CAPÍTULO 2 - EXPLICAÇÕES, AUTÓ
CAPÍTULO 2
EXPLICAÇÕES, AUTÓGRAFOS E CONFUSÕES
Os dois irmãos apareceram em frente à porteira da entrada da propriedade Weasley, abrindo-a e seguindo pelo caminho, até chegarem próximo à casa. Ao chegarem, a porta abriu-se e saíram dois ruivos, um deles um pouco mais alto do que Harry e a outra uma garota cujos cabelos pareciam uma cascata cor de cobre a esvoaçar à volta de seu rosto.
Ela correu em direção a Harry, que também correu em direção a ela. Quando Gina aproximou-se mais, ele percebeu que ela não vinha com os braços abertos para abraçá-lo, mas sim com os punhos cerrados. Antes que fosse dolorosamente atingido pela namorada, Harry agarrou-a pela cintura e, com a força do Ki, lançou a ruiva para cima, fazendo com que ela alcançasse uns dez metros de altura. Em seguida, saltou e abraçou-a, ao atingirem uns seis metros, dando-lhe um beijo e utilizando o Bukujutsu para descer com ela nos braços, como se fosse por uma escada, pousando suavemente no chão, diante dos olhos espantados de Rony e Algie. O ruivo, depois de respirar fundo, encarou o amigo, com um olhar severo.
_Muito bem, senhor Harry Potter. Acho que o senhor nos deve algumas explicações, a começar por essa exibição de Ki e Bukujutsu com a minha irmã.
_Com prazer, Rony. Para começar, fiz isso porque não podia deixar que Gina me acertasse, pois seria difícil contar tudo o que aconteceu com a boca inchada.
_Vassoura despenteada dos infernos! _ sussurrou Gina ao ouvido de Harry, que ainda a segurava, aparentemente abraçado à ruiva mas na verdade imobilizando-a, por precaução _ Por que foi que você não deu nenhuma notícia durante todas as férias?
_Já vou explicar tudo, pequena leoa. _ sussurrou Harry, ao ouvido de Gina, de forma carinhosa e, cuidadosamente, soltando a ruiva _ Bom, gente, vou contar tudo e é bom que estejamos só nós, pois não seria bom que seus pais ouvissem o que rolou. Na verdade, minha correspondência para vocês e a de vocês para mim foi interceptada por...
BANG!!! Um estouro e um ônibus roxo de três andares surgiu logo à frente dos quatro. De dentro dele, saiu uma garota de fartos cabelos castanhos e olhar firme.
_Mione! Que bom te ver! _ exclamou Harry.
_Pois sim! Vá tratando de ter uma ótima explicação para não ter dado sequer um telefonema, seu safado! Nem o Rony, que é um baita distraído, deixou de dar notícias!
_Mas era exatamente o que eu estava começando a dizer ao Rony e à Gina, antes de você desembarcar do Nôitibus Andante. Aliás, que tal a viagem no “Expresso Sacolejo”?
_Não é algo para ser repetido com muita freqüência, gente. Vai falando, Harry.
Harry e Algie contaram tudo o que havia acontecido, detalhando a conversa que tiveram com Dobby, na noite anterior.
_Nossa! E ele foi lá para avisá-los de algum grande perigo? Acreditam que ele tenha sido sincero? _ perguntou Rony.
_Sim. Elfos domésticos não costumam mentir para humanos, é uma característica deles. _ disse Algie.
_Então foi ele quem segurou toda a nossa correspondência e interferiu nas ligações telefônicas? Mas como é que ele conseguiu? _ perguntou Gina.
_Os poderes dos elfos domésticos costumam ser bastante subestimados, Gina. _ respondeu Hermione _ Basta dizer que eles conseguem aparatar e desaparatar em lugares com bloqueios como, por exemplo, Hogwarts. Eu acredito que ele tenha ido te procurar por conta própria, Harry. E agora resta descobrir que tal perigo é esse.
_Mas como foi que nossos pais nem notaram que nossas comunicações estavam sendo interrompidas? _ perguntou Rony _ Ainda mais pelo fato de papai e Tiago Potter cruzarem-se com relativa freqüência, durante o trabalho, lá no Ministério?
_Bem, nossos pais são bastante discretos quanto à nossa correspondência, pois os dois acreditam no direito de cada um à sua privacidade, desde que não seja nada de grave, sempre foram assim. _ disse Algie _ Por outro lado, levando em consideração o que a Mione disse, pode ser que Dobby tenha utilizado um Feitiço de Confusão leve, para que eles sequer dessem importância a esse fato e assim não nos perguntassem nada.
_É bem possível. Algie. _ disse Hermione _ Mas acho que seria melhor falar com seu pai, Harry.
_Melhor não, Mione. _ disse Algie _ Harry e eu chegamos a cogitar essa possibilidade, mas concluímos que seria melhor não dizermos nada a ele, por enquanto.
_Por que?
