Cap 23: Os sonhos de Larissa e
Cap 23: Os sonhos de Larissa e as lembranças de Snape
(*) William Shakespeare
Hagrid apareceu logo depois correndo de forma desengonçada e pegou Larissa ao colo.
Snape não falou nada até chegar à área hospitalar de Hogwarts onde Madame Pomfrey cuidava de Larissa e dos garotos.
Ele rosnou algo que foi inaudível, mas do jeito que olhou para Harry, o grifinório tinha certeza que era sobre ele aquelas palavras.
Harry e seus amigos estavam tomando chocolate quente para reanimar após o baque com os dementadores. Snape ainda estava presente ali, mas totalmente absorto em Larissa que ainda estava desacordada.
Madame Pomfrey falou que ela ficará bem:
- Não se preocupe, professor!? Pelas escoriações e o galo, parece que ela só levou um tombo e bateu a cabeça, mas respira e tem pulso forte! Apenas a deixarei de observação aqui esta noite! – a enfermeira deu tapinhas de leve nos ombros de Snape que ficou indiferente como sempre e sem tirar os olhos de Lara.
Harry estava bem, apenas preocupado com a professora e querendo saber o que aconteceu para ela ficar desacordada. Se bem que não era só isso que ele queria saber,: era profecia, era os sonhos, era sobre Sirius e por que ela está livre, era sobre sua descendência de Salazar, onde até então só era Voldemort que possuía tal título, e se ela sabe porque o Lorde tanto quer o sangue dela?
O diretor entrou a enfermaria junto com Lupin e Sra. Malfoy. A professora McClaggan estava adormecida, mas Narcisa tinha se prontificado a cuidá-la. Dumbledore concordou achando melhor levá-la o quarto na Torre Corvinal.
Os garotos estavam bem, foram orientados a voltar para seus dormitórios em Grifinória.
Antes de sair, Dumbledore chamou Snape para conversar e Harry seguiu-os a espreita:
- Muitos dementadores?! Eles voltarão com certeza! – Snape enfático.
- Por hora, eles não esperavam que fosse tão difícil! Eles farejaram o medo de Larissa! Voldemort sentiu isso e por isso os mandou para cá! Ele sabia que ela mostraria fraqueza como aconteceu na mansão Black! Era só questão de tempo! Cada vez que ela mostra fraqueza, Voldemort sente que seu poder se elevará com o sangue! Isto já aconteceu com Gina Weasley com a abertura da Câmara Secreta! – analisou Dumbledore.
Por um instante os professores ficaram mudos, mas logo depois:
- Ataque a mansão? Sinto, diretor! Não soube que tal fato ocorreria! – Snape parecia em tom de lamentação.
- Não se culpe!! Ainda mais que você e Potter tinham me falado sobre nossas defesas estarem fracas de dentro para fora!... Reforcei a segurança, claro!... Só não esperava que alguém de dentro da Ordem, traísse-nos!? – Dumbledore apreensivo.
Harry colocou a cabeça para fora e viu a cena.
- O senhor suspeita de alguém?! – Snape em tom e cara de preocupação e surpresa.
- Tenho! Mas prefiro aguardar, não tenho provas! – disse Dumbledore receoso e depois continuou:
- Temo por Larissa, Severo! Estes sonhos que ela teve estão freqüentes e possuem os mesmos elementos de significados, embora diferentes ao visualizarmos!!...(Dumbledore deu um suspiro)... Como gostaria que Lílian tivesse viva para ajudar-nos!– disse Dumbledore desanimado.
- O senhor é inteligente!? Senhor, saberá resolver este enigma! – prontificou Snape enquanto retornaram a andar.
- Tsc!Tsc! Você tanto quanto eu, Severo, sabe das habilidades que ela tinha em ver as coisas dos nossos corações, ou seja, além de nós mesmos! E assim como nos sonhos! Que são coisas nossas e únicas! – comentou o diretor de Hogwarts.
Snape não disse nada e continuou caminhando:
- Vamos! Teremos muito trabalho no meu escritório!.... Pavê de chocolate! – disse Dumbledore.
Harry voltou correndo para Grifinória para contar os seus amigos o ocorrido.
**************
Faltava uma semana para o casamento de Gui e Fleur e a escola estava empovorosa. Nas salas de aulas e nos corredores eram tudo em relação ao grande acontecimento.
Entre estas conversas saiu a informação que Hogsmead e Dufftown estavam com todas pousadas de lá estão com todos os quartos reservados.
A notícia do matrimônio já alcançaram os jornais e revistas bruxas, principalmente, os franceses.
O Profeta Diário lançou a preocupação do Ministério da Magia com o evento, pois seria um motivo de ataque de Você- Sabe-Quem na mediações de Hogwarts.
- Isto é impossível! Aqui é o lugar mais seguro do mundo bruxo! – gabava-se Malfoy passando de frente ao grupo grifinório com o jornal a mão.
- Aham! Muito seguro, Malfoy! Tão seguro que deixaram você entrar aqui! – disse Ron com ironia arrancando risos de demais alunos ali presentes.
