Único



Nota da autora: Ocorre no verão entre o quinto e o sexto ano. Fique avisado(a) de que fica fofo.

Nota da tradutora: Fic muito fofa! Se passa ANTES da Ordem da Fênix, ok? Não se atrapalhem!



A moment like this

Some people wait a lifetime for a moment like this

Some people search forever for that one special kiss

Oh I can't believe it's happening to me

Kelly Clarkson




Ron Weasley checou seu reflexo mais uma vez no espelho da sala. Seu novo corte de cabelo (agora legal e picoteado) ficava intocável sobre sua cabeça. Ele tentou ajeitar o cabelo, mas agora parecia ser uma tarefa impossível. Normalmente ele deixava estar, mas esse não era um dia qualquer. Hoje era o dia em que Hermione chegava na Toca. Não que ela nunca tivesse estado lá antes. Na verdade, ela esteve lá várias vezes. A razão do dia ser tão importante era que hoje ele ia revelar algo que nunca quis fazer. Ele ia dizer a uma garota, não só uma garota, como ele se sentia em relação à ela. Como ele se sentia desde pelo menos o segundo ano, quando ela foi petrificada. Foi quando ele percebeu o quanto ele, e Harry, dependiam dela.

Decidindo que seu cabelo era uma causa perdida, ele ajeitou a camisa e se virou para encontrar sua irmã o encarando.

“Que é??”

“É a nona vez esta manhã que você ajeita o seu cabelo.”

“E daí?”

“Hermione chega hoje, certo?” sorriu ela.

“É…”

“Ron tem uma paixão!” ela cantou, alegremente.

“Harry Potter” foi tudo o que Ron precisou falar para calar-lhe a boca.

“Vai dizer a ela?” perguntou Gina.

“Dizer o quê?”

“Que você gosta dela, seu idiota!”

“Não é da sua conta.”

Ela fez uma pausa. “Hum… é sim.”

“Harry vai chegar sexta-feira.” Disse Ron, antes que ela pudesse perguntar.

“Ah. Então você tem dois dias para confessar seu eterno amor pela Hermione.”

“Ah, cale a boca!”

Ron encarou sua irmã, que ainda tinha aquele sorrisinho em sua face, e saiu da sala para a cozinha. Ele pegou uma maçã e sentou na mesa. Hermione devia chegar por pó-de-flu lá pelo meio-dia. Seu pai tomou as providências para adicionar a lareira de Hermione para a rede. Depois do almoço eles podia ir caminhar um pouco e Ron botaria sua alma para fora. Não literalmente, claro. Seria realmente nojento.

Ele mordeu um grande pedaço de sua maçã. Ele começou a pensar em qual seria a resposta de Hermione. Ela ficaria totalmente enojada ou se sentiria do mesmo jeito? Ou, e se ela já gostasse de alguém? Harry, por exemplo. Afinal, qual é a garota que escolheria ele, Ron Weasley, em vez do famoso Harry Potter? Harry tinha dinheiro, fama e aparência (bem, ele não ia ficar analisando a aparência do amigo.) e o que ele tinha? Nenhum dinheiro, definitivamente nenhuma fama e uma aparência que não era das melhores (na opinião dele, pelo menos.)

“Você está bem, querido?” Sua mãe entrara na cozinha.

“Se você tivesse que escolher entre eu e Harry, quem você escolheria?” ele disparou.

“Quê?”

“Não importa,” disse Ron, afundando na cadeira.

“Por que eu teria que escolher entre você e Harry? Ah.... você está com medo de que Hermione prefira ficar com Harry?”

“Será que todo mundo sabe!???”

“Você não é o melhor em esconder seus sentimentos, querido.”

“Ah.”

“Bem, Hermione alguma vez mostrou algum interesse em Harry?”

“Não…”

“Aí está.”

“Mas…”

“Pare de remoer esse assunto e simplesmente conte a ela, querido.”

“É mais fácil falar do que fazer” Ron murmurou para si mesmo.

TUM!

Ron pulou da mesa da cozinha onde ele encontrou Hermione sentada no chão coberta de poeira, seu malão e Bichento do lado dela.

“Hermione! Você está bem??”

“Sim, estou bem. Só não estou acostumada a viajar de pó-de-Flu, isso é tudo”, disse Hermione, levantando-se e tentando tirar o máximo de poeira que conseguia. “Oi, Gina! Oi, sra.Weasley!”

Gina, que estava sentada no sofá, sorriu. Bichento usou essa oportunidade para sair da sala.

“Venha e coma um pouco,” sorriu a sra.Weasley. “Gina, querida, diga para seus irmãos entrarem.”

“Ok,” ela saiu rapidamente pela porta da frente.

