Lobo em forma de... Potter?



Já se passava do meio dia quando finalmente Sarah, Olivia e Alice desceram para as masmorras. Tinham um plano arquitetado e duvidavam que não conseguisse realizá-lo. Sarah conhecia a rotina do professor, ele adorava falar sobre si mesmo e com certeza também fabricava algumas “poções extras” para vender por fora e ganhar alguns galeões. Nunca ninguém tinha falado alguma coisa pois como dizia ele era tudo “Com fins acadêmicos”, mas ela estava careca de saber que não era bem assim.



— Tudo certo então não é? – disse Sarah para as meninas em frente a porta das masmorras – Prontas... já sabem o que fazer.....



Olivia então bateu na porta que estava entreaberta – Com licença professor?



— Oh minhas caras alunas... – disse ele tirando os óculos de fundo de garrafa e encarando as meninas, havia como sempre caldeirões borbulhando e aromas diversificados no ar. - ... o que as trás aqui em um dia tão animado quanto hoje? Não deviam estar em suas salas comunais se preparando para o grande torneio?



— Bem professor... – disse Olivia - ... o NIEMs não tira folgas não é?



— Além disso... – concluiu Alice – ... estou realmente precisando de ajuda em duas poções distintas professor.



— A Srta também tem dúvidas Srta. Perks? – perguntou o professor e então Sarah fizera a melhor cara de inocente que conseguiu.



— Oh não não... – disse ela – eu apenas vim pedir permissão ao Senhor para que possa olhar no armário de livros se por acaso não deixei o meu exemplar de “Poções Embelezadoras e como se tornar uma nova bruxa” entre os seus...



— Claro... claro... – disse ele dando passagem para as meninas entrarem, Sarah então fizera sinal para Olivia e Alice que ficaram de frente para ela obrigando o professor a ficar de costas, assim ela poderia se esgueirar para dentro do seu armário de ingredientes e procurar algum frasco de poção polissuco. Contudo, quando passou pelos caldeirões fumacentos, novamente sentiu o perfume de James, isso queria dizer que havia amormentia em algum lugar por ali. Meneou a cabeça novamente tentando desanuviar seus pensamentos, tinha uma missão muito importante a fazer. Olivia tratou logo de começar a fazer perguntas, enquanto ela, Sarah fingia olhar os livros na prateleira, eram tantos que poderia fingir procurar por horas. Olhou mais uma vez para Olivia e então ouviu Alice perguntando a ele se já havia alguma vez encontrado algum bruxo famoso em suas viagens.



— Oh sim minha cara... – ouviu o professor dizer, Sarah então sorrateiramente deslizou para dentro do cubículo que era aquele armário de poções que ficava ao lado da prateleira de livros.



— Cadê você poçãozinha... – disse ela olhando pelos vários vidrinhos etiquetados, não ia ser fácil conseguir achar em quatro prateleiras lotadas de frascos. Pegou sua varinha e fez um floreio. – Accio Poção Polissuco.



Nenhum frasquinho levantou vôo da prateleira mas ouviu um certo barulho na sala ao lado e viu o caldeirão que borbulhava mais a frente tremer e tentar se soltar do chão.



— Finite! – disse ela baixinho apontando a varinha e rapidamente voltando a frente do armário. O caldeirão pousara no chão com um barulho que fez o professor dar um salto.



— Minha santa mãe.... – e olhou para trás, Sarah fingiu espanto tanto quanto ele. O professor então correu para ver o que estava acontecendo - ... Tenho que tirar essa poção polissuco desse caldeirão, acho que ele não está nos seus melhores dias e precisa ser substituído.



— É poção polissuco Senhor? – perguntou Sarah com interesse.



— Sim sim... – disse ele – Está pronta... Só preciso acomodá-las em alguns frascos.



— Quer que eu o ajude? – perguntou ela prontamente, afinal aquela era a oportunidade perfeita se quisesse afanar algum frasco da poção.



— Oh não... não poderia pedir isso a alunos... – disse ele parecendo meio incerto.



— Que é isso professor... – disse a garota - ... minhas colegas tem dúvidas e o senhor muito trabalho a fazer... é só me explicar como fazer, e eu faço para o senhor.



O professor Slughorn nunca recusou ajudar um aluno e também adorava quando podia ficar contando histórias. Sarah o conhecia a tempos e conhecendo suas fraquezas...



— Tudo bem então... – disse ele pegando uma caixa com vários vidrinhos e rolhas, cada um com um número na frente. - ... acho que uma judinha me deixaria mais tempo para ver os duelos mais tarde... onde é que eu estava...



Olivia então assim como Alice continuaram a fazer perguntas enquanto Sarah examinava a poção. O tempo de duração do efeito da poção dependia do quanto era bebido, então não podia exatamente pegar apenas um frasco pequeno tinha de saber exatamente quanto tempo levaria para Lupin detonar Mayfair.



— Com licença professor... – disse Sarah aproveitando-se da distração dele – Esses números pequenos nos frascos são o que?



— São o tempo de duração na poção... – respondeu ele distraídamente ensinando o modo correto de se cortar Hemerobios - ... não queremos que o efeito passe em menos de uma hora não é mesmo?



Ele começou a rir, Sarah contou os frascos não havia nenhum que tivesse no mínimo quatro horas. Sem mencionar que se pegasse ele poderia dar por falta, mais que depressa pegou a varinha e tocou em dois frascos os quais tinham o número 2.



— Geminio... – disse ela baixinho. Um brilho rosa perolado saiu de sua varinha. O frasco sobre a mesa tremeu, e por alguns segundos começou a se esticar como se fosse de borracha.Segundos depois, um novo frasco estava ao lado do original. Sarah executou o feitiço mais 3 vezes em frascos e rolhas, e rapidamente os encheu, e depois de seguramente tampados disfarçadamente os escondeu dentro das vestes sem que ninguém percebesse. Assim que terminou de encher todos os frascos que estavam na pequena caixa. Ela respirou fundo e foi até o professor com ela nas mãos. – Acho que já perturbamos o professor demais por uma tarde...



— Que é isso... – respondeu ele com um sorriso - ... sempre é bom nutrir mentes inteligentes com mais conhecimento...



— Sarah está certa... – disse Olivia - ... obrigado professor, temos que ir.



— Tudo engarrafado e lacrado... – disse Sarah colocando a caixa sobre a mesa.  – Vamos meninas?



Alice concordou prontamente, Olivia também começando a se despedir, quando iam sair da sala o professor as impediu.



— Com licença meninas... – disse ele examinando a pequena caixa sobre a mesa.



Sarah sentiu o coração parar e tinha a mais absoluta certeza de que estava tão branca quanto o fantasma da Gryffindor. Em sua mente tentava bolar desculpas plausíveis a qualquer que fosse a pergunta que seu professor fizesse. As três viraram lentamente para ele e então o viram com um livro nas mãos.



— ... não seria esse o livro que a Srta. Estava procurando Srta. Perks?



— Ahhh.... claro... – disse ela respirando aliviada - ... quase o esqueci novamente. Obrigado professor.



Disfarçadamente as três garotas andaram calmamente até chegarem as passagens que levavam ao saguão de entrada. Depois de se certificarem de que não estavam sendo observadas desataram a correr. Nem bem tinham subido as escadas Sírius as encontrou.



