I'm in love with my best frien
Ginny's POV
Eu estou me sentindo tão mal, é como se meu mundo estivesse desabando diante dos meus olhos, na verdade, meu mundo ESTÁ desabando diante dos meus olhos. A questão é que eu sou uma completa estúpida por estar perdidamente apaixonada pelo melhor amigo. Meu nome? Ginevra Molly Weasley, mas se alguém ousar me chamar de GINEVRA eu acabo com o desgraçado, por tanto, todos me chamam de Ginny, exceto uma pessoa, ele me chama de Gin. Devem estar se perguntando quem é ele. Bom, ele é Harry James Potter, meu melhor amigo ao qual eu sempre fui apaixonada e eu tenho certeza que mais uma vez vocês estão se perguntando qual é a diferença, já que eu sempre fui apaixonado por ele, por que só agora meu mundo desabou? Bom, então eu vou explicar: Ele está namorando com a garota que eu mais odeio na face da terra, Cho Chang.
O problema é que Chang e eu NUNCA nos demos bem. Ela quer mostrar, o tempo todo que é melhor que eu em tudo. Isso começou quando éramos pequenas (8 anos), eu era nova na escola e não tinha nenhum amigo, Cho sempre foi muito popular, por ter bastante dinheiro e ser bonita (não vou ser hipócrita e dizer o contrário, porque ela pode ser tudo, mas feia com certeza ela não é), ela foi a primeira pessoa a se aproximar de mim, queria que eu fosse um tipo de "seguidora" dela, ou seja, entrasse pro grupinho (Cho, Pansy e Lilá), só que eu nunca fui uma garota de se preocupar com aparência, também, crescendo no meio de seis meninos, eu faço mais o estilo que brinca na lama sem se importar de se sujar e que gosta de jogar futebol, então eu não aceitei a "proposta de amizade" da Chang, o que a deixou muito irritada e desde então ela faz de tudo para me atingir e se provar superior.
Deu para perceber que minha inimizade com a oriental é antiga né? Bom, e isso foi só piorando com o passar dos anos, só que eu nunca me importei muito, a única coisa que ela fez que realmente me magoou não foi propriamente arquitetada para me atingir, e sim para aumentar a popularidade dela, que foi começar a namorar com Harry, isso com certeza está me destruindo aos poucos, da forma mais dolorosa de todas, se ela soubesse com certeza estaria muito orgulhosa de si mesma nesse momento. Deixe-me explicar melhor, Harry é o garoto mais popular do colégio, todos os garotos querem ser amigos dele e todas as garotas querem ser namoradas dele (com exceção das poucas que acreditam que um namoro deve ser baseado em amor) e é claro que Cho, a garota mais popular, tinha que namorar com alguém a altura. Isso é tão ridículo e tão fútil.
E agora, nesse exato momento, eu estou aqui no meu quarto, chorando e escrevendo como se alguém fosse ler isso, apenas para ver se essa dor desaparece, se esse aperto no meu coração diminui. Afinal, não é como se eu tivesse caído e ralado o joelho, porque isso é só passar uma pomada e fazer um curativo que passa, agora esse tipo de dor que eu estou sentindo não é tão simples nem tão fácil de lidar e isso está me destruindo. E enquanto isso eles estão lá, na festa de Blásio, se acabando de se divertir, eu fui convidada, mas não estou com clima nenhum para fazer essas coisas, eu só quero cavar um buraco e me esconder lá até todos os meus problemas sumirem. Eu sei que tenho que encarar isso de frente, mas é tão difícil, eu não sei se sou forte o suficiente e no momento a única coisa que sei que consigo fazer é chorar, por sorte meus irmãos que ainda moram aqui estão naquela festa e meus pais estão viajando, por tanto não preciso me preocupar em assustar alguém com meus soluços.
ei que estou parecendo uma fraca agora, mas com certeza já teve um momento na sua vida que você não encontrou solução alguma para um problema que te afligia e por mais que tentasse não conseguia parar de chorar, todo mundo já passou por isso, se você não passou, ainda vai passar (não estou desejando mal para ninguém, é só a lei natural da vida). O que pode acontecer é você ser mais forte do que eu e não estar agora sozinha em casa, tão frágil, parecendo mais uma criança de 5 anos, do que uma adolescente de 16.