Malfoy encarou e apontou o dedo a Ron:
- Dê graças aos céus de minha mãe ajudar a planejar este casamento, Weasley! Pois sua mãe balofa não teria nem condições de saber em qual é a diferença entre um bolo de noiva e um bolo de fubá!?
Rony levantou de supetão. Hermione segurou o namorado pelo braço fazendo o sentar novamente.
- Rá! Rá! Realmente, Weasley, como você pode se rebaixar a tanto sendo um bruxo de sangue puro!... Vocês se merecem! Você e sua namoradinha sangue ruim! – disse Draco com asco.
- Tarantallegra! – alguém falou ao longe e as pernas de Malfoy começaram a dançar sem parar.
O riso foi geral. Harry olhou para quem fez o feitiço:
- Foi Gina! – disse Mione rindo muito.
Harry sorriu ao ver a caçula dos Weasley rindo e dizendo:
- Esta é pela aquela vez que você me colocou de ponta cabeça, Malfoy!
- Sua!? Sua!? Amante de trouxas e sangues mestiços! – disse Draco apontando para Blaise que ficou indiferente ao colega de casa.
- Agora que você já sabe, Malfoy! A história que Sonserina só aceita “sangues puros” é conversa para boi dormir! É coisa do passado! – disse Blaise saindo dali conversando com Gina.
Harry fechou a cara. Ainda estava com raiva de Zabini está com Gina.
Pansy fez um contra-feitiço para Draco e depois saíram falando cobras e lagartos.
- Harry? – apareceu Luna.
- O que foi? – ele falou com aspereza, ainda estava com a cena de Gina e Zabini na cabeça.
- Calma, cara! – alertou Ron abraçado a Mione.
Luna pelo jeito nem ligou e apenas disse:
- A professora McClaggan quer lhe falar! Ela está na sala de defes...
Mal Luna falou, ele saiu dali como se estivesse sentado numa Firebolt.
Chegando na sala da professora, Larissa estava sentada a mesa do escritório.
- Você me chamou? – perguntou Harry.
- Sim! Eu queria lhe falar! – disse Lara levantando e indo na direção dele: - Queria agradecer por me salvar dos dementadores!
- De nada! – Harry ficou sem graça.
- E também lhe perguntar como você está, Harry? Não tivemos muito tempo em falar sobre Sirius!?
- Estou melhor, mas...
- Queria que ele estivesse aqui! – confirmou Lara.
- Sim! Mas sei que ele não volta!... Professora? Queria lhe perguntar por que você disse que você está livre?
Lara riu e disse:
- Você lembra que daquele feitiço do espelho!?... Do meu desgaste em ter contato com Sirius!?
- Sim! – Harry prontamente.
- Eu de alguma forma, ele ainda me tinha em mente! Além de ser considerado inocente, tinha duas coisas que ele precisava fazer antes de ir definitivamente... uma era falar com você! A outra é pedir perdão pelo que ele fez a muito tempo atrás por ciúmes de mim! Ele se arrependeu do que fez! Sendo assim, ele libertou os seus sentimentos ligados a mim, sendo assim, me libertando também! – disse Larissa calmamente.
- Você está feliz por que ele morreu? – Harry confuso.
- Sim e não! Não, pois sentimos saudades dele e sim, pois ele entendeu meus reais sentimentos! O que eu queria de verdade e ele não poderia me oferecer na mesma intensidade! – Larissa rindo.
- O que? – Harry continuava confuso.
- O amor entre um homem e uma mulher!... Escute, Harry! Há diversas formas de amar uma pessoa! Pode-se ter amor aos amigos, amor aos filhos, amor a uma pessoa que você acredita sem especial!... Sirius gostava de mim e muito, só que ele me queria com sentimentos de posse! Apenas me ter como namorada por medo de me perder e não ser namorado!.... Ter namorado é diferente de ser namorado!
- Seria algo relacionado aquilo que você me disse que Sirius não lhe dava atenção que você queria ou ele não te fazia feliz?
Larissa suspirou e disse:
- Sim! Só eu investia no que sentia por ele, mas ele não tinha esta mesma atitude! Não porque ele era mal não, mas porque era da personalidade dele!
Harry entendeu, mas perguntou:
- Mas do que Sirius se arrependeu e do que pediu perdão?
- Pelo ciúmes dele, por me “sufocar”! Não deixar aproximar de... amigos! – Lara cabisbaixa.
- Só morrendo é que ele percebeu isso? – Harry tentando refletir.
- Infelizmente! – lamentou Lara que depois se virou a Harry e disse:
- A morte tem disso, Harry! Sirius sofreu muito neste período em que ficou no meio termo, mas sem poder comunicar com freqüência! Isto desgasta o corpo e ele morre mais depressa que imaginamos!... Por isso, Harry, sempre que puder, diga as pessoas que estão próximas de você, palavras de carinho, palavras de amor! Tenha sempre respeito até pelos seus inimigos, pois nunca se sabe...[i] que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se[/i]. (*)
Harry ficou calado e sentando em uma cadeira, pensou nos seus amigos e pensou em Gina.
Larissa perguntou:
- Alguém em especial, Harry?
