75m. Seus olhos eram negros, assim como seus cabelos curtos e lisos, sua pele era alva e lisa, como pele de bebê. Ela era muito bonita, se analisada separadamente, pois seu corpo era grande demais para os traços muito finos e pequenos.

_Gostaria de comunicar, apenas, que nosso primeiro jogo vai ser dia 14 de janeiro, contra a Sonserina. Então, todo esse esforço vai valer a pena quando derrotarmos aqueles idiotas.

_Que ótimo que todo esse esforço vai valer para alguma coisa. –Gina disse, meio emburrada.

_Se ninguém tiver mais nada para falar podemos voltar ao Salão Comunal.

Todos começaram a se retirar. Gina, agradecia, deu passos largos até o começo das escadas, mas parou assim que seu nome foi chamado por um dos jogadores.

_Gina, será que eu poderia falar com você? –chamou Zacharias Tomohei, um dos batedores do time.

_Claro. –Gina voltou um pouco, ficando de frente para o garoto.

_É que eu queria saber sua opinião sobre o meu desempenho. –ele falou, meio constrangido.

_Ah, Zack, você está indo muito bem, o time só precisa de mais treino para se entrosar melhor. –Gina expôs, não querendo desanimar o garoto. Mas não estava mentindo, o amigo estava se saindo realmente muito bem.

_Acho que esse é um dos problemas, eu não consigo me entrosar com o Gary Safery, na realidade, a gente não se dá muito bem.

_Hum, quanto à isso não posso fazer nada, mas não desanime, daqui a pouco serei sua parceira.

_Desculpe por falar isso para você, mas é que você é uma ótima batedora. –explicou-se o garoto.

_Não se preocupe Zack, não tem importância. Qualquer coisa é só falar. –Gina mostrou seus grandes dentes brancos e alinhados ao garoto.

Zacharias sorriu de volta, revelando seus também dentes brancos. Ele era um garoto alto, de porte atlético, olhos verdes e cabelos cor de avelã. Tinha um nariz perfeitamente reto e empinado e bochechas sempre vermelhas, mesmo sendo aloirado, tinha uma pele bronzeada, que destacava com seus olhos muito claros. Ele era o grande garanhão do quinto ano, todas as garotas ficavam em cima dele, mas ele não ficava com nenhuma, pelo que os outros diziam.

_Você poderia fazer uma coisa por mim? –perguntou ele, meio nervoso.

_Se estiver dentro do meu alcance. –Gina respondeu, apreensiva. Não sabia que tipo de coisas ele poderia pedir à ela.

_É que, como eu disse, te acho uma ótima batedora, tão boa quanto os gêmeos, e eu gostaria de saber se você não poderia treinar comigo umas duas ou três vezes para me ensinar melhor… a bater… na goles.

_Eu… -Gina pensou um pouco. Mesmo aquele pedido sendo realmente a coisa mais estranha que ouvira nos últimos tempos, seria bom treinar com seu futuro parceiro. Estava com quase todos os dias da semana preenchidos, mas como sairia de férias poderia combinar para depois do Natal, alguns treinos à mais não faria mal. –Claro.

_Sério? –ele parecia meio incrédulo.

_Sério.

_Ah, muito obrigado, vou adorar treinar com você.

_Depois do Natal está bem para você?

_Está maravilhoso. Não sei nem como agradecer.

_É só se esforçar nos treinos e ficarei muito feliz.

_Pode deixar.

Gina saiu novamente, subiu as escadas e começou a atravessar a extensão do campo. Antes que pudesse chegar até a metade do caminho, sentiu uma mão pressionar seu ombro direito.

_Desculpe se te assustei. –desculpou-se o garoto ao ver a cara meio surpresa de Gina.

_Tudo bem, Zack. O que foi?

_Eu só queria saber… hum… é que… como você va-vai… ao baile? –ele perguntou, engolindo em seco.

_É surpresa.

_Ah… Em todo caso, eu vou de Merlim, se quiser me procurar.

_Pode deixar, eu te procuro.

_Obrigado. Posso subir com você? –ele perguntou, fazendo uma cara irresistível.

_Pode sim.

Gina e Zack caminharam lentamente, enquanto conversavam sobre as inúmeras tarefas que teriam que entregar antes das férias. Como eles pertenciam ao mesmo ano, debatiam bravamente que Snape estava passando dos limites. Enfim, quando entraram no Salão se separaram para tomarem banho.

_Hum, andando com o Zack por aí? –perguntou Mel, com um sorriso maroto nos lábios rosados.

Gina deu uma risadinha, as garotas de seu ano morreriam se a visse andando com o garoto.

_Quem pode, pode, não é?

_Deixa de ser metida, Gina. Nossa, ele está mais lindo do que nunca.

_Concordo.

_E você andando com ele, hum, me diz, sobre o que falavam?

_Ah, agora não. Preciso tomar um banho, estou toda suada.

_Por favor, me conta?

_Vou treinar com ele, e estávamos conversando sobre as lições. Satisfeita?

_Treinar com ele? Uahuhua. Ele poderia ser seu verdadeiro amor, não poderia? Vocês formam um lindo casal.

_Sabe de uma coisa? Estou cansada de vocês todos falando em verdadeiro amor o tempo todo. Vocês falam como se fosse assim, tão fácil, até parece que qualquer pessoa serve. Eu não vou ficar usando todos os garotos, beija-los e simplesmente virar e dizer: Me desculpe, só queria saber se você era o meu verdadeiro amor, mas como não é, vou procurar outro idiota para beijar.

_Ai, Gin, quanto stress, nós estamos querendo ajudar.

_Eu sei, mas dá um tempo, okay? É sufocante perceber que todos querem viver sua vida só para achar quem vai me libertar dessa droga de maldição.

_Principalmente o Harry, não é?

_Por que esta falando isso? Por favor não comece com ataque de ciúmes.

_Não vou começar. É só que, eu sei que vocês dois ficaram juntos.

_Como você sabe?

_Eu… sei. –Mel falou, dando de ombros, não tinha como explicar, ela simplesmente sabia.

_O Harry não me sufoca, por incrível que pareça. Ele foi tão nobre.

_Nobre?

_Sim. Ele gosta de mim, eu sei que gosta. Harry não me beijou só para bancar um de herói e ver se podia quebrar a maldição. Ele, lógico, tinha esperanças de que isso acontecesse, mas ele me beijou porque gosta de mim. E mesmo assim, ele desistiu de mim, para que eu pudesse encontrar a pessoa certa. E eu espero que ele fique com você, de coração.

_Sério?

_Sério.

_Mas, Gina… você não gosta dele também?

_Eu gosto, mas já gostei muito mais. Talvez daqui a algum tempo eu o esqueça e o ame como à um irmão. E além do mais, se eu e Harry ficássemos juntos, seria um grande tédio. Nós nos damos bem demais, seria um amor muito pacato, no mínimo.

