Perdão

Título: A Proposta

Autora: Annette Fowl

Classificação etária: Rated T

Shipper: Harry/Hermione

N.A.: oie! Voltei. Bem, sei que demorei... Quase um ano...Se vcs esperassem mais um pouco eu atualizava quando completasse um ano certinho 8-) Mas é a vida, não?! Podem me trucidar. Este é o nosso ultimo capitulo. Pensei seriamente em fazer um epílogo, mas isso é algo a se pensar... Meus muitos agradecimentos a quem leu a fic e deixou seu review aqui, dando aquela força pra continua a escrever.O capitulo demorou porque minha beta não andava com muito tempo na facul e eu sem muita inspiração, mistura perfeita, não acham? Mas o capitulo ta aqui, pronto pra vocês lerem e se divertirem e adianto que foi feito com muito amor e carinho.Algumas cenas podem estar melosas e outras muito chatas, mas bem, foi o que consegui fazer. Espero que gostem. Beijos

Boa leitura e deixem reviews!

Capitulo VI: Perdão

Harry a olhou do outro lado da mesa. Era aparente a preocupação de Hermione com um pedaço de legume da Minestrone. Pegou a tigela com o parmesão ralado e acrescentou ao prato.

- está bom? – perguntou apontando para o prato – ou o parmesão não está muito fresco? Ralei logo após terminar o prato...

Hermione suspirou.

- está uma delicia Harry. A melhor sopa que já provei...

Ela empurrou o prato.

- essa receita, aprendi quando estive em uma missão na Itália. Não podia me ausentar e o Malfoy não sabe nem preparar um leite quente... Daí, minha vizinha caridosa, mandou alguém para cuidar da casa. Bem, não se tinha muitos legumes naquela cozinha, mas já era o essencial. Cheguei em casa e encontrei a sobrinha dela com os legumes já cortados. Nunca mais esqueci...

- Itália, não? – perguntou pegando o guardanapo.

- sim – ele a olhou sonhador – já visitou Veneza?

- já me propuseram trabalho lá... – falou displicente.

- e você não aceitou? Veneza é um lugar bem...

- romântico? – o interrompeu – prefiro Paris!

Ele riu, fazendo com que Hermione despertasse de seus pensamentos confusos. Por um lado havia a carta, as palavras marcantes de Harry que lhe vinham à mente sempre que o olhava. Quantas vezes lera aquela carta? Uma... Duas? Não sabia. Era difícil lembrar da própria reação. Começara a ler no quarto e terminara no escritório. Só parara de ler quando o ouviu chamando-a no alto da escada. A pusera no meio de papéis e voltara para a sala. Quando ele interrogou sobre o que fazia lhe deu a primeira desculpa que veio em mente.

- fui ver se Henry mandou algo muito importante...

Harry não fizera mais perguntas e se manteve calado até aquele momento.

- do que você ri?

- que só você pra receber uma proposta de emprego melhor e recusar.

O olhou interrogativa.

- e quem lhe disse que era melhor?

Ele se ajeitou na cadeira e entrelaçando as mãos por sob a mesa declarou.

- ninguém, em sã consciência, lhe ofereceria um emprego qualquer. O que te ofereceram?

Ela revirou os olhos.

- podemos mudar de assunto?

- não, não podemos! Você me deixou curioso...

“Porque tive de falar aquilo?” Pensou. Sabia que ele só a deixaria em paz após satisfazer sua curiosidade. Veneza era uma página virada, juntamente com a oportunidade dos sonhos de qualquer um no seu ramo. Dizer a verdade de algo que lhe acontecera há quase oito meses, alguns dias depois que ele partira e uns dias antes de Krum fazer aquela proposta era algo doloroso e importuno. Encontrou o olhar inquisidor de Harry e percebeu que não tinha outra escolha.

- está bem... Surgiu uma vaga na Embaixada de lá... O embaixador se aposentou... Queriam que eu fosse e... Bem, ocupasse o cargo disponível!