Algie e Harry explicaram à amiga as razões pelas quais resolveram não dizer nada a Tiago Potter.
_O que vocês disseram tem uma certa lógica. Está bem, estou com vocês, mas só se falarem mesmo com Tiago e os Aurores, se a coisa ficar muito perigosa. E precisaremos ficar alertas o tempo todo, para tentarmos descobrir qualquer pista de qual é essa trama das Trevas.
_Bem falado, Mione. E é certo que precisaremos. _ disse Rony, abraçando a namorada _ Agora, vamos entrar logo, senão a minha mãe vai estranhar por que ainda estamos aqui fora.
Os cinco entraram e foram calorosamente recepcionados por Molly e Arthur Weasley.
_Bom dia, Harry. Bom dia, Algie. _ disse Arthur _ Fizeram uma boa viagem?
_Fizemos, Sr. Weasley. _ respondeu Harry _ A Chave de Portal foi muito bem preparada.
_Que bom. Quando não são bem preparadas, costumam dar muita tontura.
_E quanto ao carro, Sr. Weasley? _ perguntou Algie _ Como estão os trabalhos de Tecnomagização?
_Ah, meninos, finalmente consegui resolver o último problema. Agora ele está ótimo, aquele lindo Ford Anglia 1961.
_E que problema era, Sr. Weasley? _ perguntou Harry.
_Bem, estava havendo uma incompatibilidade entre o Comando de Vôo e o Multiplicador de Invisibilidade. Eu não estava conseguindo fazê-los funcionarem juntos, mas agora está tudo certo e o carro já pode ficar invisível enquanto voa. Eu tive de utilizar uns feitiços bem fortes e também contei com a ajuda de Fred e Jorge. Mas acho que acabei exagerando em alguma coisa.
_E o que foi, Sr. Weasley? _ perguntou Harry, abraçado a Gina.
_Por vezes me parece que o carro desenvolveu personalidade própria, está vivo.
_Mesmo, papai? _ perguntou Gina.
_Sim, filha. Bem, não contem nada à sua mãe, OK?
_Tudo bem, papai. _ disseram Gina e Rony.
_E cadê o Percy? _ perguntou Algie.
_Tem passado mais tempo no quarto do que em qualquer outro lugar. A mamãe até brinca, dizendo que ele deve estar escrevendo suas memórias. _ disse Fred.
Antes do almoço, Harry e Gina foram dar um passeio e, na volta, pararam e sentaram-se à sombra de uma árvore.
_Harry, me desculpe. Quase acabei te acertando, sem que você tivesse culpa de nada.
_Deixa para lá, Gina. Eu também fiquei furioso com Dobby, quando ele me mostrou as cartas (“Se bem que eu fiquei mesmo foi com muito medo, quando vi que você vinha disposta a me socar”, pensou o bruxinho).
_Se tudo o que Dobby falou for verdade, então você e Algie estão em perigo. Isso me deixa preocupada. _ disse a ruiva, beijando de leve os lábios do namorado.
_Fique tranqüila, Gina. _ disse Harry _ Vamos dar atenção aos problemas quando eles se apresentarem. Mudando de assunto, como estão suas expectativas quanto a Hogwarts? Para qual Casa acha que vai?
_Olha, se a tendência familiar for mantida, deverei ir para a Grifinória, como todos os Weasley. Bem... houve uma que foi para a Sonserina, mas ela é filha adotiva do meu tio, Brandon.
_Ah, sim, Rony já me falou de Mafalda, sua prima pelo lado materno que foi adotada por Brandon Weasley.
_Ela mesma. Foi para a Austrália e agora ela estuda na Ayers Rock.
Na varanda, Rony e Hermione conversavam, sentados em um banco.
_Desculpe, Mione. Talvez eu não tenha escrito com a freqüência adequada.
_Não, Rony. Não tem problema. Só o que você escreveu já é o bastante. Não havia necessidade de cansar as corujas.
_Obrigado. Sabe, eu fico tão preocupado em não corresponder ao que você espera de mim.
_Aah, Rony! _ exclamou Hermione _ Sabe o que é que eu espero de você?_???
_Que você continue a gostar de mim tanto quanto eu de você, ora. Não fique tentando corresponder a expectativa alguma, basta que seja você mesmo, que é o cara de quem eu gosto. _ e Hermione beijou Rony.
Na sala, Algie e os gêmeos conversavam sobre Tecnomagia.
_É um ramo relativamente novo, Algie, pois os bruxos ainda são muito relutantes em aceitar equipamentos eletrônicos. _ disse Jorge.
_Sem contar que, dependendo do lugar, a concentração de energia mágica pode pifar o aparelho. _ comentou Fred.
_Então em Hogwarts qualquer equipamento eletrônico derreteria.
_Isso se não fosse a Tecnomagia. Papai foi um dos pioneiros, ao enfeitiçar objetos trouxas, de brincadeira, para tentar adaptá-los para uso bruxo.
