O Acusado Potter
Quando o primeiro Ministro de Londres saiu do seu escritório escuro e sombrio, ficou maravilhado com aquele por do sol. Londres tinha raros momentos como esse afinal a maior parte do tempo é úmido e chuvoso, o que quer dizer que é preciso apreciar e muito aquele finalzinho de tarde. O dia tinha sido extremamente cansativo. Várias questões burocráticas e sem mencionar aquelas maluquices que os bruxos faziam. Realmente quando decidira que entraria na política JAMAIS pensou se quer por um momento, que teria de lidar com coisas que com certeza se abrisse a boca pra contar, lhe internariam em um hospício. Mas depois de alguns anos, começou a fingir que isso eram apenas “lapsos” que aconteciam muito raramente.
Bem, como ele bem pensara a alguns segundos , aconteciam... pois nos últimos meses as freqüentes “aparições” em seu gabinete depois de um quadro maluco fazer o anúncio o estava fazendo perder o pouco cabelo que lhe restava. Afrouxou sua gravata e então seguiu até o carro que o levaria até em casa com sua família. Estava tão distraído quando finalmente estacionou seu carro na garagem com seu ritual antes de entrar em casa, que não prestou atenção na figura que esperava pacientemente a alguns metros dali.
— Bombarda Máxima!
Um raio saiu de sua varinha tão rápido que ninguém prestaria atenção diretamente para o tanque de gasolina. Uma explosão foi o que ocorreu, uma nuvem laranja de chamas devorou o carro que levantou alguns metros no ar. Rapidamente o fogo envolveu o carro e as pessoas que estavam dentro dele, uma comoção foi ouvida e mais explosões dentro da casa começaram a aparecer. Por mais que a família toda do Ministro estivesse dentro do carro ou da casa, ninguém conseguiria escapar pois essa mesma figura impediu que as pessoas ali dentro saíssem. Os gritos eram musicas para seus ouvidos, o sorriso bailando em seu rosto, o brilho ainda maior em seus olhos de que não só suas ordens tinham sido cumpridas como também seu plano não falharia. Agora não mais os bruxos procurariam por Charlus Potter, sua cabeça também estaria a prêmio no mundo trouxa.
Com um movimento rápido seu corpo fora parar ainda mais longe, a espera de que os trouxas fossem socorrer, inutilmente os que ali estavam presos. Esperou um dos uniformizados chegar próximo ao bando de curiosos e lançou a ele um feitiço de alteração de memória, precisava que ele dissesse a todos que Potter era o responsável. Como se ele fosse um fantoche o enviou para a frente de alguns repórteres e deixou claro em alto e bom som que, tinham suspeitas de que era um mal elemento que havia fugido da prisão de segurança máxima chamado Charlus Potter.
Sabia que não precisaria muito para que no dia seguinte todos os jornais estivessem o procurando. