Atitudes



Título: A Proposta
Autora: Annette Fowl
Classificação etária: Rated T
Shipper: Harry/Hermione
N.A.: oie! Voltei. Sei que demorei, mas é que vocês não sabem da maior. Só faltava remendar a fic quando eu tive idéias maravilhosas pra uma fic que comecei a escrever e to quase terminando de organizá-la (mas ela só vem depois que o livro seis chegar no Brasil, ok?) e quando resolvi escrever pra A Proposta tive outra idéia e a pus no papel. Essa vocês podem ficar tranqüilos que vem logo. Ao menos ela vem assim que eu me sentir menos sufocada com A Proposta e Nossas Vidas, ok? É isso,
Boa leitura e deixem reviews!



Capitulo III: Atitudes


A luz da lua incidia sobre o lago artificial localizado na frente do prédio. Pessoas chegavam de carro e outras saiam de uma certa tenda. Para um observador comum, aquilo seria estranho afinal de onde poderia vir toda aquela gente que saia de lá era um mistério, apenas para trouxas. A tenda fora destinada para a aparatação dos bruxos que moravam muito longe. Dera trabalho preparar tudo aquilo.

Exigira três meses de preparo e um para ajustes finais e ela ainda tinha medo de descobrir que algo dera errado. Resolveu voltar e ver se estava tudo certo. Um chefe de estado aqui, uma princesa ali, ministros e mais ministros. Sorria automaticamente a cada vez que via alguém. Não beberia. Estava a serviço. Mas pra evitar comentários andava com uma taça cheia na mão. O filho de um embaixador a tirou para dançar. Pode ver o olhar paternal de Henry, o embaixador inglês na França. Ele vivia dizendo que ela precisava se distrair e aquela era a prova de que ele se cansara das desculpas dela.

- e então Hermione... Tem namorado?

Ela o olhou. Richard era um bom rapaz. Trabalhador, bonito, mas fora de seus padrões. Sorriu e em um tom bem humorado respondeu.

- não... Posso dizer que estou vivendo

Apesar de não querer dançar se deixou guiar. Seria melhor deixar as coisas acontecerem a sua volta e por um momento esquecer os problemas.

- você não sabe quem acabou de chegar. – ele falou isso mudando de posição

Ao se virar ele possibilitou que ela tivesse uma visão da entrada.

- quem? –fazendo um gesto com a cabeça ele indicou o recém chegado.

Hermione olhou pra direção em que ele olhava sorrindo. Fosse lá quem fosse deveria sorrir, ser amável.

Vestindo um Armani autêntico, ele não poderia estar melhor. Os repórteres o cercaram. Flashs espocavam de todos os lados. Não sabia o que fazia ali até que a viu. O ar lhe faltou e se perguntou se ela estava tão sozinha quanto ele. Quando ela se virou refreou-se para não cometer nenhuma loucura. Os olhares se encontraram mostrando que seis meses eram muito tempo fisicamente, mas sentimentalmente não era a mesma coisa.

Ela encostou a cabeça no ombro dele para tentar esconder o que sentia. Apostava que o que estava sentindo deveria estar estampado em seu rosto.

- você fala sobre o Harry?

- tanta intimidade assim e eu pensaria que existe algo entre vocês.

- sou a melhor amiga dele!

- jura?! – se afastou dela e olhou para Harry que vinha na direção deles – então vou deixá-los conversar um pouco. Devem precisar não? - piscou um olho e beijou sua mão, deixando-a sozinha, mas não por muito tempo.

Alguém a envolveu pela cintura guiando-a ao som da musica pelo salão. Não olhou para cima assim como ele não olhou para baixo. Só precisavam saber que estavam ali, juntos. Sentindo um ao outro. Encostando a cabeça no peito dele pode ouvir seu coração e fechando os olhos se lembrar de quantas e quantas vezes adormecera com aquele som a embalá-la.

