Surpresas de Aniversário
As chamas verde-esmeralda rodavam em torno de Harry. As chamas o aqueciam mais que uma cerveja-amanteigada. Harry odiava viajar com Pó de Flú, se sentia enjoado e não gostava de passar por várias lareiras do país. Harry fechou os olhos e colocou as mãos para frente. Ele raspou bastante as mãos e logo começou a cair para frente, mas se segurou. O malão caiu sobre suas costas e a gaiola de Edwiges rolou pelo chão fazendo a água dela se espalhar pelo chão da cozinha e a Firebolt caiu com um baque surdo na cabeça de Harry. Ele não se importou com a dor, pelo menos sua vassoura estava inteira. Sons de passos apressados surgiram à direita e Harry virou a cabeça e viu que a Sra. Weasley com sua pantufa e roupão. Ela parecia assustada, mas abriu um largo sorriso ao ver a imagem de Harry caído no chão da cozinha com a Firebolt na nuca, malão o esmagando, a poça d’água no chão e Edwiges piando sem parar. A Sra. Weasley rapidamente pegou a gaiola de Edwiges e a colocou sobre a mesa.
– Harry, querido! – exclamou a Sra.Weasley. – Limpar! – disse A Sra. Weasley para a poça no chão. A poça sumiu e ela tirou o malão das costas do garoto.
– Obrigado – disse Harry levantando-se e pegando a Firebolt que havia rolado de sua cabeça.
A mesa estava posta e Edwiges estava na gaiola em um canto da mesa. Havia quatro pratos quando a Sra. Weasley balançou a varinha e um prato apareceu com talheres perto de Edwiges. A Sra. Weasley ficou para trás enquanto Harry via um pedaço de lã se auto-tricotar. Ela voltou e apontou a varinha para o malão:
–Locomotor malão!– exclamou levando o malão até a escada – Venha, Harry querido.
Harry a acompanhou segurando sua Firebolt na mão. A vontade de voltar a voar era enorme, igual a escada até o quarto de Rony. A porta se abriu com um clic e o malão entrou pairando o ar com a Sra. Weasley atrás e Harry em sua cola. Rony roncava em sua cama e na cama ao lado havia somente um cobertor com um travesseiro. Incrivelmente ninguém acordou com o barulho na cozinha, somente a Sra. Weasley que já deveria estar acordada.
– Você vai dormir aqui, Harry querido. – disse a Sra. Weasley – Eu já vou acordar os outros e Hermione já chegou. – A Sra. Weasley sorriu e viu que Harry ficou alegra. – Temos uma pequena surpresinha!
– O que? Surpresa? Qual? – Harry perguntou entusiasmado.
– Se eu falar não será surpresa! – exclamou a Sra. Weasley animada.
Os dois esqueceram que estavam no quarto de Rony e ele acabou acordando. Os olhos ainda estavam fechados, mas ele tentou ficar de pé.
– Harry?
– Sim, Rony. Agora acorde, a mesa está posta. Eu vou acordar as meninas. – disse a Sra. Weasley saindo do quarto, as pantufas batendo nos calcanhares.
Harry sentou-se ao pé da cama e contemplou o quarto de Rony. Uma flâmula dos Chudley Cannons estava numa parede em cima da mesa-de-cabeceira e havia vários pôsteres dos Chudley Cannons. Seus pijamas estavam mais curtos do que antes e apenas alcançavam a canela. Seus cabelos estavam embaraçados e a janela já estava escancarada.
– ‘dia.
– ‘dia – disse Harry – Quando a Hermione chegou?
– Ontem. Por que você quer saber, hein?
O olhar de Rony ficou maroto e ele começou a dar uma risada exagerada.
– Que foi? Não! Não é nada! Eu perguntei por perguntar! Verdade.
– Certo... OK. – Rony se sentou na cama também.
– Que surpresa é essa, de que sua mãe falou?
– Ela disse para não falarmos. Surpresa, não é? – disse Rony abraçando as pernas.
– Cadê Fred e Jorge? Eles continuam bem com a loja? Eles não estão mais dormindo aqui?
– Eles estão dormindo na loja mesmo! Nos fundos. Acordam, comem e abrem a loja... estão lucrando muito. Muito mesmo. Então comem no Beco Diagonal mesmo.