- suponho que seria o de assistente... Porque acho que se surgisse à oportunidade de ser embaixadora, mesmo que em uma cidade menos romântica que Paris, você não a recusaria...

- já respondi a sua pergunta!

Preparou-se para levantar, mas foi impedida pela mão de Harry que segurou a sua. Os dedos dele percorreram a pele delicada de sua mão. Sentiu prazer naquele gesto. Um simples toque, mas que a fez relaxar e sem se dar conta falou.

- o trabalho diplomático possui muitas formalidades. Algumas pessoas acham difícil, complicado... Eu já acho burocrático... – suspirou – conservador e de certa forma machista... – levantou o olhar e encontrou Harry a olhando carinhosamente. Antes que mudasse de idéia ele sorriu, a encorajando – me propuseram o sonho de todo assistente...

- e esse sonho seria? – falou ao perceber que ela receava em falar.

Hermione piscou. Não sabia se era por causa da carta ou por aquelas lembranças, mas de repente se sentiu uma tola. As lágrimas queriam sair, mas as reteve.

- nada demais Harry, nada demais... – se pôs de pé – vou buscar a sobremesa! – em vão tentou mudar de assunto.

Harry parou bloqueando sua passagem e a segurando pelos braços.

- não me esconda... Vamos, fale!

- será que você não entende que não quero falar sobre isso? – soltou-se – virei a página, esqueci o assunto...

- mas porque? – sua mão a segurou ao passar por ele.

Ela olhou para o toque seguro em seu braço... Desabou!

- porque você tinha acabado de ir embora, o Krum apareceu logo depois... Porque poderia ter me casado com ele e hoje ser embaixadora em Veneza... – puxou o pulso – satisfeito?

Ele pesou aquelas palavras e o significado delas. Estava errado, ou se esquecera que Hermione também tinha uma carreira? As implicações para aquela atitude eram muitas. Mostravam que cego com sua rotina, não vira que ela tinha uma vida paralela, que levava quando ele não estava por perto. O mundo pareceu se abrir a sua frente. Teve orgulho dela, por agüentar aquela relação instável, que só lhe trouxera prejuízos ao longo daqueles anos.

- oh Mione! – a abraçou – me desculpe... Eu sinto tanto!

Hermione o olhou sem entender por uns minutos.

- por que?

- ora... Por todos esses anos... Por essa chance que...

Compreendendo o que Harry dizia pôs um dedo em seus lábios.

- Harry, não foi difícil... Escute! Era só um emprego. Outras oportunidades virão. Eu desisti... Sim, fiz isso. Para algumas pessoas pode parecer loucura, mas pra mim não. Fiz a minha escolha... E se tivesse de escolher entre um casamento de conveniência mais um emprego ou você... Acho que faria tudo de novo...

Harry levou a mão à sua face. Ela fizera aquilo por eles... Porque ele não podia fazer sacrifícios também?

- eu fui um tolo... – aproximou-se mais – pode dizer!

Hermione sorriu tentando se concentrar no que ele dizia, mas desistiu quando sentiu o hálito morno de Harry contra a sua pele. “Pra que falar?”, pensou. Estava cansada de ser tão equilibrada. Seus braços circundaram o pescoço dele fazendo com que encostasse os lábios em sua pele.

Com um beijo cálido tocou-lhe o pescoço.

- Harry... – ela suspirou.

- podemos falar depois? – sussurrou agora beijando o canto dos seus lábios – tem quase nove meses que espero por isso e acho que você também...

Sorriu. Nove meses? Ainda se lembrava da última vez em que ele a levou pra cama, mas parecia uma verdadeira eternidade. Quando Harry mordiscou seus lábios, resolveu seguir seu instinto e esse lhe dizia para aceitar que as mãos dele entrassem por blusa e acariciassem suas costas.

Harry sentiu as mãos de Hermione subirem por seu peito, tocando, apreciando até chegar em sua nuca. Aprofundou o beijo, mostraria o que sentia antes. A deixaria ver que eles ainda tinham conserto... Hermione suspirou e ele se dirigiu ao lóbulo. Depois faria a proposta, porque nesse momento não queria nem mais ficar ali.

