Corvos e Serpentes
Quando começaram as aulas, Berta já tinha em mente reviver o jornal da escola. Porque? Oras, tinham muitas fofocas... isto é notícias a serem mostradas para os sedentos alunos daquele castelo. E para provar isso, logo na primeira semana, a noticia de que teriam um torneio de duelos atiçou ainda mais a “sede” por notícias, fazendo com que alguns alunos da Corvinal se apressassem para manter-se tão bem informados para a chegada dos convidados que chegariam dali a alguns dias.
Beatrice Cygnus, uma das mais brilhantes alunas e Berta Jorkins, duas aspirantes a repórteres decidiram que se precisavam estar informadas deviam estar sempre atrás da noticia. O pai de Cygnus, sendo um membro Auror, e amigo de Alex Potter, o chefe dos aurores que fora acusado de tentar assassinar o Ministro em exercício, fora ameaçado por Amycus caso não entregasse o amigo. Sendo assim, pegara a filha em uma noite e desaparecera. Não fora difícil para Berta Jorkins arquitetar de que algo a mais na historia estava acontecendo. Mesmo porque Bea vinha andando a muito com alguns lufanos os quais ela apenas tinha simpatia por Justin. Em meio a expectativa da chegada dos torneio de duelos, Berta começara a preparação do informativo e voluntários para cada uma das sessões.
Como primeiro número já estava pronto, saiu com a entrevista de Dumbledore e, uma relação de cada um dos alunos que concorreriam ao título de Campeão de Hogwarts. Designara cada aluno para um dos tablados deixando exatamente incumbida as ações deles para que tivesse um bom material para o próximo número. Com a ajuda do Diretor de sua casa, o professor Flitwick, começaram a por em prática o informativo caçando notícias. Não importando as circunstâncias e é claro, se metendo em várias encrencas. Na noite em que a Marca Negra pairava nos céus a poucos metros dali no vilarejo de Hogsmeade, alunos começaram a ser tirados da escola por medo de que acontecesse algo pior. O que não demorou para acontecer. Por mais que fosse tentado manter os alunos calmos, o súbito comportamento do Lufano em um dos duelos deixara muitos confusos e ao mesmo tempo amedrontados. Ralph agira impunemente usando arte negra durante o combate, algo que não era permitido e nem se quer sabiam que era de seu conhecimento. Contudo, mesmo James Potter ter se saído bem de tal duelo, e Meminger estar ferido, não corria risco de vida porém, acabara falecendo na mesma noite deixando todos um tanto apreensivos. Algo que atiçou por assim dizer a curiosidade de Berta. Também duas alunas foram encontradas durante o jantar de natal, estiradas nos corredores. De acordo com os comentários feito por uma delas, no caso, Bellatrix Black, vira uma insígnia da Gryffindor na pessoa que estava fantasiada. O Clima de revolta foi tecnicamente instantâneo na casa, principalmente no Informativo onde a jovem Taylor Grove era membro e uma ótima amiga. Embora muitos achavam que poderia se tratar mesmo de uma brincadeira mas preocupados, alguns membros do informativo acabaram sabendo pelo próprio diretor da casa que, Tay fora removida para o St. Mungus com ferimentos além da capacidade de um aluno do sétimo ano.
Não bastassem essas confusões, uma aluna lufana também havia desaparecido. Não se tinha mais noticias da garota. Membros do Ministério que já estavam investigando o que acontecera durante os duelos abrindo um inquérito contra o professor Dumbledore. Imaginem a confusão que se instaurou quando o acusaram de ocultação de cadáver (sim, encontraram o corpo de Smith escondido em um armário sumidouro), o ministério expediu um mandado para escoltá-lo a Azkaban. Isso realmente era pauta para uma matéria, e a sua escapada majestosa do Diretor na frente dos membros do ministério fora absurdamente algo digno de exaltação.
Sendo assim, Amycus Carrow, o "Chefe do departamento de Regulamentação das Leis Mágicas", assumiu o cargo de Diretor de Hogwarts praticamente ignorando as leis de substituição a qual seria designada a professora Minerva McGonagall mas esta apenas ficara como professora tendo menos poderes, e foi que a coisa foi ladeira abaixo... ele proibiu todos os grupos extra curriculares, menos obviamente o quadribol, o funcionamento do Informativo, e por fim a noticia da liberação das três maldições imperdoáveis, O que deixava qualquer um que não pertencesse a casa da Slytherin em maus lençóis. Para a jovem repórter, a carinha simpática de Amycus Carrow I não impressionou. Aliás não a convenceu de maneira alguma. Muitos até simpatizavam com o comportamento e índole do novo diretor, mas, alguns não o suportavam. Os mais inteligentes, se mantinham neutros mas dificilmente havia um dia de tranqüilidade nos corredores depois que ele decidira "renovar o modo de ensino". Embora tudo isso interferisse diariamente nos estudos e aprendizagem, a única coisa que desviava as atenções era a aproximação dos duelos finais.
