O olho interno



O fato de Harry Potter estar saindo com gina weasley parecia interessar a um grande numero de pessoas, em especial garotas, depois de tudo, isso fez uma grande diferença pra ser comentada, por ser algo que o estava fazendo mais feliz do que podia lembrar por um longo tempo, ainda mais depois de ser envolvido em horríveis cenas de magia negra.

“Você tem achado que as pessoas têm coisas bem melhor para serem comentadas” disse gina, enquanto ela estava sentada na sala comunal inclinando-se sobre as pernas de Harry e lendo o profeta diário. “Três dementadores atacaram em uma semana, e tudo que Romilda Vane faz é me perguntar se é verdade que você teve um hipogrifo pateando em seu peito”

Rony e Mione caíram na gargalhada. Harry os ignorou.

“O que você disse a ela?”

“Eu disse a ela que era um rabo pontudo húngaro” disse gina, virando a pagina do jornal. “Muito mais macho”

“Obrigado,” disse Harry, sorrindo. “E o que você disse a ela que Rony tinha?”

“Um pygmy puff. Mas eu não disse onde.”

Rony olhou zangado, enquanto hermione rolava de rir.

“Que coisa!” ele disse, apontando para Harry e gina, “só porque eu dei a minha permissão não significa que eu não posso retira-la -“

“Sua permissão”, zombou gina. “Desde quando você me da a sua permissão para qualquer coisa? Você mesmo disse que preferia Harry a Dino ou Michael.”

“É, eu disse,” disse Rony zangado “desde que você não comece a fazer isso em publico”

“Seu grande hipócrita! E você e a lilá? Namorando por todo lado como um par de enguias?” retrucou gina.



Mas a tolerância de Rony não estava para ser testada enquanto eles iam para junho, para gina e Harry o tempo juntos estava ficando escasso. Os N.O.M.S de gina estavam se aproximando e ela estava sendo forçada a fazer revisão por horas e horas durante a noite. Em uma noite ruim, gina estava na biblioteca e Harry estava sentado ao lado da janela na sala comunal, supostamente terminando sua lição de herbologia mas na verdade lembrando de uma hora muito boa que passara com gina no lago, hermione sentou no lugar entre ele e Rony com um olhar desprazeroso no rosto, de propósito.

“Quero falar com você, Harry”

“Sobre o que?” disse Harry desconfiado. No dia antes, hermione o tinha dito sobre a distração de gina quando ela devia estar trabalhando duro para os exames,

“O tão falado príncipe mestiço”

“Ah, não de novo,” resmungou Harry. “Você poderia por favor esquecer isso?”

Ele não tinha ousado voltar à sala precisa para pegar seu livro de volta, e seu desempenho em poções estava sofrendo de acordo (?) (de acordo com Slughorn, que aprovou gina, rapidamente atribui isso a Harry por ele estar doente de amor). Mas Harry sabia que Snape não desistiria de tentar achar o livro do príncipe, e estava determinado a deixá-lo em algum lugar em que Snape não acharia.

“Eu não viu deixar pra lá” disse hermione firmemente “ate você ter me ouvido. Agora, eu tenho tentado descobrir um pouco sobre quem inventou o hobby de fazer feitiços de magia negra-“

“Ele não fez disso um hobby!”

“Ele, ele- você diz que isso é ele?”

“Nós já passamos por isso, “disse Harry rápido” príncipe, hermione, príncipe”

“Certo,” disse hermione, partes vermelhas apareciam em suas bochechas, enquanto ela puxava uma noticia e seu bolso e largava isso na mesa na frente de Harry. “Olhe isso! Olhe a figura!”

Harry pegou o pedaço de papel e encarou a foto em movimento, amarelada pela idade; Rony se curvou para olhar a foto, também. Na foto tinha uma mulher magra perto dos 15 anos. Ela não era bonita; ela olhava simultaneamente aborrecida e emburrada, com pálpebras pesadas e um rosto pálido. Ao seu lado, estava o titulo: Eileen Prince, capitã do time de bexigas.

