O Fechamento de Hogwarts



Já haviam passado três horas que os professores de Hogwarts estavam reunidos na sala da diretoria. Junto com os ilustres funcionários do Ministério e com a presença do atual ministro Scrimgeour, estavam numa estendida conversa que parecia não estar perto de ser concluída.

Scrimgeour com seu chapéu pontiagudo, tom verde-limão, sentia-se ligeiramente enraivecido por comentários à parte. Um silêncio tomou parte do ambiente, parecendo não ter mais nada a ser estabelecido.



- Suponho que, não tenham mais nada a falar – disse Scrimgeour com uma voz cansada.



- Ministro! – disse uma rispidamente. – nem ao menos chegamos a uma conclusão. – Não podemos simplesmente abandonar, adiar isso.



- Mas Profª Minerva, estamos aqui a mais de três horas e nenhum membro da comitiva demonstrou ter tomado uma adequada. E eu ainda continuo considerando a minha opinião. Mas não posso tomar essa decisão sozinho.



Outros membros da reunião olhavam curiosos para Minerva. Hagrid era o único que estava simplesmente quieto. Prfª Sprout constantemente se via aos sussurros com Prof° Flitwic. Dois membros do ministério mexiam a cabeça concordando com qualquer opinião de Scrimgeour.



- Minerva, não temos muitas opções – falou Slughorn – Sei que voltei a Hogwarts apenas há um ano, não sou de muita influência. Mas temos que concordar com o Ministro. – Scrimgeour olhava satisfeito para Slughorn que vestia um comprido manto negro e percebia-se de longe que seus bigodes estavam diferentes desde os últimos meses. – Também não podemos só contar com nossos conceitos. Hogwarts é feita de alunos. Sem eles não há escola. Depois do que ocorreu mês passado, duvido muito se os pais de alunos deixarem eles retornarem a escola.



- Mas aí está o problema Professor – bradou McGonagal – para onde irão os alunos. Perderam um ano nos estudos. Nunca aconteceu isso antes em Hogwarts. É totalmente inadmissível! – Minerva falava rápido, num tom de voz avançado, despertando curiosidade dos outros.



- Concordo com a senhora – falou pela primeira vez Hagrid. – Não importa o número de alunos. Se apenas entrar um pelo portão de Hogwarts no primeiro dia de aula, devemos recebê-lo e ensiná-lo.



- Mas isso é totalmente absurdo – disse Scrimgeour frustrado. – Onde já se viu ensinar apenas um aluno em uma escola. E não precisam se preocupar. Os pais dos alunos que não quiserem que eles percam um ano nos estudos, que lhes mandem para as outras escolas de Magia.



- O senhor está falando de Beauxbatons e Dumstrang, Ministro? – Soou uma voz fina e feminina.



- Com toda certeza, Professora.... Sprout, não é mesmo? – soou o termo de dúvida.



- Sim Ministro. – Concluiu Sprout com um pouco de desprezo.



- Duvido muito se algum pai irá mandar seu filho para Dumstrang. Kakaroff foi M-O-R-T-O - disse McGonagal dando ênfase à palavra ”morto”. – Era um comensal da morte, seguia o Lord das Trevas.



Por um pequeno momento voltou o silêncio na antiga sala que pertenceu a Alvo Dumbledore. Agora havia uma grande quadro com o retrato de Dumbledore preso a parede ao lado dos antigos diretores de Hogwarts.



Vários outros quadros estavam prestando uma enorme atenção no que estava sendo discutido na sala. Uma mulher gorda, com um enfeite de longas plumas vermelhas na cabeça, prestava atenção em tudo. Ela estava num quadro logo atrás de um dos representantes do Ministério, esticando o máximo que podia o pescoço para conseguir ver o que relatava no pergaminho.



- Professora, tenho certeza que madame Maxime ficaria orgulhosa de receber alunos de Hogwarts em sua escola. – Disse o ministro - Beauxbatons é um pouco distante daqui, e poderemos montar uma nova rota na estação de King’s Cross.



- É verdade – concluiu Slughorn – Lá a escola é grande, ótimos professores. Ilustres pessoas estudam lá. Conhecem Zacarias Slateshok, o criador da cerveja Amanteigada. Seu querido bisneto estuda lá. Coitado já falecido, Zacarias era uma ótima pessoa, um ilustre amigo. Quando eu era mais novo sempre...



- Prof°, nos poupe das suas ilustres amizades, não é hora para isso. – disse Minerva rispidamente, enquanto Slughorn a olhava pelo canto dos olhos, não muito satisfeito de tê-lo interrompido. E Hagrid dava uma pequena risada. - Não acho que seria uma idéia concreta essa partida para Beauxbatons. Dumbledore não gostaria de ver o colégio sendo fechado temporariamente.