Ai, droga... A campainha acabou de tocar, devem seus meus irmãos que esqueceram a chave e voltaram para buscá-la. Sequei os rastros de lágrimas do meu rosto e desci em direção à porta de entrada.
- Vocês sempre têm que esqu... - Parei de falar abruptamente quando vi quem estava na porta. - Draco? – Perguntei com os olhos um pouco arregalados de surpresa.
- É... - Ele assentiu - Será que eu posso entrar? - Perguntou um pouco incerto.
- Ah...Er....Claro - Saí do meu estado de surpresa e dei passagem para que ele entrasse, logo em seguida fechei a porta e indiquei o sofá para que ele se sentasse. - E então...? - Depois de alguns minutos de silêncio, o incentivei a começar a falar a razão de estar ali.
- Você não foi à festa, fiquei preocupado - Ele disse olhando para o tapete, sem querer olhar nos meus olhos.
- Não tem que se preocupar, eu só não queria ir a essa festa - Disse sorrindo tentando soar confiante, acho que não tive sucesso porque pela primeira vez desde que chegou ele olhou em meus olhos.
- Você estava chorando - Aquilo não foi uma pergunta, foi uma afirmação.
- Não, eu não estava, da onde você ti... - Ele não me deixou continuar.
- Ah, qual é Ginny? Não minta para mim! - Exclamou ele um pouco bravo.
- Ai que droga Draco. Eu estava chorando, pronto, é isso que você queria ouvir? - Disse eu com uma certa raiva e tristeza.
- Não Ginny, eu não queria ter que ouvir isso nem ver isso - Ele tocou com as costas da mão meu rosto, perto dos meus olhos que provavelmente estavam vermelhos. - Quer me contar o porquê disso?
- Draco, eu não quero falar sobre isso, ok? - Falei tentando não voltar a chorar de novo.
- Tudo bem se não quer me contar não precisa, mas saiba que você não precisa ser forte o tempo inteiro - Aquilo foi o suficiente para que eu desabasse, abracei-o pelos ombros e comecei a chorar deitada em seu ombro. Draco acariciou meu cabelo e proferiu palavras de conforto para tentar me acalmar. Ficamos assim por muito tempo, não sei ao certo quanto, às vezes é bom ter alguém que você possa se apoiar, um ombro que você possa chorar, e quando não era Harry que fazia isso, era Draco; no caso, não era possível ser o primeiro, já que ele era justamente a causa das minhas lágrimas. Ficamos em silêncio por um tempo, depois que meus soluços e minhas lágrimas sessaram eu não tive coragem de soltar Draco, pois sabia que se o fizesse teria que encará-lo nos olhos e eu não estava pronta para isso.
- Ele não merece que você o ame - Aquilo me atingiu em cheio, no fundo eu sabia que Draco tinha conhecimento dos meus sentimentos “não-fraternais” por Harry, mas eu não queria acreditar naquilo, a verdade é que mesmo que eu queira negar Draco me conhece muito bem, só não tão bem quanto ele. Desencostei-me de seu ombro para poder olhá-lo, não poderia fugir para sempre, respirei fundo tomei coragem e falei:
- Draco, eu... - O loiro me interrompeu de novo
- Não! Você não precisa dizer se não quiser, não precisa se explicar nem nada do tipo, eu nunca cobraria isso de você, só queria que tivesse me dito isso, que eu não tivesse que descobrir sozinho, como todas as outras coisas - A mágoa com que ele falou aquilo era quase palpável.
- Draco, me desculpe, não sabia que você se sentia assim - Pedi sincera.
- Tudo bem - Ele sorriu fraco - É só que depois que você e Harry viraram melhores amigos, eu fiquei em segundo plano na sua vida, você nunca pensaria em mim e se esqueceria dele, mas você sempre se esquecia de mim e pensava nele. Não estou dizendo que você deveria deixá-lo para trás, nem nada do tipo, mas você sempre se importou com ELE, com o que ELE pensava, com o que ELE sentia que se esqueceu dos MEUS sentimentos, do que EU pensava. Você se esqueceu de mim - Terminou com um sussurro, imaginei que falar doeu tanto quanto ouvir aquilo.
- Draco, eu não me esqueci de você, eu nunca me esqueceria de você, depois de Harry, você é meu melhor amigo.
