Um Grito de Agonia



UM GRITO DE AGONIA

Harry acordou no dia seguinte extremamente feliz e recuperado. Demorou a perceber onde estava, mas quando viu Gina ao seu lado, ainda dormindo, tudo ficou claro.
Tinham ido para a sala precisa, onde passaram a noite.
-Gina. Acorda. Temos que voltar para o salão comunal. – apesar de que por ele, passaria o dia inteiro observando a namorada dormir nos seus braços, sabia que ela tinha aula e não queria ser o culpado de faze-la faltar.
Depois de muita insistência e muitos beijos foram para o salão comunal tomar banho e esperar os outros para o café.
-Onde passou a noite? – perguntou Rony ao amigo, enquanto se sentavam para comer.
-Comigo. – Gina, vendo o namorado corar resolveu responder. – mas não se preocupe Ronald. Ele não fez nada demais. – Harry corara mais ainda. Sorte ela estar por ali. Ele não teria conseguido mentir.
-Acho bom. – disse em tom ameaçador – Agora, mudando de assunto. Você ta bem?
-Ótimo.
-Ah, Harry. Eu tive uma idéia. – começou o ruivo – acho que sei como acompanha-lo nas missões. Você poderia me levar junto. Afinal, você consegue aparatar em dois, não consegue?
Harry sentiu seu estômago afundar. Como fora tão burro? Era tão simples. Apesar de que não queria o amigo em perigo. Mas não tinha como negar agora.
-Tudo bem. Mas só tem um porém. E se algo me acontecer numa missão e eu não puder traze-lo d volta?
-Acho que cabe a mim decidir se quero ou não correr esse risco.
-Ai, Rony. – pela primeira vez Harry ouviu Hermione falar. Os olhos da garota brilhavam. Ele sabia que ela se segurava para não chorar. – bom, é melhor irmos para as aulas.
-Vão vocês. Tenho outras coisas pra fazer.
-Certo. À tarde vou voltar a procurar os horcruxes. – adicionou a morena, arrastando o namorado e a cunhada para fora do salão, quase vazio.
Terminando de comer, o menino que sobreviveu se encaminhou até a diretoria, onde planejava encontrar McGonnagal.
-Pode entrar. – ordenou a diretora, quando o garoto bateu à sua porta. – Ah, essa é Kelly Widow. A professora de DCAT. Acredito que ainda não tenham se conhecido. – a professora usava vestes azuis, que davam um ar mais sereno e alegre. Tinha cabelos castanhos claros e exibia um sorriso com todos os dentes.
-É verdade. Ainda não estive em nenhuma aula. – concordou o garoto, cumprimentando a nova professora com um aceno de cabeça.
-Ela, assim como sua irmã, que agora dá aula de transfiguração não têm jantado conosco, mas a partir da semana que vem devem ser vistas na mesa dos professores.
Somente então Harry percebeu que McGonnagal deixara o cargo de professora.
Logo a professora se retirou, pois lecionaria no primeiro período, deixando o menino que sobreviveu a sós com a diretora.
-Professora. Vim para buscar os horcruxes. planejava tentar destruí-los hoje.
-Ah, sim. Esperava que viesse. Mas assumo estar impressionada com a seriedade com que tem tratado o assunto. – disse ela, enquanto abria uma gaveta de sua mesa e retirava dois embrulhos. – Estive pensando. Aceita minha ajuda? Posso não ter os poderes que Dumbledore tinha, mas ainda tenho um conhecimento invejável. E acredito que possa auxilia-lo caso necessite.
O garoto apenas assentiu com a cabeça e os dois deixaram a sala.
-Onde pensa em fazer isso? Na sala precisa?
-Não, senhora. Pensava em fazer isso com Mahcsid, - e vendo o olhar de interrogação da professora acrescentou – meu mestre centauro.
-Certo. – e começaram a descer rumo ao hall de entrada – Sabia que Dumbledore recebeu treinamento com eles também?
-Eles mencionaram. Mas nunca soube de nada pelo Dumbledore.
-Ele sempre fora excepcional. Pouco depois de vir trabalhar aqui como professor, recebeu o convite. Passou um mês em meio aos centauros. Quando voltou, parecia mais maduro. Agia diferente e com muito mais calma e convicção. Sabe, às vezes acho que você ficou parecido com ele, mesmo tendo convivido tão pouco juntos.
-Isso é uma honra. Ser comparado a um bruxo como ele.
-Você sempre foi assim. Sempre tão leal a ele. Sabe, você, se sobreviver a essa guerra, vai se tornar um grande homem. Ah, e só mais uma coisa. Ele também não quis apenas a tatuagem da tribo. E onde quer que seu espírito descanse, está feliz com a homenagem.
Continuaram andando com a professora contando mais sobre o falecido mestre. Ele percebeu o quanto ela o admirava e até mesmo o quanto ele mesmo admirava o antigo mentor.
Chegando à entrada da floresta, Harry entrou sem pensar, mas percebeu a hesitação da professora.
-Pode vir sem medo. Está comigo. – a diretora apenas sorriu e o acompanhou sem hesitar. Harry lembrou-se de quando levara Dumbledore de volta para a escola. “Não estou preocupado, Harry. Porque estou com você”.
McGonnagal ficou deslumbrada quando viu a caverna em que o garoto treinara, mesmo não podendo entrar nessa.
Com uma reverência, o garoto cumprimentou os centauros, dentre eles, seu mestre, com a professora imitando o gesto.
