Batalha pela Penseira



Na sala comunal, Harry topa com Crouch, e o encara, deixando-se apoderar pelo medo e pela desconfiança. Ele vai à sala de Dumbledore para tentar conversar com o diretor, mas ele não está lá. Então, Harry interroga o Chapéu Seletor.

- Eu não sei o que dizer, garoto Potter. Nunca vi isso antes. Parece ser o Sr. Crouch, mas sempre vejo alguma coisa diferente, cada vez ele se encaixa melhor numa casa diferente. Eu achei que veria pouca coisa na cabeça dele, já que ele não tem alma, mas vejo tudo, como se ele fosse uma pessoa normal. Eu diria que cada vez é uma pessoa diferente, até que encontro sempre o mesmo feitiço Personus instalado, e as mesmas lembranças. Além disso, não são todas as informações que eu consigo ver. Ele parece estar sempre fechando uma parte da mente.

Então, Harry vê a Penseira e decide ir até Crouch, tirar os pensamentos dele e ver e analisar ele mesmo. Quando ia pegar a Penseira, a porta abre. Era Crouch.

- Sr. Crouch, como entrou aqui?

-Eu o segui, Harry, passei pela gárgula logo depois de você. Precisamos conversar.

-Não sei se quero conversar com você. Como lembra de mim?

- Não estou mais usando o Personus, Harry. O usei só no primeiro dia, para a seleção. Para que o Chapéu sentisse que eu o usava. Depois disso, minha companheira, que trabalha no Ministério e está ligada á tudo que ocorre lá, o retirou para mim, e, usando magia muito antiga, recuperou uma alma das profundezas escuras e a deu a mim. Tenho a personalidade...e as lembranças dessa alma...e tenho sede de vingança. Estou aqui por ordem de Lord Voldemort para espionar Dumbledore e Hogwarts. Precisei passar por todas as casas para recolher informações, conhecer bem o castelo, as salas comunais e suas senhas, para que o Lorde não esqueça de nada nem ninguém quando tomar a escola. Mas penso que meu chefe não fará objeção se eu o matar.

- Espere! Como então você passou por todas as casas?

- Sabe, eu não fui o único a usar o feitiço Personus. Uma pessoa de cada casa foi hipnotizada e enfeitiçada com Personus. Depois foram obrigadas a tomar uma poção Polissuco com meus fios de cabelo. Elas se transformaram em mim e usaram o chapéu. Por isso o chapéu sempre anunciava um resultado diferente. Foi fácil encontrar Marieta, pois sua mãe trabalha no ministério e é muito amiga da hipnotizadora. Ela concordou em usar a filha. Assim, entrei em Corvinal. Quanto à Grifinória, um garoto idiota chamado Neville Longbottom foi de fácil persuasão. Ele aceitou meu convite de ir passear no lago e eu o levei direto à minha hipnotizadora de plantão. Em Lufa-Lufa, nem sequer foi um aluno que entrou. Amos Diggory, muito amigo de minha fonte no ministério, também foi hipnotizado e se passou por mim para que eu entrasse em Lufa-Lufa. Até acho que ele nem precisaria ser hipnotizado. Pela raiva que sente por você ter matado o filho dele, aposto que teria vindo de bom gosto para o lado do mal. Assim, esperava a poção Polissuco acabar e ia tranqüilamente para a casa que eu acabara de ser escolhido. Depois de recolher informações sobre tudo e todos, percebi que deveria entregar essas informações ao meu mestre. Mas como? Agora que eu havia passado por todas as casas, havia perdido contato com minha grande amiga hipnotizadora. E ela lançou um feitiço poderoso nas lareiras do castelo para bloqueá-las, antes de deixar o castelo no início do verão. Foi aí que lembrei que em Sonserina há muitos filhos de Comensais da Morte, que entregariam as informações para o Lorde. Então, eu precisava voltar para Sonserina para poder ficar em contato com meu mestre através dos alunos de lá. Mas, agora sem o Personus, o chapéu perceberia tudo. Perceberia que eu estava sendo possuído por uma alma roubada da Sala da Morte do Ministério. Eu teria que hipnotizar alguém da Sonserina para ir em meu lugar. Foi aí que surgiu o problema, a hipnotizadora estava longe e, mesmo assim, os alunos de Sonserina tinham anti-hipnose. Tinha que convencer um dos alunos a agir por própria vontade. E o fiz. Um dos alunos concordou voluntariamente em tomar a poção Polissuco e ser enfeitiçado com o Personus, para fazer uma nova seleção. E voltei para a Sonserina. Esse mesmo aluno enviou as informações para seu pai, e agora já devem estar nas mãos de Lord Voldemort. Mas a informação que ele mais queria eu não consegui: o conteúdo de uma tal profecia, ouvida por Dumbledore. E eu sei que ela provavelmente está nessa Penseira. Dumbledore deve tê-la guardado aí.

Harry achou claro demais que a ajudante de Crouch nesse plano todo foi Umbridge. Ela devia ter feito parte da equipe que enfeitiçou Crouch com Personus e o indicou à Hogwarts. E o aluno da Sonserina, obviamente, era Malfoy, que devia ter enviado as informações para seu pai, Lúcio, íntimo de Voldemort. Mas, que alma perversa que estava apossando Crouch agora? Quem seria tão mal quanto ele próprio ou Voldemort? De repente, Bartô o ataca. Harry o enfrenta e sofre um corte que rapidamente começa a sangrar. Dumbledore aparece para ajudar.

- Grindewald, seu vilão! Alguém do Ministério o livrou da morte através daquele véu, mas você vai voltar para lá, nem que eu tenha que ir com você até o além! O Ministério acabou de me avisar que alguém invadiu o Departamento de Mistérios e usou o véu para libertar uma alma. Isso aconteceu no mesmo dia em que lhe enfeitiçaram com Personus. Ao verificarem, viram que a alma que faltava era a sua, seu bruxo maligno! Terminaram a verificação agora a pouco, e imediatamente fui avisado. Agora, deixe o menino em paz. Sua vingança é contra mim. Fui eu que o matei. Mas agora, com esse novo corpo, você deve ter tomado o partido de Voldemort. E acho que Dolores, a mãe de Crouch Jr., deve tê-lo influenciado bastante. Eu não pensei que ela fosse entregar o corpo do próprio filho para ser usado por uma criatura tão maléfica quanto você!

- Sim, Dumbledore! Você é esperto. E sim, minha vingança é contra você. Mas a vingança da Umbridge é contra o garoto Potter! Ele foi o culpado pela morte de seu filho e seu marido! Ela achou que poderia se vingar dele no ano passado, enquanto fazia os serviços do Ministério. Ela mandou dementadores atrás dele, não apenas para abafar o que ele contava, mas por vingança mesmo. E, enquanto professora, ela o fez sofrer! Mas parece que não foi o bastante! Ela o quer morto. Por isso se aliou a Voldemort. E eu vou ajudá-la. Afinal, ela recuperou minha alma e me deu o corpo do próprio filho!

E os dois bruxos se lançam ao combate. Harry pensa rápido, mesmo recebendo tantas notícias ao mesmo tempo: a alma de Grindewald estava apossando o corpo de Crouch Jr., que é filho de Umbridge! Ele pega nos bolsos o frasco com a Poção Explosiva que Snape lhes ensinara na aula passada. Mistura seu próprio sangue e joga tudo na Penseira, e a entrega a Fawkes. A Fênix sobrevoa os dois combatentes, e, na hora certa, Harry espatifa a Penseira com um feitiço e o conteúdo cai sobre Crouch. Bartô morre.

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