- Hã! – Harry tentando disfarçar
- Não mude de assunto! Eu sei quem é! Eu percebi na mansão Black! – Lara sentando ao lado dele segurando-lhe a mão: - Ginevra Molly Weasley! Acertei?
Ele não disse nada, apenas sentiu as bochechas ficarem quentes.
- Tudo bem! Não precisa me dizer, mas não espere muito tempo! Talvez você não terá a mesma chance que seu amigo Rony teve com Mione!
Harry olhou de sobressalto para Lara como se ela adivinha-se algo entre Ron e Mione há muito tempo. Ela levantou e ajeitou alguns compêndios.
- Ah! Eu já sabia! Rony me pediu ajuda em algumas coisas! Só faltava ele entregar a carta! E entregou, era questão de tempo!... Digamos que demorou muito! Tive meus receios, mas Hermione gostava dele também, acho que ela esperou por ele! – comentou a professora enquanto guardava os livros nas prateleiras:
- Creio que você deva fazer o mesmo! Ou então, vai perdê-la! E talvez não terá mais oportunidade de fazer! – advertiu Larissa.
Larissa olhou o relógio de pulso e disse: - Humm! Jantar! Estamos atrasados! E que eu me lembro você tem a ultima detenção com Snape hoje a noite!... Vamos!
- E precisava me lembrar disso!? – disse Harry de maneira engraçada fazendo a professora em gargalhadas.
- Você está me saindo seu pai, Harry Potter! – comentou McClaggan.
Depois, ela saiu de braços dados a Harry.
***************
Descendo as escadas da Torre Corvinal, Harry perguntou:
- E seus sonhos?
- Prefiro conversar sobre a sua profecia! – comentou Larissa sem olhar pra Harry.
- Mas eu não quero falar sobre isso!?– Harry desanimado.
- Posso imaginar por que! – Lara olhou para ele.
- Quero saber de seus sonhos! Quem sabe posso ajudar!? – insistia Harry.
- Você sabe que posso imaginar como se sente em falar sobre a profecia, Harry, pois ela fala de morte! E com certeza, você, assim como, Lorde Voldemort não quer morrer! – Larissa tinha parado de andar e disse isso fitando os olhos de Potter.
- E vai ser uma batalha dentro de você, até o dia que compartilhar o que sente sobre isso com as pessoas que você mais gosta!... Lembro a você que Gina já sabe e está do seu lado! Basta você confiar! – Larissa sorriu.
- Ela está com Zabini! – afirmou Harry rapidamente e voltando a caminhar.
- Está por que você está permitindo que isso aconteça! – disse Lara.
Harry ficou nervoso ao ouvi isso.
- Viu! Você está com raiva do que eu disse, pois é verdade! Nós apenas nos irritamos com uma coisa que é verdade, pois se fosse mentira, não faríamos nada! – disse Lara rindo, mas para Harry não tinha graça nenhuma.
- Voltando a profecia, Harry! Quando você quiser conversar sobre isso!? Fique a vontade! – disse Larissa, quando chegaram ao Salão Principal.
Harry se assentou em seu lugar a mesa grifinória e ficou na dele comentando com os amigos que não queria falar sobre o assunto, quando McClaggan sentava ao lado de Narcisa e da senhora Weasley que estavam na mesa principal.
- Mamãe vai ficar a semana toda aqui em Hogwarts!... Claro que ela ficar em Hogdmead, numa pousada! Só espero que ela não me mate de vergonha me chamando pelos corredores daqui! – comentou Ron de boca cheia.
- Se você continuar falando de boca cheia desse jeito, quem vai chamar sua atenção sou eu, Ron! – comentou Mione rindo do namorado. Harry também riu. Era engraçado e diferente ver seus amigos de anos se tornarem tão íntimos. Bem! Eles até já eram, mas agora estão mais.
Harry olhou para Gina e sorriu pra ela, mas ela mudou de direção ao perceber que ele a olhava.
Terminado o jantar: detenção com Snape. Potter realmente queria evitar aquele encontro, mas para se ver livre, foi cumpri-la.
A masmorra era fria e úmida como sempre foi, mas naquela noite estava mais. Talvez fosse o inverno que ainda vigorava em Hogwarts e também não tinha caldeirões acesos que chegava a esquentar o ambiente.
Snape já estava a espera em seu escritório que era ao lado da sala de aula de poções:
- Como sempre atrasado, Potter! – comentou Snape crispando os lábios.
Harry não disse nada queria terminar o mais rápido possível à detenção e pensava qual seria a de hoje. Nas outras vezes, teve que limpar pote por pote das amostras de ingredientes que estavam na estante do professor.
- Quero que você catalogue todo os potes! E espero que você reconheça cada ingrediente Potter! Será uma boa revisão de poções, não acha? E também, sei que você está tão acostumado a entrar em armários alheios que não terá problemas de identificá-los! – Snape com o cinismo de sempre que deixava Harry maluco de raiva.
- Aqui está! Papel, pena para escrever e pasta adesiva!... Dê-me sua varinha! – disse o professor esticando a mão para pegar a varinha de Harry.