As notícias do mundo bruxo se tornavam cada vez mais estranhas e aterradoras. E assim, a visão que muitos tinham sobre Amycus Carrow I era de que agora espalhava o Caos e o terror por não gostar de trouxas. Mesmo isso sendo visto por centenas de alunos não só a eles mas, pelo que via quase todos os professores. O Informativo Hogwarts, a rede de "notícias" da escola, ainda estava longe de ser algo para esclarecimentos, quando finalmente tinham o “aval” para retomarem as atividades, isso só aconteceria se Amycus desse a sua aprovação do que publicar. Por isso ela reunira todos aqueles paeis naquela manhã para verificar cada fato exposto por aquelas paredes de pedra.
- Há ingrediente errado nessa poção e eu vou descobrir... – dizia Berta examinando todos os exemplares do informativo que tinham saído. Não tinha sido muitos desde que Amycus tinha assumido a diretoria. Tudo o que ela pensava ou cogitava dizer o professor Flitwick censurava. E onde é que estava a liberdade de expressão??? Ela não gostava do diretor, desde que seu tio Claudius tinha sido mandado a Azkaban, e ele nem era partidário de ninguém, apenas trabalhava como mensageiro no ministério.
- Está fazendo o quê exatamente Bertinha... – disse Derick que entrava na sala comunal da Corvinal e se jogava na poltrona mais próxima.
- Eu é quem te pergunto... – disse a menina sem nem ao menos olhar para ele - ... nenhuma outra garota deu importância para o seu charme?
- Está com ciúmes??? – respondeu ele com sorrisinho maroto, e pode notar que isso fez a menina finalmente lhe encarar. – Eu sei que bem aí no fundo você sente alguma admiração por mim... só não admite.
- Se manca... – respondeu ela com a cara de poucos amigos - ... não vê o que está acontecendo nessa escola?
- Muito pelo contrário... eu vejo... – disse ele endireitando-se - ... mas ao contrário de vocês, estou fazendo alguma coisa... – ele viu então que despertou o interesse da garota e então dera outro sorrisinho maroto. Esticou os braços e as pernas alongando-se sobre o sofá despreocupadamente.
- Ah pelo amor de Merlin você vai contar ou vou ter de usar um cruccio em você? – disse Berta já perdendo a paciência.
- Tá bem nervosinha... – disse ele sentando-se e encarando os olhos azuis da garota - ... estava eu belo e formoso no banheiro do terceiro andar quando ouvi sem querer dois alunos... não sei quem são... apenas ouvi os dois dizendo que alguns alunos da Gryffindor estão tramando fazer um boicote ao toque de recolher...
- Como é que é? – perguntou a garota não acreditando.
- Isso mesmo que você ouviu minha cara... – disse ele se levantando e apoiando as mãos no topo da mesa. – Bem... você já deve saber quem são os que irão sair...
- Os marotos... – disse ela – bem que eu achei que eles não iam deixar barato o fato do Amycus ter censurado a festa pela vitória de Black.
- Não é bem por isso... – respondeu o Derick – de acordo com os pequenos... já está na hora de uma rebelião, e acredite. Se eles irão se rebelar... nós também devíamos.
- Querido... – disse ela com cautela - ... e você acha que não vai haver retaliação? Se alguma cobra nos pegar, poderemos morrer ou coisa pior!
- E já não estamos na pior? – respondeu Derick – Dá uma olhada ao nosso redor Berta! Alunos do primeiro ano estão se amaldiçoando... o nosso diretor mesmo estava ensinando um sonserino a mandar um Cruccio no Gilbert! Você viu!
- Sim... eu vi... – respondeu ela - ... mas o que você acha que vai acontecer? Se formos fazer algo, não podemos ser pegos. O certo era sairmos literalmente da escola.
- E deixar Hogwarts para alguém como ele??? – disse Derick revoltado – Não, eu me recuso. Dumbledore não está passando por toda essa fofoca a toa, ele espera que façamos alguma coisa.
- Ok Sr. Sabichão... vou reunir Anny e Pandora... vamos sair essa noite e documentar seja lá o que estiver acontecendo.
A garota então se levantou e mais que depressa entrou no dormitório feminino e expos toda a sua opinião sobre o assunto. Sim ela queria justiça, sim, ela estava farta de ter de sofrer punições de Rosalie Parkinson por ela simplesmente não ir com sua cara.
- Mas não vamos nos meter em encrencas? – perguntou Anny algum tempo depois preocupada. – Eu gosto de sair para uma aventura mas... depois da última vez...
- E quem liga??? – disse Pandora. – A gente está levando punição mesmo sem ter feito absolutamente nada! Se tiver algo podre enterrado nesse castelo... eu vou querer mostrar.
- Ótimo! – respondeu Berta levantando-se – Sabemos que as coisas acontecem após o toque de recolher... é esse o horário que vamos sair...
