Godric's Hollow



Godric’s Hollow

Harry falou a maior parte da aula, explicando a magia branca e seus princípios e como todos podiam manifesta-la mesmo sem treinamento.
Durante a aula um pensamento lhe ocorreu. Ainda não tinha visitado o túmulo de seus pais, como se prometera no velório de Dumbledore.
Saiu da sala pensando nisso e nem percebeu que Rony e Mione o acompanhavam.
-Harry. Harry. HARRY!!! – só quando a amiga gritou percebeu que tinha companhia. – Queremos falar com você. – completou a garota, deixando o amigo curioso enquanto se sentavam para almoçar.
-Podem começar. Aconteceu alguma coisa?
-Não. É só que até essa aula a gente não entendia muito bem o que era magia branca. E eu tava pensando. Sei que num temos tanto poder branco quanto você e que você num vai nos passar os segredos dos centauros. Mas será que num pode nos ensinar alguma coisa, ou, pelo menos nos aconselhar pra praticarmos magia branca também? Isso não ajudaria na hora de enfrentar comensais?
-Ajudaria sim. E terei o maior prazer em ajuda-los. Só não tenho muito tempo disponível. Antes só me deixa conversar com meu mestre pra saber o que ensinar.
-Obrigado. – agradeceu Rony, de boca cheia, cuspindo comida nos dois.
-Rony. – ralhou a garota, com cara de nojo.
-Desculpa. – falou após engolir a comida. – Vai às outras aulas de hoje? – acrescentou, voltando-se para Harry.
-Não. Vou continuar a busca. – mentiu, pois não queria companhia para visitar o túmulo dos pais.
Depois do almoço, ficou com Gina até o horário da aula dela chegar. Então calmamente atravessou o jardim da escola e ao cruzar o portão, aparatou no vilarejo, onde os pais moraram quando ele ainda era uma criança.
Pediu informações num ponto de táxi trouxa e foi caminhando até o lugar onde a casa deveria estar.
Abandonada após ser palco de uma batalha, a casa não só estava em pedaços, como se via plantas nascendo por entre o assoalho que um dia fora o chão. O garoto lembrou-se do grito da mãe quando morta.
Com o coração apertado, caiu de joelhos agradecendo internamente Hagrid por tê-lo tirado dali.
-Você é novo por aqui, certo? – Harry tomou um susto. Enxugando algumas lágrimas que insistiam em cair, virou-se e deparou com três garotas, todas bonitas. Usavam uniformes iguais. Blusa branca de botões e saia azul.
-Mais ou menos. – respondeu, se acalmando.
-Escolheu o pior lugar da vila pra visitar. Essa casa é mal-assombrada. – ele apenas sorriu. – O que veio fazer num lugar tão isolado?
-Visitar o túmulo de minha família. Meus pais moravam aqui quando eu era um bebê.
-Então você é um Potter? – a garota que continuava falando com ele era uma ruiva e agora parecia interessada e surpresa. As outras duas, uma loira e uma morena, apenas o miravam de cima abaixo.
-Sou sim.
-Minha mãe era muito amiga da sua então. Aliás, sinto muito pela sua casa. Vazamento de gás, certo?
-Certo. – confirmou ele, imaginando que aquela fosse a explicação dada aos trouxas.
No fundo sentia-se grato por não estar sozinho. Mas preferia que fossem os amigos, apesar de que qualquer amigo de sua família lhe causava interesse.
-Bom, eu estava voltando pra casa. Gostaria de nos acompanhar? Minha mãe adoraria te conhecer.
-Eu adoraria. – respondeu com um sorriso simpático, pensando em visitar o túmulo mais tarde. Ver a casa já lhe apertara o coração. O túmulo só seria mais difícil e sabia disso. – Ah, e a propósito. Meu nome é Harry. Harry Potter.
-Halley. E essas são Ashley e Anne.
-Prazer.
Foram embora conversando. Harry feliz pela possibilidade de conhecer amigos de seus pais.
O caminho todo conversou animadamente com Halley, enquanto suas amigas só cochichavam uma com a outra e davam risadinhas. “Parecem as amigas da Cho”.
Depois de meia hora de caminhada chegaram numa casa branca, de muro baixo, com um jardim bem cuidado e cheio de flores.
-Não vai entrar? – perguntou a garota segurando o portão de madeira para ele passar.
-Bela casa. Mora com seus pais, certo?
-Só com minha mãe. Meu pai faleceu pouco depois de eu ter nascido.
-desculpe. Não sabia.
-Tudo bem. Não tinha mesmo como saber.
Entraram na casa e Harry percebeu que Ashley e Anne se sentiam em casa.