Harry olhou aquele armário. Parecia que Snape fazia questão de lembrá-lo que um dia aquele mesmo armário, já foi assaltado duas vezes e que o professor achava que foi ele.
- Fazer o que? Vamos lá! – resmungou Potter pra si mesmo.
Depois de muito tempo, escrevendo e colando adesivos nos potes, Harry reparou que Snape estava concentrado em três pergaminhos e alguns livros empilhados na escrivaninha.
O grifinório em detenção ficou curioso em saber o que seria aquilo. E como tinha o outro a estante do outro lado da sala para fazer a atividade, passou por trás do professor e viu algo escrito como sonho numero um, dois e três.
“Seria algo relacionado aos sonhos de Larissa?!”, pensou.
Se voltou para os ingredientes e imaginando como teria acesso aqueles papeis que estavam com Snape, mas nada vinha a cabeça. Até que...
- Boa Noite! – disse uma voz feminina vinda da porta da sala. Snape levantou de supetão e com o rosto lívido.
- McClaggan! – falou o professor surpreso, mas de cara fechada.
- Com licença, Snape! Desculpe-me entrar aqui! Mas vi a luz acessa e...? E eu sonhei! Mas algo novo! Com elementos e imagens novas!... Alvo não se encontra em Hogwarts! Então decidir vim as masmorras!... Não tinha a quem recorrer! – a voz de Lara parecia de ansiedade e nervosismo e ela se aproximava mais, e mais nítida sua imagem ficava.
Parecia que ela estava com veste de dormir, pois um roupão de veludo branco aquecia do frio da masmorra de Hogwarts. Seus cabelos estavam soltos por completo e parte dele caía a frente. Com a luz dos lampiões, seus olhos refletiam um tom meio esverdeado e cinza.
- Ah! Olá, Harry! Eu pensei que sua detenção já tinha acabado!? – cumprimentou o garoto assustada.
- O que deve a sua presença aqui, McClaggan? – Snape com desdém e olhando para Harry com se aquele assunto não lhe diria respeito.
- Como eu disse! Um sonho com um elemento a mais, mas vejo que não poderemos conversar sobre isso agora! – Lara com receios.
- Não! Lembre-se que Dumbledore disse! Temos que aproveitar enquanto seu sonho está recente para não perdermos nenhum detalhe!... – disse Snape indo para um outro armário e retirando uma penseira de lá.
- Vá, Potter! Está dispensado de sua detenção! Digamos que já cumpriu suficientemente! – completou Snape friamente.
Harry pegou sua varinha e fingiu que saiu.
Ele ficou parado ali na porta. Queria ver a cena entre os dois e também não deixaria Snape sozinho com Larissa. Ainda mais sendo o traidor da Ordem e precisava de um prova disso para Dumbledore.
Snape por duas vezes lançou a varinha a testa e colocou suas lembranças na penseira.
Lara estava sentada na poltrona e parecia ansiosa pelo aquilo que iria acontecer.
- Aviso, McClaggan! É a primeira vez que faço isso com você! Nas outras vezes, foi Dumbledore que o fez! Eu apenas anotava depois nos pergaminhos! – Snape parecia advertir: - Devo lembrá-la que deve concentrar seus pensamentos em seu ultimo sonho que teve! Todo detalhe deverá vir à tona! Mesmo que...
- Mesmo que eu sinta medo em continuar o sonho! Eu sei, Snape! – interrompeu Larissa olhando para o chão.
O professor de poções colocou a penseira dentro do armário e deixou a porta entreaberta.
Então, ele se aproximou de Larissa e disse calmamente:
- Feche seus olhos!! Encoste-se à poltrona e sinta-se confortável o suficiente para sua concentração!...
McClaggan obedeceu. Snape puxou um banco ao lado da profa. de DCAT e chegou mais perto mais dela. Com a mão direita aproximou em seu rosto delicado e com a esquerda estava com a varinha em punho:
- [i]Legilimens[/i]!
Harry armou a varinha. Imaginava Snape lendo a mente de Larissa, mas estava tranqüilo demais. Não parecia a guerra que ele travou no ano passado com Snape, enquanto tentava bloquear sua mente.
O grifinório fitou a mesa com os pergaminhos. E correu sorrateiramente até lá.
Snape estava completamente concentrado. Seria a chance ideal para Harry pegar os pergaminhos:
- Melhor! Copiá-los! – sussurrou para si.
Dito e feito. Um feitiço de cópia, e os sonhos de Larissa estavam num papel. Istp foi num estalar de dedos. Apenas faltava aquele que estava ocorrendo, mas pensaria em algo depois para descobrir.
Ele tinha pressa, mas lembrou que não podia sair dali sem um prova da traição de Snape. Harry ficou tentado ao olhar a penseira de Snape.
“Traidor!... Oras?! Por que não? Dumbledore precisa saber a verdade!?”, pensou Harry abrindo o armário, pegando o objeto e saindo dali. Levou-o até a sala de aula de poções.
“Preciso ser rápido!”, pensou enquanto se afundava nos pensamentos de Snape.
Harry entrou ali naquele mundo novamente, mas seria passado ou presente?