Já haviam se passado meia hora desde que o toque de recolher tinha sido ouvido. Berta viu os últimos meninos irem para o dormitório e então esperou suas amigas. Pandora aparecera com uma maquiagem camuflada de cinza e branco. Quando Berta foi perguntar-lhe sobre o motivo daquilo Anny levantou a mão.
- Nem... pergunte... – disse a garota - ... vamos então?
- Todas com suas câmeras? – perguntou Berta e as outras duas mostraram suas máquinas. – Então vamos!
E lá partiram elas. Tudo certo diante de imprevistos, Berta sabia exatamente onde ia se meter caso fossem pegas. Erick como era de se imaginar preferiu a segurança da casa dos corvos, e porque não dizer covardes já que ela, Anny e Panpan foram as únicas que quiseram se arriscar. Ok, vamos e viemos ela e suas amigas eram piradas totalmente. E se bobiasse depois de tudo se ainda conseguissem sair livres, teriam quartinho cativo na ala psiquiátrica do St. Mungus com certeza. Mas entre viver na maluquice que estavam, e a nova maluquice que estariam se conseguissem desmascarar o nobre diretor e seu regime sádico, bem, valia a pena arriscar. Pelo menos era isso que ela pensava. O corredor estava terrivelmente assustador, não que Hogwarts não o fosse assim mas aquele dia estava mil vezes pior, ultimamente dava arrepios andar pelos corredores sem a presença de um professor ou até mesmo de um garoto, não pensem que Berta precisa de um para sobreviver não, ela é muito bem resolvida apesar dos pesares, mas mesmo assim a coisa era ameaçadora só de pensar.
Os archotes presos as paredes não iluminavam nada, parecia que tinham sido enfeitiçados pra brilharem com chama negra pois só viam vultos a cada esquina. Olhou para traz para ver se as amigas estavam lhe seguindo, viu Pandora desviar de uma aranha ou algo do tipo e continuaram seguindo. A varinha em punho apesar dela não ser tão boa em duelos mas teria de saber se defender pelo menos.
- Ok gente... genteeeeeeeeeeeeeeeeee... psiu...Cuidado, estão ouvindo? Tenho certeza que to ouvindo alguma coisa vindo dali... – ouviu a voz de Anny atrás de si e ficou alerta. Será que teriam o desprazer já de inicio de encontrar algum sonserino?
- A única coisa que ouço são os seus saltos, você não podia ter posto algo que não fizesse barulho? – retorquiu Pandora a Anny que mostrou-lhe meio palmo de língua.
- Seja lá o que tenha sido... varinha a postos... - disse Berta dizendo "lumus" e iluminando o lugar de onde Anny tinha apontado. Um rato passou voando por aquele buraco próximo a tapeçaria fazendo com que Berta desse um salto.
- É hoje que vamos saber de uma vez o que aquelas cobras estão aprontando... – ouviu Anny mais uma vez e confirmou com a cabeça.
- O de sempre oras, crucios, avadas e outras coisas nada singelas. – disse Pandora - Calado ai faber castel.
Berta virou para traz a tempo de ver Pandora reclamando com um quadro nada amistoso que mandava ela baixar a varinha.
- Lá se foi o elemento surpresa... - disse para Anny - ... Panpan, dá logo um sossega tinta nesse cara ou seria melhor usar aquela poçãozinha de remoção de manchas que você usa pra limpar os pergaminhos? - Um brilho nos seus olhos fez Panpan entender a mensagem, obvio que não poderia acabar com a pintura, mas o quadro não precisava saber disso não?
- Calado, bigodudo ou te limpo. – ameaçou a garota ruiva com um pedaço de pano na mão.
- Meninas... – sussurrou Berta. A curva no fim do corredor dava a nítida impressão de movimento, mas não poderiam dar pra traz agora não é, já estavam no meio do caminho.
- Ta vendo alguma coisa? Pandora, para já com isso! – disse Anny olhando para trás. Berta também se virou a tempo de ver Pandora brigando novamente com o quadro.
- Foi ele quem começou! – disse a ruiva então Berta fez sinal para o a curva - Seria agora um bom momento, para um bom plano?- falou novamente Pandora.
Uma sombra pareceu se mexer exatamente na escuridão do outro lado do corredor, Berta não sabia dizer com certeza mas sentiu um arrepio na nuca exatamente na hora em que uma corrente de ar passou voando por elas.
- Se tiver algo em mente Panpan... - disse ela dando um passo pra traz e pisando no pé de alguém - é uma boa hora para compartilhar com a gente...
Definitivamente a sombra estava se mexendo, e cada vez se aproximava mais, um estrondo foi ouvido mais ao alto fazendo elas darem um salto. Será que realmente valia à pena?
- Mas que raios de Zeus é isso? – falou Pandora olhando para todos os lados. Berta a ouviu e sentiu batendo em seu ombro assim como Anny quando pisara em seu pé. Não notaram sequer que havia mais alguém ali. Estavam ocupadas demais com a “sombra”.
