Mortes e beijos (Um 2º ano con

Mortes e beijos (Um 2º ano con



Havia eu chegado ao 2º ano de Hogwarts, e junto comigo havia minha sobrinha mais velha, Rafaela, que entraria este ano para a escola (e que acabou na corvinal também). O primeiro ano serviu para consolidar minha amizade com Davi e Marina e para me mostrar que eu havia descoberto algo que eu realmente era bom: Duelos. O professor Corsiva era de longe meu professor favorito, e pelo que diziam eu era o “peixinho” (aluno favorito) dele, ele dizia que eu havia herdado os genes bons da minha mãe, ele sabia pois havia estudado com ela e conhecia a potência da chamada maldição Mara que depois foi aperfeiçoada e rebatizada para maldição Oleiro (que eu por sinal havia, sem sucesso, treinado o verão todo, secretamente pois não podíamos usar magia fora da escola, mas o fato de ter um bruxo adulto na casa me encobria de qualquer punição). Meu primeiro ano também serviu para começar a entender e desvendar muitos segredos do castelo, passagens secretas, degraus que afundam, atalhos, salas secretas e etc.

“Era uma noite fria de inverno e a respiração condensava-se na nossa frente, eu estava andando por um corredor escuro da escola voltando do clube de duelos, estava deprimido pois a péssima utilização de um feitiço me fez perder o duelo, andava com a cabaça baixa e os passos lentos, tentando evitar os corredores principais, cheguei a sala comunal e mesmo antes de passar pela entrada senti braços envolta do meu pescoço e um enorme volume de cabelos cobriu minha visão, demorei até perceber que Marina havia se abraçado em mim, ela estava com os seus lindo olhos azuis cobertos de lagrimas, e segurava um envelope na sua mão direita, eu não sabia do que se tratava mas decidi que deveríamos dar um volta para ela me explicar, andamos um pouco e entramos em uma sala vazia, sentei-me sobre a mesa do professor e ela na primeira mesa imediatamente a minha frente, com muita dificuldade ela começou:

- Recebi está carta agora pouco.

- De quem? O que há de tão trágico nela para deixar seu lindo rosto cheio de lagrimas?

- Primeiro meu rosto não é lindo, pare de me elogiar; e segundo lei você...


“Marina

Não gostaríamos de lhe comunicar isto mas é de extrema importância que seja feito, sua mãe acaba de falecer, aconteceu hoje as 17:00hs gostaríamos que a senhorita informasse se comparecerá ao enterro que será feito amanhã (sábado) as 15:00hs. Por favor envie a resposta o mais breve possível.”

Abracei-a por um longo tempo, haviam quilos de sensações girando dentro da minha cabeça, felicidade de estar ali abraçado nela, pena pelo ocorrido, frustração por estar feliz em um momento como esse, vontade de beija-la, raiva por estar com vontade de beija-la e não levar em conta os sentimentos dela numa hora como essa, preocupação com a minha mãe; era um salada de sentimentos. Mas tudo foi resolvido em um momento, senti ela olhar para mim, um daquele olhares penetrantes que faziam meu sangue gelar e depois ferver, ela se aproximou de mim, agora podia sentir sua respiração pesada, podia ver cada gota em seus olhos e podia contar seus sílios, mas neste exato momento um sentimento de repreensão e honra me invadiu e eu me desvencilhei de seus braços

- Eu não posso, te beijar agora seria quase traição, você está abatida pelo que aconteceu com a sua mãe

- Não, não estou não; você é que não gosta de mim!!!

- Eu... eu te adoro... eu... eu estou muito apaixonado por você!!!

- Me beija!

- Não posso, não seria certo!!!

- Com quem?

- Com você

- Eu quero!!!

- Você não está em um juízo normal

- Estou!!!

Ela correu para a porta mas eu a segurei pelo braço, ela me olho com um olhar de suplica, senti que ela realmente precisava de mim e eu a estava abandonando, puxei-a para perto do meu corpo, corri minha mão pela suas costas, parando-a na sua cintura; minha outra mão acariciando sua face branca como a neve que caia lá fora, beijei-a; naqueles momentos minha mente se esvaziou, todos os pensamentos, sentimentos, frustrações se esvairiam. Um momento depois senti suas mão em meu peito, mas elas não estavam me acariciando estavam me empurrando, pois eu ainda a segurava, soltei-a e ela correu porta a fora, a persegui e a alcancei um pouco antes da entrada da sala comunal, virei para mim com mais violência do que pretendia e acredito que a assustei um pouco.

- O que houve?

- Você estava certo!

- Sobre o que?

- Era errado

- Mas...

- Eu não sei o que me deu, mas não é culpa sua...

- É sim, eu sei.

- Não, não é!!! Você não queria eu insisti, Eu te adoro, mas este momento é mais difícil para mim do que pode parecer... você entende, eu estou sozinha no mundo agora...

- Não, você tem a mim!!!

- Mas...

- Eu estarei sempre do teu lado, não importa o que aconteça, se não for como namorado que seja como amigo.

Fomos no enterro da mãe dela no outro dia, e foi ai que selamos nossa amizade, não nos beijamos mais naquele ano, mas as coisa estavam alcançando um nível insuportável, o clima que ficava sempre que ficávamos muito perto ou algo romântico acontecia.”


Aquele ano foi realmente confuso, mais coisas boas aconteceram seguidas por coisas ruins logo em seguida, mas isso é para outra hora. O período letivo terminará e algo me dizia que as ferias iriam ser ótimas como provaram ser!!!!

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