Quase numa Redoma



Capítulo 25 - uase numa Redoma

Um mês depois, a barriga de Hermione estava mais protuberante. Estava agora com quatro meses de gestação e não era apenas o corpo da morena que mudava...

Ok. Admitia ter alguns desejos e manias agora... Alguns destes bem estranhos na verdade.
Ela adorava sentir o cheiro do suor de Harry quando este chegava do trabalho, adorava também o cheiro de seu perfume, mas descobrira – quando pegara o perfume sorrateiramente das coisas dele - que apenas na pele do moreno. Odiava o cheiro da loção pós-barba dele e nem se aproximava quando ele a usava. Enjoava com seu próprio perfume e, definitivamente, perdia o apetite quando não era Harry quem preparava a comida... Tornara-se também bastante possessiva em relação ao amigo, mas este compreendia que era apenas uma fase e até contribuía em suas atitudes.
Amava estar abraçada a Harry, principalmente quando era surpreendida pelo mesmo, adorava roubar-lhe beijos e achava completamente necessário que lhe abraçasse durante a noite, mas, algumas vezes, não suportava que ele a tocasse – isso dificilmente acontecia, entretanto.
Algumas vezes era dominada por impulsos fortíssimos, na maioria das vezes quando estava sozinha em casa com Harry Potter a lhe indagar se estava bem, se estava com fome, se estava bem, se precisava de alguma coisa e novamente se estava bem... Na maioria das vezes, o empurrara para o sofá – ou para a cama ou chão ou Box ou contra a pia da cozinha ou na escada ou no escritório ou na biblioteca... – e fazia amor com ele. Nas outras, apenas o beijava até que se concentrasse apenas nela, se calasse ou esquecesse qualquer coisa.

No trabalho, usava mais constantemente o jaleco parcialmente fechado. Evitava qualquer encontro desnecessário com Gina e não ficava muito contente quando esta se aproximava de si, já que o cheiro que exalava era, de modo misterioso, extremamente adocicado, o que fazia Hermione enjoar.

A morena também tinha algumas variações de humor, mas Harry sempre estava preparado. E qualquer discussão que Hermione tentava iniciar, sempre resultava num abraço protetor enquanto secava suas lágrimas, num pequeno passeio pelos arredores ou numa estratégica ida ao escritório.
**

Naquele fim de semana, haviam combinado que iriam a uma pequena comemoração na casa de Rony. - O ruivo e Lilá haviam comprado uma casa e estava fazendo uma pequena recepção para os familiares e amigos mais íntimos.

Quando entraram na casa que Rony e Lilá havia comprado, para uma pequena “recepção de inauguração” – como dissera a loira. - foram recebidos com festa pelo casal que era anfitrião.
Lilá tratou logo de agarrar a mão de Hermione e puxá-la para a varanda, se afastado da quantidade estranhamente numerosa de pessoas da família Weasley e amigos de dentro da casa.

-Deixe-me ver! – pediu empolgada. Lilá, diferentemente de Hermione, deixara a barriga, também um pouco protuberante, a mostra. Com um sorriso terno, Hermione levantou a bata que usava. Lilá quase gritou. – Ah meu Merlim! É tão linda! – murmurou com seus olhos cheios de lágrimas, tocando a barriga da amiga.

Hermione piscou várias vezes para que seus olhos parassem de arder e não caíssem em tentação de chorar também. – E você?! Está maravilhosa!

Enquanto isso, Rony levava Harry até o bar da casa. – Como está sendo com a Mione? – perguntou quase inaudível, lhe oferecendo uma bebida.

Harry deu um meio sorriso. – Algumas vezes enjoa... Não chega perto de mim se estiver usando Loção pós-barba. De repente passou a adorar meu suor... – Rony franziu a testa. – Está bastante possessiva em relação a mim e está também muito carente. E Lilá?