- Onde eu estava com a cabeça quando decidi sair pra investigar? - disse Berta agora não se preocupando com o tom ou volume da voz.
- Ok, a gente esta em um Mato sem pufoso... ou seria em Mato sem Pato? – disse Pandora - ... Bem, vocês devem ter entendido, não sou boa com esses ditados trouxas vocês sabem...
- Fiquem preparadas... varinhas em punho... – disse Berta.
–Varinhas a postos e pernas preparadas é claro. – completou Pandora. Apesar do perigo que estavam correndo Berta começou a rir, Pandora tinha uma criatividade sem limites. A “classe” de Pandora para expor coisinhas simples como sendo terríveis era espantosa. Berta lembrava-se que sua mãe sempre dizia que era melhor querer bruxos assim como amigos do quê como inimigos mas sempre tivera um bom relacionamento com Panpan e o resto da corvinal, mas também já tinha aprendido muito bem a não deixá-la nervosa.
Um novo movimento mais a frente fez com que as três brecassem. A bela corvinha sempre tivera problemas com Madame Pince e Filch, aquele casal de lombrigas mágicas a deixava nervosa. Desde que Madame Pince aparecera de ponta cabeça pendurada na parede da Ala oeste, a culpa recaiu sobre ela e Beatrice. Claro que esse foi só o primeiro ataque feito aos funcionários...
"Na verdade foi o único..." - pensou ela coçando a cabeça e olhando então em volta. Se não estava enganada, aquele ataque fora ainda na época que Dumbledore estava na escola. E até aquele momento não sabiam quem tinha sido o autor. Ela tinha certeza que tinha sido Sírius Black afinal, era bem o estilo dele mas a Cara de potro tinha jogado a culpa nela, como ela iria provar que era inocente? Logo depois as coisas ficaram piores, depois da morte de Ralph... Foi então chamada de volta de meus pensamentos e por algo estranho vindo do corredor.
- Algum plano infalível Pandy? – perguntou ela a colega.
-Você quer que eu, tenha um plano? Que tal estuporar todos? ou picado de cobra mal passado? – respondeu a garota.
- AAIII!!- O que a gente faz agora? Estamos vivenciando o famoso ditado Se correr o trasgo pega se ficar a acromântula come... Ou algo do gênero... – respondeu Anny.
–Acho que era se correr o lobisomem come se ficar ele uiva. – respondeu novamente Pandora.
Seria trágico se não fosse cômico, afinal, estavam realmente encrencadas. O barulho foi crescendo.
- Na verdade eu acho que se correr a Kappa pega e se ficar o Basilisco devora... mas enfim... espero que não seja nem um nem outro ali... – respondeu Berta tentando ver o que vinha no final do corredor.
- Chega! Afinal somos alunas quase formadas de Hogwarts ou três baratas tontas? – disse Anny tomando a frente. Berta ficou a encarando com o olhar intrigado. Anny estava querendo incentivá-las ou detonar de vez? Podia ter arrumado Centauros Saltitantes, ou Veelas alegres mas Baratas tontas?
–Só porque algumas baratas voam, não são comparáveis a corvos! Que tal cisnes tontos? – respondeu Pandy sarcástica.
- Apontem suas varinhas e vamos atacar quem quer que seja! No três... Um... – começou a contar Anny mas foi interrompida.
-TRÊS!!!!! – Gritou Pandy, o que fez a voz da garota reverberar pelo corredor escuro e silencioso.
- AHÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!- OLHA QUEM ESTÁ AQUI! AS URUBUZINHAS! – ouviu-se uma voz em meio a uma Explosão vinda de alguns andares acima. Elas gritaram de susto.
– Eu to dizendo… Sempre quis dizer isso. – disse Pandora olhando para o fantasma que desaparecia na parede oposta. – Ele deve ser novo... não lembro dele...
- Tudo isso por causa de um "Gasparzinho"? – completou Berta olhando com cara de poucos amigos para o fantasma - ... deviamos é prender ele numa garrafa o que me dizem?
- Ta brincando comigo... Ficamos uma eternidade escondidas no escuro, por causa... Dele ?!! Ta de Brincadeiraaaaaa! – Disse Anny indignada
– Tá vendo alguém aqui brincar de corra atrás do fantasma? Devemos estar no corredor errado, só pode. Eu juro... se eu perdi toda diversão vou ficar muito... – começou Pandora mas Berta a interrompeu.
- Ei... ei... ficar discutindo não.. - dizia a garota quando foi novamente interrompida mas dessa vez, por algo BEM diferente.
