Uma ajuda inesperada
Capitulo 2 – Uma ajuda inesperada
Harry abriu os olhos lentamente, ergueu a cabeça e contemplou o ambiente onde estava. Mostrava ser um ônibus de três andares, roxo berrante por fora( pelo que se enxergava pela janela ), e parecia Ter se materializado do nada, pois Harry não o vira antes. Ele sabia onde estava. Era o Nôitibus andante. O transporte de emergência para bruxos e bruxas perdidos era o mesmo que Harry andara no seu terceiro ano em Hogwarts. Harry se virou para o lado esquerdo, além de ter visto várias outras camas, ele percebeu que o conhecido Lalau o olhava apavorado, e Harry já imaginava o porque:
-O quê você estava fazendo caído no chão no meio daqueles terríveis Dementadores? Está maluco cara? Foi sorte Ter feito sinal para nós pararmos, senão era o seu fim.
Harry não entendia, como poderia ter feito sinal para o Nôtibus parar? Quando ia abrindo sua boca para falar, se lembrou do momento em que apontara a varinha para a frente, para o outro lado da rua, onde não haviam Dementadores, mas caiu sem forças. O sinal era aquele. Esticar a mão com a varinha. Mas ainda não entendera como estava a salvo no Nôitibus. E os Dementadores? Harry não hesitou em perguntar:
-Como foi que vocês me tiraram de lá? Onde estamos?- perguntou Harry com tom de quem fez algo errado e botou a culpa em outro.
-Bom, primeiro, te tiramos de lá porque os Dementadores começaram a sobrevoar o ônibus, e isso me deu tempo de abrir a porta e te colocar para dentro com o Wingardium Leviosa e sair queimando pneu, os Dementadores nos seguiram por um tempo mas depois sumiram. E segundo, estamos no largo Grimmauld, próximo a casa número doze, ainda chegamos aqui a pouco tempo, com Dementadores na sua cola, você mal consegue dirigir, não é Ernesto?
O motorista confirmou com a cabeça.
Harry pensou em como os Dementadores chegaram ali sem serem vistos pelo resto da cidade? Provavelmente Voldemort usara algum feitiço muito avançado para manda-los lá. Harry ficara muito tempo imaginando o que o Lord das Trevas queria com ele naquele momento? Por que mandou Dementadores busca-lo, se Voldemort precisava tanto de Harry, não mandaria essas criaturas horrendas o buscar, sabendo que corria o risco de que os Dementadores lhe dessem o beijo fatal. Por que? Harry ficava se perguntando por que. Mas Harry lembrara, se o bilhete que Errol o levara vinha da Ordem da Fênix, talvez os membros pudessem estar reunidos lá. Harry perguntou novamente:
-Onde você disse que estamos mesmo?
-Estávamos no largo Grimmauld, mas agora devemos estar... Onde estamos Ernesto, em alguma parte da Irlanda do Norte, imagino.
O motorista novamente confirmou com a cabeça.
-E onde mesmo você queria ir, garoto?
-Quero ir para o largo Grimmauld, número doze.
-E agora que você fala???!
Com um baque estrondoso, Harry sentiu o Nôitibus dar meia volta e rumar para o local desejado.
Harry sentiu náuseas, e novamente, o ar parecia se congelar, estava frio, mas, diferente de antes, não estava com medo, mas estava com preocupação de como aquilo acontecera, e notou que todos dentro do Nôitibus repetiam esse sentimento.
-Harry Potter- Ouviu-se uma voz apavorante e seca, mas sarcástica ao mesmo tempo.
As camas todas foram jogadas contra as paredes do ônibus, de modo que se formasse uma espécie de clareira do meio do primeiro andar do ônibus.
-Harry Potter, imundo e desleixado, como teve a péssima sorte de se livrar dos terríveis Dementadores? Se eles não conseguiram concluir as ordens de Milorde, eu concluirei, e vai implorar por não Ter sido levado pelos Dementadores!- disse uma voz que parecia vir do terceiro andar.
-Quem é você?- Perguntou Harry, com medo da resposta.
Ouviu-se uma risada sarcástica e forçada, no momento em que lentamente, através de alguma poção ou magia, descia um bruxo encapuzado, com vestes que lembravam as vestes dos Comensais da Morte de Voldemort.