— E aí? – disse ele sério.



— Agora vem a parte difícil... – disse Sarah encarando – precisamos de alguma parte do James.



— Venha... vamos ao dormitório... – respondeu ele.



O salão comunal estava praticamente vazio, a maioria dos alunos estava aproveitando o sábado do lado de fora do castelo. Sírius subiu as escadarias e Sarah também, Olivia e Alice pararam.



— O que estão esperando? – perguntou Sarah e as duas olharam uma para a outra.



— Não vamos escorregar? – perguntou Alice colocando a ponta do pé na escada a testando.



— Pelas cuecas de Merlin... – disse Sarah impaciente – Vocês duas por acaso tem alguma segunda intenção? – Elas menearam a cabeça negativamente – Então parem de frescura e subam...



Meio relutantes as duas começaram a subir, e quando viram que a escadaria estava firme, bem correram escadaria a cima praticamente se jogando dormitório a dentro.



— Bem...  -  disse Lupin com um sorriso nervoso - ... conseguiram?



— Sarah conseguiu... – disse Olivia enquanto Sarah mostrava os dois pequenos frascos que estavam dentro das vestes.



— Só temos um pequenino problema... – disse ela - ... temos de encontrar algum “pedaço” do James ou isso não vai funcionar...



— Isso é fácil... – disse Sírius indo até o malão que estava nos pés da cama de James e pegando a escova de cabelos – Sintam-se servidas...



Olivia foi pegar a escova e Lupin a tirou rapidamente de suas mãos.



— Você usa essa escova cabeça de vento, como vai saber se não tem pêlos seus ai... não vamos desperdiçar a poção...



— E já foi difícil de conseguir... – disse Olivia – Por sorte Sarah foi mais rápida em engarrafar as poções.



Peter então entrou correndo no dormitório ofegante. Todos praticamente levaram um susto.



— Algum gato te perseguindo Peter? – disse Sírius em tom de brincadeira mas o garoto lhe encarou sério.



— O diretor... – disse ele -... McGonagall mandou avisar ao Potter que ele tem meia hora para comparecer ao tablado.



— Ele está suspeitando... – disse Sírius sério. Era fato conhecido que Amycus Carrow I era um comensal muito astuto, o fato de não ver Potter o dia todo, muito provável que lhe deixasse com a pulga atrás da orelha.



— E mais essa agora... – falou Remus - ... vamos ter de encontrar alguma coisa e rápido.



Sarah então voltou sua atenção a cama de James, devia ter algo ali, um fio de cabelo, qualquer coisa. Delicadamente levantou os cobertores, e esquadrinhou cada milímetro da cama do garoto. Não era possível que Merlin não lhes ajudaria agora. Ergueu o travesseiro e eis que encontrou um pequeno fio de cabelos negros. Delicadamente  pegou o fio de cabelo não tinham muito tempo.



— Encontrei... – disse Sarah fazendo tanto Remus quanto Sírius a encararem - ... rezem para que seja um fio de cabelo dele...



— Não temos tempo para testes... – disse Remus pegando o fio de cabelo negro e jogando dentro do copo onde Olivia tinha colocado os dois vidrinhos de poção. O líquido grosso e esponjoso que mais parecia um grude mal feito, tomou uma cor dourada e brilhante. – Não parece muito ruim...



Quando o garoto foi beber Olivia segurou sua mão por alguns instantes. Ficou na ponta dos pés e então lhe dera um beijo no rosto. Sarah pode notar o rosto do garoto tomar uma coloração rosada e se segurou para não rir. Vendo que todos estavam o olhando, o garoto então sorriu timidamente e de um gole só colocou a poção para dentro.



— Não é tão ruim... – disse ele com um sorriso.



— Olha Remus... – disse Sarah - ... o professor Slughorn disse que cada frasco desses corresponde a duas horas de duração do efeito... então você tem mais ou menos quatro horas pra nocautear Mayfair...



— Ou ser nocauteado... – respondeu ele com um sorriso.



— Não diga besteiras... – respondeu Olivia – Você tem tanto talento quanto James...



Nessa hora Remus curvou-se com um gemido como se tivesse sido atingido por um soco. Logo Sarah pode observar que seu rosto começou a borbulhar, seus cabelos começaram a crescer escuros assim como seu físico começou a mudar. Não demorou para que ali diante dela estivesse uma cópia exata de James Potter ofegante.



— Perfeito! – disse Alice enquanto Sírius ia até o amigo e o examinava. – É... a mesma cara de tapado do galhudo....



James (Remus) então dera-lhe um peteleco na nuca.



— Alguém pelo amor de Merlin tem algum óculos... – disse Remus com as mãos estendidas – Eu sabia que ele era cegueta mas não tanto....



— Acho que ele deve ter outro par de óculos por aqui... – disse Sírius praticamente se enfiando dentro do malão de James e tirando tudo para fora. – Aha! Achei.



— Passa pra cá.... – praticamente tirando das mãos de Sírius - Bem melhor – respondeu Remus agora encarando a todos ali.



— Olha Remus... – começou a dizer Sarah - ... não preciso dizer o quanto vai ser perigoso... ainda mais agora...



— Eu sei... – disse ele com um sorriso, embora estivesse ali encarando um “James”, e com a mesma voz... o seu olhar ainda era o monitor de sempre. – Não se preocupem...



Sarah apenas se despediu do garoto e assim como Alice e Sírius e seguiram Peter.



— Queria eu pegar aquela cobra... – disse por fim Sírius.



— Você terá sua chance... – respondeu Sarah e então encarou o garoto - ... E vê se toma cuidado...



— Não acho que o lufano vá usar alguma maldição imperdoável... – respondeu ele – Já Mayfair...



— Aquela cobra vai usar de tudo agora que Carrow liberou as maldições.... – respondeu ela



— Essa é minha real preocupação... – respondeu Sírius. – Remus é bom... mas será que isso é o suficiente?



— Vai ter que ser... – disse Sarah – pelo menos até Lorigan encontrar o James.



Não havia esquecido seus avós, e muito menos deixara de se preocupar com James. Mas no momento, sua insegurança falava mais alto. Não era somente o fato de James ter sumido da escola, mas o que isso podia acarretar para todos ali dentro.



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Tudo que fora proferido pela voz ausente de sentimentos, fria e arrastada do lorde das trevas até o presente momento concretizou-se como uma profecia; o poderoso senhor das trevas estendia seu poder cada vez mais longe do que outros bruxos das trevas haviam chegado antes. Todos aqueles que prudentemente não desagradavam e serviam com lealdade e devoção, sabendo ser discretos, eram recompensados pelo Lord. Amycus Carrow I olhava para sua marca no braço direito, parecia que fora ontem que atendera ao chamado do maior bruxo de todos os tempos; Lord Voldemort o marcou com fogo como um membro da sua corte, o mesmo orgulho que se apossara dele na fatídica noite o consumia agora, um dos mais respeitados e hoje o mais próximo do grande mestre. O novo diretor de Hogwarts que também detém o departamento de execução das leis da magia sobre sua chefia era uma das peças chaves na nova ordem mundial.