Harry apoiou o queixo no alto da cabeça dela sorvendo o perfume tão amado. A aproximou mais ainda e sentiu-a se retesar. Passara tanto tempo longe dela que tudo o que queria era tê-la só para si, sumir daquele lugar, daqueles olhares especulativos e...

- não me abrace dessa forma senão as pessoas vão começar a falar.

Ia dizer algo, mas parou. Não queria saber se as pessoas iam começar a falar. Amavam-se e eram livres. Tudo que precisava fazer era assumir o que sentiam e pronto. A teria só para si e não precisaria lançar certos olhares a homens como aquele que dançara com ela. A ouviu suspirar.

- porque você voltou Harry?

- para conversarmos. Você disse que só me escutaria se eu viesse te ver. Então, estou aqui!

Ela soltou uma risada amarga e levantou o rosto.

- acha que vai ser tão fácil assim?

Ao vê-la daquela forma não resistiu e se abaixou para beijá-la. Hermione piscou varias vezes e pôs uma mão em seu peito.

- não se atreva!

A musica havia acabado e as pessoas começavam a se afastar. Decidida resolveu sair dali. Ficar perto dele não a deixava com todas as suas faculdades mentais funcionando. Afastou-se e deu dois passos. Passando por um garçom e pegando uma nova taça de champanhe. Não podia beber, mas desta vez não havia outra escolha. Sorveu um gole e sorriu para alguém que passou.

- Hermione!

Quase se engasgou. Ele a chamara?

- esse não é o melhor lugar Potter!

- o melhor lugar é aquele que você me escuta...

- você ficou louco? – falou se virando

É estava. Parou pra analisar as palavras dela. Estava no meio do salão, falando com ela e atraindo olhares. Se for capaz de fazer qualquer coisa para ficar com ela era loucura ele teria de admitir que estava louco e que adorava aquilo.

- sim fiquei!

Olhando a sua volta ela viu que muitas pessoas os olhavam. Algumas se aproximavam pra ouvir melhor e a banda parou de tocar.

- Harry, não fale... – levantou uma mão pra impedi-lo de falar, mas foi em vão.

- se querer ficar ao seu lado é loucura, sim, sou louco!

Sem reação ela só conseguiu cerrar um dos punhos ao longo do corpo.

- não...

Ele levou a mão aos cabelos no seu gesto mais natural, fazendo muitas mulheres suspirarem.

- Hermione, eu te amo! – seu tom era de dor, mostrando o quanto sofria – o que mais você...

Não agüentava mais aquilo. Se ele sofria não podia imaginar nem um pouco do que ela passava e agora dava um verdadeiro show e fazia com que as pessoas pensassem que quem não prestava era ela. Ficava feliz por ele admitir publicamente que a amava? Sim, ficava. Só que não era por isso que ia passar uma borracha no que tinha sofrido. Ainda mais agora que ele estragara um trabalho de três meses.

Acabou de beber o champanhe calmamente. As pessoas esperavam uma resposta dela. O garçom continuava ali perto. Pegou outra taça.

“Você me paga Potter” pensou enquanto ia até ele.

- estou farta Potter. Das suas promessas e palavras. Sabe porque? Porque você pensa que passando quase um ano sem me ver é só fazer esse showzinho que eu perdôo tudo. Morra Potter, você e suas palavras, porque não acredito mais nelas. Quero gestos, atitudes e não vou ceder assim tão fácil só porque você é Harry James Potter! – falou com sarcasmo - porque pra mim... Você não passa de um idiota que só sabe destroçar meu coração! – terminou o discurso gritando as ultimas palavras e jogando a taça no smoking dele.

Girando nos calcanhares ela sumiu dali. Precisava de um abrigo, sumir. Depois de meses de trabalho árduo essa era a recompensa dela, tudo indo por água abaixo. Podia ouvir as pessoas murmurando. Imaginava Henry lhe entregando a carta de demissão e Jacquie arrancando os cabelos. Seu nome foi gritado ao longe e ignorou. Não iria ceder. Conhecia o prédio como a sua casa e não demorou a encontrar seu escritório.