“Aonde estão eles?” perguntou Hermione, enquanto se sentavam, um do lado do outro.

“Hmm.. Fred e Jorge estão jogando Quadribol... o melhor que você pode desejar a duas pessoas... Percy está trabalhando, e papai também.”

“Então, você teve notícias de Harry recentemente?”

“Sim. Eu mandei uma corua ontem. Ele não respondeu ainda... da última, nada tinha acontecido, os trouxas ainda o tratando como lixo, você sabe, a mesma coisa.”

“Pobre Harry. Eu queria que houvesse algo que eu pudesse fazer.” Ela falou.

“Eu também.” Suspirou Ron.

“Aqui está, vocês dois,” a sra.Weasley empurrou um prato cheio de sanduíches de bacon na mesa. “Peguem quantos quiserem.”

“Obrigada,” agradeceu Hermione, agarrando um sanduíche.

“De nada,” a sra.Weasley sentou-se na frente deles e se serviu também.

Naquele momento Gina entrou na cozinha com os gêmeos atrás dela.

“Parece estar delicioso, mamãe!” disse Fred.

“A melhor!” acrescentou Jorge.

“Não!”

“Ah, mamãe! Você nem ouviu nossa proposta ainda!” insisiu Fred, com a boca cheia de bacon.

“Nós só queríamos…”

”Não queremos ouvir nem mais uma palavra! Estou cansada desses seus planos de riqueza!”

“Não são planos!” respondeu Jorge, parecendo quase ofendido.

“Esta acusação nos machuca bem aqui” Fred bateu em seu peito.

“Nós só queríamos trazer alguma luz para nossa vidas” disse Jorge.

Ron pegou seu último sanduíche e indicou para Hermione a porta. Aquelas brigas aconteciam pelo menos duas vezes ao dia, já havia alguma tempo. Hermione assentiu e eles saíram.

“Achei que devíamos sair antes que a coisa ficasse feia.”

“Boa idéia” Hermione foi até a cerca e se encostou nela.

Ron a seguiu e sentou do seu lado. ‘É isso’ ele pensou. ‘Finalmente posso dizer a ela como me sinto.’

Ele tentou abrir a boca para falar, mas tudo o que saiu foi um barulho sufocado. Ele rezou para que Hermione não tivesse ouvido e tentou de novo. “Hermione” a voz dele saiu um pouco mais aguda do que ele queria. Ele parecia prestes a enfrentar Aragogue novamente.

“Sim?”

“Eu só… eu queria…”

“O gato comeu a sua língua?” riu ela.

“Quê?”

“Desculpa. Coisa de trouxa.”

“Eu queria que você e Harry parassem de fazer isso!” ele disse, frustrado.

“De fazer o quê?”

“De usar esses ditados trouxas! Eu fico que nem um idiota até que um de vocês explique pra mim!”

“Desculpa. Algumas vezes eu esqueço que você cresceu no mundo bruxo, longe de trouxas.”

“Hunf!” fez Ron.

“De qualquer maneira, você estava dizendo...”

“O quê?”

“Francamente, Ron! Você tem tão pouca memória? Antes de eu falar dos trouxas você começou a falar uma coisa!”

“Ah! Hum… Eu queria dizer…” a voz dele parou. A mente dele parecia não querer continuar. ‘Apenas diga!’ ele gritou a si mesmo. ‘Hermione é sua amiga! Você pode falar pra ela!’.

“Hum... Eu realmente go---” Ele foi interrompido por algo atingindo seu estômago. Era Errol. A coruja estava no chão, agora, com uma carta no bico. “Coruja louca!” ele resmungou.

“É do Harry!”

“Abra, então.”

Hermione rasgou o envelope e leu a carta em voz alta.



Caro Ron

Eu teria respondido mais cedo, mas Errol desmaiou assim que chegou. Ele não acordou até a uma hora atrás. De qualquer maneira, eu dei um pouco da comida de Edwiges e água, então com sorte ele volta pra você saudável. Adivinha quem me escreveu outro dia? Cho! Eu mal pude acreditar. Ela não disse muito além do normal ‘Olá, como você vai?’. Ela também contou que está contando os dias pra me vencer no Quadribol (então tá). Ela disse algumas outras coisas também, mas eu conto sexta-feira. Hermione vai chegar mais cedo? Aposto que você está todo empolgado com isso! Isso significa que você vai contar pra ela? Ah, se ela está aí já e provavelmente lendo isto... Oi, Hermione! Sexta feira eu estou planejando pegar o Nôitibus até o Caldeirão Furado e usar pó-de-Flu para chegar aí. Não estou ansioso por ESSA parte...