Começariam pelo Reino Unido e logo conquistariam a Europa e no máximo em meia década iriam marchar sobe o seu comando, Aquele-que-todos-temem sairia da clandestinidade e governaria o mundo, colocando os trouxas e os sangues ruins em seus devidos lugares: Abaixo dos Bruxos de Puro Sangue.



Boa parte da manhã Carrow passou em sua sala no alto da torre da Diretoria, lendo relatórios e despachando ordens para o Ministério da Magia, às noticias que vinham do exterior o preocupava por não serem as esperadas, mas sabia que não precisava temer as ameaças que pareciam reacender o fogo da fútil resistência: Espiões dos Comensais da Morte avistaram Albus Dumbledore na Bulgária, se não fosse ao fato dele estar dentro do ministério búlgaro à informação não o preocuparia, porém se o campeão dos nascidos trouxas buscava apoio no exterior para combater o Lorde das Trevas e seus seguidores, desafiando as autoridades ministeriais do Reino Unido esta atitude precisava ser reprimida com rapidez e força.



“Esta pensando que Numengard poderá servir para prender algum de nós?”



Amycus já tinha conhecimento que um pequeno exército reunido por Dumbledore em vários países do mundo estava a caminho da Inglaterra; porém isto o Lorde das Trevas já estava pronto para combater e neste momento a entrada de Bruxos estrangeiros no país estava sendo fortemente fiscalizada – era impossível desaparatar em longas distancias – e neste momento maldições e azarações impediam a chegada pelo ar e pelo mar de forma mágica as ilhas britânicas, o que favorecia e muito a segurança contra a movimentação dos inimigos; sim, as patrulhas em torno das ilhas estavam com ordens expressas para abordar os estrangeiros e levá-los direto para o quartel de aurores, se por ventura mostrassem resistência a “prisão” temporária a ordem por uso de força extrema estava pronta para ser executada. Amycus deixara a ordem expressa para sua irmã, Alecto Carrow, atual chefe dos aurores, de executar todos que oferecessem resistência.



“Milord assegurou-me que podemos confiar na Morsmordre, mas que vamos precisar ficar de olho no filho de Potter e seus amigos...”



No dia seguinte em que o Lorde das Trevas avisou Amycus e o Ministro da Magia (sob a Imperius) que deveriam pedir a ficha completa de todos os os alunos e famílias que ainda estavam em Hogwarts, estas estavam sob o poder do ministério, desta forma foi fácil descobrir os quais precisavam ficar sob atenta vigilância e os que não precisavam. Seu senhor precisava de bruxos talentosos para seu exército, e muitos dos alunos eram brilhantes... poderiam ser úteis se fosse lhes feito as “ofertas certas.” Os demais apenas inúteis figurantes, poderiam ser usados como peões. “Talvez possam estar servindo de espiões para os aliados do velho” Disse Voldemort a Amycus quando este o levou o relatório duas noites depois de encontrá-los. Tudo estava sob controle, e Amycus agora precisava apenas restaurar na sede do conhecimento mágico britânico os padrões Salazarianos.



— Veremos como vão reagir as novas diretrizes... – disse sarcástico olhando para os quadros dos diretores do passado – Acham que poderão postar-se de forma rebelde... - disse sorridente com um tom irônico, virou-se para um professor e um sorriso verdadeiro se apossou dele – Professor Black, finalmente nós iremos honrar Slytherin de novo, esta escola estava precisando de uma limpeza depois de anos de degradação... E essa já começou... – seu olhar foi para o quadro do professor Dipet e a lembrança de dois alunos Lufanos sendo torturados até a morte na noite passada voltou a sua mente. Sim, encontrara dois alunos tentando fugir da escola, conhecia suas famílias e ambas já haviam sido exterminadas. Era prazeroso dar aqueles que merecem uma grande sessão de tortura; os dois meninos não voltariam para casa e nunca alguém sentiria a falta deles. Certificara-se disso! Varias famílias de nascidos trouxas estavam sendo devastadas pelos seguidores do Lorde das Trevas, o caso dos dois sangues ruins que haviam desaparecido pelo novo diretor era só o princípio.



Naturalmente ainda falta muito que ser feito e a nova prioridade da direção negra de Carrow é caçar e acabar com todos aqueles que apóiam Dumbledore dentro dos terrenos daquela escola; Amycus começou na noite anterior despedindo o guarda caça mestiço Hagrid que a essa altura estava escondido em algum buraco. “Questão de tempo agora...” Ele sabe que o meio-gigante tentaria contato com seu idolatrado Dumbledore, despedi-lo e não mandá-lo diretamente para Azkaban era uma estratégia ousada para tentar chegar ao velho diretor.



— Quero relatórios completos sobre os passos daquele imbecil, quero saber por onde anda, com quem ele fala e se fizer contato com o velho quero que ataquem e matem os dois... Se falharem irão explicar-se diretamente com milord” – Disse ele, ordens claras que foram dadas a um grupo de comensais da morte que se apresentaram no gabinete do diretor nas primeiras horas daquela manhã, agora só restava esperar; Enquanto isso os professores mais antigos da escola passariam por testes e a nossa Herbologista fora a primeira. A confirmação de que seu plano dera certo chegara a suas mãos antes mesmo dos alunos afetados estarem na ala hospitalar.



Dos ombros largos que quase não cabem nos limites do espelho o qual estava Amycus de frente deixa cair uma longa capa preta, estava suntuosamente vestido, toda a grandeza da corte do Lorde das Trevas agora precisava ser exposta. A ambição fazia parte da essência do ser humano, afinal se assim não fosse nunca teriam saído das cavernas, dominado sua magia e ganho o titulo de raça dominante sob a face da Terra. Os Comensais da Morte e seu Mestre agora apostam na ambição dos bruxos de puro sangue para ganhar mais seguidores e manter seguro os planos de dominação, mantendo assim a nova ordem. Após ter certeza que sua aparência estava impecável o novo diretor saiu de sua sala trancando-a magicamente ao sair.



— Ninguém contrario ao Lorde das Trevas conseguirá entrar naquela sala sem uma autorização dada de boa vontade pelo Comensal.



Ele tinha planos, planos estes que precisava serem feitos. Aproveitaria os dois combates para fazer uma varredura no castelo. Seu lord queria o pergaminho de Merlin e bem não estava com Potter, William, o irmão mais novo do auror havia confirmado de que não estava no castelo... então só poderia estar em um lugar...



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Como Sírius havia dito no dormitório, Sarah sabia que seu “novo diretor” desconfiava de alguma coisa. Então, ainda não tinha idéia se ia assistir ou não, precisava continuar mantendo as aparências e como não tinha conversado mais com James, bem, certamente esperavam que ela continuasse o evitando, então quando Olivia lhe pediu para acompanha-la...



— Temos que manter as aparências Olivia... – disse ela – Se você for e se desesperar, OBVIAMENTE vão querer saber por que Remus não compareceu ao combate do seu melhor amigo... temos que bolar alguma coisa.



Secretamente Remus falou com a professora Minerva, e esta emitiu um comunicado ao diretor sobre o mal estar do garoto. Sabia que ele iria querer verificar a veracidade dos fatos então, disse enfermeira, a jovem Papoula Pomfrey que inventasse alguma coisa contagiosa. Tanto que quando a professora chegou para pegar James e o conduzi-lo para onde seria presidido o combate, ela olhou bem para Sarah e Olivia.