“Então?” disse Harry, observando as noticias curtas para ver a data; era uma noticia pequena sobre campeonatos inter-escolares.

“O nome dela era Eileen Prince, Harry.”

Eles se olharam, e Harry percebeu o que hermione estava tentando dizer. Ele desatou a rir.

“Nem pensar”

“O que?”

“Você acha que ela era o mestiço...? Ah, qual é?”

“Bem, por que não? Harry, não há nenhum príncipe de verdade no mundo dos bruxos! Isso é um apelido, um título para se aumentar que as pessoas dão a si mesmo, ou esse podia ser seu nome atual, não podia? Não, ouça! Se, digamos, seu pai fosse um bruxo de sobrenome “Prince”, e sua mãe fosse trouxa, então isso a faria uma Prince mestiça.

“Sim, muito engenhoso, hermione...”

“Mas poderia! Talvez ela tivesse orgulho de ser uma Prince mestiça!”

“Ouça, hermione, eu não posso dizer que ela não é uma garota. Eu posso só dizer”

“A verdade é que você não acha que uma garota teria coragem o suficiente” disse hermione com raiva.

“Como eu posso conviver com você 5 anos não achar que garotas são capazes? “Disse Harry, alfinetado por isso. “É o jeito como ele escreve. Eu apenas sei que o príncipe era homem, eu não posso dizer que essa garota não tenha nada com isso. Onde você conseguiu isso?”

“Na biblioteca?” disse hermione, como era de se prever. “Tem uma velha coleção de velhos profetas lá. Eu vou descobrir mais sobre Eileen Prince se eu puder.”

“Aproveite” disse Harry irritado.

“Eu vou,” disse hermione “e o primeiro lugar que eu vou olhar.” Ela disparou, enquanto pegava a foto, “são arquivos de velhas recompensas por poções.”

Harry a encarou por um momento, e depois continuou a contemplar a noite que escurecia.

“Ela nunca vai conseguir esquece que seu desempenho seja melhor que a dela em poções,” retornando a copiar de mil ervas e fungos mágicos.

“Você não acha que estou louco por querer o livro de volta, acha?”

“Claro que não,” disse Rony polidamente. “Ele era um gênio, o príncipe, de qualquer forma... sem o bezoar...” ele sacudiu o dedo significativamente para o próprio trabalho, “eu não estaria aqui para discutir, ia? Quero dizer, eu não estou dizendo que o feitiço que você usou no Malfoy foi ótimo...”

“Nem eu!” disse Harry rápido

“Mas ele se curou bem, né? De volta ao normal em pouquíssimo tempo”

“Sim,” disse Harry; isso era perfeitamente verdade, mas sua consciência continuava a pesar do mesmo jeito. Graças a Snape...

“Você ainda tem detenção com Snape sábado?” continuou Rony.

“Sim, e no sábado depois desse, e no depois desse, “falou Harry. “E ele agora repete que se eu não terminar todas as caixas ate o fim do trimestre, ele vai continuar ano que vem.”

Ele estava achando essas detenções particularmente terríveis, porque diminuía ainda mais o pouco tempo que ele podia passar com gina. Harry realmente andava imaginando que se Snape não soubesse disso o estaria segurando-o cada vez mais em cada detenção, e fazendo comentários maldosos sobre o que Harry poderia estar fazendo.

Harry estava tirando esses pensamentos da cabeça com o aparecimento de Jimmy peakes, que segurava um rolo de pergaminho.

“Obrigada Jimmy, ei isso é de dumbledore!” disse Harry excitado, desenrolando o pergaminho e lendo-o. “Ele quer que eu vá ao seu escritório o mais rápido possível!”

Eles se entreolharam.

“Nossa!” cochichou Rony. “Você não acha que... ele não achou o ...?”

“Melhor ir ver, não?” disse Harry, ficando em pé.