_Tudo meio debaixo dos panos, é claro. _ disse Fred _ Na época ele ainda não era chefe do Departamento de Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas, portanto não podia fazê-lo abertamente. Depois que assumiu a chefia, podia enfeitiçar artefatos trouxas, a título de pesquisa, embora a Tecnomagia somente tenha sido aprovada há mais ou menos uns dois anos atrás.
_Tipo o aparelho de TV que ele trouxe, no último Natal?
_Isso, Algie. E também um projetor de cinema, que ele enfeitiçou para que pudesse funcionar sem eletricidade, antes que as linhas chegassem até a Toca. Ele passou vários filmes e Gina adorou os musicais.
_Então, quer dizer que vocês não descartam a possibilidade de trabalharem com Tecnomagia, paralelamente aos logros?
_Sim, pensamos em conciliar as duas carreiras. Inclusive, acreditamos que a Tecnomagia poderá ter uma grande aplicação na Informática. Sinto que os computadores poderão adaptar-se muito bem aos Feitiços Tecnomágicos.
_O almoço está na mesa, gente! _ avisou Molly Weasley. Todos dirigiram-se à mesa, para saborearem sua excelente comida, uma vez mais.
Passados alguns dias, logo precisaram ir ao Beco Diagonal, a fim de adquirirem o restante do material e encontrarem-se com Tiago e Lílian, que acompanhariam Edward e Elaine Granger, os pais de Hermione. Sabendo que usariam pó de Flu, Harry tratou de prevenir-se, tomando um comprimido de Dramin, na noite anterior. Assim evitaria vertigens bem desagradáveis.
Na grande lareira dos Weasley, as chamas crepitavam. Molly lançou um punhado de pó de Flu e elas logo ficaram verdes. O primeiro a entrar foi Rony, que logo tratou de dizer o destino, de forma bem clara.
_BECO DIAGONAL! _ as chamas verdes aumentaram e o ruivinho desapareceu. Em seguida, foi a vez de Harry. Mas um fragmento de cinza fez cócegas no seu nariz e o resultado foi...
_BECO DIAG... ATCHIM!!... DIAGONAL!! _ e Harry também desapareceu.
_Acredito que ele não vai sair no Caldeirão Furado, depois daquele espirro que deu. _ comentou Fred.
_Tem razão, filho. _ disse Arthur _ Vamos tratar de procurá-lo, assim que chegarmos.
Um a um foram entrando na lareira e transportando-se para o Beco Diagonal.
Harry saiu por uma lareira velha e com sinais de há muito tempo não estar sendo usada, em um cômodo mal iluminado e com aspecto mofado. Percebeu que uma das lentes dos seus óculos estava trincada.
_Aah, praga! Eu é que não vou perder tempo indo a uma ótica. Como estou em um local do Mundo Mágico, ninguém perceberá se eu consertá-los _ murmurou Harry para si mesmo, sacando a varinha _ “Reparo.” Afinal, os Monitoradores de Energia Mágica do Ministério podem detectar que um feitiço foi executado, mas não quem o executou. (“Agora é melhor tratar de sair daqui, pois não estou gostando nada deste lugar. Aposto um galeão como acabei vindo parar, por engano, em algum ponto da Travessa do Tranco e não pega nada bem para um bruxo ser visto neste antro de Trevosos”, pensou ele).
Com os óculos consertados e limpos, Harry Potter prestou mais atenção ao local onde estava. Os objetos mais horrorosos possíveis, tipo punhais e outras armas, caveiras, colares amaldiçoados, Tsantsas, artigos de Vodu e frascos que, certamente, continham poções proibidas e venenos terríveis deram a ele a certeza de que estava em uma loja que comercializava artigos para Artes das Trevas (“Parece um verdadeiro circo de horrores”, pensou o bruxinho). Quando se dirigiu para a saída, viu algo que o fez recuar e procurar um local para esconder-se, logo encontrando um, dentro de um sarcófago vazio.
Ninguém menos do que Lucius Malfoy estava entrando na loja, sobraçando uma caixa. Acompanhando-o, com uma expressão de má vontade, estava Draco. Ao abrirem a porta, uma campainha soou e um homem de aspecto desagradável, com os cabelos fixados para trás com o que parecia ser uma quantidade industrial da brilhantina mais barata e vagabunda possível, aproximou-se, esfregando as mãos.
_Sr. Malfoy! Há quanto tempo o senhor não adentra esta loja!
_Há uns dois ou três anos, mais ou menos, Sr. Borgin. Não pega nada bem para um bruxo na minha posição ser visto na Travessa do Tranco.
_E o jovem Sr. Malfoy veio junto. Bom dia.
_Bom dia, Sr. Borgin. _ disse Draco, olhando para os objetos da loja, entre fascinado e contrariado.
_E o que o traz aqui, Sr. Malfoy? _ perguntou Borgin.