_Isso é verdade.

_Pois bem, todas as perguntas respondidas? Posso ir tomar banho agora?

_Pode.

Gina dirigiu-se ao banheiro e tomou um banho muito revigorante. Depois de se vestir e estar mais relaxada, sentou-se com seus amigos e começou a colocar seus deveres em dia. Aquela seria uma longa semana.







A neve já havia coberto toda a extensão do castelo. Havia neve por todo o gramado e era impossível não querer brincar e rolar nela. Depois de se agasalharem muito bem, Gina, Harry, Mione, Rony e Mel dirigiram-se para o lado de fora do castelo. Eles pretendiam fazer uma grande guerra de neve, quem sabe dessa forma seria mais fácil esquecer que naquela tarde chegaria a tal escola, Frienshire.

Eles se separaram em dois times, o das garotas e o dos garotos. Afastaram-se para começar a guerrinha, mas foram interrompidos por uma voz muito familiar.

_Olá gente, será que posso brincar com vocês? –Neville perguntou, querendo achar alguém para lhe fazer companhia.

_Claro. Entre no time dos meninos. –Gina havia se esquecido de chamar o amigo, assim como o resto da turma também esquecera.

_Agora sim. Um, dois, três e já!

Eles começaram a guerra, bolas de neve de todos os tamanhos voavam de um lado para o outro, enquanto Gina e Harry construíam um forte para se abrigaram das bolas voadoras.

_Rony, não vale enfeitiçar a bola para me atacar. –reclamou Mel, enquanto fugia da bola perseguidora.

_É só brincadeirinha, já vou tirar. –Rony fez um aceno com a varinha, mas ao invés da bola parar de atacar Mel, ela começou a dar pancadas na garota.

_Deixa que eu desfaço isso. –Mione moveu sua varinha e em questão de segundos a bola de neve se desfez no chão.

_Obrigada Mione, isso dói. –Mel esfregava a cabeça, pois a bolinha havia batido várias vezes ali.

E eles continuaram com a brincadeira por longas horas, se escondendo, enfeitiçando a munição, derrubando o abrigo dos adversários, pareciam crianças encantadas, vendo pela primeira vez a neve.

_Ah, chega, não agüento mais. –Gina jogou-se no chão gelado.

_Também não.

Um a um todos se jogaram na grama, coberta pela neve. Depois de um longo tempo, quando o frio começou a ultrapassar a barreira das roupas quentes, eles decidiram entrar e tomar um banho quente para esperar a chegada dos estrangeiros.



O dia estava tedioso, ele não via nenhuma graça em ficar esperando por alunos estrangeiros. Talvez fosse a única pessoa naquele castelo que não estivesse nem um pouco empolgado com o Baile. Onde já se viu? Não queria ser ninguém, queria apenas ser Draco Malfoy, mas como já haviam lhe falado, sendo monitor ele deveria ir fantasiado, pois se não fosse, poderia enfrentar problemas depois.

Ele caminhava tranqüilamente pelos corredores, ele odiava a neve. Tinha péssimas lembranças do Natal, ainda que ganhasse uma grande quantidade de presentes, em sua casa não havia o clima amigável das famílias comuns, era tudo… frio. Sem abraços, sem beijos, sem palavras aconchegantes, apenas o inevitável frio dos Malfoy.

Chegou à um dos corredores com janelas, elas estavam muito embaçadas, então Draco esfregou uma delas com a mão fechada. Ao olhar para os jardins, brancos, pode ver os seus inimigos. O trio maravilha, acompanhado do parvalhão, da Weasley e da amiga dela, brincavam como se fossem crianças pequenas. Ele nunca fizera isso, brincar com a neve. Algo ruim surgiu em sua cabeça: ele não tinha amigos para brincar na neve, ele nunca teve amigos. Era uma das sensações mais assustadoras que já havia experimentado. Todos tinham amigos, ele tinha servos. Talvez ele fosse o próximo Lord das Trevas, sem amigos, apenas servos.

Draco balançou a cabeça tentando afastar aqueles sentimentos medíocres de sua cabeça. Ele não queria ter amigos, ainda que não soubesse como era ter um, e nunca seria um Lord das Trevas. Sua única ambição na vida era continuar sendo rico, vivendo em uma mansão, solitário, dando ordens e usufruindo das milhares de coisas que apenas o dinheiro podia comprar. Não queria casar, muito menos ter filhos. Não se imaginava tendo que agradar um pirralho de nariz escorrendo. Queria viver só, até que morresse.

Malfoy caminhou devagar de volta para o Salão Comunal da Sonserina, tinha que se arrumar para receber os queridos visitantes...



Seis horas da tarde. Todos estavam aglomerados no jardim, esperando Frienshire chegar. Ninguém sabia qual seria o meio de transporte que viriam. Com os corações batendo rapidamente, eles sentiram um ar gelado, cheio de neve, bater em seus rostos. O vento persistiu por mais algum tempo, e sem que ninguém soubesse como, nem em que momento aquilo acontecera, um veículo, parecido com um ônibus, estava parado perto de onde se encontravam os alunos mais velhos de Hogwarts.

Não demorou muito e uma porta começou a se abrir, dando passagem à um homem muito altivo. Ele tinha uma barba bem aparada, nariz pontudo e sobrancelhas cerradas. Ele era muito moreno e tinha olhos negros, seus cabelos já deviam ter sido mais brilhantes, mas agora exibiam grandes mechas cinzas.

_Joshua. –Dumbledore deu um abraço caloroso no suposto amigo.

_Dumbledore, que prazer. À muito não vinha em Hogwarts, que está linda, por sinal.

_Ah, muito obrigado. Fico feliz que você tenha gostado. –Dumbledore virou para encarar os alunos ansiosos. –Queridos alunos, quero lhes apresentar Joshua Funnyman. Ele é o diretor da escola de magia e bruxaria de Frienshire.

_Muito prazer em conhecê-los. Deixe-me apresentar meus pupilos. Crianças, venham aqui. –o homem chamou, com uma voz doce.

Uma grande quantidade de alunos saíram do transporte não identificado, ele parecia mais um vagão de trem. Não havia maneira de explicar, á não ser por magia, como cabiam tantos alunos em um lugar tão pequeno. Os alunos estavam com a pele bronzeada, dando a suspeita de que a escola ficava perto da praia. Eles pareciam muito amigáveis, mas estavam também constrangidos. Mesmo assim, soltaram um tímido “Oi” para os alunos de Hogwarts.

_Creio que a viagem foi bem longa e vocês devem estar morrendo de fome, então podem seguir os nossos alunos e se acomodarem nas mesas de nossas casas.
Uma multidão caminhou lentamente, atravessando a Grande porta de carvalho, e entrando no Salão Principal. Os alunos de Frienshire se dividiram em várias mesas, não escolhendo nenhuma em especial.