Harry tentou se lembrar no ano passado quando ele, Rony e Hermione seguiram Draco sob a Capa da Invisibilidade. Ele fora até o Borgin e Burkes. Naquela época a loja era bastante movimentada e agora deve ser mais.
– E Percy? Falou mais depois da visita no natal passado? Por que o Rufus não falou mais nada após o... – Harry não conseguia falar sobre Dumbledore depois do funeral em Hogwarts – funeral... mas esquece. E o casamento de Gui? Ele acordou hoje? Ou ontem?
a – Ainda não acordou. O casamento seria aqui mesmo. Fleur está dormindo no quarto com ele, mas de precaução está num sofá. Por outro lado... você ficou sabendo de algo nessas horas que nós nos separamos? A última vez que nos vimos foi na King’s Cross e depois você ficou sozinho lá na casa dos seus tios. V-v...Você-Sabe-Quem poderia... você sabe.
– Nenhum sinal – suspirou Harry desgostoso – Mas eu fiquei algumas horas. Ele não agiria tão rápido, não é?
Rony concordou. Harry sentiu a fúria de matar Snape, Malfoy e Voldemort crescerem em seu peito intensamente. A vontade de destruir o verdadeiro Horcrux o atormentava muito, mas sua jornada tinha que continuar imediatamente. Ele ficaria na Toca para o casamento que parecia ser impossível e logo iria embora. Ele não sabia direito para onde iria. Ele já tinha noção do que procurar: o medalhão de Sonserina, a xícara de Lufa-Lufa, a cobra Nagini, algo de Corvinal e algo de Grifinória. Depois disso ele saberia que ele teria perigos a enfrentar e o que ele menos queria era colocar seus amigos em perigo e só notou que Rony falava quando a porta se abriu e Hermione entrou com Gina e Fleur no quarto.
– Harry! – exclamou Hermione se jogando nos braços de Harry.
Gina entrou no quarto lançando um olhar triste à Harry. Há poucos dias eles namoravam e agora estavam separados pelo destino. De repente Hermione o largou e se jogou com força nos braços de Rony que cedeu sobre o peso dela e caiu na cama. Gina chorou silenciosamente e abraçou Harry que ficou sem graça. Fleur sorriu graciosamente e entrou deslizando e se sentou ao lado de Harry.
a – Você está bem?
Seu inglês melhorou muito desde a última vez. Seus cabelos refulgiam à luz do sol que entrava pelo quarto e as lágrimas de Gina refletiam o mesmo em seu rosto. Harry não respondeu nada. Ele não sabia se estava bem. Hogwarts poderia ser fechada e ele não teria proteção nenhuma além dos Dursley. Ele tinha várias idéias em sua mente sobre o que seria de seus amigos e o que aconteceria com Voldemort e ele.
a – Crianças! Desçam! O café está servido!– A senhora Weasley exclamou da cozinha.
Hermione finalmente saiu de cima de Rony que estava prestes a explodir, tal era o vermelho vivo de seu rosto. Hermione ficou sem graça e parecia assustada e Gina enxugou as lágrimas. Harry se levantou e largou os quatro quietos sentados nas camas. Ele não queria contato nenhum com ninguém. Ele não poderia os expor a esse risco. Ele ficaria alguns dias para o casamento que talvez não se realizasse e sairia para caçar os Horcruxes. Ele estava disposto a eliminar Voldemort a qualquer custo.
– FELIZ ANIVERSÁRIO!
Harry tropeçou num tapete e caiu no sofá. Ele pulou de susto ao ver a Sra. Weasley atrás de um bolo com o Sr. Weasley observando uma faca com atenção.
– O... o que aconteceu? – gaguejou Harry.
– Não seja bobo, Harry querido. Hoje é o seu aniversário. Não me diga que se esqueceu?
a – Parabéns, Harry. Está virando um homem e deverá acordar para a vida. Você sabe muito bem que...
– Querido! Pare de assustar o garoto! Hoje é dia de comemorações. Várias.
Todos se sobressaltaram ao ouvirem um rugido mesclado com um grito.
– Gui. – sussurrou a Sra. Weasley.