_O Ministério tem intensificado inspeções-surpresa em residências bruxas, principalmente nas daqueles que tiveram alguma relação com a Ordem das Trevas, no passado. Remexendo em um cômodo da Mansão Malfoy, encontrei esta caixa, com algumas coisas que poderiam me comprometer. E o senhor sabe, Sr. Borgin, que devo manter limpo o nome da família. Já chega o que passamos quando o Lorde foi derrotado, o inquérito, o julgamento e, mesmo com a absolvição, ainda pairam suspeitas sobre o nome dos Malfoy.
_E o que há na caixa?
_Alguns venenos raros e caros, dos quais quero me livrar. Avalie o conteúdo e faça sua oferta, Sr. Borgin.
Por uma fresta na tampa do sarcófago, Harry viu o Sr. Borgin verificando os frascos, contente com o que via.
_Excelente material, Sr. Malfoy. Me faz lembrar de tempos nos quais seu uso era mais frequente.
_Outros tempos, Sr. Borgin, nos quais certas coisas eram bastante valorizadas, tais como tradição, berço e pureza do sangue. Coisas que muitos acabam esquecendo, hoje em dia.
_Não eu, Sr. Malfoy. O senhor me conhece o bastante para saber que eu não me esqueço delas.
_Eu sei, Sr. Borgin. Infelizmente, me parece que a pureza de sangue, principalmente, está sendo pouco valorizada. Basta ver a quantidade de alunos nascidos trouxas em Hogwarts, graças a Deus e a Merlin que não na Sonserina. Inclusive, há uma na Grifinória que te colocou no bolso, não foi, Draco?
_Hermione Granger. _ disse Draco, suspirando _ Uma garota nascida trouxa que parece ser a reencarnação de Albert Einstein, com algum parentesco com Stephen Hawking. Nunca vi alguém que pudesse ficar tanto tempo com a cara enfiada nos livros, sem sentir cansaço algum. E não faz feio na execução de feitiços.
_Ouvindo você falar, filho, até parece que sente inveja dela.
_Inveja, propriamente, não. Mas muita gente daria um braço para ter as notas dela. Não eu, pois as minhas não são ruins. Além disso, um Malfoy jamais sentiria inveja de um trouxa, apesar da Granger ser um crânio.
_Este é o meu garoto. _ disse Lucius _ Conhece os costumes e a tecnologia dos trouxas, mas não se deixa contaminar por eles.
_Eu soube que o jovem Sr. Malfoy é bastante bom com aquelas engenhocas trouxas, os tais de “capotadores”. _ disse Borgin, enquanto entregava a Lucius uma grande bolsa, cheia de galeões.
_ “Computadores”, Sr. Borgin. Sim, sei lidar com eles, inclusive para auxiliar na administração dos negócios de fachada do meu pai.
_Ah, sim, a empresa de importação e exportação. Com isso os Malfoy possuem até mesmo certa projeção no mundo trouxa. É duro admitir, mas atualmente somos obrigados a interagir com eles, até certo ponto. Mudando de assunto, Sr. Malfoy, vejo que o senhor tem em mãos um outro objeto bem interessante. Eu poderia vê-lo?
_Pode, aqui está. _ disse Lucius.
_Dou dois mil galeões por ele, Sr. Malfoy.
_Lamento, Sr. Borgin, mas ele não está à venda. _ disse Lucius, tirando o objeto das mãos de Borgin. De onde estava, Harry não tinha um bom ângulo de visão para identificar o que era. E nem poderia, pois Lucius rapidamente guardou a coisa em um bolso interno das vestes _ Bem, foi um prazer negociar com o senhor, Sr. Borgin. Vamos indo, Draco.
Os Malfoy saíram da loja e Harry ouviu Borgin murmurar para si mesmo, enquanto ia para os fundos da loja:
_Pois eu sei que o senhor voltará, Sr. Malfoy. Estou certo de que virá muito mais de onde veio esta caixa.
Quando Borgin desapareceu, Harry saiu de dentro do sarcófago e abriu a porta com cuidado, evitando tocar a campainha e vendo o letreiro da feia loja, onde lia-se “Borgin & Burke’s – Artigos de Magia”. Ganhou a rua e cobriu a cabeça com o capuz de suas vestes, a fim de não ser reconhecido, já que Harry Potter seria um valioso prêmio para qualquer um dos bruxos mal-encarados que circulavam pelas vielas estreitas. Quando já estava quase saindo na rua principal do Beco Diagonal, trombou com algo que parecia uma muralha.
_Harry! Mas o que você faz por aqui? _ sussurrou Hagrid.
_Hagrid, que bom te ver. _ sussurrou Harry de volta _ Uma bobeira com o pó de Flu, espirrei enquanto dizia o destino e vim parar aqui, na Travessa do Tranco. Estava tentando chegar à rua principal. E você, o que faz aqui?