- Ele riu sem emoção. - 'Tá vendo Ginny? Depois dele, eu sempre vou estar em segundo plano pra você - Falou amargo e triste. E foi aí que eu me dei conta de que não conseguia colocar Draco na frente de Harry e nem ao menos, ME colocar na frente do moreno, ele sempre seria meu primeiro plano.
- Desculpe, mas... Harry é mais importante pra mim do que eu mesma, por mais que isso pareça impossível - Foi difícil dizer aquilo, mas Draco estava sendo sincero comigo e achei que tinha obrigação de ser sincera com ele também.
- Gi... - Suspirou - Isso tem que parar -Falou aquilo mais como uma ordem do que um conselho - Não é saudável o que está fazendo, ele não pode ser a sua razão de viver, você precisa viver por VOCÊ e não por ELE.
- Eu sei - Foi a única coisa que eu consegui sussurrar naquele momento, o loiro, por sua vez, me abraçou, ato que eu retribuí, por mais que nesses últimos anos eu tenha meio que deixado Draco de lado, quando eu precisei ele sempre esteve lá PARA mim e POR mim. E isso me fazia perceber o quão egoísta eu sou, o que fazia com que eu me sentisse pior ainda. Não sei ao certo quanto tempo ficamos assim, abraçados, na mesma posição em um silêncio que não era constrangedor e sim reconfortante, eu estava pensando em tudo que ele me disse e ele percebeu que eu precisava desse tempo, por isso não quebrou o silêncio, só me reconfortou como o ótimo amigo que ele era.
Às vezes eu fico pensando no porque de ter me afastado de Draco. Antes da família Potter chegar à cidade, ele era meu melhor amigo, contávamos tudo um para o outro, brincávamos juntos, mas então Harry chegou, eu tinha 10 anos, e o loiro, assim como o moreno, tinha 11, os novos vizinhos se mudaram para a casa da frente; eu e Draco, curiosos como éramos, fomos dar boas vindas, minha mãe tinha feito uma torta, ela sempre recebe bem novos moradores, foi nesse dia que conheci Harry, e nos tornamos melhores amigos um tempinho depois, não tem como explicar era como se já nos conhecêssemos, nos demos bem logo de cara. Não que eu tenha deixado de falar com Malfoy, ou que Potter não falasse com ele, na verdade eles eram e ainda são grandes amigos, porém é como eu já disse, Harry tornou-se insubstituível para mim e Draco acabou ficando para trás, não me entendam mal, eu não queria isso, mas nossas escolhas têm consequências e nem sempre elas são boas.
Draco's POV
Fiquei abraçado com ela por bastante tempo, Gi precisava de um ombro para desabafar e eu estava me sentindo mal por ela, a coisa que eu mais odeio é ver Ginny chorar, ainda mais por causa de um garoto. Harry é um dos meus melhores amigos, mas isso não muda o fato de nesse momento eu estar com uma raiva descomunal dele por fazê-la chorar, claro que ele não fazia a mínima ideia de que ela estava desse jeito, mas caramba, afinal de contas não é ELE o melhor amigo dela, não é ELE que deveria saber o que se passa com ela? Tudo bem que desde que ele se mudou para cá, a Weasley, literalmente me trocou pelo Potter, mas eu não consigo sentir raiva dela, é impossível, ela é tão doce, tão meiga, tão delicada e isso não a torna uma garotinha indefesa, por mais que ela realmente esteja parecendo com uma agora, ela não é, e eu a conheço muito bem para errar a respeito de algo assim.
- Obrigada Draco - Ela sussurrou tão baixinho que se eu não estivesse tão perto não teria escutado - Por tudo - ela acrescentou um pouquinho mais alto dando um sorriso de agradecimento, pequeno, mas sincero. Eu sorri meio bobo de volta, é incrível como ela tem essa capacidade de me deixar bobo com um simples sorriso, com uma simples ação, é simplesmente impossível ficar bravo com essa garota, porque sempre que acontece, ela simplesmente sorri ou pede desculpas do jeito que só ela tem e já amolece meu coração. Tá, eu sei que estou fazendo um papel ridículo de apaixonado, mas o que eu posso fazer se essa ruiva mexe comigo de um jeito que eu nem ao menos consigo explicar?
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