Os três subiram correndo as escadas e encontraram Fleur debruçada sobre Gui que estava vermelho e cheio de cicatrizes. Ele parecia selvagem e tentava morder Fleur.
– Afaste-se! – berrou Arthur. Ele puxou Fleur para longe da cama e criou cordas do nada com a varinha e as amarrou na cama imobilizando Gui.
– Serrá que ele vai ficarr que nem Fenrrir? – perguntou Fleur preocupada.
a – Não sabemos. Ele parece um lobisomem, mas ainda está humano. – esganiçou-se Molly.
– Vamos deixa-lo ai... ele vai ficar calmo. Agora... o bolo!
Todos desceram as escadas deixando Gui se contorcer tentando sair das cordas que o amarravam. Gina não falou com ele por um bom tempo. O bolo da Sra. Weasley estava ótimo. Eles estavam comendo ao ar livre e ele, Harry, não percebera que tudo estava posto lá fora para a festa. Havia uma mesa longa com muita comida da Sra. Weasley e outra encostada na casa cheio de presentes que Harry tentava não olhar para não ficar com vontade de abri-los. O Sr. Weasley conversava com Hermione, Gina e Fleur e Fred e Jorge que foram para uma visita conversavam com sua mãe e Harry sobre os N.I.EM’s.
Harry parava às vezes de conversar para observar Gina que ficava a maior parte do tempo quieta, lançando olhares de esguelha para Harry. Seus olhares s encontraram por um instante e Gina fez um olhar triste. Harry deu uma garfada num frango e olhou para o prato. Ele queria estar ao lado de Gina, mas se ele a ama ela tem que ficar fora de perigo e para isso tem que ficar longe dele.
O sol começou a aparecer por cima da Toca.
– Hora dos presentes! – exclamou a Sra. Weasley. Harry tentou parecer surpreso e tentou não olhar para o lado da mesa com os presentes. Todos se levantaram e se postaram atrás de Harry que tinha um caminho livre até os presentes empilhados. Ele não sabia se ia até lá ou se olhava para trás, mas preferiu abrir o primeiro presente que pegou.
– Eu não acredito! Obrigado, Hermione!
Hermione corou. O presente dela era um estojo de limpeza com um manual sobre a Firebolt. A única diferença do anterior que esse é atualizado, tinha mais instrumentos para limpeza e todo o resto e havia o livro que era grosso e cheio de novas informações. O presente de Rony era um xadrez de bruxo muito bom e novinho. A Sra. Weasley deu um estojo de limpeza da varinha um livro avançado de defesas e feitiços potentes. Isso o assustou. Será que a notícia se espalhou tão rápido? O Sr. Weasley comprou com a Sra. Weasley. E por incrível que pareça um presente de Fleur, que pareceu tentar se esconder atrás de Rony. Os dois coraram. O presente era um campo de quadribol em miniatura com sete jogadores voando velozmente por toda a extensão do campo.
a – Eu me lembro, que no Torneio Tribruxo você voou muito bem. E eu soube que você gosta muito de quadribol.
Harry não estava ouvindo nada do que ela dizia. Apenas olhava maravilhado aqueles catorze jogadores voando. Ele viu que dava para escolher os times que queria jogar e podia ver o placar. Os times que estavam jogando eram França contra Inglaterra e um batedor Francês rebateu um balaço fortemente contra o apanhador Inglês que ficaria inutilizado por um bom tempo. Oitenta a cinqüenta: A França marcou o octogésimo gol em uma bela jogada tramada com os três artilheiros.
– Muito obrigado, Fleur. Eu realmente gostei.
– São muito produzidos na França. Eu tinha um, mas ninguém joga faz duas semanas, quando um goleiro morreu quando tentou pegar a goles e caiu da vassoura. Mas você também pode assistir aos jogos que acontecem da Copa Mundial de Quadribol. E você também pode jogar aí dentro. É como se fosse real.
Depois dessa última explicação Harry achou que esse fora o melhor presente de sua vida. Era incrível. Mas ainda havia um último presente quadrado e pequeno. A expectativa de Harry começou a aumentar que ele se esqueceu o quanto estava triste. Ele o pegou e abriu rapidamente: era um saleiro dos Dursey.
– Isso pode ser útil. – disse Harry devolvendo-o na mesa.
Todos riram.
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