_Vim comprar repelente para lesmas carnívoras. Um dos ingredientes é um veneno fortíssimo, que não é vendido em lojas regulares, então eu fui obrigado a entrar na Travessa do Tranco, para encontrá-lo. Já o comprei, então vamos sair daqui, pois qualquer um dos freqüentadores deste valhacouto de bandidos adoraria ter a cabeça de Harry Potter pregada na parede.
Rúbeo Hagrid e Harry Potter saíram para a luz da rua principal e logo chegaram à frente da Floreios & Borrões, onde os Weasley e os Potter agrupavam-se, preocupados. Até que...
_Vejam! _ exclamou Percy _ Lá está Harry, vindo com Hagrid.
_Onde é que você estava, filho? _ perguntou Tiago _ Molly me disse que você acabou espirrando, enquanto dizia o destino.
_Sinceramente, papai, eu não gostaria nem um pouco de repetir essa viagem. Acabei indo parar na Travessa do Tranco e estava saindo de lá, quando esbarrei em Hagrid.
_De todos os lugares do Beco Diagonal, você foi parar no pior deles. Mas agora você está a salvo. _ disse Lílian, abraçando o filho _ Vamos ver os últimos livros para vocês.
_Que fila enorme é essa, na frente da Floreios & Borrões, mamãe?
_Ora, lembra-se do que falamos em casa? Gilderoy Lockhart está aqui, autografando sua autobiografia. _ respondeu Lílian _ Vamos entrar?
Entraram e foram às estantes, ver os livros que ainda faltavam. Harry viu os Weasley escolhendo os livros na seção de materiais de segunda mão e aquilo lhe apertou o coração. De bom grado ele e os pais ajudariam os Weasley na compra dos livros, mas sabiam que a honra da família não permitiria que aceitassem. Quando passou perto do estrado onde Lockhart estava autografando, o bruxo escritor olhou para ele e levantou-se, vindo até onde Harry estava e pegando-o pelo braço.
_Não posso acreditar que Harry Potter esteja aqui. _ e, para a assistência, dirigiu-se, em tom mais alto _ Vejam, senhoras e senhores, por uma feliz coincidência, o jovem Harry Potter veio à procura dos meus livros, que foram incluídos como literatura paradidática de Defesa Contra as Artes das Trevas, em Hogwarts. E eu anuncio que ofereço a ele, gratuitamente, TODA a minha coleção. Venha, Harry. Uma foto de nós dois juntos é primeira página do Profeta Diário, com certeza.
E empurrou uma pilha de livros para Harry, enquanto um fotógrafo espocava o flash de sua câmera e tirava uma foto.
_Uau, Harry! _ disse Gina _ Toda a coleção de Gilderoy Lockhart! Esses livros são uma fortuna.
_Fique com eles, minha querida. _ disse Harry _ Eu não tenho a menor intenção de ficar alimentando o ego daquele pavão. Peça para que Mione sonde o Ki dele e saberá do que estou falando.
_Creedo! _ disse Hermione, após fazer o que Gina pediu _ Já vi que trocar esse cara por estrume de dragão ainda dá lucro. Que sujeitinho mais vazio!
Alheio aos comentários de Hermione, Gilderoy Lockhart continuava a autografar livro após livro, levantando a cabeça de vez em quando e exibindo seu sorriso brilhante de dentes alvíssimos para os fãs, principalmente as mulheres. Porém, em uma dessas vezes, deu de cara com Tiago, que olhava diretamente para ele. Imediatamente o sorriso morreu nos seus lábios e ele baixou a cabeça, continuando a autografar.
Tiago começou a rir, acompanhado por Sirius, que havia chegado à livraria, com Ayesha e Soraya e por Snape, que também viera comprar os livros de Nereida, com Rosmerta. Embora a convivência entre Tiago e Severo sempre fosse meio tensa, ambos portavam-se de forma mais ou menos cavalheiresca, havendo espaço até para pequenas gozações.
_Bambi, eu acho que ele ainda não se esqueceu das urtigas-bravas que você fez brotar das orelhas dele, certa vez. _ comentou Snape.
_Muita gente não esquece dos aprontos dos Marotos, Narigudo. Principalmente as vítimas. _ disse Tiago _ E vê se maneira com essa história de “Bambi”, por dois motivos: Pega mal para mim e não é bom muita gente saber sobre a nossa Animagia. Entendeu, “Batman”?
_Como descobriu?
_Já te vi sair voando, algumas vezes, lá em Hogwarts.
_OK, Potter, você venceu. _ disse Snape _ Eu não abro minha boca, se você não abrir a sua.
_Tudo bem, Snape. Mas aí vem um que, se fosse um Animago, seria uma lombriga.
_Sou forçado a concordar. _ disse Snape _ Fomos colegas de Casa em Hogwarts, mas ele conseguia ser irritante, até para sonserinos.
Lucius Malfoy vinha em direção à livraria, para encontrar-se com Draco.