-Compreendo o seu medo, Potter, mas... – O bruxo retirou o capuz e a sua máscara, e todos se apavoraram - ... não sou o seu temido bruxo das trevas, Milorde não quer gastar energia com um sujeitinho reles como você! Eu vim no seu lugar, eu, um dos mais temidos Comensais de Milorde, Lúcio Malfoy.
-Mas...mas... – gaguejou Harry.
-Cale-se!- e, neste momento, Lúcio Malfoy vociferou a palavra Imperio, apontando a varinha para Harry, que fora atingido - Vamos duelar, assim acabo com você e o levo para Milorde!
Malfoy ajeitou melhor suas vestes, de modo que ficasse mais cômodo para se mexer rapidamente e ordenou:
-Agora Potter, curve-se.
Harry teve, pela Quarta vez em sua vida, a sensação de que todos os pensamentos tinham se apagado de sua mente... ah, foi uma imensa alegria para ele, não pensar em nada, era como se estivesse flutuando, sonhando... curve-se diante de mim... apenas curve-se... apenas curve-se diante de mim, Potter...
Não farei isso, falou uma voz mais forte no fundo de sua cabeça, não me curvarei...
Apenas curve-se, Potter...
Não vou, não vou me curvar diante de você...
Apenas curve-se Harry Potter, curve-se diante de mim...
-NÃO VOU ME CURVAR!
E essas palavras explodiram de sua boca; ecoaram por todo o Nôitibus, e o estado de suavidade em que mergulhara se dissolveu repentinamente como se tivessem lhe atirado um balde de água fria no rosto, renovou-se a consciência de onde estava e de quem estava enfrentando...
-Não vai me obedecer? – disse a voz fria e seca de Lúcio Malfoy, neste momento, todos dentro do ônibus, Lalau, Ernesto, e até a cabecinha feia que ficava sobre o painel do ônibus sentiram uma leve brisa de pânico – Não vai se curvar, Potter? Tsc... Acho que não prestou atenção em Milorde no ano retrasado, quando lhe aplicou esta mesma maldição e lhe disse que a obediência é uma virtude que era preciso lhe ensinar antes de morrer... Talvez você precise de algo mais forte... CRUCIO!!!
Harry acabara de ser atingido pela Maldição Cruciatos. A dor que já conhecia foi novamente intensa, e tão devoradora quanto da última vez, Harry já nem sabia onde estava... parecia que facas em brasa perfuravam cada centímetro de sua pele, sua cabeça, sem dúvida alguma, ia explodir de dor; ele estava gritando mais alto de que nunca havia gritado em toda a sua vida...
E, com força, Harry percebeu que Malfoy estava seguindo os passos de Valdemort, como fizera no seu quarto ano em Hogwarts, quando o enfrentara novamente desde o seu primeiro ano, Harry se lembrava muito bem daquele momento, quando Cedrico morrera, ele vira seus pais com o Priori Incantatem e ganhara o campeonato Tribruxo. Harry sabia, então, o que fazer. Tudo parou, Harry se fez muita força e tentou ficar de pé; tremeu descontroladamente, como fizera no ano retrasado; cambaleou para os lados na direção de Lalau, que com desespero, repetiu a cena da noite em que Voldemort voltara ao alge de seus poderes, empurrou Harry de volta, sem pensar.
-Gostou Potter? Onde estão os seus amigos para lhe proteger agora? Hahaha...
-Maldito... Vai se arrepender Sr. Malfoy...
-Como se atreve a me ameaçar? E, além disso, o que vai fazer? Me lançar um temível
Rictusempra?Hahahah...
-Argh...
Harry, unindo todas as suas forças, vociferou com a varinha erguida para Malfoy:
-ESTUPEFAÇA!!!!!!
Lúcio Malfoy tombou de costas, morrendo de dor( havia quebrado uma costela ao ser jogado com violência para cima do pé de uma cama , um dos seus olhos estava agora inchado e injetado.
-Seu pirralho...cof cof... Seu maldito pirralho...
Quando Malfoy foi se levantando, Harry teve medo do que ele poderia fazer, então não hesitou:
-Impedimenta!