- vamos subir... – sussurrou fazendo-a estremecer.

-porque não estamos lá em cima? – perguntou como se aquilo fosse um absurdo.

Harry riu enquanto Hermione, segurando sua mão na cintura, o guiava até o quarto. Chegando a porta, ela parou se virando.

- Harry, escute...

Puxando-a para perto ele abriu a porta enquanto entravam.

-Hermione você fala demais às vezes sabia? – se inclinou para beijá-la – poupe um pouco de energia para daqui a pouco, está bem?

Jogou uma mecha de seu cabelo pra trás e a calou com um beijo. Sabia muito bem o que ela ia dizer e não se importava com nada, apenas com o toque dela. Com as mãos que apressadas tiravam sua blusa de dentro da calça.

Deram alguns passos em direção a cama e pararam. Entretida em abrir a camisa, Hermione não percebeu a expressão de Harry. Este agora apenas a segurava, acompanhando seus gestos e procurando palavras.

- Hermione? – quando ela abria o terceiro botão a interrompeu – esquece tudo, ta?

Hermione piscou, ouvira direito? Depois de fazê-la entrar no clima queria que ela...

- esquecer? Agora? – se assustou – quando estou te despindo?

- não princesa! – como para confirmar o que dizia tirou a blusa dela – esquece os problemas... Vamos só eu e você pra cama... – brincou com a renda do sutiã – sem nada entre nós... A não ser o que sentimos...

- certo! – respondeu aturdida sentindo o toque dele por sobre a peça branca – agora chega de conversa, não?

Como resposta Harry beijou o vão entre seus seios.

Os próximos gestos foram apressados, mas ao mesmo tempo delicados. Com maestria ele começou a despi-la. A cada pedaço de pele descoberto, um beijo era dado no local, fazendo com que sentisse calafrios enquanto tinha a impressão de que seu corpo se consumiria em chamas.

A deitou na cama, começando a retirar sua calça e encontrou o olhar dela. Parou o que fazia para beijá-la. Hermione correspondeu ao beijo, não deixando de segurar em seus cabelos, os puxando de leve. Ele sorriu, sentindo a magia percorrê-los. A mesma magia de sempre, que aqueles meses todos não conseguiram apagar.

Ela fez menção de se virar, mas ele não deixou, segurando seus braços no alto de sua cabeça, fazendo uma trilha de beijos em seu rosto. Mordiscando sua pele. Arrancando pequenos gemidos de prazer...

- Harry... – gemeu.

- shh... – a soltou para levar um dedo a seus lábios.

Aproveitando-se do momento, o virou na cama, sem problemas. Ficando por cima, pode ver o olhar de surpresa de Harry,que com as mãos livres aproveitou-se para percorrer seu corpo até encontrar o sutiã e soltá-lo. Hermione sorriu, se abaixando para beijá-lo. O perfume de Harry lhe impregnou os sentidos, alimentando seu desejo, fazendo-a se sentir frustrada por não estarem despidos.

Nenhum dos dois tentou se acalmar. A intimidade daquele instante os fazia esquecer qualquer pretensão de conversa. Hermione podia ouvir sua respiração entrecortada, assim como o coração de Harry batendo sob suas mãos. Com um desejo crescente, as deslizou até achar o fecho da calça dele. Empertigou-se e mordendo um lábio, retirou a peça, aumentando o contato pele a pele.

Harry a abraçou, beijando seu colo, sugando seu seio, mordiscando sua pele, a provando de todas as formas possíveis e imagináveis. De olhos fechados, ela levou as mãos até o ventre dele, deslizando... O gesto o roubou de qualquer propósito de comedimento. Estreitou-a de encontro a si com um dos braços, enquanto com o outro percorria cada centímetro da pele sedosa de suas coxas. Tocou-a em seu ponto mais sensível, fazendo-a vibrar em deleite. Lhe abafou o gemido de prazer com a boca.