Aos tropeços falou a senha e entrou.

Tentara correr atrás dela, mas fora impedido por Jacquie.

- eu se fosse você não ia atrás dela agora.

- mas...

- você acabou de expô-la na frente de todas essas pessoas. Sabe quanto trabalho deu pra ela fazer com que tudo desse certo?

- ela vai ter de me escutar!

- primeiro me deixa falar com ela. Eu preparo o terreno pra você...

Jacqueline se afastou. Dois repórteres aproximaram e Harry respirou fundo. Sua precipitação o porá em maus lençóis. Jacquie tinha razão. Deixaria Hermione se acalmar e enquanto isso tentaria se livrar dos repórteres.

Hermione estava sentada em sua cadeira quando Jacquie entrou. Secou uma lagrima e falou.

- porque eu não aceitei a proposta do Krum?

Apesar de não saber dessa historia Jacquie respondeu sem pestanejar.

- você não o ama.

Hermione secou outra lagrima.

- e porque eu aceitei todos esse problemas com o Harry? – a resposta veio mais rápida que a anterior

- você o ama.

- quem lhe disse isso?

Jacquie se sentou em frente a ela

- ta na cara Hermione. E não falo por causa do que aconteceu agora! –Hermione gemeu – não aja assim. Eu falo por causa dos olhares que ele lançava a você naquele jantar e do inicio da festa. Você tinha de ver como seus olhos brilharam ao vê-lo e... O clima enquanto vocês dançavam. Nenhuma palavra, só o prazer de estarem juntos!

Hermione escondeu um sorriso sem graça ao recordar do prazer que fora, mesmo por poucos minutos, estar de volta aos braços dele. Viu Jacqueline sorrir e deixá-la sozinha com seus pensamentos. Pegou outro lenço na caixa e ouviu a porta ser aberta. Imaginou que fosse a amiga de volta.

- eu gostaria de ficar sozinha Jacquie. Pra por os pensamentos em ordem...

- pode ficar tranqüila - ao ouvir a voz de Henry levantou o rosto - vou te dar um tempo pra refletir em tudo o que ocorreu hoje.

De pé ela se abraçou e olhou para fora da sala. Já imaginava o que ele ia fazer.

- vai me demitir?

Pode ouvir uma cadeira ser mexida e soube que ele sentava

- não... Você é uma ótima assessora. Eu nunca te demitiria ou pediria algo assim.

- então o que vai fazer?

Henry respirou fundo

- eu vou de dar duas semanas de férias.

Ela se virou e apoiou as mãos na mesa com uma verdadeira expressão de choque.

- você o que? Não Henry, não, eu não posso ficar duas semanas fora e...

- então quatro semanas.

- não, por favor...

- esta bem... Três e se você insistir muito pode virar mais de um mês.

Respirando fundo ela tentou se acalmar.

- Henry, eu não posso ficar tanto tempo longe do serviço e você sabe disso tanto quanto eu.

Henry a olhou sério. Sabia que seria difícil convencê-la a se afastar, mas depois da cena que presenciara sabia que precisava de um tempo pra ela. Onde pudesse esquecer dos problemas do serviço e solucionar os pessoais.

- sei disso, mas se antes eu tinha minhas duvidas agora eu tenho certeza. Você não tem tido tempo pra você querida e me sinto culpado por isso.

Ela o encarou determinada.

- não adianta. Você pode me dar um ano de férias, mas se ele passar dois em uma missão eu não posso resolver nada... Você tem uma idéia disso?

O olhar sério mudou para o paternal. Ao ver a mudança ela fechou os olhos que começavam a se encher de lágrimas.

- escute Hermione... Você alguma vez parou pra falar sobre isso com ele?