Snape andava apressado e parecia ansioso:
- Sempre em noite de lua cheia! Toda lua cheia! Eles aprontam algo!... É hoje que pego Potter e seus amiguinhos! E eles serão expulsos! - comentou Snape no corredor
Harry o seguiu. Snape atravessou o jardim e chegou no Salgueiro Lutador. Com um galho grande apertou o nó da árvore fazendo-a ficar imóvel. E o grifinório lembrou que seria o dia que Tiago salvou Snape de ser atacado por Lupin.
O sonserino curioso entrou dentro do buraco. Harry continuava a segui-lo.
Enquanto acompanhava os passos de Severo, o garoto imaginava que o pai apareceria a qualquer momento.
Quando assustou, viu o vulto de seu pai correndo e um grito se fez no corredor que dava para a Casa dos Gritos.
- Snape! Você é maluco! O que? – bradou Tiago lançando um feitiço para jogar Severo para fora do corredor.
Harry voltou correndo para a entrada onde estava Snape com a cara lívida, assustado e ofegante.
Tiago saiu do buraco se jogando e caindo aos pés de onde estava Harry. Levantando foi até Snape que resmungava:
- Você, Black e Lupin!? Vocês me pagarão
Tiago o tirou dali arrastando para longe.
Um uivo veio de dentro do fosso. Então, pai de Harry Potter lançou uma pedra que acertou o nó do Salgueiro fazendo a arvore retornar ao seu estado normal.
Não muito longe dali, uma gargalhada de uma voz conhecida aparecia entre as folhagens: era Sirius.
- Almofadinhas!? Você enlouqueceu de vez! Você não percebe que mataria Snape!? – Tiago foi enfático e apontando o dedo para Sirius.
Sirius ria e dava gargalhada apoiando no ombro de Pedro.
- Você queria matar, Snape?... Morte é coisa séria, Sirius! O que você fez foi irresponsável! – Tiago enfático.
- Argh! Não venha me falar em irresponsabilidade! Você queria a mesma coisa, Potter! – disse Severo se levantando: - E não espere de mim, fazer o mesmo com você!
- De você não espero nada, Ranhoso! Só lembre que sua curiosidade, quase o levou a morte! – Tiago fechou a cara para o sonserino.
- Isto é insanidade! Um lobisomem na escola!? Humf! E três malucos assassinos! Hoje mesmo, falarei com o diretor! E você pode até ter me salvado, Potter! Mas esatva salvando a própria pela para não ser expulso! – disse Snape com asco.
- Dumbledore protege Lupin, Snape! Ele criou este Salgueiro para Remo pudesse estudar aqui! E quando estivesse na lua cheia
Um outro uivo foi dado e Snape ficou mais branco:
- Olha! Rabicho! Seboso está com medo! HAHAHAHA! Pontas!? Foi muito divertido, ver a cara do Seboso ao sair da toca do lobisomem! HAHAHAHAHAHHA! – comentou Sirius.
- Sirius? Por que você fez isso? Não percebe que poderia ser expulso! – Tiago parecia furioso.
- Argh!! Pontas! Ele mereceu o susto para parar de ficar nos bisbilhotando! Juntei o útil ao agradável!Sabia que ele queria saber sobre nosso segredo! Contei lhe indiretamente de como fazer para passar pela arvore! E na realidade, não pensei em morte e sim alguns arranhões! Ele ficaria na ala hospitalar e não levaria mais o meu Raio de Luz pra passear! – Sirius em tom jocoso.
- McClaggan!?... É!? Eu podia já ter suspeitado!? Você pirou de vez! – comentou Tiago.
- Claro! Este Seboso andando pra cima e pra baixo com ela! – disse Sirius com ásco. – Se não fosse, Pedro me avisar sobre tal convite que ele fez....
- Fica claro onde está a preferência de McClaggan!... Vejo que o ciúme lhe subiu a cabeça, Black?! – disse Snape com ar de arrogância e superioridade
A expressão de Sirius mudou radicalmente, de alegria passou para ódio. Severo fez que colocou a mão nas vestes, mas não deu tempo Black o desarmou.
Harry não reconhecia o padrinho. Era outra pessoa que estava ali. O garoto sentia que o padrinho emanava ódio em seu corpo.
Almofadinhas pulou com a varinha armada no pescoço de Snape:
- Dê-me uma razão! Eu imploro!... Eu imploro que você se aproxime dela! Pois terei o prazer em matá-lo pessoalmente, Ranhoso! – Sirius em tom ameaçador, enquanto Tiago tentava tirá-lo em cima de Snape.
Quando conseguiu se libertar, snape estava pálido e corria desengonçadamente para dentro do Castelo deixando para trás Sirius dando gargalhadas.
Harry foi atrás do sonserino que parou ofegante em uma das pilastras do corredor e tirou uma foto de Larissa do bolso:
- Nunca mais! – disse olhando para foto.
Logo depois, amassou e tocou fogo nela.
Harry ouviu um grito, assustou e voltou à sala de aula de poções.
O garoto correu para ver.
Larissa estava abraçada a Snape e parecia assustada:
- Eu não quero morrer, Snape! – parecia que chorava.