A intimidade do beijo e da caricia, a pressão de Harry em seu corpo, a levaram a ápice do desejo, dominando-lhe o corpo inteiro. A paixão sentida era como um momento de glória. Sentiu o sabor do paraíso, uma carência profunda e insuportável pelo prazer absoluto. Ao mesmo tempo, isso a consumia e fortalecia. O vazio, que a atormentava quando estava sozinha, desaparecia sem deixar vestígios.

Ele sentiu a integridade de sua reação. Não era uma rendição, mas um convite para que compartilhassem o que eram e possuíam, alma, coração e corpo. Ele queria aceitar, apossar-se de tudo que pudesse pedir, precisar.

Noite após noite, ele sonhava em tê-la em seus braços. Só Hermione o fazia sentir assim. Apenas ela poderia torná-lo inteiro de verdade.

Tirou-lhe o resto da roupa depressa e a deitou nua sob ele. Ela, por sua vez o ajudou a se despir, para em seguida, o abraçar com força, pedindo que se unissem novamente, para que voltassem a se sentir um só. Não pensou duas vezes em atender seu pedido. Como se fosse a primeira vez, depois de muito tempo, ele uniu seu corpo ao dela, fazendo com que seus gemidos tomassem conta do ambiente.

Podia ver em seu rosto a imagem do prazer e imaginou que ela também poderia ver isso nele. Harry sentiu a boca de Hermione em seu ombro, suas unhas em suas costas, querendo aprofundar seu contato. Satisfez sua vontade, investindo mais contra o corpo amado. Fez sua pele queimar nos lugares onde beijava, como se deixasse a sua marca ali.

De repente, a cama pareceu pequena. Nenhuma posição era próxima o bastante, para os satisfazer. A cada segundo, tentavam se unir um pouco mais, e começavam a sentir o ápice se aproximando. Sedento. Faminto. Inteiro.

No que pareceu uma explosão de sentidos, se abandonaram nos braços do outro, juntos.

Encostando sua testa na dela, sorriu, ao ver a expressão de prazer em sua face. Com um terno, mas longo beijo, se deitou a levando consigo. Fechou os olhos o acompanhando, sentindo como se nada mais valesse a pena. Não importava o tempo que fazia lá fora, mas sim o clima ali dentro. O calor que inundava o ambiente, imerso em prazer e paixão que seus corpos exalavam.

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A olhava admirado. Hermione estava perdida em seus sonhos, deitada a sua frente, tendo o corpo coberto apenas em algumas partes. Será que ainda havia uma chance pra eles? A puxou mais para perto, em meio ao sono, fazendo com que sentisse novamente seu corpo vibrar diante daquela proximidade. Se não tivessem, ele faria essa oportunidade. Começou a passear com a mão de leve, pelo braço nu dela. Sentira falta de tudo que envolvia Hermione na sua vida. Sentira falta do perfume dela, do sorriso franco na hora do prazer, da pele macia como uma pétala de rosa... Do seu jeito prático de encarar a vida, da facilidade com que ela enfrentava os problemas e principalmente, da recepção que ela fazia pra ele a cada vez que retornava. Enterrou o rosto no pescoço dela, lhe dando um beijo lento.

De costas para ele, Hermione apenas sorriu sonolenta. Não queria abrir os olhos com medo de que a mágica se desfizesse, que quando os abrisse o encontrasse vestido, pronto pra partir e deixá-la novamente, com promessas de que voltaria logo, mas só retornando muito além da data prevista. O sentiu se aproximando e segurou o braço que parou em sua cintura. Aquele clima tão íntimo a fazia pensar se esse não fora o erro deles. Compartilhar aqueles momentos era um verdadeiro sonho. O seu acalento na ausência dele, mas será que...

- o que a minha princesa está pensando?- murmurou próximo ao ouvido dela.

- nada demais... – falou enquanto ele mordiscava a sua orelha.

- mesmo? – a virou de forma a poder olhar em seus olhos - olha lá hein?

Rindo mexeu no cabelo dele.

- se acalme Harry, não é nada demais...