Cerca de 10 alunos estrangeiros sentaram-se perto de Gina, Mel e o trio. Eles conversavam alegremente, dizendo que acharam lindo o castelo. Dava para notar também o sotaque muito carregado deles, o sotaque Australiano.

_Escuta Srta., porque vocês usam uniformes com cores e símbolos diferentes? –perguntou um rapaz risonho para Gina. As meninas usavam uniforme amarelo pastel, e os meninos azul bebê. Eles pareciam estar com muito frio, já que seus uniformes eram bem leves, de um tecido solto e aconchegante.

_É que aqui nós somos separados em casas, de acordo com nossas características, e cada casa tem sua cor e seu próprio brasão.

_Que interessante. E que casas são? Essa daqui é qual? –quem perguntou foi uma menina baixinha e de formas arredondadas.

_Essa é a Grifinória, para os corajosos. Ali é a Sonserina, para os ambiciosos, Corvinal, para os inteligentes, Lufa-lufa, para os companheiros. –Mione disparou a falar. Ela explicou tudo que sabia sobre Hogwarts aos alunos de Frienshire, que ouviram atentamente tudo que a garota falou. Depois chegou a vez deles de falarem. Frienshire ficava perto de uma praia deserta, enfeitiçada, ninguém podia se aproximar. Eles eram separados apenas entre meninos e meninas. Durante todo o tempo eles ficavam juntos.

A comida só apareceu na mesa depois de um discurso bonito de boas-vindas feito por Dumbledore. O barulho de todos falando era tanto, que parecia que o ouvido de todos ia estourar.

Naquela noite, os alunos de Frienshire voltaram para o vagão, garantindo que tinham espaço suficiente para dormir tranqüilamente, e não iriam passar frio. Já os alunos de Hogwarts voltaram para seus dormitórios, muito agitados. No dia seguinte haveria o tão esperado baile...




A neve caia em flocos pequenos no chão, ao amanhecer do dia. O frio estava apertando cada vez mais, e o clima de Natal era claro. No dia seguinte seria servido um almoço especial de Natal, com a costumeira fartura de Hogwarts.

Gina espreguiçou-se na cama manhosamente. Ela se enrolou na coberta e fechou os olhos novamente, aquele frio gostoso dava vontade de ficar na cama o dia inteiro. Mas não podia ficar, afinal, precisava aprontar muitas coisas durante o dia, tinha um baile importante para ir.

Ela se levantou silenciosamente, não querendo despertar as outras meninas que continuavam a dormir. Gina olhou no relógio e surpreendeu-se ao vê-lo marcando 11 horas. Rapidamente vestiu-se e foi tomar seu café.

O Salão Principal estava cheio de gente, todos tomavam seus cafés sossegados.

_Bom dia. –Gina cumprimentou Mione, a única que estava à mesa.

_Bom dia, Gi.

_Está todo mundo acordando tarde hoje, não? –Gina falou, enquanto se servia de suco de abóbora e pegava um pedaço de bolo.

_É. Ninguém conseguiu dormir cedo ontem, está todo mundo muito agitado.

_Você também?

_Claro.

_Me conta, Mione, de quem você vai?

_Ah… é segredo para todo mundo, mas vou contar para você. Minha fantasia é de Sharlot Bideway, a maior bruxa de todos os tempos.

_E a mais inteligente, também. –Gina deu uma risadinha, não lhe admirava que Hermione havia escolhido essa personagem da história, a bruxa havia descoberto tantas coisas que não era possível nem enumera-las.

_E você?

_Eu?

_É. Você. –Mione olhou para a amiga, esperando uma resposta.

_Não conta para ninguém. Ok? –Mione balançou a cabeça, concordando. –Eu vou de Mirian, a Princesa de Grinfoord.

_Nossa, você vai arrasar. Onde você comprou a fantasia?

_Mirian é uma parente muito distante minha, e mamãe tem a roupa que ela usou quando assumiu o trono. A máscara mamãe mesma que fez e enfeitiçou, espero que dê certo.

_Sua mãe sabe o que faz, vai dar tudo certo.

_Espero mesmo. A única coisa que está me preocupando é que aquelas meninas fazem tanta bagunça que não posso nem me arrumar direito. E ainda por cima vou ter que transfigurar meu cabelo, para ficar igual ao de Mirian.

_Se quiser eu te ajudo.

_Eu aceito. Você é muito melhor nisso do que eu.

_Acabei de ter uma idéia. Por que você não vem comigo e se arruma no banheiro dos monitores, eu já o reservei. Se quiser chame a Mel também.

_Adorei a idéia, e vou aceitar mais uma vez. Um pouco de tranqüilidade não faz mal à ninguém.

_Concordo.

Gina começou a comer de seu bolo, acompanhada de Mione, que fez o mesmo.



Gina recolheu seu vestido, maquiagem, máscara, sapatos e tudo que lhe era essencial para se aprontar e seguiu em direção do banheiro dos monitores. Mel seguia ao seu lado, levando o dobro de coisas que ela. Mione esperava na porta do banheiro e assim que chegaram sussurrou a senha e abriu passagem para que elas entrassem.

O banheiro era muito bonito, tinha muitas toalhas espalhadas, das cores das casas, uma banheira enorme, que cabia no mínimo umas 15 pessoas.

_Nossa, nunca tinha entrado aqui. –Mel manifestou-se, abobada.

_Precisamos ir rápido, só temos quatro horas para nos aprontar. Será que dá tempo? –Mione perguntou, preocupada.

_Dá tempo e sobra para a gente se arrumar mais umas 4 vezes.
Gina estava enganada. Após tomarem banho na banheira cheia de sais perfumados, elas começaram a se arrumar, o que se mostrou uma tarefa mais difícil do que imaginavam.

Mel colocava o vestido apertado, enquanto Gina e Mione, enroladas em uma toalha, faziam suas unhas. Depois de pintarem suas unhas, partiram para os vestidos. Gina colocou o seu, e para colocar todos os acessórios que vinham junto com ele demorou muito tempo.

_Estamos atrasadas. –Mione falou, olhando para o relógio do banheiro.

_Eu sei, mas não precisamos chegar lá 10 horas em ponto, vai com calma. –Gina dizia, enquanto passava um batom avermelhado.

_Eu sei, mas vocês estão demorando muito, eu já estou pronta e você ainda tem que fazer o cabelo. A Mel tem que fazer a maquiagem. Não sei quem eu ajudo primeiro.

_Já acabei a maquiagem, me ajuda com o cabelo. Você consegue deixa-lo desse jeito? –Gina mostrou uma foto de Mirian, quando assumia o trono.

_Fácil.

Mione ergueu a varinha e fez alguns feitiços de transfiguração, o cabelo de Gina ficara da mesma maneira do de Mirian, na foto.

_Estou pronta. –Mel manifestou-se, juntando-se às amigas.

_Que bom, então vamos colocar as máscaras? –Mione perguntou.