- Por ele, não!!! - Uma voz grave e muito áspera retumbou num tom perigoso logo as costas das três garotas e antes que tivesse tempo de virar, um vento fez com que todas as tochas que iluminavam o corredor se apagassem, acompanhado de uma pequena explosão que fez com que tudo ficasse no escuro. Um cheiro adocicado invadiu o corredor, assim como as narinas das garotas. Berta sentiu os olhos arderem com tal intensidade que tinha a impressão que teriam derretido. Bateu com tudo no quadro que antes mesmo era o "alvo" de Pandora e ambos caíram no chão. Ela tateou a parede, as luzes tinham se apagado e se não bastasse parecia que alguém tinha jogado "pó de fumo do Peru" escurecendo tudo.
- Alôoooo cadê vocês? - disse ela pegando a varinha e dizendo o feitiço que iluminou parcialmente o corredor. Foi quando ouviu um Grunhido estranho. Suas pernas pararam automaticamente. - Ta legal meninas, podem aparecer, a brincadeira já não tem graça sabiam?
Novamente um grunhido e como se algo soprasse sobre seu ombro fazendo seus cabelos voarem para seu próprio rosto. As pernas bambearam e então se virou devagar. Quando a varinha iluminou havia um Trasgo enorme com um olho só no meio da testa como aquelas figuras mitológicas.
- PELAS CUECAS DE MERLIN!! ABRIRAM A PORTA DAS MASMORRAS E NÃO SOOU O ALARME???- disse dando alguns passos pra traz, foi então que bateu com tudo (ou alguma coisa bateu nela), a cabeça cheia de serpentes, poderia arriscar que fosse uma Medusa, mas não sabia que criaturas assim existissem. Berta estava pra ser morta por duas aberrações mas não ia ficar de braços cruzados.- ANNYYY, PANDORA... CADÊ VOCÊS!!!! – gritou ela, mas não houve resposta e como resultado uma luz foi em sua direção, estava vendo coisas ou aquele tacape tinha "poder de fogo"... ou seria magia.. enfim, A garota lançou um feitiço - PROTEGO!!!- gritou fazendo um floreio e criando um escudo a sua frente. - Cadê minhas amigas seu projeto mal acabado de trasgo!!
Então com o tacape ele lançara outro feitiço contra "medusa" e sem saber como, Berta sentiu uma dor terrível na canela. Algo a atingira na perna.
- Se não bastasse ainda essa coisa quase arrebenta meu pé! Conjunctivitus! - disse lançando contra o trasgo caolho. E mirando na Meduza que rugia com a mão nos olhos - Petrificus Totalis!!
Por alguma razão que ela não entendia, o feitiço não funcionara como devia, o Trasgo caolho estava com uma coisa enorme nas mãos prontas pra dar em sua cabeça, ele a mataria com certeza! Foi nessa hora que vira um baú não muito grande mas o pesado o suficiente para um bom tombo. Sentira uma forte dor na cabeça quando o teto tremeu e pedaços dele caíram em cima deles. Mas mesmo assim olhou a urna atrás do tal trasgo e não pensou duas vezes.
- Accio Urna! - os olhos lacrimejaram pela dor que sentiu, alguma coisa começou a pingar de sua testa na mesma hora que um arranhar no topo da cabeça começou a arder. A Urna voou contra as costas do Trasgo o derrubando no chão. Nesse mesmo tempo o teto começou a ruir, e Berta tentava arrastar-se para longe dali. Mas não conseguia ver mais nada direito, apenas uma figura segurando uma varinha.
Uma figura alta e robusta que abriu seu casaco e guardou sua varinha. O feitiço de alienação fora executado com maestria. Fazer cada uma ver em sua colega uma ameaça... era digno de seu mestre. Um novo estrondo veio dos andares superiores. O Teto dera um estralo e começou a cair pedaços bem generosos.
- Se meus coleguinhas estão fora da cama... – então olhou para o trio agora desacordado que estava caído no meio do corredor onde pedaços do teto começavam a cair - ...talvez tenham sorte de que as salvem...
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O toque de recolher já havia passado a mais ou menos meia hora quando ouviu Olivia lhe chamando para descer a sala comunal. Sarah estava encarando o pedaço de pergaminho o qual mostrava todos ali no castelo. Ao ver a amiga se aproximando tratou de esconder muito bem o mapa afinal, como Remus havia lhe advertido, somente ela poderia saber de sua existência por enquanto.
- Está na hora... – disse ela.
- Ok... – respondeu Sarah com um sorriso nervoso. Era óbvio que a garota estava nervosa. Esse tipo de manifestação era justo o que seus avós jamais gostariam que ela se metesse. Mas também sempre lhe disseram para fazer o impossível pelo que ela acreditava estar certo. E bem, qualquer coisa que acontecesse nesse tempo de injustiças parecia ser o mais certo do que vinha acontecendo. Pode notar também que Olivia parecia bem mais nervosa do que o normal. – Está com medo?