Draco Malfoy estava no segundo andar da livraria. Logo após a foto em que Harry posou junto a Lockhart, contra a vontade, o loiro desceu as escadas e acabou cruzando com Harry e Gina.
_Oi, Harry. Mas nem quando você vem comprar os livros escolares a mídia bruxa te deixa em paz?
_Mais ração para o ego do tal de Lockhart. Para ele, uma foto com um membro da “Família-Que-Sobreviveu” conta muitos pontos de publicidade.
_Está acompanhado, Harry? É sua namorada, de quem já me falaram, não é? Sou Draco Malfoy, da Sonserina (e Draco assumiu um ar de orgulho e pompa, de uma forma tão fingida e afetada, que os três não resistiram e começaram a rir). E você, mesmo que eu não soubesse quem é, logo adivinharia. Ruiva, sardas, olhos verdes, não pode ser ninguém menos do que Gina Weasley. Lembro-me de tê-la visto, de relance, na Plataforma 9 ½, no ano passado.
_Desculpe se não tenho tão boa impressão de você, Malfoy. Embora eu já o conheça de nome, a sua família eu conheço de nomes. E nem todos eles agradáveis de se ouvir. Principalmente porque seu pai, sempre que podia, tentava sacanear o meu, no Ministério.
_Já me falaram bastante, também, sobre sua personalidade extremamente forte e pela sua sinceridade contundente. É, meu pai é assim. Eu procuro não ser tanto quanto ele. _ disse Draco enquanto, disfarçadamente, Harry sondava seu Ki, preocupado depois de tê-lo visto na Borgin & Burke’s. Satisfeito, o bruxinho descobriu que não mudara nada, desde o final do ano letivo anterior _ Mas, mudando de assunto, viu a Pansy por aí?
_Pansy Parkinson, filha do maior acionista da Rede Radiofônica dos Bruxos, Whitmore Parkinson? _ perguntou Gina _ Creio que a vi, com os pais, indo para a Sorveteria Fortescue, com o material deste ano, me parece. Procurando por ela, Malfoy?
_Pelo contrário, Weasley. Estou evitando que Pansy Ashley Parkinson grude em mim, vindo para o último lugar em que ela me procuraria, um lugar cheio de livros didáticos. Se estão com o material, significa que não voltarão aqui e assim ela não gruda. Gosto dela, mas não o bastante para um compromisso.
_Ela ainda leva a sério aquele acordo que você me disse que seu pai e o dela fizeram, pouco depois de vocês nascerem, Draco?
_Ainda, Harry. Ela não se toca de que estamos quase no final do Século XX e que casamentos arranjados ficaram no passado. Pansy não é feia nem burra, pelo contrário. Ela só não gosta de estudar de forma acadêmica.
_Lembra um pouco o Rony. _ disse Gina _ Sabemos que ele estuda, mas não o vemos pegar nos livros. Se não me engano, Malfoy, é o seu pai que vem vindo aí.
_Acho que já está na hora. Bem, vou indo. _ disse Draco.
Mas Lucius não parecia querer ir embora, ainda. Vendo Harry e Gina com Draco, aproximou-se.
_Draco, sua mãe está esperando por nós, lá no Salão Tesouras Encantadas. Creio que está na hora de irmos... ora, ora, Harry Potter! Vimo-nos por tão pouco tempo no ano passado, lá na Plataforma 9 ½ e você estava usando um boné. Por isso não pude ver a sua cicatriz. Sabe, ela é tão famosa na Bruxidade quanto o bruxo que a fez. _ disse Lucius, olhando fixamente para a cicatriz de Harry.
_Muitos dizem isso, Sr. Malfoy. Realmente, Voldemort era muito poderoso, um grande bruxo, embora do mal. Mas nada nega o fato de que era um assassino, que mandou matar ou matou pessoalmente muitas pessoas. Ainda é um mistério como minha família escapou mas, como eu disse, Voldemort não deixa de ser um assassino (“E quanto ao senhor, Sr. Malfoy, se eu já tinha alguma suspeita sobre se o senhor ainda possuía algum envolvimento com o outro lado, desde que o vi mancando depois daquela tentativa de atentado contra mim, no ano passado, o fato de tê-lo visto naquela loja da Travessa do Tranco só fez com que aumentassem”, pensou Harry).
_E você não tem medo de dizer o nome dele, Harry? _ perguntou Lucius, meio espantado _ Quase toda a Bruxidade borra-se de medo ao ouvi-lo.
_Acreditamos, Sr. Malfoy, que o medo de um nome só serve para aumentar o medo da coisa. _ disse Hermione, entrando na conversa _ E o medo é uma arma poderosa, usada por muitos tiranos, no decorrer dos séculos. Mas eu sei que minha língua não vai cair se eu falar o nome dele.