_Ainda não. –Gina falou, e as outras duas ficaram desanimadas. –Preciso esconder esse colar. –ela apontava para o colar de pérola negra que usava.

_Deixa-me ver. –Mione olhou por um longo tempo para Gina, e depois de alguns minutos sorriu satisfeita. –Já sei. Vamos mudar isso aqui de posição. –ela fez a mudança, que ficou muito boa.

_Obrigada, Mi.

_De nada, agora podemos colocar as máscaras?

_Claro.

As três erguerem suas máscaras cinzas, e as colocaram no rosto em sintonia.

Surpreendentemente a máscara aderiu ao rosto, e aos poucos as formas dos rostos de cada uma foram mudando, revelando traços de outras mulheres.

_Eu nunca tinha usado uma dessas. –Mione falou, com uma voz completamente diferente da sua.

_Nenhuma de nós usou. É tão estranho não ser mais a gente, não é? –Gina se manifestou. Sua voz estava mais suave, e saia quase como um sussurro.

_Nossa Gina, você vai fazer muito sucesso. Você está lindíssima.

_Obrigada. Vocês também estão. Você hein Mel, quem diria.

_Hahaha. Também vou arrasar, querida. –a voz de Mel estava completamente sedutora.

_Vamos?

_Claro.



Em outro lugar do castelo, um banheiro dos monitores também estava ocupado. O rapaz lá dentro sorria satisfeito. Estava lindo. Pena que teria que usar uma daquelas máscaras. Ele ficara sabendo, uma vez, que nos bailes de máscaras trouxa, as pessoas ficavam segurando máscaras na frente do rosto. Era patético. No final da noite a mão de qualquer um deveria estar em péssimas condições.

Um Baile de Máscaras no mundo bruxo queria dizer que a pessoa iria se passar por outra pessoa. As máscaras eram enfeitiçadas para aderirem ao rosto e mudarem seus traços para que ficasse parecido com quem quisesse. A máscara muda a voz e não permite que quem esteja usando-a diga seu verdadeiro nome.

Ele olhou mais uma vez no espelho e se admirou. Seus cabelos agora estavam em um tom de louro escuro, com um corte muito diferente, todo repicado. Usava uma espécie de túnica, muito bonita, azul. Sua fantasia? De Merlin!

Draco Malfoy saiu do banheiro e dirigiu-se para o Salão Principal, aonde já devia ter começado a festa.


As portas de carvalho estavam abertas, e uma grande quantidade de alunos estava parada, esperando do lado de fora. As três meninas entraram devagar, passando por um portal gigantesco, cheio de flores azuis.

Gina contemplou o Salão. A decoração estava linda, o teto abobadado exibia um céu cheio de estrelas e flocos de neve caiam sem parar. As paredes estavam cheias de quadros de bruxos famosos e uma grande quantidade das estátuas do castelo estava disposta em pontos estratégicos, dando um quê a mais na decoração. As mesas, para quatro pessoas, eram coloridas, todas com arranjos de flores azuis no centro. Ao longe, no canto do Salão, estavam duas árvores de Natal, reluzentes. Um foco de luz recaia sobre cada uma e fadas as rodeavam.

Gina continuava parada, assim como suas amigas, embaixo do portal. Ao olhar para o chão, ela viu que se estendia um longe tapete vermelho. Afinal, eles eram os bruxos mais famosos da história e estavam sendo recebidos com todas as honras.

Enquanto caminhava, Gina ainda viu o palco logo à frente. Uma banda tocava uma música calma e baixa. Iriam tocar ali as bandas mais famosas de todos os tempos, ou imitações delas.

_Está tudo tão maravilhoso. –Hermione falou, piscando os olhos rapidamente, tentando ver todos os detalhes.

_Mais bonito do que no Baile de Inverno. –Gina comentou, olhando para os lados.

_Se está mais bonito eu não sei, porque não vim, mas tenho certeza que é a decoração mais linda que já vi.

_Vamos sentar naquela mesa? –Mione apontou para uma mesa no canto esquerdo do Salão.

_Claro.

As três sentaram-se e começaram a conversar, analisando cada minúsculo detalhe que percebiam de diferente. Aos poucos as pessoas começaram a chegar, e era realmente impossível reconhecer alguém. Gina deu risada ao ver o grande número de Harry Potter’s que entrava, Dumbledores também não faltavam.

_Você sabe qual fantasia os meninos vão usar? –Mel perguntou, como quem não quer nada.

_Harry vai vir de Dumbledore, e Rony de Jone Maschistir, um grande jogador de quadribol. –Mione olhou para Gina, -O Merlin não para de olhar para você.
Gina olhou assustada para o mesmo ponto em que se encontrava um rapaz vestido de Merlin. Ela o olhou por alguns segundos e depois desviou o olhar, voltando sua atenção para suas amigas, fazendo charme.

_Vocês viram mais algum Merlin por aí? –Gina perguntou.

_Não, esse foi o único.

_Então sei quem é.

_Quem? –perguntaram Mel e Mione em uníssono.

_Não vou falar agora.

E elas voltaram a conversar. Gina olhava ás vezes para o garoto do outro lado do Salão, que não tirava os olhos dela.



Draco entrou no Salão muito bem decorado, era até difícil de acreditar que eles conseguiram deixar o ambiente daquele jeito, tão bonito. Havia muito pouca gente sentada nas mesas e a banda tocava uma música lenta demais para terem pessoas na pista de dança. Ele, então, decidiu sentar-se em uma mesa mais afastada, até encontrar alguém interessante o suficiente para jogar seu charme.

Ele olhava entediado para as portas, quando teve a visão mais linda de toda sua vida.

Havia três garotas, todas muito bonitas, mas uma se destacava, a que estava no meio das outras duas. A que estava na direita usava um vestido extremamente colado ao corpo, preto, seu rosto era mais maduro e os lábios carnudos e vermelhos acentuavam a sensualidade natural da mulher, os cabelos eram curtos e ondulados, na cor loira. Já a que estava na esquerda usava vestes à rigor, lilás, os cabelos negros presos em um coque frouxo, sua expressão era séria, mas os traços eram muito bonitos. Mas a que estava no meio era a visão da perfeição.

Ela usava um vestido todo rodado, adornado com muitas pedras de rubi. O vestido em si era de um rosa muito claro, quase branco. A parte de cima era bem colada ao corpo e era toda trabalhada, exibindo muitos rubis dispostos por toda sua extensão. Já a saia rodada era de um tecido leve, adornado apenas na barra com os rubis. Seus cabelos eram vermelhos como o fogo e desciam além da cintura, lisos na raiz e enrolados nas pontas. No topo da cabeça havia uma coroa, daquelas usadas pelas princesas, delicada. O rosto era delicado e angelical, algumas sardas corriam a extensão de suas bochechas e nariz. A boca vermelha e os olhos azuis como duas safiras completavam os traços perfeitos. E na roupa ainda tinha mais um charme, uma manta vermelha, muito usava pela família real, disposta de uma maneira diferente, tampando todo o seu colo, e estendendo-se por vários metros atrás dela. Ele simplesmente não conseguia parar de olhar, assim como a maioria dos outros rapazes que se encontravam no recinto.