Foram para a sala de estar, onde encontraram a mãe de Halley tricotando.
-Oi filha. Ashley, Anne. – cumprimentou a mulher. – Ah, vejo que trouxe visita. Quem... – mas a mulher não terminou a frase. Olhava para Harry petrificada. – Tiago?
-Mãe, esse é o Harry. – corrigiu a garota sem graça. A mulher pareceu se esforçar para lembrar de alguma coisa, depois amenizou a expressão.
-Muito prazer, senhora. – cumprimentou o garoto.
-Kim, por favor. Nada de senhora. – disse a mulher, levantando e abraçando o jovem. – Você é igual ao seu pai. Mas tem os olhos da sua mãe. Filha, por que não vai até a padaria comprar pães frescos para um chá? Anne, Ash, melhor irem pra casa. – Harry reparou que as meninas já estavam jogadas no sofá, sem sapato. Elas saíram com um olhar que expressava decepção e curiosidade.
-Devem ser bem amigas. – comentou o rapaz assim que ficou a sós com a antiga amiga da mãe.
-Na verdade, acho que andam com minha filha por interesse. Sabe, as três são as garotas mais populares do colégio, mas sei que minha filha tem a cabeça no lugar e sabe que essas não são amigas de verdade. Mas deixo-as em paz aqui em casa, e faço questão que se comportem como se fossem daqui. Assim como faço questão com você.
-Obrigado, senhora... Quero dizer, Kim. – corrigiu vendo o olhar severo da mulher.
-Mãe. Cheguei com os pães.
-Ótimo. Vamos tomar um chá e conversar, então.
Os três se sentaram à mesa e somente depois do chá que realmente começaram a conversar. As conversas começaram amenas. Resolveram voltar para a sala de estar e quando sentaram, Kim perguntou:
-Você também é um, não é?
O garoto sem dificuldade leu o pensamento dela e apenas confirmou com a cabeça.
-Do que estão falando? – perguntou a garota interessada.
-Ele, assim como os pais dele, é como o seu pai. Não tinha certeza se te contava ou não, mas acabei decidindo esperar pra saber se você também seria.
-Seria o que, mãe? Você ta me assustando.
-Calma, filha. Já vou te explicar. Antes preciso saber uma cosia de Harry. O que o trouxe até aqui?
-Vim visitar o túmulo dos meus pais.
-Bom, então vai ter que ficar até amanhã, porque o cemitério já fechou. – o garoto apenas concordou, pediu licença, e através do seu patrono mandou uma mensagem para os amigos.
“Voltando ao assunto”, recomeçou quando Harry voltou a se sentar “Eu descobri somente no dia em que fiquei noiva do seu pai. Não acreditava, mas não foi difícil para ele me provar. Talvez por isso nunca te contei. Não sabia se acreditaria. Mas sei que está no seu sangue. Mesmo que não manifeste, algum herdeiro seu pode vir a manifestar”.
-Mas do que está falando, mamãe?
-Seu pai era um bruxo.
-Um o que? – a garota começou a rir, mas vendo o olhar sério da mãe e vendo que Harry apenas lhe lançava um sorriso encorajador, ficou séria.
-Um bruxo.
-Supondo que você esteja mesmo falando sério e que isso não é uma brincadeira. Você disse que o Harry também é um. Então prove. – completou, voltando-se para o garoto.
O garoto pegou a varinha, sob um olhar curioso da garota. com um simples aceno, fez a poltrona em que a garota se encontrava começar a flutuar e logo se transformar num unicórnio. O unicórnio galopou em torno da sala co ma garota no dorso e num último salto majestoso caiu no lugar em que estivera antes, voltando a ser um sofá.
A garota estava boquiaberta. Kim achou que ela fosse sair correndo, gritar, chorar, ou pior. Mas ao contrário disso, ela simplesmente levantou e abraçou a mãe com um sorriso largo.
-O papai era capaz de fazer isso?
-Não sei exatamente se isso. Mas que nunca tive que arrumar o quarto ou a cama, isso nunca tive.
-Mas se ele era capaz de fazer tanta coisa, como morreu num acidente de carro? Não podia ter evitado?
-Filha. Agora tem outra coisa que preciso te contar. Seu pai não morreu num acidente. Ele foi assassinado.
-Assassinado? Como assim? Por quem?
-Pelo maior bruxo das trevas que já existiu. – quem respondeu foi Harry. – Lorde Voldemort.
-Mas não se preocupe. Ele já está morto. Pelo que eu soube, quando tentou te atacar. – completou, agora para Harry.
-Ele voltou. Mas não se preocupe. Eu vou acabar com ele.