- Mais ou menos... – falou a amiga enquanto desciam as escadas. O plano não era muito complicado. Cada aluno ficaria responsável por aprontar alguma distração em algum corredor enquanto James, Sírius, Remus e Peter iriam a caça dos sonserinos e os azarariam nos corredores. E bem, Sarah conhecia as cobras e com toda a certeza eles não teriam MUITA consideração e maldições provavelmente seriam proferidas. Se tinha medo, bem ela tinha, principalmente por James. Mas estava disposta a fazer qualquer coisa que chamasse atenção para a escola e o que estivesse acontecendo já que o Ministério parecia não se importar. - ... eu sei que isso pode ser perigoso, e convenhamos podemos até ser mortos afinal, conhecemos os sonserinos... você ouviu o Potter... eles são capazes de matar... e se Snape tem mesmo a marca negra...
- Olha Oli... – disse Sarah a encarando enquanto paravam no meio da escadaria para o sexto andar - ... se o Ministério não faz nada para nos ajudar, temos que andar por nossa conta... além disso, como você acha que vai ser lá fora? Com tudo isso que vem acontecendo? – Sarah então segurou os ombros da amiga e lhe encarou - ... Voldemort está recrutando pessoas... e diferente do que dizem, ele as convence por medo... é do tipo obsessivo... ou fica do meu lado, ou você morre. Eu sei qual é o meu lado nessa história... e se conseguir fazer o mínimo de diferença, eu vou tentar...
Olivia então a abraçou e começou a rir. Sarah não entendeu o motivo e então se afastou da garota curiosa.
- É incrível como você mudou esse ano... – disse Olivia sorrindo - ... a antiga Sarah muito provavelmente deixaria os outros se matarem...
- Digamos que aprendi muito mais esse ano... – respondeu a garota sorrindo descendo as escadas – Já sabe o que vai usar para causar confusão?
- Ainda não... – respondeu Olivia coçando a cabeça enquanto iam até o final do corredor - ... estou tentando realmente não ser pega.
- Porque não usa uma neblina? – respondeu Sarah
- Porque eles podem não me ver... mas eu também não verei nada... – disse Olivia.
– Você não me entendeu... Veja...- Sarah então mostrou a tapeçaria do Duende Drogon, o fedido. – Você sabe conjurar uma neblina daqui... você vai deixar todo o corredor encoberto, ninguém verá nada e você poderá escapar sem precisar esbarrar em ninguém se não me engano essa passagem vai dar lá nos porões... – Sarah então olhou para os lados, os corredores pareciam desertos – Vai ficar bem sozinha?
- Vou... – disse Olivia tentando não parecer nervosa – Não se preocupe, sei que você tem de ir atrás da Lily...
- É... – respondeu Sarah contrariada - ... existe muita emoção envolvida...
Olivia dera uma gargalhada que ecoou pelos corredores. Rapidamente ela mesma cobriu a boca e correu para a tapeçaria.
- Ótimo jeito de chamar atenção... – disse Sarah andando de costas começando a correr pois acabara de ouvir um barulho do corredor oposto. – Boa Sorte!.
Correu até a escadaria que levava para o quinto andar e se precipitou por ela. Estava rezando para que Lily não tivesse ido muito longe. Queria olhar o mapa para se certificar mas era arriscado que ele caísse em mãos erradas então viu uma das passagens do castelo e se precipitou por ela. Assim que chegou ao corredor do quarto andar e iria se dirigir para o terceiro, encontrou Sírius, Remus e Emme.
- Padfoot, eu estou avisando, se eu revidar não vai ser seguro... - Lupin advertia Sírius num tom ameaçador.
- Que é isso? O peludinho está se rebelando? Não posso crer. Remus você não era assim... – respondeu Sírius que revidou com um tapa no pé da orelha acompanhado de uma risada. - Moony como você é frouxo, porque não se ofereceu para ajudar Olivia no dever seu cabeça de bola? Aposto que já terminou o seu.
- Isso não tem nada haver seu poço de pulgas... - Nisso Remus revidou com mais um tapa e assim, os dois começaram a guerra de tapas e petelecos.
- Euuuu hein, estou estranhando vocês dois... - disse Peter com a maior cara de pau - ... não seria mais proveitoso vocês gastarem energia com as garotas do que se pegando em pleno corredor?
- Vocês dois bonitões querem parar de ficar se pegando? Temos uma missão a cumprir esqueceram? – Falou então a menina virando-se para trás.
- Viram... não sou só eu que andei vendo isso... – novamente Peter interrompeu, mas levara um pescotapa duplo em resposta.
- Bem eu declaro Sírius Black o vencedor dessa briga árdua, no caso eu...obrigada as minhas fãs por torcerem por mim... – disse Sírius mas Remus já estava lhe dando outro peteleco.
- Por Merlim... – murmurou Emme se virando para continuar seu caminho quando viram Sarah que foi ao seu encontro - ... Não sei como Potter agüenta...
Emme então indicou com o polegar os dois atrás de si. Remus estava com o dedo no nariz de Sirius tentando tirá-lo a força de uma chave de pescoço que Sirius tinha dado em Remus.
- Cadê nosso ilustre capitão? – perguntou Emme.
