Um Riddle Uma Slytherin



Se havia um lugar que Evy ía quando estava triste este lugar era o topo do castelo. Ninguem sabia ao certo por quê, e quase ninguem sabia que era pra lá que ela ía. Ninguem exeto Charlie.
E lá estava ela. Não sabia se ficava triste pela morte do seu primo ou se irritada por chorar na frente dos outros (e ferir seu ego). Quando Charlie chegou tentando se equilibrar no telhado
- Não sei porque voce ainda vem pra cá - reclamou ele cambaleando pros lados até sentar-se ao lado dela - Você nem me deu a chance de lhe dizer que sinto muito.
- O que voce quizer me contar Charlie, conte logo - cortou ela com voz de quem chorava a tempos
- Esse dom das Snape é espantoso
- Meu dom ainda nao está aguçado Charlie. Acontece que você só aparece do nada quando é pra me contar alguma coisa.
- Evy eu sinto ter que ser eu a lhe contar isso. É sobre o seu pai
- Fala logo Charlie! Sem rodeios! - disse ela impaciente
- Ele é o principal culpado pelas mortes na sua familia, não você. O seu pai ele
- Eu ja sei ele é um comensal!
- Não Evy. se fosse seu tio nao estaria protegendo você da ordem da fenix. Muito menos dos proprios comensais.
- O que esta querendo dizer com isso?
- Os aurores querem você morta, e os començais a querem viva. Mas não para o seu bem, mas para o bem de seu pai. - ele engoliu seco e disse bem baixinho e receosamente - Voldemort é o seu pai
Evy esbugalhou tanto os olhos que podiam saltar da orbidas a qualquer momento ela hesitou em falar algo, ao invez de falar flashs da sua vida começaram a passar na sua mente. Ela trocou a expressão de estupefata pra de reflexão.
Agora tudo fazia sentido, as lagrimas da sua mãe, os ensinamentos de sua vó, as duras palavras do tio, a proteção de todos os Wealey, a devoção e respeito dos Malfoy, o cuidado com as palavras de Rubeo, e a admiração de Dumbledore com seus poderes. Tudo agora fazia sentido. Todos sabiam mas ninguem contou. Ela se lembrou de conversas que ouviu por traz da porta cartas que leu, peças de um quebra cabeça se formaram em sua mente.
- Eu sei que deve ser muito dificil entender tudo isso. Antes que voce me pergunte, quero que saiba que não lhe contamos antes porque tinhamos medo do que você poderia fazer.
Evy respirou fundo e finalmente falou
- Tinham medo que eu me voltasse contra vocês? Me unisse a meu pai? - disse ela com ar de revolta e odio
- Você fala como se ja soubesse - disse ele receoso
- Eu tinha ideia. Mas nao tinha certeza. Não sou idiota Charlie. Aquela historia do meu pai se um comensal eu nunca encoli! Ninguem protege o filho de um comensal! Ninguem quer matar o filho de um comensal! E ninguem tem medo do filho de um comensal! Eles não são nada! E não herdam poderes de ninguem!
- Não sabiamos como lhe contar
- É mentira! - disse ela com a voz mais alta - Vocês como sempre tinham medo de mim! Medo do que eu ía fazer!
- Não Evy entenda, nosso medo nao era que voce se aliasse a ele, mas sim que voce contasse a quem nao teria que saber! Porque muita gente pagou com a vida, por saber do seu segredo
- Está me culpando pela morte deles?
- Não Evy. Eu culpo Voldemort!
- Mas sou filha dele nao sou?
- Mas nao é como ele!
- Quem te garante? - Charlie nao retrucou.
Evy olhou pro horisonte e pois-se a pensar novamente. Até que outro flash veio a sua mente
- Espere um minuto! Então eu sou uma...
- Herdeira das trevas. É sim. Você é uma Herdeira das trevas e só voce pode matar Voldemort
- Por que tudo acontece comigo Charlie? Não é justo! Como vou matar ele?
- EU não sei minha querida! Mas não se preocupe, vou estar com voce sempre - disse ele a abraçando
Pela primeira vez na vida Evy nao sentiu verdade nem nas palavras e nem no abraço de Charlie. Ela finalmente entendeu porque sua vó e seu tio nao gostavam dos Weasley. Ele tambem tinha um ar de medo saindo dos olhos para com Evy, mas ele conseguia disfarçar melhor que Agatha. Evy o largou friamente e aparatou.
"Essa menina não aprende" falou Chalie consigo mesmo.
No castelo obviamente todos ja sabiam o que havia acontecido com Brad. Mas Evy nao queria saber do papo com ninguem ela aparatou na sala de Severo que estava olhando pra janela de costas pra porta.
- Charlie ja te contou não é? - perguntou Severo
- Não vim aqui pra falar sobre isso - cortou ela sem expressão sentando-se na cadeira de frente pra mesa de seu tio.
Severo virou-se pra ela. Ele tinha uma taça na mão, tinha uma clara expressão de desanimo. Ele desceu as escadas, sem pronunciar uma só palavra e sentou-se em sua enorme cadeira de frente pra Evy, e relaxou soltanto um longo suspiro.
- Deve estar se perguntando porque nao te contei antes.
- Não. Não é isso. Quero saber porque me escondeu todo esse tempo, se só eu posso matá-lo.
Severo terminou de tomar o resto do que havia na taça.
- Há uma outra profecia Evelyn. Um que graças a mim ninguem sabe dela.
- E qual é?
- Harry jamais vai conseguir matar Voldemort enquanto você estiver viva. - Severo abriu uma das gavetas de sua mesa e tirou o livro que tinha dado a Brad
Evy esbugalho os olhos ao ver o familiar livro.
- Mas o que este livro está fazendo com você?
- Minha mãe me entregou pra que eu lhe desse no tempo certo.
- Aposto que tentou abrir né? - disse ela com um meio sorriso
- Mas é claro que não - ele exitou em dar esta resposta - Sei muito bem que esse é um livro das mulheres Snape
- Sei acredito - ironisou ela pegando o livro - Mas, por que nao me deu antes?
- Porque agora Evelyn você esta sozinha. Em breve você nao terá absolutamente ninguem. Portanto esse é o momento de se lembrar de tudo que aprendeue pô-los em pratica.
Severo se levantou e subiu novamente as escadas e voltou a olhar pra janela. Se fosse possivel um enorme ponto de interrogação estaria posto em cima da cabeça de Evy.
- Sozinha tio? Mas e voce? E o Chalie, a Gina? Eu tenho muitos amigos.
- É hora de usar seu dom tambem Evelyn - cortou ele olhando pra janela.
Severo deu um tempo e continuou virando-se lentamente pra ela
- Mais do que na hora. - Ele deu um longo supiro e finalizou - Vá e quero que devore este livro. E não confie em ninguem! Não mais
Evy pegou o livro e o diminuiu de forma que desse em seu bolso e saiu.

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