-por incrível que pareça eu só reclamei há seis meses... E sabe porque? Não foi porque eu acordei um dia e disse que estava farta da situação, mas porque eu o comuniquei de uma proposta que me fizeram e ele não reagiu. Apenas aceitou e a atitude dele me enervou e acabei botando tudo pra fora!

Sentando em sua cadeira Hermione permitiu que as lágrimas fluíssem. Precisava desabafar com alguém tudo o que sentia. Sentia-se cansada demais. Não tinha mais forças pra continuar com aquilo. Se ele achava bom contar pra Deus e o mundo o que sentia problema era dele.

- você poderia me dizer que proposta e de quem?

Respirando fundo ela conteve o choro. Abriu e fechou gavetas a procura do vidro de aspirinas. Aquele era um velho hábito que herdara de seus pais do qual nunca se esquecia. Sua cabeça parecia que ia explodir e, portanto demorou a assimilar a pergunta.

- você quer saber quem? Pois bem... Victor Krum.

- o jogador de quadribol? Que interessante... Agora me diga o que ele propôs?

Ela encontrou o vidro e pegou um comprimido. Conjurou um copo d’água e tomou o remédio de um gole. Pesando as palavras ela murmurou.

- ele me propôs casamento...- olhou para o chefe e aumentou o tom – e ele não fez nada quando soube!

- ele quem?

- o Harry ora... e quem mais me importaria saber a opinião sobre esse pedido? A Henry... Agora você me entende? Eu tinha acabado de dizer pro cara que amo que outro me pediu em casamento e ele não fez nada... Apenas perguntou se eu tinha aceitado!

Henry a abraçou. Queria poder protegê-la de todo mal e sentia-se impotente ao vê-la sofrer daquela maneira.

- escute Hermione. Ele nunca lhe propôs nada... E sentiu que por isso não tinha o direito de interferir na sua decisão. Agora eu acho que vocês deveriam parar para conversar. Ele apareceu e pelo o que todos vemos quer isso. Esclarecer tudo e ter a chance dele de te fazer feliz.

Hermione pegou sua bolsa torcendo para que o que Henry havia dito fosse verdade. Não queria mais sofrer e não sabia se teria forças pra sofrer mais. Deu um beijo terno na bochecha dele e foi para a porta.

- só me volte depois que resolver tudo, ok? Quero um sorriso e se possível um termo de compromisso! – Hermione sorriu com o comentário e fechou a porta. A sua mente estava em frangalhos. Não tinha coragem de enfrentar ninguém no momento. Precisava encontrar seu carro. Não tinha condições de aparatar devido à dor de cabeça constante que tinha. Abriu a bolsa e começou a procurar as chaves enquanto descia pela saída de serviço.

Harry a olhou sair do prédio procurando algo em sua bolsa. Até que no final ele conseguira acalmar os repórteres, mas a sua preocupação maior no momento era a reação dela. Esperou que se aproximasse do carro e saiu das sombras. Ela deu um pulo de susto e levou uma mão ao peito.

- o que você estava fazendo escondido ai? – falou, depois de reconhecê-lo.

Andou até ela e tentou pegar as chaves que estavam em suas mãos. Ela as puxou de encontro ao corpo.

- eu sei dirigir! - se encostou no carro e pôs os dedos nas têmporas. Sua cabeça parecia querer explodir.

- anda! – pegou a chave da mão dela e abriu a porta. Pondo uma mão em suas costas a empurrou delicadamente pra dentro do veiculo.

Hermione mesmo contra a sua vontade se viu ali. Ao lado dele. Estava tão cansada que nem ligou pra isso. Reclamaria depois. Poderia aparatar, mas não se garantia no estado em que estava. Ele dirigia com uma calma controlada. Podia vê-la encostando a cabeça no vidro após por o cinto. Havia tomado uma decisão. Se ela queria que ele tomasse atitudes começaria naquele instante.

- eu hoje não vou dormir no quarto de hóspedes. – ela revirou os olhos.