Ele correu para fora da sala comunal e por todo o sétimo andar o mais rápido que podia, passando por ninguém a não ser pirraça, que passou rápido para a outra direção, jogando pedaços de giz em Harry esquivando-se do feitiço protetor de Harry. Uma vez que pirraça tinha desaparecido, os corredores ficaram silenciosos; havia apenas 15 minutos que havia dado a hora de se recolher e a maioria das pessoas já tinha ido.

E então Harry ouviu um grito e algo se quebrando. Ele parou rápido, ouvindo.

“COMO-VOCE-SE-ATREVE?-AAAAAAAAAAARGH”

O barulho vinha de um corredor próximo; Harry rumou para lá, com a varinha pronta, dolorosamente virou um corredor e viu a professora Trelawney esparramada no chão, sua cabeça coberta por um de seus muitos xales, com muitas garrafas de xerez ao seu lado, uma quebrada.

“Professora...”

Harry correu adiante e ajudou a professora trelawney a se levantar. Uma de suas muitas contas brilhantes se emaranhou com seus óculos. Ela soltou um soluço audível, arrumou o cabelo e se firmou no braço estendido de Harry.

“O que aconteceu, professora?”

“Você faz bem em perguntar!” ela disse enrolada. “Eu estava sozinha, tendo um mal pressagio, eu olhei rápido...”

Mas Harry não estava prestando muita atenção. Ele acabara de perceber onde estavam: à direita, estava a tapeçaria dos trolls dançantes e à esquerda, aquele pedaço impenetrável de parede de pedra que levava até-“

“Professora, você estava tentando entrar na sala precisa?”

“...agouros que eu tenho tido – o que?”

Ela olhou de repente para baixo.

“A sala precisa” repetiu Harry ”você estava tentando entrar?”

“Eu... bem... eu não sabia que estudantes sabiam...”

“Nem todos sabem,” disse Harry. “Mas o que aconteceu? A senhora gritou... parecia que estava machucada...”

“Eu... bem...” disse a professora Trelawney, batendo as pestanas defensivamente, e olhando para baixo dele, com seus olhos magnificamente enormes. “Eu queria... a... depositar algo... hum... pessoal... na sala.... “ e ela murmurou algo sobre falsas acusações.

“Certo,” disse Harry, olhando para as contas no chão. “Mas você não podia entrar e esconde-las?”

Harry achou isso muito estranho, já que a sala abriu para ele quando ele queria esconder o diário do príncipe mestiço.

“Oh, eu ia entrar, “disse a professora, olhando para a parede. “Mas já tinha alguém lá dentro”

“Alguém lá dentro? Quem? “Quis saber Harry. “Quem estava lá dentro?”

“Não faço a mínima idéia” disse a professora, olhando vagamente para Harry, notando a urgência em sua voz ”eu entrei na sala e ouvi uma voz, o que nunca aconteceu antes em todos os meus anos escondendo – usando a sala, quero dizer.”

“Uma voz? Dizendo o que?”

“Eu não sei se aquilo era dizer” disse ela. ”Estava... gritando.”

“Gritando?”

“Muito feliz”

Harry a encarou.

“Era homem ou mulher?”

“Eu diria que era homem” disse ela.

“E parecia feliz?”

“Muito feliz” disse a professora trelawney.

“Como se estivesse comemorando?”

“Mais definidamente”

“E então?”

“E então eu perguntei: quem este ai?”

“Você não poderia descobrir quem era sem perguntar?” perguntou Harry frustrado.

“O olho interior” respondeu ela com dignidade, arrumando os xales e as muitas contas brilhantes, “estava fixado fora do mundo material de vozes gritantes.”

“Certo,” disse Harry hostil; ele já havia ouvido demais sobre o olho interno da professora. ”E a voz disse quem estava lá?”

“Não, não disse, “respondeu ela. “Tudo ficou negro quando eu percebi, eu estava sendo atirada para fora da sala!”

“E você não esperava por isso?” sem conseguir se impedir.