Vejo vocês sexta,

Harry




“O que ele quer dizer com ‘Você vai contar pra ela’? Você esteve me escondendo algo?” Ela pareceu magoada.

“Não! Sim, mas não é o que você pensa! Eu...”

“Não acredito! Será que eu sou só a garota que te ajuda com os deveres? Achei que eu era sua amiga! Você devia me contar o que você conta a Harry também!”

“Hermione, você é nossa amiga! É que há certos assuntos que são difíceis de se contar para uma garota.”

“Como?”

“Como garotas. E vamos deixar uma coisa clara, não gostamos de você porque você é inteligente, isso é só um bônus. Gostamos de você por sua causa. Pelo que você é.”

“Prove.”

“Eh?”

“Me conte sobre o que Harry estava falando. Não me deixe fora dessas coisas. E, além disso, posso te dar a perspectiva das garotas.”

“Hum...”

“Vamos! Me diga o que você ainda não me disse!”

Ron respirou fundo, fechou os olhos e tentou se preparar mentalmente. ‘Você consegue!!’ ele gritou para si mesmo. Ele forçou sua mente e finalmente saiu. Novamente, aconteceu numa voz mais aguda do que ele gostaria.

“Achoqueestouapaixonadoporvocê.”

“Quê?”

“Eu,”

“Sim.”

“Acho,”

“Ok.”

“Eu”

“Continue.”

“Estou,”

“Certo…”

“Apaixonado”

“Por mim???” ela cobriu a boca, surpresa.

‘Foi’ pensou Ron. ‘Ela não se sente do mesmo jeito e vai me rejeitar...’

“Ah meu Deus… Ron… eu nem sei o que dizer… eu… espera aí! Você ACHA??”

“Ok, eu sei que estou.”

“Eu… eu… há quanto tempo?”

“Importa?” Ron podia sentir que importava. “Eu não sei realmente. Acho que sempre senti alguma coisa por você, mas eu só percebi que era amor no Halloween do ano passado. Eu olhei para você do outro lado da mesa e senti uma coisa no meu estômago. É difícil explicar. Eu só fico lembrando de como você estava nas suas vestes da escola e eu cabelo preso com aquelas coisinhas roxas.”

Hermione sorriu. “Você lembra de como meu cabelo estava?”

“Claro que sim.”

“Ah, Ron, eu…”

“Me deixe adivinhar. Você não se sente do mesmo jeito ou então prefere ficar com Harry. Eu sabia.”

“Não quero ficar com Harry. Ele é meu amigo.”

“Eu também” disse ele.

“Quer me deixar terminar antes de tirar conclusões?”

“Desculpe.”

“Eu…”

CABRUM!

Um trovão rugiu à distância. Chuva começou a cair lentamente do céu. Foi ficando mais grossa a cada segundo.

“Nós devíamos entrar!” Hermione começou a voltar para a casa, mas Ron não queria entrar. Se entrassem, significaria que eles não iam ficar encharcados da chuva, mas também significaria que não teriam privacidade para terminar a conversa. Mesmo em seu próprio quarto ele raramente ficava sozinho. Parecia que Gina, Fred, Jorge ou seus pais sempre estavam entrando, por alguma razão.

“Espere! Me deixe fazer uma coisa primeiro!”

“Ron! Estou com---” Antes que ela pudesse continuar a falar, Ron a interrompeu com um simples e doce beijos nos lábios. “-frio...”

“Isso era tudo que eu queria fazer. Nós devíamos entrar agora...” disse Ron, trêmulo.Ele não acreditava que tinha a beijado. Talvez ele tivesse enloquecido hoje. Primeiro ele confessou seus sentimentos, e então a beijara. Há uma razão para ele estar na Grifinória.

“Você tem de ME deixar fazer algo primeiro.”

Antes que Ron pudesse perguntar o que era ela se inclinou e o beijou fortemente nos lábios. Ron nunca quis que o beijo acabasse. Beijar Hermione literalmente era como o paraíso. Ele não tinha nada com que comparar, ele nunca beijara ninguém antes, mas podia dizer que nunca quis ficar com ninguém exceto ela.

Hermione finalmente parou o beijo, Ron não sabia quanto tempo depois.

Os dois ficaram em silêncio sem saber o que dizer até que Hermione sussurrou “Eu amo você também.”



Nota da autora: Uau, esse é um final meio bobo, não? Bem nada como uma fic fluffy. Inspirada no momento final do segundo filme, quando Hermione fica envergonhada demais para abraçar Ron.

Se você gostou, me deixe saber, não há razão em deixar isso aqui se ninguém gosta.

Andrea



Nota da tradutora: É isso aí! Comentem! BEM fluffly, né!? Até!! Beijinhos, Mione G.W.

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