-Às vezes ela é um pesadelo – disse balançando a cabeça negativamente. – Tem ataques súbitos de mal-humor e histeria... – o ruivo suspirou. – Chego a ter medo de pronunciar uma frase na hora errada. Ontem, por ter posto sem querer, sem querer Harry! A toalha na cama, Lilá me pôs para dormir no sofá. Ainda estou todo dolorido... Ela come tantas coisas misturas... Chego a temer que tenha uma infecção. Lilá, às vezes, é rude, outras, no entanto, se acreditar que aumentei meu tom de voz para com ela, chora – ele olhou quase em desespero para Harry. – Ela vai me deixar louco – disse suspirando pesadamente. - Hermione também é assim?

Harry negou com um menear da cabeça. – Mas só come se for eu quem tiver preparado a comida.

Rony sorriu. – Estamos arranjados, não é? Parceiro. – perguntou batendo no ombro de Harry. – Bom, acho que agora devo bancar o anfitrião – disse quando ouviu a campainha trouxa (Lilá fizera questão de ter uma casa próxima a cidade trouxa, para que assim pudesse visitar e ter como visita, seus pais).

O moreno assentiu. – Rony, pensei que fosse apenas uma pequena comemoração – Harry disse antes do ruivo se afastar.

Rony deu de ombros. – Você conhece a Lilá... – retrucou e logo depois se afastou.

Harry observou quando Hermione e Lilá voltaram, esta com o rosto vermelho banhado por lágrimas. Preocupado, o homem se aproximou. – O que houve?

-Para seu espanto, Lilá sorriu secando os olhos. – Não é nada Harry. Coisa de grávida... - ele não insistiu. – Onde está o Rony? – perguntou franzindo a testa e olhando a volta. - O havia deixado ao seu lado – o tom dela era estranhamente inquisitivo e seco.

Harry quase disse “se acalme” mas realmente tinha amor pela à vida, e não estava em seus planos morrer em um “acidente” do tipo: Lilá lhe azarando até que se tornasse restos de um indecifrável animal... – Foi atender a porta – o semblante da loira mudou repentinamente e esta sorriu. E o moreno soube que havia acertado. Estava ficando bom em discussões com grávidas em estado emocional perturbado.

-Se me são licença, vou ajudá-lo. Você sabe como são os homens nesse quesito - Lilá comentou com Hermione, virando os olhos. Logo depois se dirigindo à porta.

-Viu alguém interessante? – hermione indagou com falso desprendimento.

Ele nem pestanejou. – Claro. De montes, na verdade. Não acha a família Weasley formidável?

-Totalmente – ela contrapôs - Principalmente a filha caçula, não acha?

Ainda não haviam encontrado Gina, na verdade achavam que a ruiva estava na festa, mas ela não fora os cumprimentar e até aquele momento parecia estar com a capacidade de ser invisível...

Harry a fitou, mas antes que pudesse respondê-la, Sophia, que havia chegado há pouco, os cumprimentava. – Meu bem há quanto tempo não a vejo! – Sophia exclamou lhe abraçando e beijando o rosto. Hermione lhe ofereceu um pequeno sorriso, que se tornou amarelo quando Sophia cumprimentou do mesmo modo Harry.

Sophia observou interrogativa Hermione que prontamente desviou o olhar. – Fiz alguma coisa? – perguntou para Harry.

O homem sorriu levemente. – De modo algum – “apenas tocou em território proibido” pensou um tanto quanto irônico. – Ela está apenas um pouco cansada, trabalhou a manhã inteira, mas insistiu que queria vir. E agora estamos aqui – Hermione fingia não ouvir o que Sophia e Harry falavam.

De fato estava cansada, mas nem de longe era a causa da sua atitude para com Sophia. “Por Merlim, por que as pessoas tinham tanta necessidade tocá-lo?” Pensou irritadiça. – Eu vou me sentar um pouco – disse com ar cansado. - Estou com um pouco de dor de cabeça – queria se distanciar o quanto mais possível.

-Hermione – Lupin chamou. – Por que não se senta aqui? – perguntou apontando o sofá à frente deles. - Se sua dor de cabeça piorar, Harry pode levá-la imediatamente.