“Não, eu não esperava, como eu disse, estava escuro.” Ela parou e olhou-o suspeitamente.

“Eu acho melhor a senhora falar com Dumbledore,” disse Harry” ele gostaria de saber sobre a comemoração de Malfoy, quero dizer, que colocaram a senhora para fora da sala”

Para sua surpresa, ela não aceitou a sugestão.

“O diretor deixou claro que preferia menos visitas minhas, “ela disse friamente. “Eu não vou obrigar minha companhia a quem não a quer. Se Dumbledore prefere ignorar os avisos das cartas...”

A mão dela se fechou rapidamente em torno do pulso de Harry.

“De novo e de novo, não importa como eu vos avisei...”

E dramaticamente ela puxou uma carta de dentro de seus xales.

“A torre-empenhada” ela sussurrou. “Calamidade, desastre. Cada vez mais perto...”

“Certo,” disse Harry de novo. “Bem... eu ainda acho que você devia dizer a dumbledore sobre a voz e tudo mais que aconteceu na sala...”

“Você acha mesmo?” a professora pareceu considerar por um momento, mas Harry podia dizer que ela gostava da idéia de recontar sua pequena aventura.

“Eu estou indo vê-lo agora,” disse Harry. “Eu tenho um encontro com ele. Poderíamos ir juntos.”

“Bem, nesse caso,” disse ela com um sorriso. Ela se curvou, pegou as garrafas e colocou-as sem cerimônia em um vaso azul e branco por perto.

“Eu sinto falta de ter você em minha aula, Harry,” ela disse delicadamente, enquanto saiam juntos. “Você não era um vidente... estava mais para um objeto...”

Harry não respondeu; ele lembrou-se de ser o objeto das continuas predições horríveis de trelawney.

“Estou com medo” ela falou baixo, “que o cavalo, quer dizer, o centauro, não saiba nada de cartomancia. Eu perguntei a ele – um vidente para o outro – se ele não havia, também, sentido as vibrações da catástrofe vindo? Mas ele parecia me achar quase cômica. Sim, cômica!”

A voz dela estava histérica e Harry e Harry sentiu cheiro de xerez mesmo que as garrafas tivessem ficado para trás.

“Talvez o cavalo tenha ouvido as pessoas dizerem que eu não tenho herdado o dom da minha tetra-tetra-tetra avó. Esses rumores tem se estendido por causa do ciúmes por muitos anos. Sabe o que eu digo para essas pessoas, Harry? Teria dumbledore me deixado ensinar nessa grande escola, com tanta confiança em mim por todos esses anos, se eu não tivesse me provado para ele?

Harry meramente fez um barulho qualquer.

“Eu bem lembro do meu primeiro encontro com dumbledore” disse ela, em tom emocionado. “Ele estava imensamente impressionado, claro, profundamente impressionado... eu estava ficando no cabeça de javali, que eu não aconselho – más figuras, querido – mas os fundos eram baixos. Dumbledore fez a cortesia de me chamar a um quarto na hospedaria. Ele me questionou... eu devo confessar, que no inicio ele parecia mal disposto para com adivinhação... eu lembro que estava começando a me sentir um pouco desconfortável, eu não tinha comido nada naquele dia... mas então...”

E agora Harry estava prestando atenção, pela primeira vez. Ele sabia o que acontecera então: professora trelawney fez a profecia que alterou o curso de toda sua vida, a profecia sobre ele e voldemort.

“Mas então fomos rudemente interrompidos por Severo Snape!”

“O que?”

“Sim, havia uma comoção do lado de fora da porta e esta estava aberta, e lá estava aquela barman parado com Snape, que dizia que tinha subido pelo lado errado das escadas, mas eu temo que eu mesma percebi que ele estava propositalmente tentando ouvir a minha conversa com dumbledore – veja, ele estava procurando por um emprego naquele tempo, e sem duvidas tentava pegar gratificações! Bem, então, dumbledore parecia muito mais disposto a me dar o emprego, e eu não podia parar de pensar, Harry, que isso era por causa do grande contraste entre meu talento e o jovem homem confiante, que queria entreouvir nossa conversa – Harry, querido?”