— Srta. Hornby... – disse ela com um sorriso – nem preciso avisá-la que o Sr. Lupin está com sintomas de Sarapintose... e não poderá receber visitas até que seu quadro clínico seja diagnosticado devidamente.



Olívia confirmou com a cabeça, e então Sarah solidária segurou seu braço. Também pode notar que a professora estava acompanhada de dois bruxos com roupas azul turquesa o que queria dizer que eram membros do Ministério. Sírius e “James” então desceram as escadas do dormitório. Sírius agia naturalmente assim como Remus parecia indiferente a ela e a Olivia.



— Estão prontos senhores?  - disse Minerva com um sorriso – Então sigam-me...



“James” apenas seguiu a professora sem esboçar nenhuma reação, já Sírius parou diante das duas com um sorrisão.



— Me desejem sorte... – disse ele.



— Você não precisa disso... – respondeu Sarah, então se aproximou do garoto e disse-lhe no ouvido - ... diga para Remus agir mais naturalmente, James não é assim... – então vendo o olhar do Ministerial em cima de si dera um beijo no rosto do garoto disfarçando.



O garoto confirmou com a cabeça discretamente, dera um tapinha no ombro de Olivia que também lhe desejou boa sorte e encontrou Minerva e “James” e seguiram rumo ao exterior do castelo. O desafio de James seria no lago negro, enquanto o de Sírius no campo de quadribol. O dia parecia ter sofrido uma metamorfose pois já não havia mais o céu límpido e azul.



O céu encontrou a melhor maneira de representar o terror pelo qual a sociedade estava prestes a encontrar com a ascensão do Lorde das Trevas. Raios perfuram as nuvens roxas e repolhudas que agora tomavam conta do céu, enquanto os alunos se sentavam em seus lugares, nas arquibancadas estendidas das profundezas do Lago Negro. Cada rosto empalidecido, cada face estonteada com o cenário que se amplia adiante, está voltado para um grande tablado abaixo, há três metros da água fria, onde os duelistas acabavam de chegar expressando frieza e antipatia. Eram, os dois, Grifinório e sonserino. Inimigos mortais que tinham em mãos a chance de se enfrentar pela primeira vez sem serem interrompidos, além de fazer jus a suas respectivas casas. O juiz deste duelo, Filius Flitwick, encontra-se na arquibancada principal, acompanhado de ministeriais atentos a qualquer movimento suspeito. O clima é o maior inimigo desta partida. Os relâmpagos iluminam incessantemente a negritude celeste, e alguns raios caem na floresta misteriosa que se estende por parte da extensão da orla do grande lago. Se um desses raios cair na água e, ao mesmo tempo, um dos competidores se desequilibrar e cair também, a morte o abraçará eternamente.  Os alunos estão protegidos por feitiços indiscutivelmente poderosos. Mas quanto aos duelistas, estes terão que se virar, ao passo que a tempestade irrompe...



Ao passo que a hora do combate se aproximava, Remus sentia o coração bater mais descompassadamente. O nervosismo, não conseguia evitar e era isso que ele não podia. James era confiante, não temia nenhum tipo de combate, era isso que ele tinha de mostrar. Vestia as roupas idênticas a de Black, o uniforme de campeão da Gryffindor, era bom que ninguém soubesse que havia assumido o lugar de James ou as coisas ficariam piores. Olhou para o lago, sua imagem refletida. Ou melhor a imagem do amigo a olhava. Ele precisava fazer isso, nem que socasse James depois. Virou exatamente na hora em que o professor Flitwick começava a falar. Ainda torceu o pescoço pois não acreditava no que tinha visto. Ele estava flutuando em um pequeno disco de metal?



— Vamos começar então – disse o professor e esperou os dois se posicionarem – Não utilizem maldições imperdoáveis e não sejam impiedosos quais um desses fatos que ocorrerem irei intervir imediatamente – levantou-se no seu disco e disse – Sonorus ... Cumprimentem-se.



Remus respirou fundo, e curvou-se sem tirar os olhos do adversário.



—Boa tarde, Potter. Espero que esteja preparado. – disse o sonserino, Julien falava com Remus com um tom de seco sarcasmo na voz, enquanto se curvava. A varinha em punho assim como ele, seus olhos fixos nos do adversário. Um contato básico, pelo menos para os membros das nobres famílias bruxas concluiu mentalmente o Gryffindor.



— Mais do que você pode imaginar... – respondeu Remus e até estranhou o tom de voz. Era como se estivesse sonhando na verdade. O único problema é que num sonho se você se ferir você acorda, já nesse combate...



 Sentia no olhar do Sonserino a fúria e o desprezo, e não podia negar que tinha de usar todo o seu auto controle para não fazer uso das maldições. Como aquele era um duelo de honra, uma competição oficial e não a guerra que estava por começar, Remus percebeu que o sonserino tinha absoluta certeza da necessidade desse contato. É claro que não era só isso. Ele, Remus não temia contatos visuais, pelo menos não como a maior parte das pessoas. Sua mente preparada para o combate.



Após ver eles se cumprimentarem sai da direção dos dois voltando a arquibancada e disse com o Sonorus ativado. - Podem começar.



— Expeliarmus – pronunciou o sonserino, com um misto de prazer e desdém. Assim que a voz dele foi ouvida um raio partiu de sua varinha, em direção ao adversário.



— Protego! – um escudo invisível surgiu diante de Remus, fazendo com que o Expelliarmus de Mayfair soltasse faíscas quando atingiu sua superfície; mas não foi o suficiente para deter a força da magia. Mayfair não tinha usado toda a sua força, na verdade ele controlava o ataque. Um primeiro movimento bastante contido, Remus notou isso e ficara em alerta. Vaias vindas da arquibancada da Sonserina atingiram os ouvidos do garoto. Entretanto, gritos de apoio se ergueram dos lufanos, corvinais e grifinórios que assistiam. Meio que pegando o gosto pelo desafio, Remus dera um sorrisinho maroto.



— Imobillus! – Com um floreio Remus lançou o feitiço, um globo de luz branca saiu em disparada até o alvo.



Enquanto o feitiço seguia seu trajeto, Remus ficou surpreso ao ver que estava completamente encharcado, e que o Lago Negro produzia altas ondas, batendo na beirada do tablado e jogando água doce sobre a madeira. Um raio cortou o céu. Definitivamente, Merlin não estava ajudando. Raios cortavam o céu e batiam na água seria um prejuízo grande cair do tablado e ser eletrocutado pelas águas do Lago negro.



— Protego – disse Julien Mayfair em resposta, conjurando uma barreira etérea que estacou e fez com que o feitiço imobilizante voasse ao acaso.



Enquanto o globo de luz branca seguia sabe-se lá para onde o sonserino Julien Mayfair sorriu para a arquibancada, observando a festa que a torcida de sua casa fazia para ele. Remus olhou em volta, a varinha em punho, e os olhos atentos ao sonserino que já se preparava para outro golpe.



— Eandem aqua¹— Remus ouviu Julien pronunciar brandindo a varinha de cima para baixo. Um raio cinza prateado formou-se na ponta da varinha de Julien, seguindo em velocidade contra Remus, que desviou-se rapidamente. O grifinório pode ver um brilho macabro surgindo nos olhos do sonserino que mostrava  concentração. Logo Remus sentiu gotas de água pingarem sobre sua cabeça e quando dera-se conta uma enorme serpente de água  dançava atrás dele.