- Estou aqui... – disse ele saindo de uma sala com uma caixa nas mãos. Seu sorriso brilhante dizia que tinha um plano em mente. Ele rapidamente colocou a caixa no chão. De dentro tirou alguns saquinhos. - Engorgio! – os saquinhos tremeram, saltaram duas vezes e ficaram do tamanho de um criado mudo. Então ele sorriu e continuou - Somos marotos, não somos? Apesar de termos amadurecido muito como vocês gostam tanto de ressaltar, nosso estoque de foguetes e bombas de bosta continuam bem abastecidos... E é claro que a nossa criação não poderia faltar... Tambores ressonantes, cada um dessas belezinhas...
- Tambores ressonantes? – perguntou Sarah, não lembrava-se de ter visto isso antes ou de algum deles ter comentado.
- Quando colocados para tocar sozinhos, fazem o barulho de 1000 tambores Tribais Africanos! – concluiu James e os olhos do maroto brilharam diabolicamente – Padfoot lembra quando conseguimos colocar 5 desses na sala comunal da Slytherin? Eles perderam 50 pontos pela barulheira e toda a casa teve que escrever 500 vezes “Não devemos fazer barulho à noite”... – James e Sírius caíram na gargalhada... – Agora imaginem 50 dessas belezinhas por alguns corredores da escola? Vamos fazer esse castelo empoeirado pular, acordar e sacudir o esqueleto... Até o monstro da câmara secreta vai acordar assustado se perguntando sobre o fim do mundo... – James então foi até Sarah e a puxou para um canto enquanto os outros executavam os feitiços nos trombones restantes. – Está com o mapa?
- Sim... – disse ela tirando do bolso do casaco e lhe entregando.
- Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom! – disse ele e tocou o pergaminho com a varinha. As letras começaram a aparecer e era possível ver os dizeres “Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas, Fornecedores de recursos para bruxos malfeitores, Têm a honra de apresentar O MAPA DO MAROTO”. Habilmente como quem faz isso a anos, James o abriu e começou a analizar. – Ora... ora...Tem alunos cabulando o toque por toda a escola... entretanto os lacaios de Carrow estão deixando a sala comunal da Slytherin para as patrulhas...
- Está vendo a Evans em algum lugar? – perguntou Sarah e então viu o nome da monitora naqueles corredores mesmo. Estava indo para o quinto andar.
- Não está muito longe... disse ele e então tocou o mapa com a ponta da varinha e a encarou - ... não acho que corra perigo conversando com a Evans.... mas caso precise... – ele então tirou de dentro da blusa o seu colar com o pingente que dera a ele. - ... é só chamar...
- Não acho que mais uma detenção da monitora possa me matar... – respondeu ela sorrindo - ... agora já não posso dizer nada das detenções deles...
James apenas sorriu, estava novamente pronta para sair e ele segurou sua mão. Por alguns instantes não falaram nada, Sarah tinha a impressão de que talvez ele quisesse lhe dizer algo mas não sabia dizer o que era. Sentira-o apertar-lhe a mão delicadamente e depois a soltara. Era hora de ir.
- Prontos para o Caos? – o ouviu dizer e praticamente ir em direção ao quarto andar, Sarah no entanto voltou novamente pelo caminho que tinha feito, e esperou que a monitora aparecesse ao pé da escada que ligavam o quinto ao quarto andar.
- Lily? – disse ela no tom mais calmo e sério possível que conseguiu. Pode notar que ela estava um pouco assustada, ou talvez indignada por ela Sarah, estar fora da sala comunal mas, ela também não era uma garota exemplar naquele momento. - Já sei, já sei... mas antes que venha com sermões posso dizer que não vou aceitar nenhum de alguém que também está quebrando as regras...
- Não começaria com sermões... Não seria hipócrita a esse ponto... – respondeu ela acidamente. Era notável a mudança nela, a adorável Leoa ruiva já não tinha o mesmo brilho de antes. Mas não estava ali para dar dicas de beleza, tinha trabalho a fazer.
- ... Estava com Snape não é? - disparou Sarah sem rodeios, se tinha de começar uma guerra com a ruiva, tinha de ser agora.
- Sim, eu estava! Que bom que percebeu... Me poupa de comentar o assunto...E acho que já está na hora d...
- Eu não acredito... – interrompeu-a Sarah sem um pingo de paciência e pelo visto nem a ruiva a tinha - quando é que vai parar de sonhar que ele vai ser o único anjinho verde na face da terra?
- Não acredito que até a essa hora você vai vir com essa conversa, Sarah? Já chega! – respondeu Lily num certo tom de fúria contida.
- Exatamente Evans! – falou Sarah sem medir seu tom de voz - Já chega de tanta fantasia! Heróis e Donzelas, amores proibidos... quando é que você vai parar de sonhar e acordar?
- E quando é que você vai cansar de me ouvir dizer que isso não é da sua conta? Ou da conta de qualquer um?!! – a monitora encarou Sarah com um olhar determinado, e não recuou- Já conheço o sermão de cor e definitivamente, estou cansada de escutá-lo... Se não se importa...