- Professora, Dumbledore está morto, há um pouco mais de três semanas. Falta um pouco mais de um mês para a volta das aulas. – falou Scrimgeour. Temos que tomar uma decisão que favoreça a todos. – Você – Sabe - Quem está de volta. Acabamos de descobrir um novo aliado a ele. Eu já mandei um grupo de Aurores atrás de Snape. E ao meu convir devemos manter Hogwarts fechada esse ano. Nem que seja temporariamente durante alguns meses.



- Está afirmando que o Ministério não tem segurança o suficiente para manter os alunos de Hogwarts seguros Ministro? – perguntou Hagrid. Que fez imediatamente os outros olharem para o ministro, esperando curiosamente uma resposta.



- Senhor Rúbio. Também achei que Hogwarts era um lugar completamente seguro. Funcionários do ministério estavam a meu mandato vigiando a escola secretamente. – Scrimgeour falava com uma voz calma, que chegava impressionar grande parte dos ocupantes da sala. – Após o ocorrido das semanas passadas, não posso garantir tanta segurança. Hogwarts é um lugar mágico cheio de segredos, que nem ao menos suponho que Dumbledore sabia que existia.



- O que está querendo dizer com isso Ministro? - ofegou McGonagal.



- Estou querendo mostrar pra vocês que o máximo de segurança que conseguirmos por na escola será pouco para tantos segredos que há neste lugar. Exemplo concreto ocorreu recentemente. Essa passagem secreta pela qual os Comensais entraram no Colégio. Com ajuda de um aluno se não estou enganado.



- Perfeitamente Ministro. Mas todos nós sabemos que foi Draco Malfoy, e segundo Potter, a mando de Você-Sabe-Quem.



- Sim Professora, não tenha dúvida. Por isso digo que Hogwarts não é um lugar seguro com antigamente. Não podemos confiar nem nos próprios alunos.



- Mas são exceções. Todos sabemos que os Malfoys estão do outro lado há bastante tempo. Não é à toa que Lúcio Malfoy está em Azkaban.



O colégio estava deserto, apenas com a presença deles. Se via pela janela o crepúsculo chegando, o céu anoitecendo e um forte vento batendo nas copas das árvores.



Podia se notar a pequena cabana de Hagrid toda queimada desde a última batalha. Estava toda preta, com uma parte do telhado quase caindo.



Na sala onde estavam reunidos. Hagrid bufava constantemente. Incomodando Profª Sprout que firmemente o repreendia, fazendo sinais com os seus grossos dedos.



- Minerva... como atual diretora de Hogwarts, tinha que concordar mais facilmente conosco. O momento que estamos passando não é fácil para o mundo bruxo. E seria difícil em tão pouco tempo arranjarmos novos professores. Disse Scrimgeour suavemente – Nunca entendi o motivo de um professor de Defesa Contra as Artes das Trevas não permanecer mais que um ano nessa escola.



- Mas isso não vem ao caso. A Maldição não tem nada a ver com o que estamos discutindo. – bradou McGonagal. Enquanto todos olhavam espantados para ela como se não estivessem entendido nada.



- De que maldição a senhora fala professora? – Minerva sentiu um grande sentimento de arrependimento de ter tocado neste assunto.



- Não fico surpresa de não saberem. Muitos anos atrás, Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, voltou a Hogwarts pedindo o cargo da matéria a Dumbledore. Sem surpresas, Dumbledore recusou o pedido.



- Então que dizer que Tom Ridlle amaldiçoou o cargo? – Interrompeu Slughorn.



- Corretamente professor. Se prefere chamar Você-Sabe-Quem pelo seu legítimo nome. Segundo Dumbledore, este é o real motivo pelo qual não permanece nenhum professor de DCADT na escola há muito anos.



- Eu também já sabia disso. Estava junto de Minerva quando Dumbledore nos contou. – assegurou uma voz fina, que se pronunciava finalmente.



- Muito obrigado Minerva e Prof° Flitwic pela informação. Será de muita importância para o Ministério. – falou Scrimgeour agradecido, enquanto com um gesto de mãos avisa para seu conselheiro anotar a informação. Logo atrás se via a tal bruxa com plumas vermelhas na cabeça, esticando o pescoço novamente pare tentar ver o que estava escrito.



Aproximadamente vinte minutos depois, o Ministro, cansado da reunião, finalmente resolveu terminá-la, fazendo a última pergunta que responderia horas e horas de conversar na sala da diretoria.



