Felicidade Duradoura



Capítulo Oito – Felicidade Duradoura

Harry caminhava pelas ruas desnorteado. O que ele fez? O que ele fez com o amor de sua vida?

Queria se jogar no primeiro bueiro que visse em sua frente, ou se atirar de um edifício alto, ou fazer qualquer coisa que tirasse a sua vida de uma forma dolorosa. Queria parar de sentir como se o seu coração fosse explodir em mil pedaços a cada vez que se lembrava do que disse à pessoa mais importante do mundo pra ele.

Ele não sabia, mais andava pela mesma rua deserta que um dia essa pessoa foi alertada da própria morte. Estava tão destraido que sequer reparou no velho e pobre homem sentado na calçada. Ia passar reto, mas, para sua surpresa, o homem o chamou.

- Pois não? – perguntou Harry, se virando para ele.

- Se eu fosse você, eu iria atrás dela. – alertou o homem.

- Como é? – certificou Harry. Como se ele já não tivesse problemas suficientes, ainda mais essa?

- Vai atrás dela, eu disse – repetiu.

- Eu entendi, só não sei como...

- Eu posso saber que ela partiu? – completou o velho. Harry acenou positivamente – Sou um adivinho.

- Foi você, seu desgraçado... – rosnou Harry, partindo para cima do homem, entendendo que ele era o homem que Hermione mencionara. Harry levantou o velho no ar já que ele estava em enorme vantagem de força.

- Não perca seu tempo comigo. – disse o homem. – Ela está em perigo. É na escola de aurores que ela vai morrer.

Harry colocou o homem no chão. Finalmente entendeu o porquê de estar tão contrariado com a idéia de que ela fosse àquela escola. Hermione estava indo em direção à sua morte.

- Eu não posso deixar que ela vá. – sussurrou ele antes de aparatar imediatamente para frente do apartamento dela.

Arrombou a porta com toda sua força e viu que estava tudo vazio. Os armários não tinham mais nada, exceto uma blusa dentro de uma gaveta. Harry a segurou e cheirou longamente, reconhecendo o melhor perfume que já experimentara. Então, saiu desesperado do apartamento, aparatando na escola de aurores.

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Hermione estava arrasada por causa da discussão com Harry. Ela não queria que tudo terminasse daquele jeito tão inexplicável e triste depois que ela finalmente descobriu como era bom amar e ser amada na mesma intensidade.

Ela tirou os maus pensamentos da mente, afinal, tinha que encontrar a diretora da Escola de Aurores, Débora Connors. Estava caminhando em direção a sua sala, um tanto quanto nervosa por ser um lugar novo e desconhecido. Bateu na porta onde se lia “Direção” e foi mandada entrar.

- Com licença. – disse Hermione, adentrando o recinto. Ela viu uma mulher sentada na mesa da sala e dirigiu-se a ela. – Boa tarde, eu sou Hermione Granger.

- Estava lhe esperando, Srta. Granger. Sou Débora Connors. – disse a mulher, apertando-lhe a mão. – Sente-se.

- Obrigada. – disse Hermione e o fez.

- E então, Srta. Granger, o que faz você querer ser uma aurora?

- Bem, esse sempre foi o meu sonho. – disse sorrindo.

- Sabe, quando eu te vi entrar por aquela porta, eu me lembrei de como era na sua idade. – comentou Débora.

Hermione ficou em silêncio, por não ter o que responder.

- Eu era exatamente assim. – continuou a mulher – Bonita, tinha tudo pra me dar bem com o que eu quisesse fazer, mas não tive a sorte que você está tendo.

- Sorte? – perguntou Hermione. Na sua visão, ela não estava com tanta sorte assim.

- Sorte, sim, minha cara. – Hermione ergueu uma sombracelha – Sorte por ter sido escolhida para vir pra cá. Só espero que não se arrependa.

- Por que isso aconteceria?

- Muitos vêm para cá, se afastam das famílias, dos que amam para realizar o sonho de ser uma das pessoas mais importantes no Mundo Mágico. E quando voltam tudo mudou. Essa foi o meu caso.

- O que houve?

- Eu abandonei o meu noivo para ser auror. Ele não queria que eu corresse os riscos dessa profissão de jeito algum. Mas eu teimei e vim pra cá. Realizei-me em minha vida profissional, mas na minha vida pessoal tudo se complicou.

- Ele não te quis de volta? – perguntou Hermione.

- Não. – disse Débora. – E o pior de tudo é que eu me casei com outro, mas ainda o amo. Mas, por favor, não diga nada disso a ninguém. – disse a mulher com os olhos brilhando ao lembrar do homem que amara.

Hermione não pensou dois segundos em arrumar as malas para ir embora. Sabia que era jogar o seu sonho pro alto, mas Harry era mais importante do que aquilo. Harry era mais importante do que tudo!