Não dava para ver o rosto do professor, pois a cabeça de Lara o cobria. Ele retribuiu o abraço da professora de DCAT.
- Não quero!... Estes sonhos são sinistros e agourentos!... Sangue e morte!... Faça-os a acabar!... Por favor! – Larissa se agarrava a Snape parecendo com medo.
- Não posso, McClaggan!... Isso não é possível!... Os sonhos não são como ilusões ou pensamentos!... As ilusões e os pensamentos podem ser bloqueados pela Oclumência, mas os sonhos não!... Os sonhos vêm de dentro de nós e não pode ser controlado, assim como, os sent....– Snape falava pausadamente e medindo com cautela seu discurso, mas parou e largou a Larissa de supetão.
- Melhor você ir!... Tome esta poção da paz que lhe fará bem! E descansará! – falou Snape buscando um vidro e entregando a Lara.
Snape olhou de esguelha:
- O que faz aqui, Potter? Eu mandei você embora! – Snape fechou a cara para Harry.
- Quando eu estava saindo, eu ouvi o grito da professora! Então, eu voltei, senhor! – Harry quase rosnou, mas se segurou.
Snape franziu a testa de desconfiança, mas ignorou Harry se voltando para a professora.
- Eu já vou! Obrigada, Snape! – disse Larissa que parecia abatida: - Harry, você me acompanha até as escadas da Torre Corvinal?
Harry concordou e saiu dali com a professora. Eles caminharam silenciosamente. Ele queria falar com ela sobre os sonhos:
- Larissa!? Seus sonhos têm haver com a minha profecia?
Chegando as escadarias de Corvinal, Lara se virou a Potter e disse:
- Posso dizer que no momento, eu acho que sim, mas sinto que falta algo neles! Nestes sonhos!!- Larissa estava receosa
- Você disse que não quer morrer? – Harry estava assustado.
- Tenho medo de perder tudo que conquistei e as pessoas que eu amo! – Lara estava com o olhar distante: - Preciso refletir melhor sobre isso! – ela suspirou.
- Boa noite, Harry! – ela sorriu sem graça.
- Boa noite! – respondeu Harry colocando a mão no bolso e pegando os pergaminhos que copiou os sonhos da professora.
********************
- São estes, Mione! Os três sonhos que copiei dos pergaminhos de estudos de Snape e Dumbledore!... Só fica faltando o quarto que Larissa teve ontem a noite! – disse Harry sussurrando dentro a biblioteca sob o olhar de Madame Pince.
- Bom! Terei trabalho em dobro, Harry! – disse Mione.
- Por que? – ele curioso.
- Ainda não descobrir como abre a bendita porta atrás do Gryffo! – disse olhando para Ron:
- Olha! Eu quero desisti! Eu até pensei que a professora talvez fosse “dá um pulinho lá” para ver como ele entra, mas ficamos lá plantados esperando e nada! – cometou Ron indignado, parecia que ele queria ação.
- Esquecem! Deve ser algo fora do nosso alcance!... Eu quero mais é descobrir sobre os sonhos e a profecia! – compreendeu Harry.
- Certo! Vai me contar? – Mione que levou uma cotovelada de leve de Ron: - Ok! Para nós?
Harry engoliu seco.
- Ok! Entendi! Vamos deixar você pensar!? Que tal amanhã!? – Mione rindo.
- Por que amanhã? – Harry sem entender nada
- Amanhã! Depois da janta, vamos a sala de vai e vem! Hoje não! Temos que ir a cabana do Hagrid, ele nos convidou hoje de manhã! Ele disse que tem algo em especial para dizer-nos! – disse Mione sorrindo.
O sinal tocou para as aulas.
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- Os preparativos para o casamento já estão sendo bem organizados pela Sra. Malfoy, Sra. Weasley e pela Sra. Delacour, ou seja, os enfeites e tudo mais!... Que bom que vocês vieram aqui! Eu queria a presença de vocês! Afinal vocês fazem parte da minha história! – disse Hagrid tomando uma xícara de chá com biscoitos ao lado de Madame Maxime.
O guardião das chaves de Hogwarts convidou no início da tarde para o trio fossem para cabana dele, pois precisava conversar.
Harry não entendeu muito bem onde Hagrid queria chegar com aquilo, mas tudo bem para ele. Ver seu professor de Trato de Criaturas Mágicas e amigo feliz era umas das poucas alegrias que Harry tinha.
Os garotos estavam bem à vontade na poltrona de três lugares e tomavam o chá feito pela Madame Maxime.
Hagrid parecia pensativo e olhava e sorria para aquela mulher que vinha sendo sua companheira por dois anos.
Ele era um meio-gigante que sempre morou sozinho e agora estava compartilhando com alguém da mesma raça que ele.
Harry olhava feliz aquele casal, assim como, olhava para Ron e Mione brincando um com o outro.
Bateu algo em Harry e ele queria compartilhar aquilo que via nos seus amigos com uma pessoa: “Quem sabe ela...? Talvez... Gi...!”, pensou Harry que foi interrompido com alguém batendo a porta.