Ela olhou por cima do ombro, e só então percebeu que Harry não estava mais com ela; ele tinha parado de caminhar e eles estavam a 10 passos de distancia um do outro.

“Harry?” ela repetiu incerta.

Talvez seu rosto estivesse branco, para fazê-la olha-lo tão preocupada e aflita. Harry estava parado, com o choque eu havia caído sobre ele, onda após onda, paralisando tudo exceto a informação que havia sido escondida dele por tanto tempo...

Era Snape que havia ouvido a profecia. Snape que havia levado as noticias ate voldemort. Snape e pettigrew juntos haviam mandado voldemort atrás de Lílian e Tiago e seu filho...

Mais nada importava agora para Harry.

“Harry?” disse a professora de novo. “Harry – eu pensei que estivéssemos indo ver o diretor juntos?”

“Fique aqui” disse Harry através de lábios cansados.

“Mas querido... eu estava indo contar a você como eu fui assaltada na sala...”

“Fiquei aqui!” disse Harry irritado.

Ela olhou alarmada enquanto ele corria por ela, virando o corredor até a sala de dumbledore, onde a gárgula estava sentada. Harry berrou a senha para a gárgula e subiu correndo a escada em espiral, pulando três degraus por vez. Ele não bateu na porta de dumbledore, ele martelou; e uma voz calma disse “entre” depois que Harry já havia se enfiado na sala.

Fawkes a fênix olhou-o com seus olhos negros brilhantes, com o reflexo dourado do pôr-do-sol na janela. Dumbledore estava parado na janela, olhando para fora, uma longa e negra capa de viagem no braço.

“Bem Harry, eu prometi que você poderia vir comigo”

Por um momento ou dois, Harry não entendeu; a conversa com trelawney tinha tirado tudo fora de sua cabeça e seu cérebro parecia estar funcionando muito devagar.

“Ir... com você...?

“Só se você quiser, é claro.”

“Se eu...”

E então Harry lembrou o porquê ele tinha vindo ao escritório de dumbledore em primeiro lugar.

“Você achou um? Você achou um Horcrux?”

“Acredito que sim”

Raiva e ressentimento se transformaram em choque e excitação: por muitos momentos, Harry não conseguiu falar.

“É natural ficar com medo.” Disse dumbledore.

“Eu não estou assustado!” disse Harry finalmente, e era perfeitamente verdade; medo era algo que ele não estava sentindo. “Qual Horcrux é esse? Onde está?

“Não tenho certeza de onde está – estou pensando que podemos sair da cobra – mas eu acredito que esta escondido em uma caverna na costa a muitas milhas daqui, uma caverna que estou tentando localizar a muito tempo: uma caverna onde Tom Riddle aterrorizou duas crianças de seu orfanato em uma viagem anual, lembra-se?”

“Sim,” disse Harry. “Como é protegida?”

“Eu não sei; eu suspeito que esteja completamente errada” dumbledore hesitou e então disse, “Harry, eu prometi que você poderia vir comigo, e eu mantenho essa promessa, mas eu devo avisá-lo que será excessivamente perigoso.”

“Eu vou,” disse Harry, quase antes de dumbledore terminar de falar. Fervendo de raiva de Snape, seu desejo de fazer algo desesperado e arriscado tinha crescido dez vezes nos últimos minutos. Isso parecia estar no rosto de Harry, para dumbledore sair de perto da janela, e olhar mais de perto para Harry, uma ruga no meio das sobrancelhas prateadas.

“O que aconteceu com você?”

“Nada” mentiu Harry imediatamente.

“O que aborreceu você?”

“Eu não estou aborrecido”

“Harry, você nunca foi bom em Oclumência.”

A palavra teve o poder de faísca na raiva adormecida.