Antes que pudesse dizer que preferia um pouco mais de silêncio e que encontraria este na varanda, Lilá anunciou que o som seria ligado lá fora. Suspirando, a morena seguiu a indicação do seu ex-professor, sentando-se no sofá, ficando, assim de costas para aqueles três.

–Quer um pouco de água? – Sophia indagou. – posso buscar para você.

-Não se incomode, não é necessário. Mas, ainda assim, obrigada – a campainha soou e Hermione olhou a volta sem enxergar realmente, sua consciência voltando, o modo passional voltando para o segundo plano.

“Mais tarde pedirei desculpa à Sophia” e foi nesse pensamento que aconteceu...
A morena inspirou eufórica – Harry! – chamou fracamente. O moreno procurou seus olhos, confuso. – Mexeu – sussurrou (sussurro este, que fora inaudível aos outros) tocando o ventre.

Alvoroçado, Harry pulou o sofá, caindo à frente da amiga, de joelhos. Seus olhos encontraram os de Hermione e ele apenas conseguiu sorrir enquanto tocava seu ventre.
Lupin e Sophia estavam aturdidos, observando, sem reação, o estranho comportamento de Harry e Mione... Pelo que conseguiam ver, as mãos dele estavam em sua barriga, por baixo da bata que a moça usava. O que, em nome de Merlim, significava aquilo?

Harry estava completamente absorto nos olhos e barriga de Hermione. – Isso... Isso é fantástico - balbuciou acariciando a face da amiga, que, inexplicavelmente (ao menos para os outros), começara a chorar e sorrir ao mesmo tempo...

Harry passou a secar suas lágrimas com beijinhos, enquanto segurava com delicadeza entre as duas mãos o rosto de Hermione. Sorrindo para ele, completamente fora da realidade a sua volta, a morena soltou uma pequena exclamação e, segurando rapidamente uma das mãos de homem a sua frente, a pôs sobre seu ventre, sob a sua própria mão.

-De novo – ela murmurou sorrindo ainda sob lágrimas quando sentira um chute.

Harry a abraçou e, fechando os olhos, Hermione sorriu, as lágrimas ainda insistiam em passar por seu rosto. Era como se ninguém mais existisse, a não ser aquele “casal” e a criança no ventre da jovem mulher.

Estavam tão concentrados naquela pequena felicidade, trocando e bolando planos com os sorrisos, tornando-se ainda mais cúmplices com os olhares, misturando-se e ligando-se com as mãos... Que não prestaram atenção a sua volta. Certo que não havia muitas pessoas na sala àquele momento, mas as que se encontravam ali, estavam confusas. Menos Rony e Lilá – que nesse momento, estava aos prantos novamente, agarrada ao ombro do noivo.
Os outros dois que permaneciam atrás do sofá e toda a sala – com exceção de Rony e Lilá -, estavam tentando, desesperadamente, entender o que se passava por meio de lógica e sangue frio, mas seria impossível... Harry e Hermione tiveram as reações mais improváveis para algum tipo poderoso de dor de cabeça - que, possivelmente, Hermione estava sentindo.

Antes que alguém perguntasse algo, eles aparataram. Não se despediram de ninguém aquele dia, não importava de fato. Aquelas pessoas nunca entenderiam o momento pelo qual os dois passaram, até, ao menos, chegar em sua própria vez...
**
(continua)
**

Capítulo curtinho... Espero que tenham gostado. Desculpem os erros...
Obrigado pelos comentários viu?! Eu amo cada um deles!!!
E Lila, espero não tê-la desapontado...
A parte da Gina ficou pra depois... hehe. Se é que vou conseguir fazer algo decente em relação a ruiva né?!

Ah Gente... Eu não sei falar NC-17... Quem sabe um dia não? ^^
Fico feliz que tenham gostado da parte mais... humm... digamos: "quente".

Entonces... Posso pedir comentários?
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