- sério? – levantou uma sobrancelha. Ela assentiu – então se é assim... – se inclinou para começar a beijar seu pescoço se dirigindo ao colo.

Hermione sentiu as mãos amadas descerem pelo seu corpo lentamente, puxando o lençol, começando a revelar seus seios, a expondo...

- que acha de uma champagne agora? - perguntou com os olhos fechados.

- você está em faze de recuperação do tratamento, não podemos deixar que ingira muito álcool – comentou entre beijos.

Segurou o rosto dele entre as mãos, o fazendo se aproximar do rosto dela e lhe indicou o relógio na mesa de cabeceira.

- ta vendo aquele relógio? Ele diz que são 00:01... Estamos em outro dia, as ultimas 4 horas me deixaram meio cansada, entende? Então, quem sabe... O champagne ajuda a repor umas energias?

Rindo, ele lhe deu um ultimo beijo terno, longo... Antes de se afastar.

- ok, você venceu! – pulou da cama, pegando o roupão, que ficara caído no puff, assim que eles retornaram do banheiro.

- vai sem o roupão. Se você for assim, só de sunga, volta mais rápido – falou mordendo os lábios, Harry quando ouviu esse comentário se virou de volta pra ela.

-senhorita Granger... Isso é alguma proposta?

Ela sorriu, se espreguiçando. Fazendo assim, com que o lençol deslizasse um pouco mais, mostrando algumas coisas que não deveriam ser reveladas.

- querido, você não me deixou vestir quando voltamos do banho se lembra? Agora arque com as conseqüências... E meu champagne, por favor...Escolha bem!

Harry saiu do quarto feliz, por sentir a atmosfera entre eles se acalmar. Desceu a escada pensando em quão sortudo era, em poder estar ali, curtindo aquele momento com Hermione. Na cozinha, escolheu a melhor champagne que achou na adega e com um feitiço simples a fez gelar. Estava a dois passos da escada quando percebeu que a lareira da biblioteca estava acesa. Retornou, pronto para checar se estava tudo bem e se fosse o caso apagá-la quando viu um rosto em meio às chamas. Tentou se esconder antes que o vissem, mas foi tarde demais.

-Harry, rapaz, não fuja, eu já te vi! – Charles falou em seu habitual tom seco.

Sem alternativa ele entrou deixando claro ao chefe que não gostaria de demorar muito, indicando com as taças e a champagne o próprio corpo.

- não tenho muito tempo Charles, então se me fizer o favor...

Ignorando a indireta, o superior não deixou por menos, começando logo a dizer a que veio.

- preciso de você agora, sabe como é... Tivemos um pequeno contratempo e...

Harry o interrompeu pondo as coisas na mesa e se agachando próximo à lareira.

-escute aqui, eu não vou a lugar algum. Você sabe muito bem que eu pedi férias. Férias essas que são minhas por direito. Te pedi dois meses dos oito que foram se acumulando ao longo do tempo. Não adianta dizer que você me paga mais por isso. Tudo que quero é isso aqui. Uma vida simples e tranqüila, onde eu não precise me preocupar com quem está atrás de mim.

O outro o olhou pesaroso.

- Harry, você é o único que eu consegui achar a essa hora e...

- porque será, não Charles? É madrugada... Alias, não era pra você me achar. Ninguém me procura aqui...- as imagens dos fotógrafos no baile há alguns dias atrás o fez fechar os olhos - e você me achou da forma mais injusta que existe... Deixe-me em paz, por favor, eu só quero isso. PAZ! Porque cansei de tudo, cansei dessas cobranças, cansei de ficarem no meu pé dizendo o que devo fazer e deixar de fazer. A hora que preciso ir ou vir. Mas que droga, também tenho direito a viver!

Revoltado se pôs de pé pronto pra se virar e pegar as taças quando encontrou Hermione, parada a porta, vestindo a camisa que ele vestira horas atrás.De braços cruzados ela o encarava, mas seu olhar estava mais distante do que o normal.

- então te espero em no máximo 3 horas. Até daqui a pouco! – as chamas voltaram à coloração normal indicando que Charles já partira, deixando Harry ali, sozinho com Hermione.