— Sabulum Magma!²— Uma parede de concreto apareceu do nada entre ele e a serpente, rapidamente Remus saltou para o lado assim que ela dera o bote se espatifando sobre ele.



— Está tão calmo e relutante Potter.... – Remus ouviu a voz de Mayfair e então cerrou o cenho. A varinha pronta a responder qualquer nova azaração que partisse contra ele - ... pelo que vejo está usando uma varinha nova... REDUCTO!



Nessa hora Remus sentiu seu o coração parar, não havia nem se quer cogitado a possibilidade de por acaso, notarem que sua varinha fosse diferente da que James sempre usava. A varinha de James era feita de Mogno, muito escuro e a dele de cipestre extremamente claro, Remus disfarçou um sorriso enquanto Mayfair rapidamente reduzia sua parede a pó. Logo em seguida Julien moveu sua varinha mais uma vez, agora num movimento descendente. Da ponta de sua arma surgiu um raio absolutamente branco que percorreu a distância em direção a Remus congelando as gotas d’água com as quais cruzava. Uma linha de gelo ficou presa no ar, quase como uma ponte.



— Glacius – Mayfair pronunciou com força.



— Incendio! – Respondeu Remus no mesmo tom. Fogo jorrou da ponta de sua varinha. O olhar de Mayfair novamente recaiu sobre sua varinha. Ele estava desconfiado. O garoto não sabia a quanto tempo estavam duelando, mas Sarah havia dito que o professor Slughorn atribuiu quatro horas aquela quantidade de poção, e não fazia todo esse tempo que estavam duelando ou fazia? O tablado continuava balançando, as ondas apesar dos ventos não serem mais tão fortes ainda agitavam o lago e desequilibravam os duelistas. Já estava difícil de se manter sobre o tablado com as ondas agora com a chuva estava realmente difícil. Sem mencionar que seus óculos começaram a embaçar, precisava acabar de vez com aquele duelo, que por ser de um sonserino e um Gryffindor, não estava lá grande coisa. Talvez Mayfair estivesse achando isso afinal quando Remus dera dois passos para a esquerda Mayfair o encarou com um sorriso diabólico. Ele olhou seu reflexo na água sobre o tablado, não, ele não estava se “destransformando”, via os olhos de James o encarando no reflexo, então...



— Cruccio! – disse o garoto e Remus foi levado ao chão encharcado. A dor que sentiu em seus ossos era tanta que jamais pensou se quer que pudesse suportar. Já havia passado por dores assim antes, na verdade passava por dores parecidas nas noites de lua cheia. Licantropia não é algo fácil. Mas sentir como se seu corpo inteiro fosse perfurado por facas quentes, a dor insana em sua cabeça o fez gritar. Sentiu Julien começar a se aproximar, obviamente estava confiante. A varinha ainda apontava para ele, mas seu corpo já não sentia as fortes dores, apenas estava exausto.  – Pensa que sou idiota? – disse Mayfair em um tom mais baixo para que só ele ouvisse – Vou revelar você a todos e mostrar sua verdadeira face! CRUCIO!



Novamente seu corpo fora atingido pelas mil facas em fogo. Remus já não sabia exatamente o que sentia. Sua cabeça parecia que ia explodir. Seu coração batia tão rapidamente que...



— Essa não... – murmurou o garoto entre um grito de dor e outro. Não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas em meio a dor alucinante sentia os sintomas da licantropia. Ele estava se transformando. Mas como se não era lua cheia ainda? Sentiu o corpo estremecer, outra onda de dor o atirou no chão se contorcendo.



— ANDA! MOSTRE SUA VERDADEIRA FACE!- disse novamente Julien, agora com um menear de varinha virou o corpo de Remus com a cara no chão. Remus segurava firmemente a varinha mas sua mente não se acalmava para pensar normalmente e conseguir se defender. Viu novamente sua imagem refletida na água empoçada na plataforma e a cor dos seus olhos já não eram do verde costumeiro, estavam da cor âmbar, e isso não era boa coisa. Mayfair agora lhe lançou um feitiço que o jogou praticamente do outro lado. Seu corpo bateu com tudo nos destroços da parede que momentos antes ele tinha conjurado. Sentiu o gosto do sangue na boca e mais uma vez as mil facas em brasa perfurando sua carne. Seus ossos agora pareciam pegar fogo e novamente estava perdendo a sanidade. – Não vai se revelar não é??? – ouviu a voz insana de Mayfair e uma gargalhada vindo dele – Pois bem então AVADA....



Remus não conseguia pensar, muito menos falar. Sabia os riscos que estava correndo quando aceitou fazer essa maluquice mas jamais imaginou que Mayfair usasse realmente as maldições. Pelo menos não a da morte. Por fim a agonia e a dor eram tanta que ele já começava a pedir que ele realmente acabasse com aquilo, porém, antes que seu oponente terminasse a frase, ouviu um estampido e o corpo de Mayfair caiu ao seu lado. Seu corpo ainda sentia os espasmos e então ouviu a voz de McGonagall



— NÃO ESTOU INTERESSADA! – Dizia ela firmemente – NÃO VOU COMPACTUAR COM ESSA INSANIDADE!



— ESTOU LHE AVISANDO MINERVA! – agora era a voz do diretor Carrow.



— NÃO PRECISO DE AVISOS SR. CONSELHEIRO, DIRETOR E SEJA LÁ QUE TÍTULOS O SR. TENHA... DEVO LHE LEMBRAR QUE ESSE TORNEIO FOI MANTIDO TAL QUAL COMO COMEÇOU, E NAS REGRAS... – então em suas mãos apareceu um pedaço de pergaminho -  AHHHH VEJA AQUI... – Então mostrou o papel a ele – Linha 17 parágrafo 23 – ESTÁ TERMINANTEMENTE PROIBIDO O USO DE FEITIÇOS ILICITOS E MALDIÇÕES IMPERDOÁVEIS. Ou seja, mesmo que o Sr. As tenha liberado, elas ainda estão proibidas nesse evento!



— Tratarei disso... – ouviu a voz de Carrow - ... mas Mayfair venceu este combate!



— JÁ DISSE QUE NÃO ESTOU INTERESSADA... – Remus então ouviu a voz de sua professora e sentiu o corpo levitar. Ele não conseguia mover um único músculo. Parecia que todo seu corpo estava atrofiando, e sua cabeça latejava. – Filius... por favor, o leve até a ala hospitalar.



Remus sentiu o corpo se mover e começar a levitar contra sua vontade. Tentou com todas as forças abrir os olhos mas não conseguiu. O som dos gritos e protestos começou a ficar mais fraco e então tudo ficou escuro.



_________________________



Já se passava das 17 horas quando Moody decidiu que era hora de sair daquele antro de cobras. Não agüentava mais os olhares furtivos e, sua curiosidade pelos arquivos que havia surrupiado em segredo do Ministério a alguns meses estava realmente lhe instigando. Claro que não tivera trabalho algum a não ser colocar arquivos que ele mesmo havia investigado a anos atrás, e por isso, colocara estes mesmos relatórios dentro da pasta de Perks pedindo como sempre para Bones levar suas pastas novamente.