Novamente, Lúcio Malfoy voou para longe. Quando Harry pensou em outro feitiço, Malfoy se levantou rapidamente e vociferou:
-Tarantallegra!!!
As pernas de Harry iniciaram imediatamente um sapateado frenético, que o desequilibrou e o fez cair no chão, e ele, que não estava muito bem depois de uma Maldição Cruciatos, começou a gritar de dor e cansaço. Lalau, num ato que surpreendeu a todos( inclusive a ele próprio ) apontou a varinha para Harry e gritou:
-Finite Incantatem!!!
Harry agradeceu, pois nesse momento, o feitiço de Malfoy perdera o efeito, e Harry parara de sapatear frenéticamente.
-Seu maldito... Não se intrometa! Petrificus Totalus!
Mas Harry foi mais rápido, e, em forma de agradecimento, pulou para cima de Lalau e gritou com a varinha erguida para o feitiço de Malfoy:
-Protego!
Os dois sentiram algo correr de um lado a outro dos seus corpos como facas cegas, graças ao Feitiço Escudo, os dois se salvaram.
-Malditos... Expelliarmus!
A variha de Harry voou longe, mas foi impedida de ir mais longe por um travesseiro que caira no chão. Harry agora estava indefeso, se mexesse para pegar a varinha Malfoy certamente o mataria, ele que estava com um olhar maligno para Harry, caminhou lentamente para o corpo caído de Harry, mas novamente Lalau o salvou:
-Accio varinha!
A varinha de Harry foi ao encontro das mão de Lalau, que a entregou a Harry bem a tempo de se proteger de Malfoy que apontara a varinha para o peito de Harry:
-A...Avada... – gaguejou Harry, que não sabia usar a maldição imperdoável, o Avada Kedavra, que mata qualquer ser instantâneamente e não pode ser bloqueada.
Lúcio Malfoy soltou gargalhadas frias e assustadoras:
-O que ouve, grande Harry Potter? Não sabe usar uma maldição qualquer? Nem mesmo a maldição imperdoável, o – e apontando a varinha para Harry murmurou – Avada Kedavra?
Um feixe de luz esverdeada e extremamente causadora de cegueira estava saindo da varinha de Malfoy, mas Lalau parecia estar decidido a ajudar Harry, após Malfoy ter dito “o grande Harry Potter”:
-EXPELLIARMUS!!!
A varinha de Malfoy voou longe, mas nem por isso a maldição parou, ela simplesmente atingiu o teto, pois a varinha chegara ao fim do Nôtibus, causando efeito nenhum. Harry sentiu uma onda de alívio dentro do seu coração e agradeceu a Lalau, que parecia estar muito orgulhoso do seu feito, tanto que se esquecera que estava ajudando a enfrentar um servo de Você-Sabe-Quem. Lúcio Malfoy parecia tão furioso que correu para sua varinha, a apanhou com raiva e a ergueu contra o teto e, com um feitiço de Harry e Lalau desconheciam, fez em pedaços o teto do Nôitibus e logo após isso, conjurou a temível Marca Negra, marca do Lord das Trevas, vários trouxas e bruxos que viviam ali sem que ninguém soubesse observaram o clarão que fora causado e observaram a marca do Lord da Trevas com desespero, alguns por saber o que significava e outros por a figura ser horripilante, mas os trouxas não viam nada debaixo da marca, mas Malfoy soltou gargalhadas e disse:
-Viram? Agora acho que se lembram para quem eu sirvo e quais as magias que conheço, por terem me feito de bobo eu não os perdoarei...
Harry, Lalau, Ernesto e a cabecinha feia pareciam Ter tido um ataque ou coisa parecida, Ernesto até parou de digirir:
-Hummm... Deixe-me ver... Wingardium Leviosa.
Todos voaram sobre o chão, e Malfoy fez sinal com a varinha para todos se juntarem, e como estavam sobre o efeito do feitiço, fizeram isso:
-Agora vejamos... CRUCIO!!!
Todos se contorceram, gritaram desesperadamente, sentiram como se flechas com fogo na ponta os perfurasse e uma clava os destroçava, foram as piores sensações de todos ali presentes, mas Malfoy abriu a boca levemente e murmurou ao memso tempo que ria:
-Finite... – Todos cairam no chão sem a Maldição Cruciatos – Haha, agora tomem um pouco disso seus malditos! Avada Keda...