- se você quer dormir no sofá da sala eu não posso fazer nada por você!

Ele virou o carro em uma rua e parou no semáforo. Tamborilou o dedo no pára-brisa do carro e se virou pra ela

- eu não vou dormir na sala. Eu vou dormir no nosso quarto hoje... – lançando um olhar de incredulidade ela abriu a boca pra protestar – e na nossa cama, ao seu lado, pra ser mais preciso e amanhã teremos aquela conversa.

Encontrava-se estática. O que ele pensava que estava fazendo? “Tomando atitudes hora” pensou sarcástica e não gostou daquilo.

- sonhar de vez em quando é bom! – falou apoiando a cabeça no estofado e fechando os olhos.


Harry não querendo discutir se calou, mas não deixou de dar um sorriso sarcástico para ela antes de acelerar o carro. Rapidamente chegaram na casa. Hermione residia em um bairro trouxa no subúrbio de Paris. Entrou na garagem e se virou para ela soltando o cinto de segurança. Adormecida hermione não viu que chegavam em casa e só começou a despertar quando percebeu que braços fortes a carregavam. Reconhecia aquele perfume suave, acolhedor, que lhe trazia lembranças tão boas quanto amargas.Abrindo os olhos se deparou com Harry a levá-la pra dentro de casa. Tentou se soltar daqueles braços, mas ele simplesmente ignorou seu protesto a levando pro quarto.

Com um chute fez a porta se abrir e a pôs na cama. Hermione o olhou, começando a desabotoar os pulsos do terno, foi para o banheiro quando Harry começou a afrouxar a gravata. Apoiando-se na bancada da pia viu o seu reflexo no espelho. Continuava impecável, mas o semblante mostrava o quão cansada estava. Retirou toda a maquiagem e lavou o rosto. Abriu o fecho do vestido e após uma ducha rápida vestiu o seu roupão. Respirou fundo ao olhar a sua gaveta no closet. Não poria uma camisola. Todas as que tinha eram muito sexy e os baby-dools eram muito estimulantes. Procurou seu pijama e lembrou que ele estava pra lavar. Após um minuto de hesitação resolveu abrir o armário e viu todas as camisas de Harry perfeitamente arrumadas. Separadas por cor as camisas depois eram separadas por qualidade e foi isso que Hermione procurou ao pegar aquela camisa, de um tecido super macio. Ela encostou o rosto na camisa se lembrando de quando ele a vestira.

- se não me engano essa é minha camisa favorita... Não deve ter mais meu perfume, mas se fosse isso que você procurava não precisaria da camisa, já que estou aqui.

Recuperando-se do susto de ser surpreendida Hermione virou pra se vestir.

- sua arrogância me comove. O tecido é muito gostoso, só isso.

- e eu aposto que você tem camisolas muito melhores que essa blusa...- ele a abraçou quando a viu começar a fechar os botões da camisa – e que te deixam muito mais sexy.

Dedos ágeis afastaram os de Hermione e com a delicadeza que só um apanhador pode ter acabaram de fechar os botões restantes. Ainda atônita ela o olhou pelo espelho. Harry a beijou no pescoço em um beijo que destilava sensualidade. Contendo um suspiro ela se afastou e pode ver o brilho de triunfo no olhar dele. Era melhor ir para a cama. Seria um lugar seguro se não tivesse de dividir com ele. Na cama, ajustou o despertador e virou pro seu canto. Não queria vê-lo ali, ao seu lado. Se despindo e deitando em todo o seu esplendor ao lado dela. Podia senti-lo deitando e apagando a luz do seu abajur. E imaginá-lo afofando o travesseiro antes de dizer...

- boa noite princesa!

***
Hermione adormeceu e acordou quase que imediatamente. Virou-se na cama e gemeu, o esforço de fazer o ar entrar nos pulmões consumindo suas forças.Era um pesadelo. Todo seu corpo doía e ela não sabia onde estava.Quando olhou em volta, tudo flutuava, embaçado. Tentou levantar a cabeça e caiu para trás no travesseiro.