Por sorte, sua chefe e “cobra mor” estivera fora quase a tarde toda, mas em compensação, seus olheiros estavam em cima dele. Contudo, o seu “estagiário” estava a horas tentando saber o que ele fazia, então após manda-lo para a sala do Ministro revisar alguns arquivos. Moody sabia que mais alguém estava com ele, afinal, um Ministro sob imperius não tem como ficar sem um “conselheiro” já que o “oficial” era agora diretor de hogwarts. Mas foi melhor ele estar preso naquela sala pois assim o auror pudera sair mais cedo sem precisar prestar contas do que estava querendo fazer. Se passar por um velho caduco tinha lá suas vantagens, afinal, ele sabia exatamente como implicar com todos e a imagem de louco era melhor do que de são naquele lugar. Pegara vários caminhos até chegar a sua casa. Na verdade aparatou em mais ou menos três lugares antes de chegar em casa. Abrira a porta magicamente enquanto olhava ao redor para ver se não fora seguido. Entrara rapidamente e então com o olho mágico verificou cada cômodo da casa. Vendo que tudo estava em ordem, fechou as cortinas da casa, acionou os alarmes contra artes das trevas que havia por cada canto do jardim e da casa.  Sentou-se em sua mesa e tirou de dentro do casaco o pequeno objeto, no qual com a varinha devolveu-o ao tamanho normal. Dentro dele havia dados como a ficha de contrato mágico e trabalho do Ministério, formação e outros itens que não vinha ao caso. Também havia uma foto sobre o arquivo, onde mostrava um Steven com uma aparência dos seus 30 e poucos anos. Haviam também vários outros itens mas nenhum que dizia algo sobre os pais ou sua esposa e filha. Isso realmente o deixou preocupado. E se já tivessem informações sobre elas? Decidiu mandar Amélia ou até mesmo AnaLucia procurarem isso. Os relatórios eram um tanto quanto vagos. Mas, alguma coisa ele conseguiu ver. Seus olhos passavam rapidamente pelas poucas linhas, contando datas e o que foi feito.



— Humm, muito interessante... – disse ele vendo as datas – Até 1966, que foi o ano da morte de Steven, ele estava trabalhando em algo juntamente com o departamento de Misterios... – Passara os dedos sobre as linhas - ... Estava investigando as súbitas aparições de comensais em antiquários... Maio, seus informantes lhe disseram que viram suspeitos próximo a Lyon na França... em Julho, diz aqui que seguiu pistas até Bari na Italia e também Palermo... – Então pegara anotações extras de um pequeno caderno e as abriu.



“Segui-os até altura de Palermo, onde desaparataram sem deixar pistas. Não tive escolha a não ser voltar a Inglaterra e esperar pelo próximo passo. São seis ao todo, todos vestidos como pessoas normais porém nenhum deles tem tanta experiência como aquele que enfrentei a dois meses em Sunderland. O ataque fora certeiro, tenho certeza de que o feitiço deixou-lhe uma marca em seu rosto, pois a máscara fora quebrada.



Minhas fontes me informaram de que algo estranho se passava em Tripoli, e de lá novas e misteriosas fontes me levaram até uma velha e antiga história sobre Inys Withrin ou ilha das maçãs. Das muitas lendas sobre Avalon e seus poderes, algumas dizem ser verdadeiras, mas creio que ela não passe só de lendas. Minha busca me levou até o Egito. Lá perdi seu rastro, mas sei de que tem algo lá que o Lord das trevas realmente quer. Não é o primeiro que ele manda para esse lugar...”



O Documento acabava ali. Moody levantou-se e começou a andar pela sala em círculos. Sua cabeça pensando rapidamente. Teria que refazer os passos de Perks para saber realmente o quê ele estava atrás. Moddy ainda andava de um lado para o outro da sala. Sua preocupação era se seria uma boa idéia sair para o Egito e deixar Bonnes e Cortez a mercê de qualquer um no Ministério. A resistência não estava realmente boa, seus companheiros mais confiáveis estavam sendo descobertos, o que queria dizer que existia alguma falha em todo o plano deles e Charlus. Alguém devia estar fornecendo informações mas como poderiam descobrir?



Sabia que ambas eram de sua confiança e, além do quê dariam alguma desculpa. Mesmo sabendo que Moody estava dando uma de maluco estuporando até quem estivesse do seu lado, deixou pelo menos mais fácil pouca gente no seu pé. Conhecia os irmãos Carrow e eles não se enganariam tão fácil. Mas também não conhecia todos os novos partidários de Lord das trevas. Tinham esse empecilho no momento, não sabiam, até mesmo ele como fazer para desmascarar os mentirosos sem se colocar em risco. Mas também não podia ficar de braços cruzados, já era hora de saberem quais eram os planos de Lord das trevas e se não tinha ninguém maluco o bastante para se arriscar, ele faria. Com a varinha colocou todas as suas coisas em um malão e o diminuiu. Teria de pegar uma chave de portal, mas se pegasse sofreria as conseqüências afinal, teria de dizer onde é que ele pretendia ir fazendo uma viagem internacional. Teria de usar outra tática. Poderia aparatar mas isso seria um tanto longe demais e, não era mais tão jovem.



Esperou anoitecer, reabasteceu suas provisões. E mandara uma coruja para Bonnes dizendo que se por acaso pedissem dele, estaria investigando o caso do vaso de flor cantante no Sudão e não tinha previsão de volta. Pegara sua capa, colocara sobre os ombros. Olhara bem onde estavam todas as suas coisas e as memorizou, não podia arriscar uma invasão.



Saíra para o ar frio da noite, a Lua mostrava que era melhor ter cuidado com Lobisomens. O arco branco em volta dela também não era bom sinal. Olhara para os dois lados vendo se alguém havia notado sua presença e então, virou-se para a casa fortalecendo os feitiços de proteção. Para então ir em direção a sua nova missão. Obviamente, como era de se esperar, Moody trazia consigo um estoque razoável de poção polissuco assim como vários fios de cabelos de trouxas. Era somente usa-los, e foi o que fez para enfim poder embarcar no navio Sim, Navio. Não queria chamar atenção para si, principalmente quando sua melhor “acobertadora” havia lhe conseguido permissão para aparatar em um lugar muito longe dali. Obviamente tudo camuflado em uma pequena maleta que quem a abrisse provavelmente só veria papéis, algumas canetas e quem sabe um vidro de perfume. Enfim, algo que um homem de negócios passaria facilmente.