Malfoy foi interrompido por uma voz que chamava o nome dele, todos olharam para o teto arrancado, que agora mostrava a escuridão do céu e vários vultos montados sobre vassouras que apontavam as varinhas para Malfoy, Harry até tinha um chute sobre quem seriam:
-Malfoy, largue a varinha! – ordenou um vulto que possuía uma silhueta toda enfeitada e com longos cabelos e barbas.
-Quem são vocês? – perguntou Malfoy com rispidez - São mais alguns desgraçados que vieram sofrer? Querem morrer como Milorde fez com a vagabunda da mãe desta coisa? – e apontou para Harry.
Harry não esperou a resposta, não hesitou em se levantar e, juntando toda a sua raiva, lançou contra Lúcio Malfoy a Maldição Criciatos. Malfoy gritou: a maldição o derrubara, mas ele não se contorceu nem gritou de dor como fizeram todos – já estava outra vez de pé, ofegante, mirou Harry, que tornou a se juntar ao grupo com medo. O contrafeitiço que Malfoy lançara quando viu Harry corar atingiu o vidro do Nôitibus, que o deixara em pedacinhos microscópicos:
-Nunca havia usado uma Maldição Imperdoável antes Potter? Ah, lembro-me da ocasião que lançara esta maldição contra a prima do seu imundo padrinho, no ano passado, tsc... Vou lhe lembrar que é preciso querer usá-las Potter! É preciso realmente querer causar dor, Ter prazer nisso, apenas esta sua raiva justificada não faz doer por muito tempo. Acho que você não está sendo um bom aluno, terei que excluí-lo deste mundo, grande Harry Potter! – disse Malfoy num tom de desagradável desprezo.
-Nem tente Malfoy! – Gritou outro vulto que parecia Ter um olho maior que o outro, era assustador.
-E quem vai me impedir? O temível Dumbledore? Hahaha! Bobagem!
Neste momento, todos os nove ou dez vultos gritaram juntos apontando para Lúcio Malfoy:
-ESTUPEFAÇA!!!
Malfoy foi atirado contra as camas que estavam na lateral no ônibus e desmaiou. Dumbledore desceu um pouco para dentro do ônibus trazendo a Firebolt de Harry:
-Vamos Harry, monte sua vassoura estamos perto...
-Mas, minhas coisas? Temos que ir até a casa dos Dursley busca-las!
-Não precisa, já a levamos, quando fomos lá lhe procurar quando soubemos sobre os Dementadores!
-Onde estão minhas coisas? Estamos perto de onde?
-A sua resposta é simples: Você-Sabe-Onde da Você-Sabe-O-Que.
-Ok – disse Harry, montando na sua Firebolt e se juntando ao grupo que Harry percebera ser dos membros da Ordem da Fênix, mas antes se despediu de todos os que estavam no ônibus:
-Tchau para todos! Nos veremos qualquer dia, e obrigado Lalau!
Lalau se sentiu muito orgulhoso em Ter ajudado o grande Harry Potter, mas ficou com cara de quem esta com náuseas ao olhar para os estragos no Nôitibus:
-Nosso ônibus!!!
-Ah, já ia me esquecendo – disse com suavidade Dumbledore – Reparus – e repitiu essa palavra ao apontar para cada defeito no Nôitibus andante e pediu desculpas para todos por qualquer problema que tivesse causado:
-Não vou me esquecer de você – e, apontando a varinha para Malfoy – Locomotor Lúcio Malfoy
Nesse momento o corpo de Lúcio Malfoy flutuou para junto de Dumbledore e o seguiu até a sede da Ordem da Fênix – Largo Grimmauld, número doze.
***E aí galera, gostaram desse capítulo? Postem aí por favor! Eu me esforcei para poder escrever o segundo capítulo rapidamente para você não ficarem com muita curiosidade, que bem que a curiosidade é as vezes boa, não é? Bem, fico por aqui, comentem a história, pare me dar uma moral para continuar a escreve-la para vocês, até o próximo capítulo!***
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