Busca e luta no Beco Diagonal

Tentando fazer uma boa interpretação do último aviso de Dumbledore antes de ir para Azkaban, Harry decidiu seguir o conselho dele. Colocou no mini-malão que ganhou dos membros da Ordem no Natal sua capa da invisibilidade e o Mapa do Maroto. Então, trancou, escondeu-o embaixo da cama e entregou a chave reserva aos cuidados, embora um tanto descuidados, mas honestos, de Neville Longbottom. Sem as aulas de Trato das Criaturas Mágicas, os garotos tiveram mais tempo livre ainda. No outro dia, Harry, Rony, Mione e Hagrid vão, escondidos, ao Beco Diagonal para comprar uma nova Penseira, através do Nôitibus. Para sua surpresa, encontraram Lupin numa das poltronas do ônibus. Eles contaram tudo ao professor.

- Bom, creio que agora seja a minha hora de dar explicações. – disse Lupin, sorrindo – Lamento pelo seu irmão Grope, Hagrid, e pela sua demissão também, e sinto informar que Snape já nos avisou que o lado do mal está em poder do gigante, e de muitos outros. Também devo dizer que Dolores Umbridge recebeu do Ministro carta branca para ir à Hogwarts ensinar hipnose. E que o plano sobre a união das escolas que você acabou de me contar, Harry, é realmente terrível. Mas aposto que tudo isso será desfeito ainda hoje, com o retorno de Dumbledore. – Todos o olharam, chocados. – Exato, creio que ainda hoje Dumbledore estará livre. Nós encontramos Draco Malfoy através daquele Mapa de Londres incrível que temos no Ministério. Modéstia à parte, invenção dos Marotos. Ele está no Beco Diagonal, onde já estão Tonks e Quim, à sua procura. Se pudermos provar que ele está vivo, Dumbledore será inocentado!

- Viva! Eu sabia que havia um plano de Lúcio para salvar Draco. Estávamos indo ao Beco exatamente para isso, para comprar uma Penseira e ver os pensamentos do diretor Malfoy.

Então, o grupo chega ao Beco Diagonal, onde encontram Tonks e Quim.

- Crianças, o que estão fazendo fora da escola? – xingou Quim – Se o diretor os pega...

- Não se preocupe, fomos pela passagem por baixo do Salgueiro até Hogsmeade, onde pegamos o Nôitibus. – explicou Rony.

- OK, agora vamos nos separar. Cada auror vai para um lado, e, crianças, fiquem com o Hagrid. Se acharem o garoto Malfoy, disparem centelhas verdes. Vamos lá!

Eles passam pela loja dos irmãos Weasley, que, para atrair clientes, montaram uma banquinha de amostras grátis de poções para os bruxos. Rony quis experimentar uma, mas Hagrid o proibiu, dizendo que não confiava em nada que os gêmeos fizessem. Mas a idéia estava dando certo, pois vários bruxos se amontoavam ao redor da loja para experimentar uma poção. Harry pensa ver Malfoy indo em direção do Caldeirão Furado, e o persegue. Mas, ao virar uma esquina, vê várias pessoas como Malfoy, vendo que ele deu a poção Polissuco a outras pessoas.

- Essa não, nossa busca foi por água abaixo. Ele transformou outros bruxos com sua aparência. Mas como? – disse Mione.

Mas Harry estava grudado nas vitrines. Ele ainda buscava a Penseira. Afinal, espatifara a de Dumbledore, e seria um bom presente de boas vindas para o diretor. Mas eles notam que as Penseiras foram retiradas do mercado.

-Agora existe uma lei proibindo – informa o dono da Floreios & Borrões, quando Harry vai comprar pergaminho, pois o seu estava acabando na escola: a professora McGonnagal mandava secretamente, trabalhos e pesquisas que os alunos deviam enviar à ela semanalmente. Então decidem ir até a Travessa do Tranco, cujas lojas não obedecem à nenhuma lei do ministério, e vêem uma Penseira na vitrine da loja do Sr. Borgin, e decidem comprá-la.

- Tiveram sorte, garotos. – disse Borgin, já à porta da loja - É a última, por enquanto. Se quiserem mais, só no mês que vem.

Um vulto de capa aparece e conjura um dragão na rua, que começa a destruir as lojas e queima os pergaminho extras que Harry havia comprado, e também a Penseira na vitrine. Os aurores aparecem para lutar.

- Harry, somos poucos. Precisamos de ajuda. Precisamos de alguém da Ordem!