Era Dumbledore acompanhado McGonagall, Larissa, Sra. Weasley, Sra. Malfoy e Lupin.
Eles entraram e Hagrid meio sem graça pediu desculpas pela falta de conforto do lugar, mas ninguém ali se importou.
Harry e seus amigos cederam seus lugares a três mulheres que tinham acabado de chegar. Remo ficou em pé ao lado de onde Narcisa tinha sentado. Larissa ficou em pé ao lado de Ron e Mione, e abraçada atrás ao Harry. O prof. Dumbledore sentou na poltrona. Hagrid ficou de pé atrás da outra poltrona que estava ocupada por Maxime. Então, ele começou a discursar:
- Bem! Primeiramente, gostaria de agradecer a todos vocês por virem aqui! E porque vieram é porque se importam comigo!... E se importam comigo, porque posso contar com amizade de vocês!... E se posso contar com a amizade de vocês, é porque eu posso compartilhar a minha felicidade!!! – Hagrid olhou para Maxime que parecia corada.
Todos estavam curiosos para saber o eu meio-gigante tinha a dizer. Ele deu a mão a sua parceira e disse:
- E já que eu não tenho pai, eu gostaria de pedir sua benção Dumbledore!
Por um brevíssimo instante, todos se entreolharam meio que assustados. Hagrid engoliu seco e parecia que tinha dito algo errado, mas Dumbledore fitou o guardião das chaves por cima daqueles óculos de meia-lua, então, a meio-gigante cutucou o parceiro como se faltasse algo a dizer, Hagrid se adiantou:
- É que eu e Maxime decidimos nos casar e gostaria de ter sua benção, Dumbledore! Eu respeito muito o senhor e...
Dumbledore levantou se aproximou de Hagrid:
- Claro! E faço questão que o casamento seja em Hogwarts! – o diretor sorriu e abraçou Rúbeo.
A cabana veio abaixo de explosão de alegria entre os convidados. Cumprimentos foram dados. Chás, biscoitos e conhaques foram servidos.
Sra. Malfoy e Sra. Weasley sugeriram conversar com Fleur e Gui, da possibilidade do casamento se duplo:
- Pra que esperar! Vou conversar com eles, mas adianto que eles não farão objeção! – disse Molly Weasley sorridente.
Dumbledore e Larissa foram convidados para serem padrinhos do casal que aceitaram sem hesitarem.
E a festa foi boa dentro daquele espaço aconchegante e amistoso.
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Era sexta e faltavam um dia para o casamento. E a notícia da manhã que rolava nos jornais e revistas era só sobre o casamento. Nenhuma novidade sobre Voldemort. Relatavam que os ataques tinham cessado. O que era estranho para o tempo de trevas que o mundo bruxo estava.
Por via das dúvidas, Lupin mandou uma guarda de aurores para vigiarem durante a cerimônia em Hogwarts.
Agora a escola estava segura, mas Harry não sentia confiança em Snape.
Até gostou da atitude do padrinho com Snape assustando-o e conseguindo afastá-lo de Larissa. O diário dela que o diga.
E por falar em memórias, naquela tarde, Snape tinha jogado uma indireta sobre como a penseira tinha parado na sala de aula sendo que ela estava dentro de um armário:
- Não imagino o que aconteceu, senhor! Às vezes, foi Pirraça que pregou uma peça! – disse Harry tentando ter uma seriedade, mas a vontade era de rir.
- Sua arrogância é igual ao do seu pai! E um dia, você morderá sua própria língua pela suas palavras, Potter! – disse Snape saindo esvoaçando a capa pelo corredor.
“Graças aos céus!”, pensou Harry correndo para a sala de vai e vem onde se encontravam Ron e Mione.
- E aí? – entrou já perguntando a amiga.
- E aí! Eu que digo! E a profecia? – disse Mione com os pergaminhos na mão.
- E acho que seja interessante! Principalmente pra mim! – rosnou Neville que estava nervoso.
- O que você esta fazendo aqui, Neville? – Harry assustado.
- Agora você não me escapa, Potter!... Eu estou nessa profecia! Já comentaram sobre isso! E acabei de trombar com o professor Snape que soltou uma mais que direta que você está escondendo algo de mim! – dessa vez a voz de Neville era de raiva.
- Tá! Calma! Você é um dos garotos da profecia sim, mas não se preocupe, Voldemort escolheu a mim e não a você! – disse Harry veementemente.
Longbottom se encolheu na cadeira.
Harry com apreensão olhou para os amigos, fechou os olhos para concentrar em cada palavra da profecia:
- "Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas, se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês... e o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das trevas desconhece... e um dos dois deverá morrer na mão do outro, pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver... aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar..." (JKR – livro: Ordem da Fênix)
Ron, Mione e Neville estavam assustados.
- Não me olhem desse jeito, esta profecia me deixa mais confuso e assustado que vocês! Fala que apenas sobreviverá se outro morrer! – disse Harry.
- Como você tem certeza que é você e não eu, Harry!? – Neville ansioso.