E ele continuou olhando, até que uma das amigas de sua deusa percebeu que ele encarava a princesa. A garota, que devia ter uns 15 ou 16 anos, olhou para ele, mas logo voltou sua atenção para a conversa das amigas. Mas ele não parou de olhar, ficou olhando até ter uma oportunidade de se aproximar.




_Gina, eu vou procurar o Rony, quero que ele fique comigo. –Mione avisou.

_Tudo bem.

_Você se importa se eu for junto com a Mione?

_Não Mel, pode ir.

Gina sabia o porquê de Mel ter se vestido daquela forma, tão fatal. Ela esperava que Harry a notasse. Ela tinha certeza de que era quase impossível não notar Mel, a garota estava realmente linda. Ela mesma se sentia linda, naquele vestido, com o rosto de Mirian. Na realidade Gina era muito parecida com Mirian, tirando os olhos azuis, mas toda aquela produção, aquele vestido lindo e muito caro, tudo a fazia ficar mais bonita, talvez até uma garota feia ficaria bonita com toda a produção.

Gina levantou-se e foi pegar uma cerveja amanteigada. As bebidas estavam dispostas nos quatro cantos do Salão, e os cálices se enchiam assim que a bebida acabava, dando à todos muitas oportunidades de ficarem bêbados. Gina foi até as bebidas que ficavam perto do Merlin que ainda a encarava, estava na dúvida de falar com ele, e se não fosse o Zack?!

Gina pegou sua bebida e deu meia volta, ia seguir sem rumo, roda pelo Salão, ver se encontrava alguém interessante. Mas esse ato foi totalmente desfeito quando Merlin segurou seu braço.

_Oi, princesa. –ele disse em seu tom mais sedutor de voz.

_Olá, Merlin.

_Você não se importa se eu a chamar de princesa, não é? –ele perguntou, dando um sorriso maroto.

_Claro que não. Afinal, eu sou uma.

_Que bom. Muito prazer princesa… -ele ajoelhou-se e segurou a mão dela.

_Mirian. Princesa de Grinfoord.

_Muito prazer princesa Mirian de Grinfoord. –ele beijou a mão da garota. –a Princesa me concederia essa dança?

_Claro.

O rapaz pegou o copo da mão de Gina e colocou-o em sua mesa. Em seguida ele estendeu a mão e a garota colocou a sua por cima, sendo conduzida para a pista de dança, seu manto arrastava no chão, e várias vezes alguém quase tropeçou nele. A pista estava cheia, e a música era muito romântica.

Draco colocou as mãos na cintura da menina, a conduzindo perfeitamente pela pista, a rodando na hora certa. Ele era um exímio dançarino.

_Você dança muito bem. –Gina elogiou.

_Obrigado, você também dança muito bem.

_É preciso saber dançar, já que sou uma princesa, não?

_Não estava questionando isso, apenas estou elogiando. Não sei como consegue se mover com esse vestido. –ele disse, perto de seu ouvido, já que estavam colados.

_Eu também não. –ela deu risada ao mesmo tempo em que um calafrio percorria sua espinha.

Ele também deu uma risada, só que mais contida. A garota era perfeita. Era linda, ainda que não soubesse como era seu rosto, tinha certeza de que ela era linda, como não podia ser? Deveria ser muitíssimo rica para comprar uma roupa daquela, incluindo pedras de rubi e uma coroa. Sabia dançar, conversar, era bem humorada. Era perfeita para se passar à noite e depois… esquecer.

Eles dançaram por mais um longo tempo. A banda que tocava mudou e o ritmo de música também, passando para uma mais dançante. Merlin se mostrou um dançarino horrível de dance, e Mirian conseguiu mostrar todo o seu balanço, mesmo com toda aquela roupa pendurada para todo lado, o que mais lhe incomodava era o manto, mas não poderia tira-lo, pois ele estava escondendo seu colar.

_Eu desisto, não consigo dançar isso, isso não é música. –ele reclamou.

_Acho que você está ultrapassado, Merlin.

_Então vá procurar um parceiro melhor do que eu, depois conversamos.

_Okay.
Gina saiu da pista, ao mesmo tempo que Draco o fazia. Ela estava cansada e queria encontrar seus amigos e seu irmão, saber se estava tudo bem, depois voltaria para conversar mais com o rapaz. Ela tinha gostado dele, ele era educado e dançava muito bem música lenta. Ele era também sedutor e tinha um senso de humor muito refinado. Provavelmente ele era um aluno de Frienshire, pois não conhecia ninguém na escola com aquelas qualidades, muito menos com todo aquele charme.

Gina olhou para trás e viu que Merlin estava sentado novamente na cadeira que rodeava uma das mesas. Ele estava de cabeça baixa e bebia a bebida que Gina havia deixado lá. A garota olhou ao redor e avistou Mel e Dumbledore dançando. Na realidade era Harry fantasiado, e Gina ficou muito feliz ao ver que Mel tinha conseguido chamar a atenção do garoto. Harry dançava mal, mas era melhor do que o Merlin.

Gina decidiu passar sem ser notada pelos dois, para não atrapalhar, se estivesse acontecendo alguma coisa entre os dois seria melhor não chegar perto, já que Mel poderia culpa-la depois se ela fizesse o Harry se separar dela.

A garota mal deu dois passos e ouviu seu nome sendo chamado pela amiga:

_Ginaaaaa.

Ela virou e encarou Mel que abanava a mão para que ela se aproximasse. Gina segurou um pouco a barra do vestido e dirigiu-se até o local onde Mel e Harry dançavam.

_Estou sem palavras. –Harry declarou.

_Eu não te disse que ela estava maravilhosa? –Gina olhou incrédula para Mel, agora ela estava a elogiando para o Harry?

_Gina, você é a garota mais linda que já vi aqui.

_E a Mel é a mais sexy. –Gina falou, querendo que Mel se sobressaísse.

Harry olhou para Gina e sorriu, entendendo o recado. Não era para prestar a atenção nela e sim na amiga dela. Não precisava ser muito inteligente para sacar que Mel estava afim dele. Mas como os garotos são os seres mais lerdos da face da Terra e não percebem algo que está na cara deles, precisavam de uma ajuda feminina.

_Harry, você se importa se eu sair um pouquinho com a Gina?

_Não, mas volta logo, ta? –Harry sorriu irresistivelmente.

Mel e Gina se afastaram, indo para o canto de onde Gina viera.

_Você está louca? Me elogiando para o Harry? –Gina indagou, injuriada.