Quando o velho Alastor Moody chegou ao Cairo, uma onda enorme de calor tocou seu rosto. Sabia que o Egito era extremamente quente mas não pensou que fosse a ponto de cozinhar seus miolos. Estava na Italia quando soubera da comprovação de quem era o espião da Ordem. Sentiu vontade de estuporar a ele mesmo por não ter estado presente na batalha e com toda certeza quando passara no velório de Charlotte, bem, apenas passara para prestar as últimas homenagens. Não conversou com ninguém e nem ao menos pediu alguma informação, afinal estava indo para o Egito. Nem ao menos Dumbledore o informou que o espião era o próprio irmão de Charlus. Ele, Moody não tinha tanto contato com o rapaz, pois se tivesse com certeza teria descoberto onde realmente estava sua lealdade. Mas não era hora para isso, William acharia seu destino a qualquer momento, se não pelas mãos de Potter pelas mãos do próprio Lord por não ter conseguido aniquilar seu irmão como ele tentou revelando o segredo do feitiço Fidelius.  Ele, Moody já havia descoberto um plano de Voldemort sobre uma velha lenda. O velho auror mesmo já havia presenciado muitos de seus amigos contarem para seus filhos e netos, e sua conhecida, Lana, esposa de Charlus descendia das tais sacerdotisas que dizem ter vivido na ilha das maçãs. As sacerdotisas de Avalon, a terra perfeita e poderosa de que todo mundo ouvia falar realmente havia existido, pelo menos era o que Lana dizia ouvir desde que nascera. Porém não era algo tão fácil entrar lá. De acordo com a lenda, brumas a protegia. O nevoeiro era tão espesso e confuso que fazia até o mais experiente navegador se perder num simples lago. Enfim, Merlin foi o único mago homem, digno para ter sua entrada ali permitida, reza a lenda que Morgana uma das mais promissoras discípulas de Merlin não concordava com o seu anseio de ajudar os trouxas com sua magia, e por esse motivo Morgana queria se mostrar sim aos trouxas, mas não para ajudá-los e sim escravisa-los e provar sua superioridade e poder a eles. Sem que Merlin soubesse, ela teria dado um jeito de abrir de uma vez por todas as brumas e espalhar seu poder pelo mundo. O que ela usou para tanto era descrito de várias maneiras, um mapa contando a localização, um pergaminho com feitiços, enfim, eram várias as teorias. Ainda de acordo com tal lenda, esse artefato teria sido destruído por Merlin, guardando assim a magia de Avalon em seu próprio mundo. Até mesmo Lana ainda tinha dúvidas sobre a existência dessas terras até que recebera a notícia por Dumbledore sobre a descoberta de Cygnus. Voldemort tinha designado cada um de seus vassalos para pesquisar até a mínima fagulha de informação que existia sobre tal lenda. Não sabia exatamente “quanto” ele já havia descoberto, só apenas que a lenda era real, e se a lenda era real, seja lá o que fosse que Morgana tinha inventado para chegar até a ilha com certeza também era. As últimas anotações de Cygnus dizia que finalmente o pergaminho tinha sido encontrado, não dizia exatamente onde estava, ou qual era o bruxo que o mantinha seguro mas que fora tomado de um bruxo que pertencia ao Ministério da Magia a alguns anos antes.



— Moody seu cabeça oca... quem lhe garante que esse informante ainda esteja vivo... – pensou ele enquanto perambulava pelas ruas apinhadas de gente. Havia uma porção de barraquinhas e tendas, devia er ali a área de comércio trouxa. A ida e vinda de pessoas, suas cores vívidas era fácil para alguém como ele se misturar. O Homem de cor dourada o qual escolhera para se passar, facilmente se igualava as pessoas ao seu redor. Precisava encontrar o tal informante de Cygnus, isso se já não o tivessem encontrado antes. Passou por uma pequena tenda onde uma senhora estava vendendo vários apetrechos que se diziam mágicos. Ele sabia realmente identificar algo mágico quando via um e aqueles não eram mais que um chamariz de trouxas. Ouvia em sua mente a descrição do bruxo, ele era um aborto que vivia pelas ruelas sombrias do Cairo, seu nome era Dunckle, Igor para ser mais exato.



Steven não tinha muito o que ele investigar, mas Cygnus, bem, esse ao contrário havia deixado um passo a passo. Ainda com informações de Cygnus, podia-o encontrar em um pequeno bar. Era só perguntar a uma mestiça chamada Hortência que era dona do lugar, ela o levaria até ele. Se ainda ela estivesse lá, pois ele já começava a achar que ela devia ter tomado chá de sumiço quando soube do desaparecimento do auror.



Quando Moody entrou o lugar era fumacento e sombrio, ele lembrou logo dos muquifos londrinos onde bruxos das trevas gostavam de se encontrar. Pessoas razoavelmente descentes, bem, eles não freqüentavam esse tipo de estabelecimento então se podia notar o quão baixo eles tinham que chegar para atingir seus objetivos. Sedutoramente a garçonete apareceu diante dele perguntando se gostaria de ajuda.



— Oh Claro... – respondeu ele com um sorriso, que seus amigos não soubessem o quão baixo ele estava disposto a chegar para mandar Voldemort para Numengard, Azkaban ou quem sabe até sumir com sua sombra da face da terra. – Gostaria de beber alguma coisa nobre e galante forasteiro... – respondeu ela agora se apoiando na mesa.



— Gostaria de uma coisa forte... – disse ele novamente depositando uma nota de dois dígitos na mão da garota - ... e gostaria de falar com Hortência... se é que você conhece diga a ela que um conhecido de Abraham Jones quer vê-la.



— Com certeza... – respondeu ela vendo a nota com um belo sorriso e a guardando dentro das vestes - ... só um minutinho... – e então se aproximou mais – vou avisar que ela tem uma visita.



O bruxo sentou-se em uma mesa ao fundo apenas observando. Pelo visto Cygnus era muito conhecido ali. Disfarçadamente olhou a sua volta, não parecia ter sido seguido ou até mesmo que tivesse alguém em sua cola. Foi então que viu a garçonete voltando com a bebida. Novamente ela debruçou-se sobre a mesa com um sorriso lhe estendendo o guardanapo e colocando a bebida sobre ele. Não dissera uma única palavra sobre Hortência o que lhe deixou um tanto apreensivo. Assim que pegou o copo de bebidas olhou no fundo, e conseguiu ler as palavras -  Em 5 min. Atrás do Bar.



Moody fingiu bebericar a bebida, JAMAIS bebia alguma coisa em lugares desconhecidos.  E tomando todo cuidado, saiu do bar novamente. A ruela estava apinhada de gente, indo e vindo dera alguns passos até chegar no que parecia ser um beco, e o único lugar a ser considerado “atrás do bar” e então ouviu um “Psiu”. Demorou um pouco para ele então notar um vulto corpulento mais adiante próximo ao que parecia ser um portão. Moody estava com as mãos nos bolsos e por isso a varinha ao alcance a todo momento. Dera mais alguns passos e então ouviu novamente, só que agora a voz parecendo de uma senhora.



— Você é amigo de Jones?



— Sim... – respondeu ele - ... a Senhora o conhecia?



O vulto então saiu de trás das sombras, era uma senhora de uns 80 anos. Baixinha, de pele bem bronzeada e vestes surradas, tinha a leve impressão de que era uma cigana, dessas que eles viam sempre em circos.



— Faz alguns meses que não o vejo... – respondeu ela quase que aos sussurros e então lhe fez sinal para que a seguisse depois que se certificou que não havia mais ninguém por perto - ... venha, não gosto de ter esse tipo de conversa em um lugar tão aberto.



O bruxo então a seguiu, o pequeno quarto parecia um kitnet daqueles bem pequenos mesmo. Nem ele em sua alta juventude ficou em um lugar tão apertado. Ela então lhe apontou uma cadeira e se sentou na poltrona velha e puída. Com um acenar das mãos a porta se fechou magicamente.



— Pelo visto... isso não lhe surpreendeu... – disse ela - ... então é um bruxo Sr....