Então pensou “estou doente, não posso ficar doente. Eu nunca fico doente!” Tocou a testa com a mão. Estava muito quente e ela sentia-se zonza. Febre. Não podia ser. Nunca ficava gripada.

A luz do outro abajur se acendeu. Lembrou-se de que não estava sozinha.

Harry, ele estava lá! Tinha chegado à noite passada. Ou isso era parte de um sonho? Não conseguia pensar claramente. Havia ainda alguma coisa sobre uma conversa. Uma conversa? Imaginação sua, sem duvida. Sua cabeça estava perturbada pela febre. Comprimidos, precisava de comprimidos. Havia um vidro no banheiro.

Harry se apoiou no cotovelo e a olhou. Percebendo que era observada perguntou.

- te acordei?

Pensou em dizer que sim. Que ela o havia acordado de um sono muito bom, mas estaria mentindo.Ele não conseguira dormir e passou a noite a admirá-la e também depois de todo aquele movimento que ela fez era quase que impossível não acordar. Limitou-se a dar um sorriso

- não... – a resposta saiu numa voz rouca que fez Hermione fechar os olhos – o que houve? – se aproximou dela, mas antes que pudesse tocá-la ela falou.

- poderia me trazer um copo d’água?

- mas é claro!

Hermione o viu sair do quarto. “Isso deveria ser proibido” pensou ao vê-lo se levantar só de sunga boxer da cama. Esperou alguns minutos e como ele não voltava resolveu ir atrás. Com certa dificuldade levantou e arrastou-se até a porta. A abriu se apoiando na parede e levou um susto ao ver Harry do outro lado. Ele ao vê-la pôs o copo na cômoda do corredor e voltou até onde ela estava.

- meu Deus Hermione, você está horrível!

Esboçou um sorriso torto.

- isso não é algo que se deseja ouvir ao levantar-se...

- o que você tem? – perguntou preocupado.

- nada... – ela soltou a mão dele – só uns três comprimidos e estou pronta... - a garganta doeu e se lembrou da água – cadê minha água?

Harry a olhou preocupado. Ela estava muito corada e suava. Com certeza estava febril. Pegou o copo e lhe entregou. Ela bebeu sofregamente e o pôs de lado.

Sentiu-se tonta e Harry percebeu.

- você não esta pronta nem pra andar, quanto mais pra trabalhar!

Fez um gesto vago e se virou, pronta pra entrar no quarto. Aquele movimento a fez ver as coisas turvas. Levou uma mão à cabeça, como se isso fizesse com que as coisas parassem de girar, mas foi em vão.

- Harry...

A pegou rapidamente nos braços. Assim como imaginara ela estava com febre e acabara desmaiando. Ele que sempre a vira como uma mulher forte, que sabia dar ordens e nunca se cansava de trabalhar agora reconhecia que ela também era humana e a prova era aquele desmaio.

Levou-a para a cama. Só estava com gripe e aquela reação era o seu organismo pedindo descanso, ele tentava se convencer disso para não entrar em pânico.

Procurou o termômetro no banheiro. Abria e fechava gavetas o mais rápido que podia. Ao encontrar o termômetro pôs nela e ligou para um médico, ao constatar a temperatura. Depois de um rápido exame ele o tranqüilizou, dizendo que o que Hermione tinha não passava de uma gripe junto com o estresse causado pelo trabalho. Ela logo acordaria e receitando um remédio e uma dieta o médico os deixou sozinhos.

Ele voltou para o quarto após ligar para a farmácia pedindo pra entregarem o remédio e pro mercado pedindo legumes frescos. A encontrou dormindo. Sentou –se ao seu lado na cama e segurou sua mão. Esperando que ela logo acordasse.

***
Harry se inclinava sobre ela. Olhou para ele, por um longo tempo.

- eu desmaiei?

- desmaiou.

