A carta.



"Hermione eu odeio você. Nunca mais se aproxime de mim, espero que você seja feliz nessa vida estupida e medíocre que você leva. Nunca vou perdoa-la por ter entrado na minha vida. Você não me merece, vou encontrar alguém do meu nível. Esqueça-me pra sempre sangue ruim, porque eu já te esqueci.



D.M"



Hermione lia aquela carta e não podia acreditar. Ela tinha passado por cima de tudo, de seu orgulho, da amizade com seus amigos, e principalmente havia deixado Rony pra ficar com ele. Ele que dizia palavras doces, que a fazia sentir o calor e desejo a cada beijo, a cada toque... Ela não podia acreditar que foi tudo uma grande mentira.



Uma única e solitária lagrima pingou de seu olho esquerdo, em seguida ela amaçou a carta com ódio. Ela não conseguia descrever o que sentia naquele momento, só sabia que era algo que ela nunca havia sentido por ninguém antes, nem mesmo por Belatriz. Mas ela sabia que era muito forte e que nunca deixaria de sentir.



Ela então pegou um colar com uma rosa vermelha, uma foto que tinha ela e Draco sorrindo, e todas as cartas que Draco havia mandado pra ela, inclusive a ultima, colocou tudo em uma caixa vermelha e saiu da sala comunal da Grifinoria e foi para fora do castelo. Ela olha em direção ao sol e vê o sol começando a se por. Segue em passos firmes até o campo de quadribol, atrás do vestiário da sonserina, onde ela e Draco deram seu primeiro beijo. Começou a cavar um buraco na terra. Pegou a caixa vermelha e a enterrou. Ela sabia que estava sozinha e que ninguém a ouviria, mas disse mesmo assim.



– Isso é o fim Draco, nosso fim. Você decidiu me tirar da sua vida, e eu decidir tirar você da minha. Nunca mais o olharei com ternura, com carinho, sempre o odiarei com a minhas mais profundas forças. Você será um nada em minha vida, assim como eu sempre fui pra você.



Ela senta no chão e chora, não é um choro de dor , mas um choro de perda, porque ela sabe que do momento em que decidiu tirar Draco de sua vida, ela perdeu algo que nunca mais vai recuperar.



Ela sente os pingos da chuva, já é noite. Olha pro céu e deixa a chuva molhar seu corpo, sentindo como se a chuva estivesse limpando sua alma, mas sabe que isso não vai acontecer, que sua alma nunca mais seria a mesma, ela estava suja por uma sujeira que jamais poderia ser limpa.



Decide voltar para o castelo com as roupas ainda úmidas, e vai como é de costume ao lugar em que se encontra com Draco. Ele a espera.



Ele olha espantado, estranhado o fato de ela está molhada, e com os olhos vermelhos.



Hermione sente seu coração se aperta quando se aproxima lentamente dele.



– Como você ainda tem coragem de vim aqui? –pergunta.



Ele a olha confuso, mas não diz nada.



Ela se aproxima e o esbofeteia com força.



Ele a olha perplexo, com raiva sem entender a atitude da namorada.



– Por que você fez isso?



– Pra você nunca mais brincar com uma mulher novamente. –disse ela sem demonstrar emoção.



– Não sei do que você está falando Hermione. –ele diz ainda sem entender.



– Não me chame de Hermione. Aliás, não me chame de nome nenhum. Nunca mais fale, olhe ou toque em mim de novo. –Disse saindo em seguida o deixando sozinho sem entender coisa alguma.



Até ontem os dois estavam felizes, iam finalmente terminar o ultimo ano, haveria um baile. Finalmente Draco havia se perdoado, estava feliz como nunca antes em sua vida, ao lado da mulher de sua vida. E agora isso. Ele queria descobrir o que aconteceu, mas nenhuma resposta vinha em sua mente.



A noite foi difícil para ambos. Nenhum dos dois conseguiu pregar os olhos. Hermione foi direto para o dormitório sem falar com ninguém. Draco fez a mesma coisa. Quando acordaram, Hermione não quis sair da cama, mas sabia que precisava seguir em frente, ela não deixaria Draco acabar com sua vida.



Ela desceu até o salão comunal da Grifinória, e Gina esperava por ela.



– O que ouve Hermione?



– Nada. Quer dizer, eu terminei com Draco.



– O que? Porque fez isso? – Gina parecia confusa.



– Porque descobri bem tempo o canalha que ele é. –disse.



– Mas você é apaixonada por ele.



– Não sou mais. Agora vamos que vou me atrasar. –disse saindo na frente.



Nas escadas, Draco esperava por ela, de cabeça baixa com seus cabelos loiros sobre os olhos. Ela viu ele se aproximando, ele trazia em seu semblante que não dormia a dias.



– Eu não disse que não queria que você me procurasse mais?



– Mas que quero entender o que aconteceu Mione...



– Não me chame assim... Não tem o que entender, só que eu descobrir o canalha que você é antes que eu pudesse sofrer ainda mais.



– O que eu fiz pra você Hermione, me diz que eu concerto.



– Você existe, isso que você fez de errado. Por mim eu quero mais é que você morra.



Ele a olhou espantado, e disse sem tirar os olhos dela.



– É isso que você quer mesmo?



– Sim. Eu que quero.



– Você não me ama?



– Não. Eu odeio você.



Então ele sentiu uma furia, uma vontade chutar alguma coisa, socar alguém. Mas ao invés disso ele diz:



– Ótimo, porque eu também ti odeio Granger. Ainda bem que o ano finalmente está acabando, para eu poder finalmente nunca mais ter que olhar na sua cara.



– Olha só, finalmente deixamos as mascaras caírem. –disse sarcástica.



Ele não disse nada, a olhou intensamente, se aproximou e a beijou com fúria. Hermione tentava se desvencilhar do beijo, mas ele a segurava com força, ela cansou de tentar resistir, e retribuiu o beijo. Então ele a largou. Ele a olhou, sorriu e disse.



– Espero que tenha gostado e aproveitado o momento, porque essa é a ultima vez que minha boca encosta na sua, Granger.



Ele saiu em passo firmes.



Gina olha a cena chocada, como se tivesse levado um soco no estomago.



– O que aconteceu aqui?



– Só ele provando que é um monstro pior que o pai.



 



                                                                    ....FIM DO CAPITULO....


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