-Essa é a nova diretora. A diretora McGonnagal era grande amiga de Dumbledore e continua sua seguidora, assim como eu. – os centauros apenas a cumprimentaram com a cabeça e voltaram aos seus afazeres, enquanto o líder se aproximava do garoto.
-Vim, assim como prometi, destruir os horcruxes com você, mestre. E ela, sendo uma excelente bruxa e grande aliada, se ofereceu para ajudar.
-Certo. Agora, vamos aos objetos.
Harry retirou do meio dos panos os dois horcruxes. Aquilo atraiu a atenção dos centauros, em geral, pelo que o garoto percebeu. Provavelmente porque emanava uma magia negra tão forte.
-Creio que o mais indicado seja você mesmo. – começou o mestre.
-Dumbledore usou o Kaputzen Apart. – comentou a diretora tentando ser útil.
-Ele realmente era inteligente. Mas tinha algo diferente em mente para o garoto. Algo que provavelmente terá um efeito negativo menor.
O mestre não precisou terminar para o garoto entender. Ele sacou a espada.
-Acredito que as propriedades mágicas da espada vão mantê-lo a salvo. Dumbledore sacrificou a mão para destruir o anel. E não sabemos exatamente o que pode acontecer. Lembremos que sua magia comum não é tão forte quanto a de Dumbledore. Ou seja, com uma arma branca como essa espada terá mais chance de sair ileso.
O garoto apenas assentiu com a cabeça e tomando posição para desferir o golpe, respirou fundo enquanto se concentrava e seu mestre colocava o cálice cobre uma pedra.
Harry, vendo que o centauro se distanciara, com McGonnagal em seu encalço, passou a encarar o horcruxe. Segurava a espada com as duas mãos sobre a cabeça.
E atacou. Um buraco foi aberto no meio da pedra. Mas o horcruxe permaneceu intacto no meio deste.
-Use a sua arma mais poderosa. – falou o mestre, no to quem usava durante os treinamentos.
Harry entendeu. Devia deixar a magia branca fluir por ele e pela espada.
Quando levantou o braço para novo golpe, sentiu o músculo contrair-se em dor. Ignorando essa dor, concentrou-se no próximo golpe.
McGonnagal levou a mão à boca, temerosa. E seus olhos começaram a brilhar, enquanto assistia à cena. Pelo corpo do garoto começou a fluir uma luz branca, que conforme aumentava de intensidade e se dirigia para seus braços, iam se tornando vermelho, até que a espada começou a brilhar num intenso vermelho.
Harry, mais uma vez, não tinha certeza do que estava fazendo. Era a mesma sensação que sentira ao fazer o escudo para proteger o mestre. Uma sensação estranha de que sabia que tinha que fazer aquilo, mas não sabia o que era aquilo.
Ele simplesmente soube a hora certa de desferir o golpe. Simplesmente sentiu que estava pronto. E assim o fez.
A pedra simplesmente virou pó e uma cratera foi aberta onde essa se encontrava. A horcruxe emanou uma luz roxa forte e logo em seguida, ficou em pedaços, como se houvesse explodido. Nesse mesmo instante o garoto ouviu um som que lembrava um grito de agonia. Ele sabia que trouxera um fim àquele horcruxe.
Harry, ao contrário do que esperava, não se sentia cansado. Como que prevendo que o pupilo pediria para continuar, Mahcsid retirou o horcruxe que um dia pertencera à Corvinal e depositou sobre uma outra pedra.
Harry, antes de se adiantar para o objeto, deu uma olhada na diretora, cujos olhos brilhavam.
-Não se preocupe. Não estou cansado. E desculpe ter lido seus pensamentos. Às vezes isso acontece sem meu controle. – adicionou, vendo a surpresa na professora.
O mesmo ritual foi feito. Dessa vez, o garoto estava mais ciente do que fazia e percebeu que começava a controlar seus poderes plenamente. Quando o quarto horcruxe foi destruído, o garoto voltou a ouvir o grito de agonia, só que dessa vez mais forte.
Despediram-se depois de um breve jantar. McGonnagal se dera muito bem com os centauros e ficou impressionada e feliz ao saber que na hora da derradeira luta esses tomariam o partido da luz, o mesmo do Harry Potter e da Ordem da Fênix.
-Parece que está começando a formar um bom número de aliados. É o que Dumbledore faria. – falou a professora, quando se despediram na escada que levava à sala comunal da Grifinória. – e só mais uma coisa.
O garoto se virou interessado.
-Você se importaria de tutorar com Kelly um clube de duelos? Seria feito nos moldes da A.D. e somente para alunos de confiança.
-Sem problema. – respondeu o garoto, depois de pensar por um tempo – mas com a condição de que não seja mais do que duas vezes por semana. Não posso perder muito tempo.
-Entendo. Boa noite. – e se retirou.
Harry subiu para o quarto sentindo-se extremamente feliz. Nem percebera que levara o dia inteiro cuidando das horcruxes. Quando a professora lhe contou que passou mais de horas se concentrando, se assustou. Para ele, foram apenas breves momentos.


N/A - por favor, nao me abandonem... to fazendo o possivel pra escrever, mas vestibular eh jogo duro...

ESPERO MAIS IDEIAS PARA TITULOS... e mais votos e comentarios, eh claro...

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