- nunca desmaiei em minha vida!

- encare isso como uma experiência nova.

- não sou dessas mulheres que desmaiam à toa – ela estava zangada.

- bem isso não é nenhum crime. É só uma temporária perda de consciência devido a falta de oxigênio no cérebro. Você...

- eu não quero uma palestra médica. –sentiu a garganta doendo muito e falar não ajudava nada – só o que quero são uns comprimidos. Já vou ficar boa.

- todos dizem isso antes de morrer sabia? – ele pegou um copo de leite e a entregou – beba junto com esse remédio que o médico receitou.

Fechando a cara ela aceitou o comprimido e o engoliu de um gole. Não podia se dar ao luxo de ficar muito tempo na cama. Harry deveria ter mais coisas pra fazer além de cuidar dela. Ajeitou-se no travesseiro e ele pôs outro para que ficasse mais alto. Agradeceu e olhou para as mãos.

- Harry, sobre a nossa conversa eu...

- essa não é a hora Mione! – ele saiu pela porta do quarto e Hermione se perguntou onde foi que perdera o controle da situação.

Em seu criado mudo pode ver vidros de remédios e o termômetro, juntos a uma jarra d’água. Sentia-se tão fraca que tinha de concordar com Harry, aquela não era a melhor hora pra se discutir a relação. “Mas qual será a melhor hora?” Uma vozinha insistente perguntou. “A que ele quiser” outra respondeu. E suspirando Hermione percebeu que tudo que Harry estava fazendo era tomar atitudes. Não sabia se gostava disso. Mas ao vê-lo entrar no quarto com uma bandeja de café da manhã achou que poderia tirar certo proveito da situação.

- poderia saber onde foi parar o homem sedutor de ontem?

- ele recebeu um chamado pra cuidar de uma pessoa muito doente, que precisa de repouso absoluto e que se não for muito bem vigiada pode fugir do tratamento e ficar muito pior. – pegando uma torrada do prato dela foi até o armário pra ligar a TV – e falou pra te lembrar de que não esqueceu da conversa.

Assustada pode vê-lo voltar pra cama e mudar a TV de canal. Estava maluca ou ele ia perder seu precioso tempo com ela? Tentou rir, mas algo doeu dentro dela. Precisava admitir que estava fraca. Há quantos dias não comia direito? Dois ou três? Nem lembrava de quando fizera a sua ultima refeição decente. Olhou para Harry ali, ao seu lado e imaginou se ele gostava da idéia de ficar assim, naquela intimidade. Nunca perguntara isso a ele e talvez, por sempre tomar as rédeas da situação ele nunca tivesse mostrado o que realmente queria da relação.

Harry mudou mais uma vez de canal. Gostava daquilo. Quando Hermione lhe dissera que queria atitudes não soubera se seria capaz de tomá-las e impô-las a ela. Tinha de admitir que era por demais engraçado ver a cara, não de pânico, mas de choque dela a cada vez que fazia algo imprevisível. Ora, atitudes eram atitudes e se era isso que ela queria era isso que teria. Com uma rápida olhada a viu comendo e sorriu. Agradecia por poder estar ali, no momento certo e entendia o medo dela. O medo de ficar sozinha quando precisasse dele, porque estava inalcançável em alguma missão. A resposta pros seus problemas estava ali. Nas atitudes que tomava e tomaria a partir daquele dia. Trocou mais uma vez de canal e viu Hermione olhá-lo com extremo aborrecimento. Não se conteve e soltou uma gostosa gargalhada. Gostava daquilo, a se gostava.






N.A.: bem... Estou aqui agora na parte dos agradecimentos. Brigada por aqueles que deixaram aquelas palavras animadoras.