- Porque Voldemort me escolheu! Escolheu alguém igual a ele! Um sangue mestiço que pode medir forças com ele!... Bem! Dumbledore é que disse! – Harry tentando lembrar cada detalhe daquele dia. Só que seus sentimentos de dor e saudades voltavam em pensamento e seu coração, pois naquele dia estava nervoso com a morte de Sirius.
Então, Potter respirou fundo e começou a contar o que Dumbledore lhe disse no ano passado: como descobriu a profecia no cabeça de Javali pela Trelawney; porque Voldemort atacou-o mesmo assim, o porque de Neville ser possível o outro garoto.
- Bem! É as coisas que consigo me lembrar! – disse Harry ao terminar sua fala.
Mione já estava de pé e refletia segurando os pergaminhos. Foi até a mesa e colocou as pedras das Runas num suporte de feltro.
- Então, Mione!? – Harry ansioso.
- Terei trabalho! Ainda jogarei as pedras, Harry! Mas tenho que concentrar muito nas perguntas que vou fazer!? Devo lembrar que tentarei, não garanto nada! – Mione apreensiva.
Harry concordou enquanto olhava Ron e Neville ainda atordoados com que acabaram de ouvir.
- E você guardou isso e não desabafou conosco? – Ron.
- Para dizer a verdade, estou surpreso por você não ter me contado antes!? – Neville meio chateado.
- Eu até pensei, Neville, mas eu estava tão absorto e com receios de colocá-lo no meio! Você já tem sofrimento por demais! – mediu Harry em suas palavras.
- Entendo, mas sua vida não é um mar de rosas! Compartilhar seria a melhor maneira de seus amigos ajudarem! – disse Gina entrando de supetão na sala.
Harry fechou a cara fitando-a, não gostou muito da petulância dela falando de sua vida. E ainda estava chateado com tudo que aconteceu entre eles. Oras!? Depois daquele beijo na mansão Black, eles não tinham se entendido ainda.
Mione chamou Harry e perguntou:
- Você leu os sonhos da professora, Harry?
Potter disse que não. Foi tão rápido os últimos acontecimento que nem fez isso.
Então, ele pegou os pergaminhos e começou a lê-los:
1º. sonho:
Voando ultrapassa um arco-íris de cores vivas... Num instante, ela se vê no meio de uma tempestade.
Os ventos eram tão fortes que a jogaram dentro da água. Entretanto, as águas se agitavam com grande intensidade, fazendo-a a balançar por um lado e para outro, chegando afundar.
As águas a cuspiram para terra.
Levanta a cabeça e logo à frente, viu uma rocha de tom azulado num alto de morro.
Fraca, arrastou feito uma serpente. À medida que arrastava, sua pele era rasgada por esmeraldas pontiagudas que se formavam ao longo do caminho.
Chegando a rocha, ofegante, apoiou para levantar. Quando tinha encontrado uma segurança, então, olhou por cima da pedra e viu a mata pegando fogo. Este estava se alastrando e vinha na direção dela.
Quando achou que seria consumida pelo fogo, uma mulher a pegou no colo. Levou-a para um lugar mais alto onde ventava muito.
Colocaram-na em algum lugar como se fosse um pedestal, virou a cabeça de lado e viu, então, um casal.
A mulher segurava um cálice e o homem uma espada. Logo abaixo, um filhote de serpente rondava nos pés daquele casal.
Então, depois viu que algo escorria pela sua plumagem: um sangue viscoso, vermelho e brilhante. A mulher aproximou e colocou o cálice onde o sangue caía.
Depois, enquanto a mulher colocava o cálice em lugar estratégico para alimentar o filhote de serpente, o homem cortou o braço e deixou o sangue dele sobre a boca de Larissa.
A revolta da natureza se cessou.
2º. sonho:
No meio de uma revoada de águias, entre elas uma era tratada com indiferença e menosprezo.
Num momento, esta águia foi atacada pelas outras.
Após a investida de violência, a águia voa para longe do grupo. Machucada e dando pios de dor e sofrimento.
É encontrada por um homem com uma espada que a carrega para longe.
3º. sonho:
Dois garotos, brincando com 4 pedras coloridas: azul, amarela, verde e vermelha
Um está sentado ao chão e o outro a sua direita em pé. Eles estão à margem da lagoa e não percebem a presença de animais a sua volta.
No ar, uma águia voa tranqüilamente sob as cabeças das crianças.
Na lagoa á esquerda delas, um basilistico com 17 dentes apodrecidos cercado por 16 serpentes caminham pelas águas observando ao mesmo tempo o vôo da águia e as crianças a brincar.
O garoto que está em pé, olha para cima e vendo a águia começa a chamá-la.
Quando a ave alça vôo em declive, de repente, um vento do norte forma uma corrente forte de ar batendo no passaro, fazendo-o cair entre a margem e a água da lagoa.
O tombo é forte e machuca seriamente a ave.
O basilistico e as demais serpentes avançam com fome contra o animal voador atordoado e ferido.
A grande serpente abocanha e suga o sangue deste. Enquanto as demais serpentes ficam a espreita.
As crianças seguram as pedras nas mãos. E numa ação de espantar os animais rastejantes jogam as pedras coloridas sob o basilistico que de nada adiantou.
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