_Ah, eu queria saber se ele já estava aberto para outros relacionamentos ou se ele ainda estava preso em você.

_E…

_E… acho que ele está, não falou sobre você e pediu para que eu voltasse rápido. –Mel declarou, com um sorriso tão grande no rosto que dava até prazer em olhar.

_Ai que lindo… minha amiguinha apaixonada.

_Mas e você Gin, o que estava fazendo até agora?

_Dançando.

_Dançando? Com quem? –os olhos de Mel entraram em foco e miraram em Gina, esperando ansiosamente a resposta.

_Com o Merlin.

_Sério?

_Sério. O problema, na verdade, é que o Zack pediu para que eu o procurasse, ele disse que estaria fantasiado de Merlin, mas eu acho que não é ele… não sei o que faço… Você acha que devo perguntar?

_Acho que não… talvez ele fique bravo se você perguntar e ele não for o Zack. E de qualquer forma, ele não vai poder responder sua pergunta. A máscara não deixa.

_Tinha me esquecido disso.

_Que bom que você tem uma amiga como eu. –Mel sorriu, marota.

_Ah… metida, o pior que poderia ter aconteci…

_Esqueceu sua bebida, princesa. –uma voz falou perto de seu ouvido direito, Gina pôde sentir o calor da pessoa atrás dela.

_Obrigada. –ela agradeceu. Ao virar deparou-se com o “assunto”. Merlin segurava o copo estendido em sua direção para que ela o pegasse. E ela o fez.

_Hum, hum. –Mel pigarreou, querendo chamar a atenção. –Então, acho que vou voltar lá para a pista.

_Não precisa… -Gina tentou argumentar, mas Mel acenou com a mão.

_Você sabe que preciso voltar. Divirtam-se. –Mel saiu caminhando em passos largos, e logo já estava novamente em companhia de Harry.

Gina ainda demorou um pouco para se virar. Sabia que o rapaz estava ali, esperando alguma atitude dela, mas ela não sabia o que fazer. Pela primeira vez, depois de muito tempo, ela sentiu seu estômago revirar, e as borboletas voltaram a voar dentro dela. Ela virou-se lentamente, tentando disfarçar a onde de sentimentos que se apossavam dela.

_Hum… quer dançar? –ela perguntou sem assunto, arrependeu-se no instante em que ouviu a música que tocava. Era calma e romântica, e dava uma vontade imensa de dançar agarradinho com o parceiro, só com a sensação de estar junto de alguém.

_Estava esperando por isso. –ele disse, enquanto a guiava para o centro da pista. Antes que desse muitos passos, ela deixou o copo novamente em uma mesa qualquer, naquele momento ela não queria beber absolutamente nada.


Ele segurou sua cintura e olhou nos olhos dela, por mais que soubesse que aquele não era o rosto dela, ele sabia que eram suas expressões, o seu jeito de falar, de sorrir. Involuntariamente, ele sentiu seu estômago dar uma volta de 360° graus dentro dele. Seus pêlos do braço ergueram-se, ficando totalmente arrepiados, de um jeito que nunca havia acontecido antes. Como era possível sentir toda aquela atração por uma pessoa que conhecia não fazia uma hora? Era impossível. A única explicação era a de que ele estava obcecado pela garota, já que não conseguia ao menos tirar os olhos dela.

Ele a segurou mais firme, a puxando para mais perto, se isso fosse possível. Eles estavam tanto grudados que pareciam uma só pessoa. Draco dançava muito bem aquele estilo de dança, sabia dar o aconchego certo, sabia aonde colocar as mãos para que a parceira não se sentisse desconfortável. Ele podia ser um idiota, mas sabia muito bem se comportar como um verdadeiro cavalheiro quando queria. Às vezes até gostava de usar mais seu lado sedutor, deixar as garotas abobadas por ele. E dessa vez seria ainda mais divertido, pois a garota nem ao menos sabia quem ele era.

A princesa encostou seu rosto delicado e miúdo em seu ombro, e um calafrio lhe percorreu pela espinha. “O que diabos está acontecendo comigo? Acho que devo estar ficando louco!” ele pensava enquanto se movia lentamente, carregando praticamente sozinho o peso da garota.

Ele preferiu não ficar pensando nisso, então apoiou sua própria cabeça na dela e continuou dançando, deixando a música os levar.


Quando ele apoiou sua cabeça na dela, ela sentiu como se aquele fosse o lugar certo, com a pessoa certa, nada mais estava errado no mundo, ela não queria estar em outro lugar, queria estar apenas ali, os braços envoltos na cintura do rapaz, os ouvidos ouvindo a aceleração constante do coração de seu par. Ele também estava sentindo alguma coisa, o coração dele batia tão rápido, parecia que iria saltar pela boca a qualquer momento. Então ela se deu conta de que seu próprio coração estava batendo desesperadamente.

Gina então ergueu a cabeça e olhou ao redor através do ombro do rapaz. Mel dançava muito agarrada à Harry, eles pareciam estar prestes a se beijarem. Foi então que aconteceu. Harry a beijou tão suavemente como fizera com ela própria. Era errado sentir, ela sabia, mas não pode evitar a pontada no coração. Será que fizera bem em deixa-lo para encontrar alguém que poderia estar em qualquer parte do mundo? Era melhor não pensar nisso, senão chegaria à conclusão de que tinha feito uma das maiores burradas do mundo.

_Vamos para os jardins? –ela sussurrou no ouvido dele, querendo fugir daquela realidade obscura.

_O que você quiser.

Ele, então, segurou sua mão e a conduziu para fora do Salão Principal. Eles saíram para o jardim, precariamente iluminado, propositalmente. Hagrid havia aberto um caminho entre a neve, e a decoração também estava muito bonita. Em vários locais haviam estátuas, arranjos de flores, de todas as cores, ainda que prevalecessem as de cor azul, eram as mais excêntricas.

Eles seguiram pelo caminho de pedras brancas reluzentes, enquanto fadinhas brincavam em volta deles. Não falaram nada até chegar em uma fonte que nunca estivera ali. Ao redor da fonte estavam dispostos bancos de dois lugares, brancos.
Gina se sentou, mas o rapaz vestido de Merlin encostou-se na fonte e ali ficou.

_Eu queria saber quem é você. –Gina falou, meio sem graça.

_É mais divertido se não souber. –ele afirmou, sem olhar para ela.

_Por quê?

_Porque você não olha para a pessoa e a julga por sua aparência, ou por sua fama, você conhece realmente a pessoa.

Gina olhou encantado para ele. Então será que ele era famoso e lindo? Talvez todas as garotas só olhassem para ele por causa de seu status e não por quem ele realmente era.

_Então me conta, quem é você? –o rapaz sorriu de soslaio e sentou-se ao lado de sua princesa, mas não a olhou, apenas falou olhando para o horizonte mal iluminado.

_Eu não sei quem sou.

_Como assim não sabe quem é?