“Snape” ele disse, muito alto, e fawkes soltou uma nota leve atrás dele. “Snape foi o que aconteceu! Ele disse a voldemort sobre a profecia, foi ele, ele ouviu por trás da porta, trelawney me disse!”

A expressão no rosto de dumbledore não mudou, mas Harry pensou que seu rosto tinha embranquecido sob o rosto tingido de vermelho pelo sol poente. Por um longo tempo, dumbledore não disse nada.

“Quando você descobriu isso?” ele perguntou finalmente.

“Agorinha!” disse Harry, mal conseguindo se controlar para não gritar. E então, não pode mais se refrear. “E VOCE O DEIXOU DAR AULA AQUI E ELE DISSE A VOLDEMORT PARA IR ATRAS DA MINHE MAE E MEU PAI!”

Respirando com dificuldade quando soltou contra o que estivera lutando, Harry se afastou de dumbledore, que ainda não havia movido um músculo, e caminhava de cima para baixo na sala, esfregando os dedos nas mãos e usando cada pedacinho de restrição para impedir a si mesmo de jogar coisas. Ele queria esbravejar com dumbledore, mas ele também queria ir com ele para ver e destruir o Horcrux; ele queria dizer a ele era um velho burro por confiar em Snape, mas ele estava apavorado por dumbledore ir sozinho a não ser que ele dominasse sua raiva...

“Harry,” disse dumbledore baixo. “Por favor, me ouça.”

Era difícil parar o passo que o acalmava para ouvir. Harry parou, mordendo os lábios, e olhou para o rosto enrugado de dumbledore.

“Professor Snape cometeu um terrível...”

“Não me diga que aquilo foi um erro, senhor, ele estava ouvindo atrás da porta!”

“Por favor, me deixe terminar.” Dumbledore esperou até Harry acenar rapidamente, e então continuou. “Professor Snape cometeu um erro terrível. Ele ainda estava ao lado de Lord Voldemort na noite em que ouviu a profecia da professora trelawney. Naturalmente, ele contou a seu mestre o que havia ouvido, por isso preocupou a seu mestre profundamente. Mas o que ele não sabia – ele não tinha como saber – qual garoto voldemort ia escolher, ou quais pais iria destruir, em esses assassinatos em questão estavam pessoas que professor Snape conhecia, que eram sua mãe e seu pai –”

Harry deixou escapar um grito misturado com risada.

“Ele odiava meu pai como odeia sirius! Não soube, professor, como as pessoas que Snape odeia tendem a morrer rápido?”

“Você não faz idéia do remorso que professor Snape sentiu quando percebeu como lord voldemort havia interpretado a profecia, Harry. Eu acredito que esse é o grande pesar de sua vida e a razão pela qual retornou –”

“Mas ele é muito bom em Oclumência, não é, senhor?” disse Harry, cuja voz estava tremida com a tentativa de mantê-la baixa. “E voldemort não esta convencido que Snape esta ao seu lado, mesmo agora? Professor... como pode ter certeza que Snape esta do nosso lado?”

Dumbledore não falou por um momento; ele olhou como se estivesse imaginando algo. Enfim disse, “eu tenho certeza. Eu confio em severus Snape completamente.”

Harry respirou fundo por alguns momentos em uma tentativa de se manter calmo. Não funcionou.

“Bem, eu não confio!” ele disse, tão alto quanto antes. “Ele esta fazendo algo com draco Malfoy agora, bem debaixo do seu nariz, e você ainda...”

“Nós já discutimos isso, Harry” disse dumbledore, e agora ele parecia severo de novo. “Eu já lhe falei meu ponto de vista.”

“Você esta deixando a escola esta noite e eu aposto com o senhor que o senhor nem considerou que Snape e Malfoy podem estar decidindo...”

“O que?” perguntou dumbledore, suas sobrancelhas levantadas. “O que você suspeita que eles vão fazer? Especificamente?”