_Srta. Hermione Granger, eu presumo. Draco já me falou de você, inteligentíssima e de origem trouxa. _ a última palavra foi proferida por Lucius com certo acento de desprezo, o bruxo alto e loiro olhando para Edward e Elaine Granger, que conversavam com Arthur, a certa distância. Então, Lucius olhou para Gina e mediu a garota de cima a baixo _ Quanto à senhorita, posso identificá-la facilmente. Ruiva e com livros de segunda mão, só pode ser uma Weasley, com certeza a filha mais nova de Arthur, acertei?
Enquanto dirigia-se daquela maneira a Gina, Lucius Malfoy pegou seus livros no caldeirão e passou a examiná-los, atentamente. Nesse meio tempo, Arthur afastou-se dos Granger e aproximou-se.
_Lucius Malfoy, creio que você deve estar com tempo de sobra, para ficar incomodando minha filha e seu namorado.
_Ora, eu não sabia que os dois estavam namorando. Sinto muito se a ofendi, Srta. Weasley. _ disse Lucius de um modo nada convincente, enquanto devolvia os livros ao caldeirão da garota _ Arthur, meu caro, você está com uma cara cansada. Pelo que vejo não são apenas os Aurores que estão realizando inspeções-surpresa, parece que o seu Departamento está trabalhando demais. Seria bom solicitar pagamento de horas-extras.
Vendo que a situação não iria terminar bem, Tiago, Sirius e Snape aproximaram-se.
_É o bastante, Lucius. E trabalhar não cansa. Bem, creio que estou falando com a pessoa errada, pois você jamais precisou bater cartão de ponto na vida.
_É o ônus de pertencer a uma família tradicional, Arthur. E não pense que administrar a fortuna Malfoy é moleza. Mas creio que isso deve ser quase que um outro idioma para você. Veja só você, Arthur Weasley, que poderia subir na carreira se fosse mais esperto. Mas, não. Agora está aí, chefiando um Departamentozinho insignificante, traindo seu sangue puro, socializando-se com trouxas... enfim, se você quer ser uma vergonha de bruxo, ao menos deveria ser melhor remunerado (“Até eu tenho de admitir, papai está pegando pesado demais com o seu pai”, sussurrou Draco, ao ouvido de Gina).
_Acho que eu sei e você sabe também, Lucius, o que é que envergonha, de verdade, um bruxo. _ respondeu Arthur _ Aliás, toda a Bruxidade sabe (“Mas você não pode negar, Malfoy, que papai respondeu à altura”, sussurrou Gina de volta e Draco concordou com a cabeça).
_O que está insinuando, Arthur Weasley? _ perguntou Lucius, enrubescendo de leve.
_Não preciso insinuar nada, Lucius Malfoy. Tudo já foi suficientemente veiculado na imprensa bruxa internacional. _ disse Arthur, também corando. A coisa piorava.
_Fomos absolvidos, assim como muitos outros. _ disse Lucius, começando a elevar a voz _ E usaram até Veritaserum! É impossível que possam nos relacionar, de sã consciência, àqueles horrores do passado!
_Uma coisa que aprendi, Lucius, é que quase nada é impossível. E, se você eliminar o impossível, aquilo que restar será, por mais improvável que seja, a verdade, como escreveu um meu xará, Arthur Conan Doyle.
_Assim você ofende a minha moral, Arthur! _ disse Lucius, avançando para Arthur.
_Para isso, seria preciso possuir uma moral a ser ofendida, Lucius!
Lucius Malfoy avançou rapidamente e desferiu um potente soco de esquerda, já que sua mão direita empunhava uma bengala, cujo enfeite em prata representava uma cabeça de serpente.
Mas a vida no campo conferira a Arthur Weasley força e agilidade. Aliando isso à sua ascendência irlandesa, país berço de grandes boxeadores, no Século XIX e início do Século XX, o resultado não foi bem o que Lucius Abraxas DeGiscard Malfoy esperava. Ele esquivou-se e, no momento em que Lucius abriu a guarda, enviou seu recado, na forma de um arrasador gancho de direita, que atingiu o rosto de Lucius e fez com que o loiro recuasse, meio zonzo.
_Já chega! _ exclamou Snape, segurando Lucius, que tentava alcançar Arthur, com força mais do que suficiente para contê-lo. Afinal de contas, mexer caldeirões também era um grande exercício para mãos e braços, como Quirrell descobrira, no ano anterior. Do outro lado, Sirius Black continha Arthur.
_Lucius Malfoy e Arthur Weasley! Mas que vergonha, senhores! Dois homens feitos espancando-se, como se fossem dois moleques de rua! _ disse Tiago Potter, colocando-se entre os dois _ Que mau exemplo vocês estão dando para todas as crianças, principalmente para seus filhos! Pelo olhar da Molly, você vai ter de dar muitas explicações em casa, Arthur. E eu acho que até você e Draco chegarem ao Salão Tesouras Encantadas, Narcisa já deverá estar com um relatório completo do papelão de vocês. Lílian, querida, poderia vir aqui e ver o que pode fazer para consertar o rosto de Lucius Malfoy?