_Eu não tenho identidade, tudo que eu faço é porque os outros querem que eu faça, na maioria das vezes é por pura pressão do meu pai.

Draco sentiu-se à vontade para falar com a menina, afinal, ela nunca saberia quem ele era e ele também não saberia quem ela era. Falar sobre ele talvez o ajudasse a se entender, pois estava perdido na vida. Era a primeira vez que falava com alguém sobre sua vida, na maioria das vezes era rude, ele não gostava de falar sobre ele.

_E sua mãe?

_Ela é uma pateta, é induzida a fazer qualquer coisa, também não tem personalidade.

_Por que você não se impõe ao seu pai?

_Porque não dá. Você nunca conseguiria entender, provavelmente você é cercada de mimos, todos devem gostar de você, mas comigo é diferente. Tanto faz se eu morrer ou não, ninguém vai se importar.

_E seus amigos? –Gina estava assustada, poderia haver alguém no mundo tão amargurado como aquele rapaz?

_Eu não tenho amigos, apenas um bando de bajuladores que querem andar com alguém bom o suficiente para ser um líder.

_Que horror. Como você consegue viver assim?

_Na realidade, eu não sei. Acho que estou acostumado a viver dessa maneira. Eu fui criado para ser uma coisa, e provavelmente vou me tornar o que meu pai quer. É difícil, você é ensinado a vida inteira que uma coisa é certa e outra não é. Mas quando você vai realmente conviver com aquilo você percebe que nem tudo é como lhe ensinaram, mas não há como mudar sua visão, já que foi educado a saber sobre aquilo. Não consigo explicar.

_Nunca é tarde para mudar, nem para consertar as coisas de errado que fazemos. Como você pode ter tanta certeza de que o que passou não tem chances de ser concertado. Como diz minha mãe “Na vida para tudo dá-se um jeito, menos para a morte.”

_Esquece isso… me fale sobre você.

Gina começou a contar como ela era, ocultou tudo sobre sua família, não que tivesse vergonha da sua, mas é que sua família era muito marcada. Se o tal aluno fosse de Hogwarts ele saberia na hora que ela era a caçula dos Weasley.

Eles ficaram conversando durante muito tempo, mudando de assunto bruscamente, rindo, brincando. Gina sentia-se nas nuvens, nada mais importava, ela estava ali, conversando com a pessoa mais incrível que já havia conhecido na vida. Ele era uma pessoa tão interessante, sabia de muitas coisas, contava sobre suas viagens, coisas engraçadas que haviam acontecido com ele. E assim o tempo passou rápido, e as pessoas que estavam no jardim foram voltando ao Salão, ficando apenas eles, ali, sentados no banco, um de frente para o outro, rindo escandalosamente de uma piada extremamente sem graça que Merlin havia contado.

Eles se encararam risonhos. Draco podia se ver refletido no olhos azul-safira da garota, eles estavam brilhando como duas pedras preciosas. Ele começou a analisar o rosto da menina, aquele caminho de sardas não lhe era estranho, nem o jeito de sorrir. Não sabia quem, mas ela lembrava alguém que ele conhecia.

_Você me lembra alguém. –ele disse, num sussurro quase inaudível.

Gina apenas sorriu. O tal Merlin já havia dito que estudava naquele colégio, então as possibilidades dele a conhecer eram grandes. Mas ela resolveu não falar nada, apenas continuou a olhar para os olhos apertados do outro. Merlin era muito bonito.

O garoto não esperava realmente uma resposta, ou uma contradição. Ele apenas achou que ela se parecia com alguém. Ele estava sentindo todo seu corpo tremendo, pedindo por um contato maior entre os dois, não agüentava mais conversar, ainda que a conversa tenha sido a melhor que já tivera com alguém, mas precisava de um contato um pouco maior. Então ele aproximou-se devagar, para não assusta-la, seus rostos ficaram á milímetros de distância, seus narizes quase se tocando. Um podia sentir perfeitamente o hálito quente do outro.

Gina sentia que essa era a coisa mais certa e mais errada á se fazer. Por um lado queria muito beijar aquele rapaz enigmático, mas por outro não sabia nem de quem se tratava. E isso era o pior, como beijaria uma pessoa que nem ao menos sabia o nome? Com muito esforço, Gina afastou seu rosto do rosto do garoto. Sem jeito ela decidiu falar a primeira coisa que lhe veio á cabeça:

_Estou com sede. Você pode buscar uma cerveja amanteigada para mim?

Ele a olhou meio ressentido, mas sem hesitar levantou-se e foi buscar no Salão a bebida para a garota.

_Ahhh… meu Merlin. –ela parou ao ver o quão irônica suava aquela frase. O garoto de seus sonhos estava vestido de Merlin, e ela não sabia o que fazer.

Gina abaixou a cabeça e se deteve em olhar para seus próprios sapatos. Não sabia o que fazer. Perguntara a si mesma se poderia se apaixonar por alguém em tão pouco tempo, nos quatro dias que Frienshire ficaria no colégio, mas tinha conseguido se apaixonar por um garoto em apenas poucas horas. Pensando nisso, Gina olhou para seu relógio. Já eram passavam das quatro horas, e a festa terminaria às 5. Era difícil tomar essa decisão, mas sabia que tinha que ir dormir. No dia seguinte seria servido às 5 da tarde um almoço/jantar de Natal. Então ela se deu conta, era Natal.

Gina ouviu o barulho de passos ao longe, que foram se aproximando cada vez mais. Será que o seu amigo havia voltado tão rápido? Não era possível. Ela então ergueu a cabeça e deparou-se com um garoto vestido Kevin Santendûr, um dos melhores filósofos já existentes.

_Oi. –ele disse baixinho.

_Neville? –o garoto nada disse, já que usava a mascara.

_Estou te procurando faz algum tempo, Mione me disse como você estava vestida.

_Ah… que ótimo.

_Será que posso me sentar?

_Claro.

_Se divertindo muito?

_Bastante.

_Sozinha?

_Não, estou acompanhada. –ela disse, meio sem graça.

_Ah, claro. Se eu estiver atrapalhando é só falar.

_Não está. Ele foi buscar bebidas lá dentro para a gente.

_Quem é ele?

_Eu não sei, oras. –Gina respondeu, mostrando em seu tom de voz que aquela resposta era a mais óbvia do mundo. O intuito do baile era integrar as casas e conhecer gente nova.

_Ah... me desculpe. Pensei que talvez você soubesse quem ele era.

_Não sei. –dessa vez Gina foi mais cautelosa, Neville podia se tornar extremamente sensível, quando queria.

_Têm muita gente lá dentro ainda? –Gina perguntou depois de um longo tempo sem ninguém falar nada.

_Não. O Baile já está acabando, a maioria do pessoal já esta indo para seus dormitórios.

_Okay.

Um novo silêncio se instalou no local e Gina não fez questão de quebrá-lo dessa vez.