Descera somente para ver o porque da demora dele, para ajudá-lo se fosse o caso. Cansada de esperar pegara uma camisa dele para vestir. Um sorriso sincero brilhava em seu rosto, até a hora em que escutara vozes na biblioteca.

Agora estava ali, de frente para Harry. Tentando entender o que ouvira, o que sentia...

- não é o que está pensando princesa...

Piscou tentando se concentrar no que ele lhe dizia.

- não? Tem certeza?

Harry suspirou cansado, pegando novamente as taças e se aproximando dela, fazendo menção de tocá-la.

- esquece isso Hermione... Vamos subir e...

- e encontrar o seu chefe batendo na nossa porta?

O silêncio foi incomodo, mas não durou muito.

- ele não vai vir...Eu não queria ir, fiz o possível pra convencê-lo e... Não sei quanto você escutou, mas... Ergueu uma mão para interrompê-lo.

- precisamos esclarecer uma coisa. A nossa relação continua da mesma forma que estava antes e não vai mudar, enquanto você não resolver seus problemas no trabalho! - falou exasperada – meu Deus, Harry! Percebe o que está acontecendo? Tome uma decisão e mostre pra eles...

- você acha que não tomei? – falou seco – como acha que fiquei esse tempo todo aqui? – olhou a volta deles – Mione, estou fazendo o possível pra que essa relação de certo... Eu não quero que continuemos assim, quero algo sério e definitivo com você...

Sacudiu a cabeça, tentando por os pensamentos em ordem, antes de encará-lo. Ouvira bem? Ele queria algo sério?

- o que você quer dizer com isso?

Sorriu sem graça.

- eu te conto mais tarde... O que acha de um encontro no café L’azul? Daí, botamos as coisas em ordem... Você tem razão, eu preciso primeiro conversar com eles e...

- olhar pro seu próprio umbigo, ao menos uma vez na vida – completou sorrindo.

- gostei da dica... – lhe indicou a escada com a cabeça – você se lembra do feitiço pra gelar esse champagne?

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Relanceou mais uma vez o relógio. Já havia se passado meia hora desde a hora marcada. O garçom sempre solícito voltou a sua mesa, perguntando se não gostaria de mais alguma coisa. Com um sorriso discreto, dispensou um novo pedido. Ajeitou a boina e o casaco, tendo o cuidado de olhar mais uma vez no relógio.

Lá fora, Paris lhe sorria, com seu ar outonal. Apesar do tempo frio do dia anterior, o sol se mostrava meio envergonhado, sem conseguir aquecer as pessoas, mas presente. Pensara em ficar na calçada, o esperando, mas o tempo assim não permitiu. E agora entre uma xícara e outra de chá, pensava se fora uma boa idéia marcar aquele encontro.

Olhou a sua volta, constatando que ele ainda não chegara. Impaciente pegou a bolsa, quase pedindo a conta pra ir embora. Um atraso de quanto tempo mesmo? Respirou fundo e sentou novamente. Não importava. Dessa vez, ficaria ali, até ser expulsa pelos funcionários.

Uma rajada de vento anunciou a entrada de um novo cliente, no estabelecimento. Já se virara tantas vezes para ver se era ele retornando que dando de ombros continuou a olhar a calçada através da janela, ignorando os ali presentes.

- desculpe princesa... – ele falou lhe dando um leve beijo na bochecha.

Assustada, viu Harry se sentar a sua frente. Com uma naturalidade, que ela estaria longe de ter, ao chegar atrasada em algum compromisso. Ele fez o seu pedido e a olhou com um belo sorriso nos lábios. O sorriso de sempre, mas dessa vez, ele tinha algo mais, que prendeu a atenção de Hermione.

- a que devo esse sorriso no olhar, Sr. Potter?

Ainda sorrindo, ele se inclinou por sob a mesa procurando as mãos dela. Hermione olhou sua mão ser envolvida pela dele, acariciando-a de leve e escondeu um sorriso.

