O plano do Veritaserium
Então, Hermione bolou seu plano:
- Harry, se conseguirmos dar à Lúcio uma Poção da Verdade, poderíamos fazer umas perguntas à ele diante de toda a escola, e ele não poderia mentir. Os professores saberiam de tudo na hora!
- Como vamos fazer ele beber essa poção?
- Vamos precisar da ajuda de Dobby. Ele sempre serve bebidas nas cozinhas, que aparecem às mesas. Enquanto você o convence, eu vou procurar em uns livros e fazer a poção, acredito que amanhã já estará pronta se conseguirmos alguns ingredientes prontos e já cozidos. Amanhã mesmo teremos Dumbledore de volta!
Dobby não fez objeções. Concordou com o plano imediatamente. Agora, sem aulas de Transfiguração e Hipnose, os alunos tinham muito tempo livre. Harry, Rony e Mione tiveram apenas uma aula na tarde seguinte, e puderam se empenhar no plano. Depois que a Veritaserium ficou pronta, os garotos a levaram até as cozinhas, onde o jantar estava sendo preparado. Winky estava enchendo os cálices dos professores com vinho ou suco de abóbora, dependendo da preferência de cada um, e Dobby se aproximou, despejando o frasco dos garotos no cálice do meio da mesa, contendo vinho.
- Pronto! – disse o elfo, satisfeito – Quando a bebida subir, a poção irá junto!
Os garotos subiram para o jantar, excitados. Eles viram Lúcio beber de seu cálice e fazer uma cara de quem não havia gostado muito. Será que notara a presença da poção? O jantar transcorreu normalmente, até que Harry decidiu que estava na hora. Lúcio só havia bebido um gole, mas, segundo Hermione, era o suficiente. Harry se prostrou diante dos professores e a conversa diminuiu.
- Potter, algum problema? – perguntou, preocupado, o Professor Flitwick.
- Não, professor, só gostaria de poder fazer algumas perguntas ao nosso novo diretor. Satisfeito que seu plano tenha dado certo, Sr. Malfoy? Confesse! Onde está Draco? Como ele foi salvo?
- Não estou entendendo, Potter – disse, baixinho, Lúcio.
Talvez Harry não tivesse sido suficientemente claro.
- O seu plano de matar, ou fingir a morte, de seu próprio filho, para conseguir a diretoria da escola. Conte-nos mais sobre tudo o que aconteceu.
- Potter! Detenção! – falou, calmamente, o diretor – Alguma sugestão, Sr. Filch?
- Claro, diretor – disse o zelador – As chaminés não são limpas a um bom tempo. Acho que Potter vai gostar do serviço.
Harry não podia entender. Lançou um olhar para toda a escola que o observava, e viu que até Hagrid gargalhava, muito vermelho. Mas não adiantou. No dia seguinte, sábado, sem esperar as explicações de Hermione, Harry subiu até a Torre Leste, onde Filch já o esperava.
- Bom, Potter, suba por aquele alçapão e você chegará aos telhados. Vou trancar o alçapão e volto pra te buscar à tarde. E não tente entrar por uma janela, as janelas dessa torre estão muito bem trancadas
Harry suspirou e começou seu trabalho, tirando poeira, fuligem, folhas e titica de coruja das telhas escuras sobre as chaminés, sob um sol muito forte.
Ao longe, via alguns jogadores no campo de quadribol, treinando para os jogos que começariam em algumas semanas. De repente, Dobby aparatou ao seu lado.
- Desculpe, meu senhor, não quis assustá-lo. Nem quis que estivesse aqui. Houve um grande engano, meu senhor,Monstro trocou os cálices.
- Monstro está em Hogwarts?
- Sim, meu senhor, resolveu vir quando soube da mudança de diretor. Winky contou à ele sobre nosso plano, e ele colocou um cálice de suco no lugar daquele com vinho e a poção – isso certamente explicava a cara do diretor ao beber do cálice.- Trocou com o cálice da ponta da mesa. - Harry não se surpreendeu com a atitude maldosa de Monstro. O elfo o odiava. E agora sabia porque Hagrid estava tão feliz e vermelho durante o jantar: havia bebido vinho.
- Dobby, quero que vá à sala da Grifinória e peça para Fred e Jorge virem me buscar.
- OK – disse o elfo feliz, prestando serviço para seu grande ídolo.
Os gêmeos demoraram. Depois de alguns minutos, Harry ouviu um clique às suas costas. Os gêmeos Weasley estavam destrancando uma das janelas da torre. Dobby vinha com eles. Os gêmeos eram especialistas em abrir trancas sem o uso de magia.
- Por que não aparataram para vir me buscar?
- Harry, estamos na escola. – retrucou Jorge.
- Mas é possível. Como acham que os membros do Conselho chegaram aqui tão depressa? – Harry viu os gêmeos se esforçarem, tentando aparatar.
Então disseram:
- Mesmo que conseguíssemos chegar aqui aparatando, não conseguiríamos te levar. Levar alguém quando aparata é difícil. Isso é magia muito avançada. Agora, vamos. Nós temos que voltar à loja no Beco pela lareira.
Harry volta para a sala comunal e conta à Rony e Hermione por que o plano do Veritaserium deu errado.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!