Draco viu o Salão quase vazio e pensou que horas seriam. Alguns poucos alunos ainda dançavam com o som frenético da música. Ele se deteve em apenas pegar os copos com cerveja amanteigada e voltou caminhando suavemente. Não tinha pressa. Ele tinha a impressão de que não conseguiria nada de sua princesa. Ela não parecia gostar muito da idéia de não saber quem ele era e ele não gostava da idéia de dizer quem era.

Ele caminhou pelo caminho de pedras do jardim, mas ao fazer a curva teve uma visão não muito agradável. A princesa, toda linda e perfeita, com seu perfume suave de jasmim, e seus lábios atraentes estavam beijando um outro cara. Ele não conseguia se mover, ficou ali, apenas olhando.

Não demorou muito e ele percebeu que Mirian não queria estar sendo beijada, mas ela era frágil e o outro era corpulento e fazia pressão em seus ombros. Uma fúria fora do normal se apoderou dele, fazendo com que ele quebrasse os copos com suas próprias mãos.

Em questão de segundos ele estava se projetando em cima do outro, e o puxava com toda a força que tinha. Ele não poupou esforços, e bateu com vontade no nariz do abusado que tomou seu lugar e fizera aquilo que tanto queria fazer a noite inteira.

_Paraaaaa... –Gina gritou desesperada, nunca imaginara que o outro havia chegado bem na hora em que Neville havia lhe atacado.

_Manda ele parar... –Neville pediu, assim que percebeu que estava em desvantagem.

_Para... –Gina correu até o Merlin e o segurou. –Pare com isso, por favor.
Ele então parou e respirou profundamente.

_Ele estava se aproveitando de você. –ele disse, seus olhos irradiando fúria.

_Eu não queria, mas não quero que fique assim.

_O que você quer que eu faça, então? Fique aqui parado enquanto um louco te ataca? Desculpe, mas não posso fazer isso.

_Então, por favor, sente-se em um dos outros bancos que eu resolvo tudo aqui, prometo que depois vou falar com você.

_Mas…

_Não. Não fala mais nada, você precisa se acalmar antes que mate alguém.

_Não está faltando muito.

_Eu sei.

_Que ótimo.

_Vai se sentar?

_Vou.

_Obrigada. –Gina passou as costas da mão no rosto macio do garoto, ou do rosto de Merlin.

O rapaz dirigiu-se até um dos bancos que ficavam do outro lado da fonte e sentou-se. Ele só sentou porque não conseguiu resistir ao olhar dela. Mesmo assim, ele olhava de tempo em tempo para ver o que estava acontecendo.



_Neville, por favor, me desculpe por isso. –Gina falava muito baixo, imensamente constrangida. Sentia-se culpada pelo que havia acontecido com o amigo, mesmo que não tivesse culpa nenhuma pelas atitudes de outras pessoas.

_Tudo bem, você não tem culpa. –ele disse, mas ela pôde perceber o ressentimento em sua voz.

_Eu não queria que isso tivesse acontecido…

_Tudo bem, Gina, você não teve culpa.

_Ele está comigo, é minha culpa.

_Não, não é. Fui eu que te beijei sem permissão.

_Ah... Neville… me perdoa...

_Não, já disse, você não tem culpa de nada. Eu vou embora, não quero atrapalhar vocês dois.

_Neville…

_Não, Gina. Eu estou errado, não deveria ter te beijado, depois a gente conversa.

_Então ta. Fica bem, Okay?

_Vou ficar. –Neville se levantou com dificuldade e caminhou lentamente novamente para o Salão Principal, provavelmente ele iria direto para o Salão Comunal da Grifinória para dormir e se tratar.

Gina ficou olhando para o nada por muito tempo, mesmo depois que o amigo foi embora. Então ela lembrou-se que o agressor estava sentado em um daqueles bancos, esperando seu julgamento.

Ela parou na frente dele e o analisou por algum tempo, sem falar nada. Ela estava extremamente confusa. Não tinha gostado da atitude dele, sendo tão agressivo. Mas, ao mesmo tempo, nunca ninguém a tinha defendido dessa maneira, tão arduamente.

_Você não deveria ter feito aquilo.

_Não precisa vir com bronca, ta? Eu não sou nenhuma criança e você não é minha mãe.

_Certo, se você prefere assim.

_Está bem. Desculpa, eu não medi minhas atitudes.

_Eu percebi. Mas te desculpo.

O silêncio voltou e Gina percebeu que todo o clima tinha se esvaído. A única coisa que tinha a fazer era ir para seu dormitório e descansar.

_Eu acho que… eu vou dormir.

_É… tudo bem, acho que a noite acabou mesmo. –Draco abaixou a cabeça, não havia mais nada a ser dito.

Gina abaixou e segurou o queixo do rapaz, levantando sua cabeça. Ela lhe deu um beijo na bochecha direita, com muito carinho, antes de ir embora ela ainda sussurrou para ele “Feliz Natal”.

Gina levantou-se e seguiu seu caminho. Subiu as infindáveis escadarias do castelo com as pernas pesadas. Ao entrar no quarto tirou a mascaro por meio de magia, arrancou o pesado manto de seu pescoço e jogou-se na cama, mas não conseguiu dormir. Um certo alguém não sabia de sua cabeça… Depois de muito tempo o cansaço foi maior do que sua vontade de relembrar todos os fatos da noite e ela adormeceu…





Enquanto isso, Draco continuava sentado em um banco, perto de uma fonte de água límpida. Sua cabeça estava pesada e a única coisa que ele queria era descansar e esquecer tudo que havia acontecido naquela noite. Ele não queria se importar com ninguém, absolutamente ninguém…


N/A: Deus do céu, que capítulo é esse? 19 páginas? Eu nunca mais vou escrever um cap desses. E o pior é que eu queria acaba-lo, mas não conseguia, cada hora surgia mais alguma coisas para colocar e ficou desse tamanho.
Desculpe pela demora desse cap, mas eu espero que vcs me perdoem e me entendam. Eu nunca imaginei que esse ano ia ser tão corrido, eu tenho treino de futebol duas ou três vezes por semana, se quinta eu fico até 4 da tarde no colégio, de sexta tb fico até tarde, sábado eu tenho inglês e todos os trabalhos e provas do colégio, eu num dou conta!!! Eu passei quase um mês inteiro fazendo provas, então tava mesmo difícil de postar algum capítulo, além disso meu irmão meio que monopolizou o pc e quando tenho tempo ele não me deixa usar. Espero que vcs entendam, e não me matem, ta?? O capítulo compensa qualquer tempo que não postei, então aproveitem.!!!
Agradecimentos no próximo capítulo! Mas eu queria falar pra Ruivinha Malfoy que naum esqueci dela..... num fica triste naum. EU NAUM ESQUECI DE NINGUÉM, AMO VOCÊS.

Beijocas estaladas *Malu*















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