— Monthy – respondeu ele rapidamente, por alguns momentos ele esqueceu de que estava sobre outra aparência.– Angus Monthy.



— Bem Sr. Monthy.. – começou ela - ... espero que tenha boas noticias pois não vejo Abrahan a meses.



— Gostaria de lhe dar essas notícias Sra Hortência. Mas venho aqui também em busca do paradeiro dele.



Pode notar que ela parecia realmente sentida com o que ele tinha acabado de dizer.



— Oh... entendo – disse ela.



— Não vou fazer rodeios e tomar ainda mais o seu tempo... – disse ele indo direto ao ponto – Jones sempre falava de um conhecido dele Igor Dunckle, a senhora o conhece?



— Sempre disse para aquele cabeça de prego não se misturar com a laia desse Dunckle...- realmente ela parecia irritada ao citar o nome do informante - ... vivendo como um rato de esgoto em esgoto... mais dia menos dia apareceria boiando no rio com a boca cheia de formigas!



— Eu não sei o que Abrahan estava querendo com ele, mas tenho informações de que foi com esse homem com quem ele falou por último. Talvez ele tenha ou saiba de algo – então pegou nas mãos da senhora e as apertou - ... estou a sua procura, e não vou medir esforços para encontrá-lo, mas preciso saber onde encontrar esse homem.



A velha então dera um profundo suspiro, pelo jeito Cygnus tinha sido uma pessoa muito boa para ela. Ela então pegou um pedaço de papel e anotou algo e lhe entregou.



— Só não prometo nada que esse verme irá lhe ajudar... – respondeu ela - ... ele fica na praça central do Cairo... você deve ter passado por ele e nem percebeu, é uma lojinha cheia de produtos malucos e coisas sem um pingo de decência.



— Obrigado Sra... não vou me esquecer. Mando avisá-la assim que tiver notícias. Ela sorriu então enquanto ele tomava todo o cuidado e voltava para o centro. Os gritos e as cores novamente tomaram conta do seu campo de visão. Ele parecia ter um depósito velho de quinquilharias do que um “armazém”. Quando entrou ali um homem baixinho, com ombros largos e basicamente sem pescoço o encarou desconfiado.



— Procurando alguma coisa? – disse ele ríspido.



— Boa tarde... estou a procura de um Senhor chamado Igor Dunckle... -  então ele viu o homem o olhar de cima a baixo desconfiado –Sou amigo de Abrahan Jones.



Ao ouvir o codinome de Cygnus o homem basicamente mudou de postura. Embora continuasse com a educação de um trasgo velho e mal cheiroso. Fez sinal então para que o seguisse até os fundos onde havia uma salinha. Lá ele abriu a porta e os dois entraram.



— Aguarde aqui, vou fechar a loja... – disse ele não se preocupando com a porta aberta. Pegou a varinha fizera um floreio e tudo se trancou sozinho. A sala pelo que Moody pode notar era até melhor do que a da pobre velha Hortência, Embora estivesse entulhada de coisas, estava até mais organizada com  caixotes e caixas etiquetadas. Havia algumas fotos espalhadas nas paredes .– Bem melhor... o senhor não me disse seu nome...



— Pode me chamar de Monthy, Angus Monthy.



— Ok... o que exatamente o senhor quer saber Sr. Monthy. – perguntou ele sem a mínima cerimônia.



— Olha Senhor... – disse Moody agora firme - ... Jones o tinha como um aliado para conseguir informações... – então o encarou para mostrar que não estava nem um pingo com vontade para aquela embromação toda. – informações esta que o levaram a desaparecer do mapa... – Notou que o homem ficara um tanto surpreso ao saber disso. – Então preciso saber tudo o que foi passado a ele... pois preciso saber o que foi que aconteceu.



— Eu falei para aquele imbecil que isso aconteceria... – reclamou o homem dando um murro na mesa - ... aconteceu a mesma coisa com o outro imbecil...



— Outro? – perguntou Moody agora confuso. Só lembrava de Cygnus estar naquele caso, afinal ele é quem estava infiltrado no meio dos seguidores das trevas.



— É... outro... – então se virou para trás como se procurasse alguma coisa, olhou em algumas gavetas e então pegou o que parecia ser uma foto antiga e a atirou para Moody que a pegou no ar - ... esse ai... o de chapéu.



Moody pegou a pequena foto onde haviam quatro pessoas sentadas em uma mesa de bar. Todos pareciam estar bêbados em alguma comemoração, Cygnus não estava naquela foto o que era estranho mas foi então que algo o fez congelar.  O tal homem de chapéu era, para sua surpresa o filho de seu melhor amigo, a muito tempo desaparecido Steven Perks.



— Preciso saber exatamente que tipo de informações passou para eles... – disse Moody em um tom mais alto do que pretendia.



— Escute aqui amigo... – disse o homem coçando a cabeça enquanto o cigarro pendia de sua boca - ... todos que souberam ou tentaram chegar perto acabaram sumindo... não vou querer ser o próximo!



— Então me conte e desapareça por sua conta... – respondeu o auror com emergência na voz.



— Está bem...  – disse ele sentando-se e fazendo sinal para que Moody também se sentasse - ... a alguns anos, esse cara da foto ai... não me lembro o nome dele andou perguntando sobre uma história... sabe essas lendas bruxas que todo mágico conta para seus filhos.. eu ri na cara dele afinal, eu mesmo cresci ouvindo essas histórias bobas e sabe quantos bruxos malucos aparecem por aqui? – então gargalhou – Vários... mas ele então disse que tinha provas de que não eram apenas histórias, tinha provas de que a tal ilha de Avalon existia que iria encontrá-la pois tinha quase certeza de que algo muito perigoso poderia acontecer...



— E como ele sabia disso? – perguntou Moody.



— Bem... ele não me disse... – respondeu o Homem tragando o cigarro e soltando a fumaça - ... ele só me disse que precisava de um lugar onde pudesse descansar, um lugar de confiança. Então lhe levei até um pequeno hotel mais ao sul de Cairo... ele me pagou em dinheiro aquela vez e disse que me procuraria assim que voltasse...  -  o homem pegou o toco de cigarro, jogou-o em uma lixeira próxima, pegou outro cigarro, o acendeu e começou a tragar - ... Ele nunca mais voltou... somente a dois anos Jones apareceu com a mesma história, disse que tinha provas de que alguém muito poderoso e com poderes malignos estava tentando saber sobre e pediu para que eu ficasse de olho e passasse informações sobre qualquer um que aparecesse perguntando sobre isso. E foi o que eu fiz.



— E qual foi a última informação que passou a Jones? – perguntou Moody.



— Olha cara... você vai estar por sua conta e risco.. – então Moody levantou-se, sua paciência com aquele ser já estava se acabando, estava prestes a pega-lo pelas vestes quando ele começou a falar- ... já vi que não tem jeito... O cara que eu ouvi falar mora a alguns quarteirões daqui... – disse ele - ... é um bruxo bem de vida, dono do próprio nariz, e pelo que dizem ninguém se mete a besta com ele...



— Me diga onde ele mora...



Moody estava acostumado a lidar com bruxos das trevas, e todos eles tinham seu preço. Se fosse preciso viver na clandestinidade como Charlus para obter a informação que queria. Ele faria. Não tinha mais nada a perder.


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