Harry volta ao Beco Diagonal e manda uma coruja super-rápida da Animais Mágicos pedindo ajuda a Mundungo, que devia estar na sede da Ordem, não tão distante do Beco, fugindo dos destroços em chamas lançados pelo dragão. Hagrid se junta aos aurores com seu guarda-chuva cor-de-rosa. Harry, Rony e Mione se abrigam em uma das lojas, que não fica intacta por muito tempo. O teto começa a desmoronar devido às investidas do dragão. Antes que sejam soterrados, Lupin aparata ao seu lado, os agarra, e desaparata, levando-os novamente para a rua bem em tempo. Mundungo aparece para ajudar, aparatando ao lado dos garotos com a coruja ao ombro e lançando feitiços, junto com os aurores, fazendo o dragão recuar. Mas o bicho parecia não se cansar, e os atacava com chamas. Hagrid chama Carlinhos, que está em um concurso de dragões nas redondezas, para ajudar. Ele aparece com Norberto, que derrota o outro dragão. O monstro some numa nuvem de fumaça transparente, e, o vulto, montado numa vassoura, voa para longe.

- Bom trabalho, pessoal! – grita Tonks – Obrigado, Carlinhos, seu dragão é demais!

- Meu bebê – choraminga Hagrid, indo de encontro ao enorme dragão.

Harry estava estático.

- Que foi Harry? – pergunta Mione.

- É possível! – exclama Harry – Lupin desaparatou com a gente. E Mundungo aparatou com a coruja. Por que alguém não poderia salvar Draco desse jeito? Várias pessoas aparataram em Hogwarts naquele dia: os amigos de Malfoy para prender Dumbledore, vários aurores, os membros do Conselho...

- Talvez fosse possível, Harry. – fala Lupin - Se um dos Comensais tivesse permissão para aparatar levando pessoas.

Na confusão que sobrou do Beco Diagonal, ele os leva à filial do Ministério, na seção do controle do aparato, e pedem sobre a ficha do Sr. Macnair, do Sr. Crabbe e do Sr. Goyle. A bruxa ao balcão entrega as de Crabbe e Goyle, mas informa que a ficha de Macnair foi perdida durante a destruição das lojas.

- Vêem? Crabbe e Goyle não passaram totalmente nos exames do aparato.

Na ficha de cada um estava escrito: CONTROLE DO APARATO – NÍVEL 1 – Não apto para levar seres vivos e/ou objetos durante aparato ou desaparato.

- Existe o nível 2 – explicou Lupin – É quando o bruxo consegue aparatar ou desaparatar levando algum objeto. E o nível 3, quando consegue levar animais ou pessoas com ele, como no meu caso e no de Mundungo, e mesmo no da jovem Tonks. Snape nos forneceu os nomes de alguns Comensais, e após pesquisarmos seu nomes aqui no controle, vimos que nenhum deles se deu muito bem nos testes, estando, no máximo, no nível 2. Mas, nessa época, Macnair ainda não estava no círculo íntimo de Voldemort, e não pesquisamos sua ficha. Mas provavelmente também não chegou no nível 3.

- Mas pode ter chegado! Não podemos desistir e nos enganar! – falou Harry – Isso é muito sério, é a liberdade do nosso diretor.

Os aurores se entreolharam, e Lupin voltou a falar.

- Olha, Harry. Dumbledore pode sair de Azkaban quando quiser, com a ajuda de Fawkes. Mas ele parece ter esquecido de nós. Ele está desanimado e...

- E é tudo culpa minha. – completou Harry, se afastando.

O garoto procura entre os escombros e encontra várias fichas, inclusive a de Lupin, informando que ele está no nível 3. Harry desconfia que os funcionários do Controle do Aparato podem ter sido hipnotizados e deixado alguém entrar e destruir o arquivo de Macnair, para que ninguém desconfie que ele tenha salvado Draco na queda.

- Ei, e Voldemort? Quando estivemos no Ministério, ele voltou aparatando para buscar Belatriz, que estava presa pela estátua. Ele está no Nível 3. Ele pode ter salvado Draco.

- Receio que não, garoto – rosnou Moody – Por que acha que Você-Sabe-Quem ainda não invadiu a escola, com Dumbledore longe? Dumbledore lançou um feitiço nos terrenos ao redor de Hogwarts, logo que soube que ele havia voltado à vida. Se ele entrar lá, imediatamente o Ministério e o próprio Dumbledore saberão, através de um alarme. E Você-Sabe-Quem será imediatamente banido por uma força mágica. Mas é uma questão de tempo até que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado descubra como passar por isso.

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