Pink Potter: oi! Bem, você me surpreendeu com todos os reviews. Um aqui e outro no floreios(Annette muito emocionada).
Marc X: fico muito feliz em saber que você gosta tanto assim da fic. Sobre eles se acertarem, aviso que estamos no caminho certo.
Mione03: não esqueci de você Mione, principalmente depois do favorsão que você me fez. Talvez um dia você me convença. É seis meses não é nada comparado aos oito né?valeu!
Jéssy:ele ta deixando de ser lerdo agora. Tomando atitudes, o que você acha? Bem Jessy eu deixei um recado pra você em Nossas Vidas.Espero que você o tenha reconhecido. E que legal a gente descobrir todas aquelas coisas no msn hein? Kisses.
Mione Granger Potter: linda? Maravilhosa? Thanks e agora que você ta na minha lista fica fácil de você receber alguns trechos de fic (Annette já querendo convencer mais uma pessoa a ler seus trechos de fic) eu não esqueço não menina. Fica tranqüila.
Mari Gallagher (Mary): retiro tudo o que disse anteriormente sobre você ser uma traidora e etc. valeu por ter betado Nossas Vidas e assim tê-la feito ir pro ar e valeu com esse capitulo também. A carta à gente monta. E pela conversa de telefone... Acho que vou fazê-la carro chefe da fic (rsrsrsrs).
Erica Weasley:eu prometo que não vou deixar você esperar tanto tempo por uma resposta do e-mail, ok? É que na semana em que você me mandou a fic eu tava em véspera de prova, aí você já viu né? Mas ta ficando legal. E pode deixar que assim que você publicar eu faço propaganda. Kisses!
Grace: valeu pelo comentário lá no floreios. Estou feliz que o povo esteja comentando. Da um novo ânimo pra atualizar a fic. Sabia que eu demoro mais pra atualizar as fics no floreios do que no fanfiction? Tudo porque ninguém não comenta. Mas tai. Espero que você goste. Thanks.
Lílian Granger Potter: espero que tenha gostado desse capítulo. Sobre o Malfoy... É que alguém precisava falar com o Harry, né?A Mary também amou a conversa. E por fim: ele não é lento e muito menos tapado. Valeu pelo comentário.
Aline: obrigado. As palavras forma poucas, mas me animaram mesmo assim. Valeu!
Pra você que lê a fic e nunca deixa review (povo do FF): eu resolvi ensinar vocês que nunca deixam review como se faz pra deixar uma. Primeiro: você termina de ler e no final da página tem uma caixinha no canto esquerdo com o link “submite review” clique em “go” e uma janela irá se abrir. Como eu sou legal destravei os reviews anônimos quando publiquei o primeiro capitulo da fic. Logo você não precisa ser cadastrado no fanfiction pra deixar um review. Nessa janela tem um espaço pra você deixar e-mail e nome, depois tem um espaço maior onde você pode deixar o review e pronto. Se você tem cadastro é só clicar em “log in” por senha e e-mail e depois seu review. Sendo cadastrado no fanfiction aparecem umas opções abaixo do espaço pra você escrever. Onde você pode pedir pra receber alerta de reviews do autor ou da fic. Sendo assim toda vez que eu atualizar a fic você vai ficar sabendo em primeira mão. Antes mesmo que ela apareça na lista da página HH. Isso não é legal?
Pra você que lê a fic e nunca deixa comentários (povo do Floreios): eu também resolvi ensinar vocês que nunca deixam comentários como se faz pra deixar um. No floreios é muito mais fácil. Porque quando você entra no menu da fic tem a listagem dos capítulos. No final tem um campo destinado ao voto. Se você não estiver a fim de escrever ao menos clique em uma das bolinhas lá (de preferência na 5, é claro). Agora se você resolver ser mais caridoso ainda vá até o final da página e você vai ver um espaço para por nome, e-mail, nota (você tem de mudar porque senão a nota que entra é 1)e por último o seu comentário. Se você quiser que eu receba é só marcar um link onde diz pra mandar por autor senão, não precisa. E agora se você quiser receber avisos de que a fic foi atualizada é só marcar no link abaixo das notas de voto.Viu como é simples?


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