As duas repararam num energia que emanava do garoto.
Depois disso e mais explicações, eles jantaram.
-Mãe, eu combinei de ir para o clube. E depois a gente vai pra um pub. Tudo bem?
-Tudo.
-Oba. Então vamos? – convidou Harry.
-Claro. Só me deixa guardar algumas coisas aqui. – e dizendo isso, mostrou o arco e a espada, que estavam escondidos, enrolados na capa do garoto.
-Como fez isso?
-Sou um bruxo, esqueceu? E essa é uma capa da invisibilidade.
-Mas então leve suas coisas. Hoje vai ter um festival medieval no clube. Por isso que estou indo agora, à noite.
O garoto assentiu. Não sentia vontade de carregar as coisas, nem de mostrar suas habilidades, mas era bom ter uma desculpa para carregar suas armas consigo.
Foram a pé mesmo para o tal clube da garota. Dentro haviam sido armadas várias tendas, com todo tipo de torneio e espetáculo.
-Vamos. Quero fazer a inscrição no arco e flecha.
-E você é boa nisso?
-Não. Mas quem disse que sou eu quem vai participar?
-Mas eu não...
-Não adianta. Você vai participar e ponto final. Meu ex, um garoto metido que não vale nada, vive se gabando porque diz ser o melhor do mundo nisso e ninguém consegue vence-lo.
-E o que te faz pensar que consiga?
-Não sei. Mas se há a possibilidade, vou arriscar. Na pior das hipóteses, quem vai ser humilhado não sou eu.
-Haha. Muito simpática você.
-Obrigado. – e foram inscrever o garoto. Ele foi bem relutante até encontrar com o ex da amiga na fila e vê-lo dando em cima das amigas dela e depois falando mal dela e pra completar tentando esnoba-lo.
-Viu como tenho razão?
-Não se preocupe. Vai ser interessante. Mas agora vamos dar um volta.
Logo encontraram com um grupo de amigos da garota e passaram a noite inteira com eles. O garoto tinha que inventar várias desculpas para não entregar sua magia. Mas ficou constrangido quando as mentes de algumas garotas gritaram ao contar que tinha namorada.
Logo chegou o torneio de arco e flecha.
Philip, o ex de Halley realmente era bom. Começaram com alvos a 50 metros e os dois acertaram as três flechas que tinham direito no centro do alvo.
Harry sentiu-se encorajado a continuar com aquela competição quando sentiu a maldade dentro do oponente, e sentiu toda a torcida a seu favor. Aquele era o maior evento da noite e somente os dois continuariam. Era a primeira vez que empatava o primeiro round.
Agora, cada um teria direito a apenas uma flecha. Quando um acertasse um disparo melhor que o outro, acabaria.
Harry sentiu o oponente ficar um pouco tenso quando o alvo foi afastado para cem metros.
Philip foi primeiro. Não acertou bem o centro do alvo, ma ainda assim a região que valia o maior número de pontos.
Harry disparou bem no centro.
“Como ele fez isso? Meu arco é o melhor que tem. O dele é rudimentar”. Harry sorriu.
150 metros. Harry atiraria primeiro. Novamente bem no centro. Philip atirou. E acertou novamente a região máxima, que valia tanto quanto o centro.
200 metros. Harry observava o oponente. Philip atirou. Ele iria errar. Harry resolveu acabar de vez com o show. Atirou logo depois um flecha certeira que atingiu a do adversário no ar. As duas foram parar numa árvore.
Todos aplaudiam. Philip reclamou e atirou novamente. Acertou por muito pouco a região que valia mais.
-Vamos ver se faz melhor. – mas por dentro Harry percebeu que o adversário já não tinha um pingo de segurança. “É impossível. Ele acertou minha flecha no ar. Ninguém é capaz de fazer isso”.
Harry atirou, mas não acertou o meio do alvo. Acertou a flecha de Philip cravada no alvo.
Todos olhavam mais do que impressionados.
O alvo agora seria movido para 300 metros.
Harry pediu um cachecol de Halley, que usou como venda. Vendado, virou a cabeça para Philip e atirou. Exatamente no centro.
Philip, agora tremendo, disparou. Sua flecha nem atingiu o alvo. Perdeu-se no escuro atrás desse.
Harry, em comemoração deu um tiro para o alto. Que futuramente, recolhendo as flechas, os organizadores do torneio descobririam que acidentalmente caiu exatamente em cima da de Philip que se perdeu no escuro.
O resto da noite passou com Harry sendo assediado pelas amigas de Halley e recebendo drinques dos amigos, que também não gostavam de Philip.
Foram para o pub, onde o garoto jogou pela primeira vez na vida pool e só ganhou porque fazia dupla com Halley, que era imbatível.