“Eu... eles estão armando alguma!” disse Harry e suas mãos se fecharam enquanto ele dizia isso. “Professora trelawney estava na sala precisa, tentando esconder garrafas de xerez, e ela ouviu Malfoy gritando, comemorando! Ele está tentando fazer algo perigoso lá, e se o senhor me perguntar ele esta fazendo-o e o senhor esta simplesmente saindo da escola sem...”

“Chega” disse dumbledore. Ele disse isso um tanto calmo, e Harry guardou silencio por um momento; ele sabia que havia cruzado alguma linha invisível. “Você acha que eu deixei a escola sem proteção alguma vez durante as minhas ausências esse ano? Eu não deixei. Essa noite, quando eu sair, haverá novamente proteção adicional aqui. Por favor, não sugira que eu não levo a segurança de meus estudantes a serio, Harry.”

“Eu não sugeri!” murmurou Harry, um tanto envergonhado, mas dumbledore foi ate ele.

“Eu não pretendo discutir isso no futuro”

Harry calou-se, com medo que tivesse ido longe demais, que tivesse arruinado suas chances de ir com dumbledore, mas dumbledore falou. “Você quer vir comigo hoje a noite?”

“Sim” disse Harry de uma vez.

“Muito bem, então: ouça.”

Dumbledore largou-se em sua cadeira.

“Eu o levo comigo com uma condição: que você ira me obedecer a qualquer comando que eu venha a dar, e sem questionar.”

“Claro.”

“Tem certeza que me entendeu, Harry; eu falo serio, você deve seguir cada ordem minha como ‘corra’, ‘se esconda’ ou ‘ volte’. Você me da sua palavra?”

“Eu – sim, claro.”

“Se eu disser para se esconder você se esconderá?”

“Sim.”

“Se eu dizer fuja, você irá?”

“Sim”

“Seu eu disser para me deixar, e salvar-se, você fará o que eu disse?

“Eu...”

“Harry?”

Eles se olharam por um momento.

“Sim, senhor”

“Muito bem. Então eu quero que você vá pegar sal capa e me encontre no salão principal em alguns minutos.”

Dumbledore se virou para olhar pela janela; o sol era agora vermelho-rubi, sozinho o horizonte. Harry caminhou rápido para fora do escritório e pela escada em espiral. Sua mente estava clara como o dia. Ele sabia o que fazer.

Rony e hermione estavam sentados juntos na sala comunal quando ele voltou.

“O que dumbledore queria?” perguntou hermione de uma vez. “Harry, você esta bem?” ela acrescentou ansiosa.

“Eu estou bem” disse Harry, passando correndo por eles. Ele subiu as escadas correndo para dentro do dormitório, voltando rápido para onde Rony e hermione estavam sentados, olhando-o perplexos.

“Eu não tenho muito tempo.” Atalhou Harry. “Dumbledore acha que estou pegando minha capa da invisibilidade. Ouçam...”

Rapidamente ele contou a eles o que estava acontecendo, e por que. Ele não parou nem quando hermione engasgou de terror ou quando Rony perguntava algo; eles podiam achar os detalhes por si mesmos.

“... vocês entendem o que eu quero dizer?” Harry terminou a galope. “Dumbledore não vai estar aqui hoje à noite. Então Malfoy vai ter outro tiro tentativa sem nada para impedir para o que quer que esteja tramando. Não, me ouça!” ele disse raivoso, enquanto Rony e hermione davam todos os sinais de querem interromper. “Eu sei que isso foi a celebração de Malfoy na sala precisa. Aqui –“ ele jogou o mapa do maroto na mão de hermione. “Você tem que cuidar dele e de Snape também. Use quem mais você puder que estiver na A.D. hermione, você ainda tem aqueles galeões de contato, certo? Dumbledore disse que colocou proteção extra na escola, mas se Snape estiver envolvido, ele saberá qual é a proteção de dumbledore, e como evita-la – mas ele não espera que estejam todos na espreita, certo”

“Harry” começou hermione, seus olhos arregalados de medo.