Lily continuava mantendo uma postura intocável e isso facilmente tirou a paciência de Sarah. Ela nunca tinha sido um exemplo de controle, mas já estava no limite do seu. Quando Lily lhe dera as costas foi a vez de Sarah explodir. A jovem sentia toda aquela raiva contida a meses e antes que Lily saísse de vista, Sarah pegou-a pelo braço e a virou com força para que visse com os próprios olhos que ela, Sarah Perks não era uma Leoa por acaso. Não estava ali para brincadeiras. Bem, ela tinha consciência de que poderia ter usado a varinha e a colado na parede, mas ambas estavam precisando de algo mais "trouxa"
- Ahhhhh não vai fugir de mim como anda fazendo com todos... – disse Sarah notando que Lily lhe encarou com um olhar mortífero - Vai me ouvir... você querendo ou não...- Ela tentou se soltar mas a garota a segurou ainda mais forte -...quando o assunto é a vida das pessoas SIM – Sarah enfatizou - ele é SIM da minha conta! – Lily cerrou os olhos e tentou puxar a farinha, mas Sarah arrancou de sua mão e a apontou para a garganta da menina - Você é tão cega assim? Tão cheia de si que é só seus problemas é que tem importância?- Sarah notou que a ruiva estava espumando de raiva. Mas ela, Sarah Perks já estava cansada, e já que tinha começado... - Tenho notícias pra você... graças aos amiguinhos do seu "amigo" estamos no maior inferno que Hogwarts já esteve... enquanto você fica tentando "trazer para a Luz" um condenado pessoas lá fora estão morrendo... ou você está tão concentrada em ser uma "boa samaritana" que também ficou cega pra isso?
Lily parecia que iria explodir a qualquer momento, via os olhos verdes da garota se tornando vermelhos, mas ela não sabia dizer se era isso exatamente ou era algum efeito da fúria contida a meses em seus próprios olhos que estavam pregando-lhe uma peça.
- Enquanto você está aí... se remoendo porque todos estão contra você... ou como você diz, se metendo no que não é da nossa conta... os bruxos das trevas, "professores do seu amiguinho" mataram toda a minha família! Agora eu é que te pergunto, isso é ou não é DA MINHA CONTA!
Sarah respirou mais fundo, estava realmente tentando manter o controle mas estava cada vez mais difícil. Fechou os olhos novamente e então de modo mais calmo novamente começou a falar.
- Se você quer se condenar a uma causa perdida, tudo bem, vá em frente! Mas saiba que Amigos... os verdadeiros não são para apoiar você quando você erra, são para mostrar o erro para ver se você é capaz de concertar... mas se sua cabeça está tão... tão... ferrada assim por causa de um amigo que dá mais valor ao poder e as ordens de um sádico, estou pouco me importando! Mas não vou permitir que por causa disso, você coloque em risco a AG e novamente pessoas que tem importancia para mim... - Então a jovem viu Lily bufar, parecia um animal acuado, sabia que a própria menina estava chafurdando na lama das trevas, e esperava que ela tomasse bom senso então a advertiu..- ..pense nisso Evans, odiaria ter alguém da minha própria casa como inimiga, mas se não abrir os olhos, e ver com clareza o que está acontecendo, é assim que vai ser.
Dito isso, Sarah largou a varinha da ruiva nos seus pés e dera as costas a menina. Lily era trouxa, uma “sangue ruim” assim como a família de sua mãe. Sabia que eram cabeças dura mas se a fizesse enxergar Snape com os olhos dela... foi então que ouviu algo e se virou.
- SECTUMSEMPRA!!!
Sarah sentiu como se várias facas em brasa fossem jogadas nela. A dor era terrível e a fez cair de joelhos. Os olhos começaram a embaçar, e sentia suas vestes começarem a empapar com o sangue. Sentia até mesmo dificuldade em respirar. Erguera a cabeça para ver quem havia lhe lançado o feitiço e pode ver Lily com a varinha em punho. Não podia acreditar.
- O QUE VOCÊ FEZ!!!! – agora era a voz de um garoto.
- Eu... eu... – agora Sarah podia ouvir a voz de Lily apavorada. – Eu não... queria...
A garota então sentiu alguém se aproximando dela. Seus olhos já não viam com clareza.Mas podia sentir que havia alguém ao seu lado.
- Vulnera Sanentur... – A jovem ouviu dizer, não conseguia distinguir a voz tamanha era a dor que sentia. Uma varinha fora passando por seu peito, e a dor lancinante de 1000 facas começava a diminuir. Aos poucos começava a respirar melhor e a dor desaparecera. Por alguns segundos enquanto a dor se esvaia, um cansaço extremo começava a tomar conta do seu corpo. Uma figura entrou em foco em sua frente. Porém, a escuridão tomou conta e ela desmaiou.
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