0 Prólogo



Ao receber o convite para exercer o cargo de auror, no Departamento de Execução das Leis da Magia, Robert Mcguire, às pressas, começa a organizar a mudança de sua família dos Estados Unidos para a Inglaterra, uma vez que não podia correr o risco de perder a oportunidade posta em suas mãos e que tanto almejou por anos.



Mais do que um novo cargo, destinado a investigar crimes pertinentes às artes das trevas, o pai desempenharia um papel cobiçoso na futura guerra que assolaria o mundo bruxo: a fidelização de sua família em defesa do elitismo puro-sangue, incumbência essa que manteria em segredo da esposa Katherine Mcguire, até quando achasse necessário.



Devido à mudança, a sua filha Elizabeth Mcguire precisaria interromper seus estudos na escola de Ilvermorny e ser transferida para Hogwarts em seu 6º ano letivo. A sorte da garota vinha do fato, de que seu pai fora convidado ao cargo no mês de julho, em suas férias letivas da escola e dessa forma não perderia aulas com a mudança.



Lizzie, como era chamada pelos mais íntimos, não sentia descontentamento ao saber que mudaria de instituição, pois não possuía amigos na escola estadunidense, já que seus pais sempre controlavam as pessoas que ela manteria por perto, pois segundo eles, não queriam que a filha se envolvesse com más influências. Sendo aquela família classista, qualquer pessoa que não fosse puro-sangue apresentava ameaças ao “bom comportamento” da filha, que por sua vez, não fazia questão de manter por perto mais pessoas que pensavam como seus pais, já que ela não compartilhava das percepções e preconceitos dos mesmos.



Porém, após o convite que o pai recebera, o discurso de manter relações apenas com puros-sangues mudou completamente. Agora, para os pais, o correto seria que a herdeira mantivesse ligações com todos, sem fazer qualquer tipo de acepção.



No momento daquela fala, Lizzie acompanhou atônita o discurso daqueles, que até uma semana atrás, declaravam apoio à supremacia de sangue e a pressionavam para que concordasse com aquela narrativa descabida e ao invés de ficar feliz com aquela declaração de liberdade, toda aquela mudança comportamental tirou o sono da garota por muitos dias, pois sabia que o preconceito ainda estava vigente entre os pais, e que uma desconstrução daquela magnitude não ocorreria de um dia para o outro.



Alguma coisa estava acontecendo por debaixo dos panos, mas ela não tinha ideia do que se tratava.



A única condição, estipulada pelos pais, fora a necessidade de a filha ser selecionada para a casa da Sonserina, como se ela pudesse ser responsável por aquela escolha.



 


Compartilhe!

anúncio

Comentários (1)

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.