Ela pegou sua mala e desceu as escadas em direção à saída. Passando pelo pátio da Escola, viu uma certa movimentação e não pôde deixar de se aproximar para ver o que era. No centro de uma roda de pessoas havia dois alunos da escola duelando. Um era alto e loiro (e estava levando a melhor) e o outro era baixinho e corpulento, de cabelos castanhos como os de Hermione. E ele não estava nada bem.

- Oh, meu Merlin! – exclamou ela quando o segundo homem se virou e ela viu seu rosto todo ensangüentado. Apesar disso, o outro rapaz não parava de lançar feitiços nele. A cada feitiço, o homem se contorcia e tentava escapar correndo deles. E realmente escapava por um fio.

- Não fuja! Não seja covarde! – gritou o loiro, lançando, desta vez, um feitiço desconhecido por Hermione. Devia ser magia bem avançada. Neste momento, tudo começou a rodar em câmera lenta para ela.

O segundo homem estava exatamente na sua frente quando o feitiço foi lançado. Parecia que ele se movia lentamente para o lado. Hermione começou a ficar arrepiada. O feitiço estava vindo exatamente em sua direção agora, e não havia como desviar. Sua garganta estava extremamente seca. A ultima coisa que se lembrou de ver foi o rosto de Harry, e depois, escuridão. Uma enorme escuridão.

...

- Eu não sei se pode me ouvir. – dizia uma voz ao longe. A pessoa que falava parecia bem abatida. Hermione não pode abrir os olhos, pois não conseguia de jeito algum. – Mas se puder, queria que soubesse que não fiz por mal. Eu te amo tanto, Mione. Não posso te perder agora.
“Eu sempre te amei, desde quando éramos adolescentes. Você me faz sentir seguro, protegido. Jamais teria conseguido achar forças para derrotar Voldemort se não fosse por você. Por saber que eu tinha uma razão pra viver”. Continuou a voz. “Eu não posso te perder agora. Volta pra mim, Mione...”.

- Estou aqui... – suspirou ela com as forças que tirou de onde não havia mais. Só uma pessoa no mundo tinha a voz tão doce, tão segura e acolhedora. Só uma pessoa poderia dizer-lhe tudo aquilo. Só uma pessoa sentia tudo aquilo por ela... Harry. - Jamais te deixarei de novo, eu prometo. – continuou.

- Ssshhhh... – sibilou Harry. – Descanse agora – continuou. Sua voz voltou a ser firme. O porto seguro de Hermione.

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- Harry! – gritou Hermione quando chegou em casa. Agora ela estava casada com ele e moravam em sua antiga casa.

- Oi, paixão! – disse ele, descendo as escadas, apressado. Ele agarrou Hermione e encheu-a de beijos no rosto e no pescoço.

- Tenho uma novidade! Aliás, duas! Uma é boa e uma é ruim... Qual você quer primeiro?

- A ruim... – disse ele, hesitante, olhando-a profundamente.

- A ruim é que eu vou engordar bastante. – disse ela, fazendo biquinho.

- Não me diga que...?

- A boa é que eu ESTOU GRÁVIDA! – disse Hermione.

- Que maravilha! – disse Harry, sorrindo. Ele a beijou de novo. Desta, vez, na boca. – Só uma pergunta... Vamos poder fazer sexo, não é?

- Ah, como você se importa com o nosso filho! Isso me impressiona! – zombou Hermione, acostumada com o gênio do marido.

- Estou brincando, meu amor. Mas nunca me deixe sem sexo, ouviu?

- Oh, meu Merlin!

- O quê? – perguntou Harry, mudando sua expressão para sério.

- Porque eu vou colocar mais um Potter no mundo? – perguntou Hermione, voltando ao tom de brincadeira.

- Por que a pergunta?

- Porque eu não quero ter um filho presunçoso como o pai.

- Por mim pode ser o quão presunçoso ele quiser, desde que tenha a beleza da mãe. – disse ele.

- Harry, pare de falar bobagens e me beije! – ordenou Hermione, rindo.

- Seu desejo é uma ordem! – disse o homem, beijando-lhe como se fosse a ultima vez.

Uma vez alguém disse: “Viva todos os dias como se fosse o ultimo, porque um deles será”. Uma parte de mim morreu naquele dia. Agora posso dizer que sou feliz ao lado do homem mais carinhoso do mundo!

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N/A (ultimo): Buaaaa... terminou!!! A fic que eu mais gosto de escrever está completa! Nhaa gntii... to tão emocionada!! É a primeira fic com mais de um capitulo que eu termino!! Amei!! Era pra ter mais um cap., mais eu achei melhor terminar logo...
Vlw por td mundo que acompanhou a fic desde o inicio!! Meu muito obrigado tmb vai pra Tami, LiLa, Pink, Binha, Mari, e todo mundo que ler e comentar...
PRINCIPALMENTE COMENTAR (A autora dessa fic é obcecada por comentários)
Bom gnti... espero que tenham gostado! Um bjo gigante pra td mundo!

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Comentários (1)

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