-Hora de acordar. – mal ouviu o som da voz da nova amiga, já sentiu o sol bater em seu rosto, atravessando a janela agora descoberta. Quando esticou o braço para pegar os óculos, sentiu um travesseiro se chocando com sua cabeça, o que foi suficiente para começarem uma guerra.
Quando, depois de fazer cócegas na garota, conseguiu trégua, foram almoçar, pois já passavam das duas. Ele tomou banho e, em seguida, foi para o cemitério, acompanhado pelas anfitriãs, que levavam flores.
Chegando no cemitério ficou alarmado, pois sentiu a presença de magia negra.
-Vocês sabem de alguma coisa estranha que aconteça aqui?
As duas negaram.
“Será que tem um horcruxe aqui? Mas ele já tinha os horcruxes quando atacou meus pais. A não ser que tenha mudado de lugar... mas por outro lado, essa magia parece diferente”.
Lembrando-se de Hermione sentiu-se estúpido. Fez o feitiço para localizar almas. E a varinha apontou para um lado. Ali havia uma alma, mas inteira.
Olhando na direção que a varinha apontava, pediu:
-Halley, Kim. Saiam daqui agora. Depois vou busca-las. Não vão para casa. Nos encontramos onde encontrei Halley pela primeira vez.
As duas não entenderam o pedido dele. Pelo menos não até ouvirem palmas.
-Vamos Malfoy. Temos contas a acertar.
-Bravo Potter. – Malfoy era quem batia palmas, enquanto saia detrás de uma lápide.
-Agora vão. – ordenou Harry, pegando a varinha. – Muito bem, Malfoy. Hoje começa minha vingança. Vamos terminar o que começamos há sete anos.
-Vamos. Crucio. – quando o feitiço foi em direção a Harry, as duas mulheres começaram a correr. Harry bloqueou o feitiço.
-Pensei que fosse fazer melhor. Mas o que faz aqui?
-Você pensa mesmo que pode me vencer? Não se esqueça que eu teria derrotado o seu mestre.
-Teria? Pelo que eu vi, você amarelou. Ficou com medo. Foi incapaz.
-Mas não se preocupe. Tenho ódio suficiente por você para mata-lo.
-Mas na respondeu. O que faz aqui? – continuou Harry, agora lançando um feitiço não verbal, bloqueado por Malfoy.
-Um simples expelliarmus? Esperava mais do grande Potter. Mas de volta à conversa. – e lançou outro crucio, mas um não verbal – Tive que ficar de vigia aqui desde que Snape mandou aquele idiota pro inferno. Meu Lorde não gostou de eu não ter cumprido minha missão, então resolveu me por aqui para te pegar quando viesse chorar pelos seus pais. – e lançou uma maldição roxa na direção de Harry, que conjurou seu melhor escudo. Vermelho desde o ataque ao seu mestre.
-Vejo que está bem avançado em magia negra. Mas esse será o seu fim. – não verbalmente atacou novamente. Malfoy usou seu melhor escudo e mesmo assim foi atirado longe e caiu parecendo morto.
-O que você fez? Que feitiço foi esse? – perguntou desesperado, sem conseguir se mexer ou desaparatar – como meu escudo não funcionou? Somente o avada kedavra ou um feitiço feito por alguém muito poderoso poderia transpô-lo.
-Malfoy, meu feitiço não foi tão poderoso assim. Ele simplesmente é desconhecido para você. Mas não se preocupe, na deve morrer. Ele só dá à pessoa que o recebe o fim que ela merece. – e com um aceno de varinha deixou o ex-sonserino desacordado.
-Sabe, - continuou Harry mais para si mesmo, olhando o corpo desacordado – lutar aqui, ao lado dos meus pais só me fez mais forte. É como se pudesse sentir o amor deles.
E foi buscar as flores que as amigas deixaram cair ao saírem correndo. Depositou-as no túmulo dos pais e fez uma oração. Dessa vez não chorou. Estava feliz por finalmente poder dizer adeus. E sob promessa de voltar quando tudo aquilo acabasse. Vencendo ou não a luta final, que sentia se aproximar.



N/A - obrigado pelos comentarios... espero mais.... bom, desculpem a demora... espero que valha a pena... provavelment ateh o dia quinze posto o proximo capitulo, mas soh se tiver comentarios... principalmente sobre esse ultimo, que nao sei se vao gostar.... bjaum a todos

A UNICA IDEIA DE NOME Q RECEBI EH HP E O SEGREDO DOS CENTAUROS... O Q ACHAM? ALGUMA OUTRA IDEIA???

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.