“Eu não tenho tempo para conversa” disse Harry cortando-a. “Faça isso” ele enfiou a as meias na mão de Rony.

“Obrigado,“ disse Rony. “Por que eu preciso de meias?”

“Você precisa do que está dentro delas, é o Felix Felicis. Divida entre vocês e gina também. Diga adeus pra ela por mim. Eu tenho que ir, dumbledore me espera –”.

“Não” disse hermione, enquanto Rony desembrulhava as pequenas garrafas de poção olhando amedrontado. “Nós não queremos isso, você fique com isso, sabe-se lá o que você vai enfrentar –”.

“Eu vou ficar bem. Eu estarei com dumbledore,” disse Harry. “Eu quero ter certeza que vocês ficaram bem... não me olhe desse jeito, hermione, vejo vocês depois.”

E ele saiu, correndo de volta para baixo, para o salão de entrada.

Dumbledore estava esperando ao lado das portas de carvalho. Ele se virou enquanto Harry vinha derrapando do ultimo degrau, com uma dor aguda do lado.

“Eu gostaria que você usasse sua capa, por favor.” Disse dumbledore, e ele esperou Harry vesti-la antes de dizer: “muito bom. Vamos?”.

Dumbledore desceu rápido os degraus de pedra, com sua própria capa de viajem sobre os ombros, mesmo no clima de verão. Harry correu ao lado dele, sob a capa da invisibilidade, ainda suando e com muita dor.

“Mas o que as pessoas pensarão ao verem o senhor saindo, professor?” Harry perguntou sua mente em Malfoy e Snape.

“Que eu fui a hogsmead para uma bebida” disse dumbledore calmamente. “As vezes eu ofereço à madame rosmerta minha presença, ou visito o cabeça de javali... ou apareço. É um caminho tão bom quanto um destino verdadeiro.”

Lês foram pelo caminho até o portão. O ar estava cheio do cheiro da grama, da água do lago e fumaça da cabana de hagrid. Era difícil acreditar que eles estavam indo para uma aventura perigosa.

“Professor” disse Harry baixo, enquanto os portões apareciam, “nós aparataremos?”.

“Sim,” disse dumbledore. “Você pode apartar agora, eu acho?”

“Sim,” disse Harry. “Mas eu não tenho a licença.”

Ele achou que era melhor ser honesto; como iria caminhas mil milhas até onde tinha que ir?

“Não importa, disse dumbledore”. “Eu não posso ajudar você de novo.”

Eles saíram pelo portões para a trilha, deserta até hogsmead. A escuridão caindo rápido enquanto caminhavam e quando chegaram até a estrada principal a noite já havia caído. Luzes saiam das janelas das lojas e eles foram ate o três vassouras.

“... e fique fora!” berrava madame rosmerta, forçando um bruxo feio para fora. “Oh, ola alvo... você esta atrasado...”.

“Boa noite, rosmerta, boa noite... perdoe-me, eu estou indo ao cabeça de javali... sem ofensa, mas eu sinto uma atmosfera quieta essa noite...”.

Um minuto depois eles viraram a esquina na rua ao lado onde ficava o cabeça de javali seguiram um pouco, ali não havia brisa. Em contraste com o três vassouras o pub estava completamente vazio.

“Isso não será necessário pra entrarmos,” murmurou dumbledore, aparecendo. “Desde que ninguém nos veja... agora coloque sua mão por cima do meu braço, Harry. Não há necessidade para segurar forte, eu estou apenas guiando você. Quando eu contar três – um... dois... três...”.

Harry se virou, estava àquela terrível sensação que estava sendo puxado por um tubo de borracha espesso; ele mal podia respirar cada parte dele estava comprimida quase sem ele poder suportar, e então, quando ele estava quase sufocando, então o cordão invisível pareceu se romper, e ele estava parado no escuro, arfando o ar fresco, saudável.



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