- precisamos comemorar muito hoje, sou um homem livre!

Abriu a boca pra falar, mas deixou de lado o que ia dizer. O viu comer um pouco antes de perguntar a que devia aquele encontro.

- vamos, você me acordou com um delicioso café na cama, dizendo que hoje seria um grande dia. Que faríamos muitas coisas. Diga-me, a que devo a honra de sua companhia a essa hora do dia, quando você deveria estar trabalhando, ou sei lá, envolvido em alguma missão?

Muitas coisas passaram na cabeça dele para dizê-la naquele momento. Como por exemplo, que ela tinha um sorriso lindo quando tentava esconder sua curiosidade. Que adorava o modo como ela muitas vezes ignorava o seu atraso, mesmo estando a ponto de ir embora, como ele mesmo a vira fazer muitas vezes. Como também adorava o sorriso de alegria dela, quando surpreendida por ele. Como amava tudo nela, até mesmo as palavras que deveriam ser para ofender. Em outras palavras, como a amava...

Suspirando se recostou na cadeira, pegando um embrulho, que trazia no bolso do sobretudo, que estava na cadeira. Felicidade. Era isso que sentia ao fazer aquilo. Sabia que aquela era a atitude mais certa a tomar. Fora por isso que no dia anterior não pensara duas vezes quando comprara aquilo pra ela. Mais certo que aquilo, apenas a decisão que tomara mais cedo.

Hermione permanecia prestando atenção a cada gesto dele. Não imaginava o que se passava com Harry até ver a pequena caixa em suas mãos, mas ainda assim não podia acreditar.

- o que... – não terminou de falar. Harry abriu a caixa a sua frente, com um sorriso tímido.

- esqueci meu discurso... Me desculpe... Mas... Tudo que eu quero que você saiba... É que eu te amo. Quero passar o resto dos meus dias com você. Quero acordar todos os dias de minha vida ao seu lado e ter seu olhar lindo pra recordar ao longo do dia. Quero estar com você em todos os seus momentos, lhe fazendo companhia, eu quero te amar, como nenhuma outra pessoa será capaz... Eu quero muitas coisas, mas me contento que você ao menos diga que aceita se casar comigo...

- ah... Eu... Eu... – abriu a boca para falar, mas as palavras lhe faltavam. Estava admirada com as palavras dele, admirada demais para prestar atenção, no que tinha de responder.Olhou para o anel, depois para Harry e sem perceber olhava a volta deles, não acreditando naquilo, achando tudo irreal demais. O que viu, serviu para lhe mostrar que não era um sonho. As pessoas próximas a sua mesa, a olhavam em expectativa.Voltou a olhar para Harry, que já segurava o anel entre os dedos e falou quase sem voz, tamanha emoção – eu... Eu aceito...

Feliz, ele começou a por o anel no dedo dela. Hermione percebeu que alguém em algum lugar tirava uma foto. Não ligou até a hora em que o garçom pôs a maquina com cuidado na mesa deles. Reconheceu a maquina de Harry, que sem largar a mão dela, a levou aos lábios e a beijou. Os aplausos começaram nas mesas próximas e se estenderam a todo o café.

Seu coração batia descompassado. Ainda não conseguia acreditar no que acontecia. Os aplausos a sua volta não eram ouvidos. Só conseguia sentir a mão quente de Harry em contraste com o anel frio, em sua mão. Ele a pedira em casamento. Um sorriso bobo brincou em seus lábios. Sim, não era ilusão. Harry a havia pedido em casamento, ele estava disposto a ter algo sério com ela, estava disposto a ter uma vida estável e segura a seu lado.Todos os seus medos se foram, ao encontrar o olhar dele. Se sentiu estranhamente segura e teve certeza de que era amada e que ele realmente faria de tudo para que desse certo.

- eu te amo... – foi tudo o que conseguiu dizer naquele momento.

- espero mesmo que ame... – murmurou nervoso, o que não passou despercebido a ela.

- porque diz isso? – também murmurou

- por que sou um homem desempregado... Preciso mesmo que você me ame, pra ficar ao meu lado...