Lílian Potter aproximou-se de Lucius Malfoy e examinou seu rosto. Ao tocar no nariz do bruxo, ele recuou, em um reflexo que à primeira vista poderia ser relacionado à dor no nariz, mas que tinha outra razão, associada. A mão de Arthur era grande o suficiente para que tivessem sido atingidas a região zigomática e a coluna nasal. Então, a Medi-Bruxa sacou a varinha.
_Hmm, equimose à volta do olho esquerdo, que está bem inchado, o osso nasal está, com certeza, fraturado... É, está menos feio do que eu temia. Já vou dar um jeito nisso. “Equimosis Evanesco”. E agora, vamos desinchar isso. “Reducio Edema”. Fica faltando apenas corrigir a fratura do nariz e fazê-lo parar de sangrar. “Episkey”. “Mucosa Cautherium”. “Hemostatikós”. E, finalmente, limpar o sangue que já escorreu. “Tergeo”. Já está melhor, Malfoy. E isto aqui vai ajudar ainda mais. _ com um movimento da varinha, Lílian conjurou uma bolsa de gelo, que Lucius logo colocou sobre o nariz.
_Quanto lhe devo, Dra. Potter? _ perguntou Lucius.
_Nada, Malfoy. O que importa é que Draco e a Sra. Malfoy ficarão menos preocupados. Alguma dor?
_Bem pouca.
_OK. Passe na botica e compre um frasco de Poção de Casca de Salgueiro. Ela contém Salicilato, é como tomar uma Aspirina trouxa. Tome 10 ml, cada oito horas, por uns cinco dias, se a dor continuar. Só não exagere, pois ela poderá irritar o estômago.
_Obrigado, Dra. Potter. Vamos, Draco. Narcisa está à nossa espera.
_Tchau, Harry. A gente se vê na escola. _ despediu-se Draco.
_Até mais, Draco. Harry despediu-se e Draco saiu, acompanhando o pai.
_A gente se vê amanhã, lá no Ministério, Arthur. Estarei tomando chá com Cornelius... oh, esqueci. O Departamento de Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas fica beeem longe do Gabinete do Ministro, não é mesmo? _ e Lucius Malfoy ganhou a rua, em direção ao salão de beleza.
_Arrogante em qualquer situação. _ disse Tiago.
_Mas uma coisa ele teve de engolir. _ disse Lílian, sorrindo _ Foi uma “Sangue-Ruim” quem consertou a cara dele.
_Aliás, Arthur, belo soco. _ disse Sirius _ Só sinto não ter sido eu a dá-lo... oh-oh! Lá vem Molly.
_Arthur Weasley, quem você pensa que é, “Gentleman Jim” Corbett? Você não tem mais idade para sair por aí bancando o Jake LaMotta ou o Rocky Marciano! Tá certo que bater em Lucius Malfoy é até covardia, o cara não tem preparo quase que nenhum, mas você podia não dar mau exemplo para as crianças! _ Molly espinafrava Arthur, enquanto todos os outros seguravam o riso. Então, ela saiu de perto.
_Ela está certa. Não dei um bom exemplo. Mas que me deixou mais leve, isso deixou. Eu não acredito nem um pouco que Lucius Malfoy tenha abandonado os antigos hábitos. E quem garante que o Veritaserum usado nele não estava adulterado?
Chamando Arthur para um local meio afastado, Harry contou a ele o que vira, na Borgin & Burke’s.
_... E foi o que eu vi, Depois ele e Draco saíram da loja e eu me mandei de lá, assim que o Sr. Borgin foi para os fundos.
_Ah, mas como eu queria poder pegar Lucius Malfoy em uma contradição, provar que ele jamais deixou de ser partidário das Trevas e que aquela história de Maldição Imperius não passava de cascata... Bem, paciência, oportunidades aparecerão, com certeza. Quanto ao garoto, o que você acha?
_Não tenho certeza, mas parece que Draco obedece ao pai por obrigação ou medo. Se ele tiver tendências trevosas, descobriremos com o tempo, Sr. Weasley, sem precipitações. _ Harry sabia que Draco era diferente, seria praticamente impossível adulterar a frequência vibracional do Ki.
_Sim, vamos esperar. Bem, acho que agora só faltam as varinhas de Gina e Algie e poderemos ir para o Caldeirão Furado. Todos já estão terminando as compras de livros.
Com as sacas de material, dirigiram-se à loja do Sr. Olivaras, onde Gina foi escolhida por uma varinha de bétula com cerne de pêlo de cauda de unicórnio e Algie por uma de jacarandá com corda de coração de dragão. Depois, foram todos para o Caldeirão Furado, onde passariam a noite. No dia seguinte, o Expresso de Hogwarts iria levá-los para um ano de árduos estudos.
Será que somente estudos, algum lazer e Quadribol esperavam por eles?
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