- Depois de horas conversando com todos os senhores, tomei minha decisão. – Via-se claramente em volta deles todos os bruxos dos quadros de olhos abertos e ouvidos bem atentos, querendo saber qual seria o pronunciamento do ministro. - Devo concordar com muitas subjeções que tivemos relatando aqui. Porém devo discordar de muitas opiniões. – Ele falava e olhava pelos cantos dos olhos para McGonagal, que fazia o máximo para ignorá-lo. – Como atual Ministro da Magia, declaro que Hogwarts permanecerá fechada temporariamente até a segunda ordem. Sei que não será de agrado de muitos de vocês, mas podemos perceber que estamos sofrendo situação de calamidade. - Enquanto ministro falava podia notar várias pessoas querendo interrompê-lo com algum argumento, mas logo tratava de prosseguir. – Amanhã saíra no Profeta Diário uma nota falando do fechamento de Hogwarts. Mandarei uma coruja para Madame Maxime, pedindo que aceite nossos alunos em sua escola. Tenho certeza que não irá negar.



- Ministro – chamou McGonagal aproveitando o tempo que ele tinha parado de falar – Não preciso falar novamente que sou contra sua atitude. Mas sendo Ministro da Magia tem todo o poder para isso. Só queria lhe alertar que essa atitude proporcionará uma grande euforia para muitas famílias.



- Estou ciente disso Professora. – Mas não temos outra opção de segurança para os alunos.



McGonagal cansada de contrariar acabou aceitando. Percebia que muitos outros professores também concordaram com a decisão do Ministro. De repente ouvia-se uma voz vindo de um quadro logo atrás do Ministro.



- Dumbledore não aceitaria sua atitude Ministro.



- Hum... Meu senhor é lamentável que Dumbledore não esteja mais entre nós. Se ainda estivesse vivo, certamente as coisas seriam um pouco diferente.



- Como não tem outra solução – mencionou Hagrid sem objeções – vou passar o ano tentando consertar minha cabana dos estragos ocorridos.



- Não Rúbio, o senhor não vai passar o ano concertando sua cabana. Os senhores professores e funcionários não permanecerão na escola enquanto ela estiver fechada – Todos olharam para ele espantados.



- Já não basta o fato de Hogwarts não funcionar este ano, ainda ficaremos sem abrigo – disse Minerva enraivecida – o que pensa em fazer conosco Ministro?



- Mas de maneira alguma os deixarei sem abrigo. Os que não tiverem casas, parentes, ou nenhum lugar para irem, ficarão num abrigo do Ministério, uma espécie de pensão, onde ficam alguns de nossos funcionários – concluiu o Ministro – lá serão muito bem tratados e não terão nenhuma despesa. Professora Sprout de longe aprovando a idéia já logo se pronunciou:



- Acho ótimo, estou precisando de umas longas férias. Será de muito bom senso para eu ficar neste abrigo. – terminava de falar e via que McGonagal a repreendia.



- Então está resolvido. Neste tempo que a escola estiver fechada mandarei funcionários do ministério para rondar a escola. A procura de passagens secretas, lugares acessíveis que não são permitidos. Tudo isso para a segurança da escola. – falava Scrimgeour finalizando a reunião. – Peço que arrumem suas coisas, que logo pela manhã o colégio será fechado.



- Mas tão rápido assim, não podemos esperar mais alguns dias?



- Não podemos perder tempo meu caro Slughorn.



Assim terminando essas palavras, o ministro terminava a reunião. Todos levantavam de suas cadeiras e saíam porta a fora. Hagrid não muito contente da decisão comentava com a Profª Sprout que não lha dava muita atenção. McGonagal sendo a última a sair foi chamada pelo ministro, que não ficou muito satisfeita.



- Sim Ministro! Pensei que já tinha acabado com a reunião. Não será muito generoso de sua parte manter o assunto comigo. – falou Minerva rigorosamente.



- Não senhora. Não tem nada a ver com o que acabamos de discutir.



- Então não posso imaginar do que o senhor tanto queira falar comigo.



- É sobre o menino Potter.



- Potter? – falou Minerva num tom curioso - O que quer saber sobre ele?



- Sei que este ano ele e Dumbledore estiveram um pouco íntimos. Tenho certeza que discutindo sobre algum assunto relativo a Você-Sabe-Quem e... - antes que pudesse terminar, McGonagal disse:



- Se é isto que quer saber, por que não procura Harry Potter, eu não tenho nada a lhe informar sobre o assunto.



E assim Minerva McGonagal deixou a sala rumo ao corredor, deixando Scrimgeour sozinho e não satisfeito com as palavras da professora.



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