Um sorriso franco se formou em sua face.

- sim, eu te amo, mesmo desempregado...

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- ainda não acredito que você pediu demissão... – falou antes de beijá-lo na bochecha.

Ele a virou. Estavam andando pela base da Torre Eiffel, admirando as plantas, vendo o rio Siena correr, agindo como verdadeiros turistas. Tocou a face dela, antes de lhe roubar um beijo pra dizer:

- sinceramente? Nem eu. Quando vi, estava falando pro Charles arranjar outro pra aturar as gracinhas dele...

Riram felizes.

- e você não se importou com a reação dele?

A olhou nos olhos, mantendo o sorriso.Só agora parava pra pensar que realmente não se importara, que tudo que lhe veio à mente na hora era de que estava livre pra viver do jeito que quisesse, sem se preocupar com horários e prazos.Deu de ombros antes de falar.

- pra que me importar? – voltou a andar com ela envolvida por seus braços – você sabe tão bem quanto eu que amanha mesmo vão estar me oferecendo o emprego de volta e daí, eu faço as exigências que quero e a gente fica feliz, levando a nossa vida em Paris... Você pretende continuar morando por aqui, não?

- sim, a não ser que me ofereçam um emprego maravilhoso em outro país... – disse encostando a face no ombro dele.

- e daí a nós vivemos felizes para sempre?

Um raio de sol tímido atravessou as nuvens, iluminando o olhar dela.Já se achava feliz. Para sempre? Era um mero detalhe. Para ela estar ao lado dele já era o “para sempre” e o amor que compartilhavam já bastava para serem felizes.

- sim... Felizes... – ficou na ponta do pé para beijá-lo – e para sempre...

N.A.²: sim,final podre...Nem acredito q consegui fazer isso –‘ eu só descobri q tinha quase um ano sem atualizar a fic, pq fui ver nos reviews do floreios, quando q começava os desse capitulo e fui no ff pra ver a data da atualização e levei um susto bem grande –‘ mas aqui estou eu pra agradecer a cada um q me deixou review ao longo da fic.São mtos nomes, se fosse enumerar e agradecer a cada um, levaria um bom tempo, mas quero agradecer de coração, aqueles q tiveram paciência, me deram apoio e estimulo pra continuar c esse projeto.a cada um q me escutou na hora das duvidas,a cada um que me cobrou atualização ou não.a vcs que sempre me fizeram sorrir ao abrir a minha caixa de e-mail do yahoo e ver que havia um alerta de review da fic.Espero q continuem tendo paciência com essa pobre estudante universitária totalmente falida, que tem uma mente mto fértil e q gostaria de continuar compartilhando com vcs as idéias q tem.

A você q vai ler a fiz dps de pronta, espero q tb me deixe um review XD sim, eu ficaria mto feliz em receber e perceber q mesmo dps de pronto o trabalho continua sendo apreciado.

Um beijo, fiquem com Deus e até a próxima.

N.A.³: um beijo e muito obrigada a Mari Gallagher e a Sally, as minhas duas betas da fic XD eu amodoro vcs XD

E também a LiláGranger, Mary, Amy Lee, Gih Almofadinha, Black, Malu Potter, Lílian Granger Potter, Joana Vieira, Luisa Khan, Kelly Potter, Luisa Malfoy, Josy, Bernardo Filho, Índia, Cecília Granger Potter, Bia Lima, ShayLovePotterGranger, Jessi Potter, Vanessa Luana Alves Martins, May, Thais Potter Malfoy, Karen, Wendy, Marcela Granger Potter, Mione03, As Beldades, Nancy Rings, Agatha...) , Ligia Maria Araki, Felipe Potter, Hermione Seixas, Marisa, Rina-dono, MiaGranger28, Lelymarques e MinniMione. Gnt obrigada pelos reviews deixados ao longo desse ultimo ano, pq sei q teve gnt q deixou mais de uma vez e bem... mto obrigada e espero q deixem novamente XD beijos!

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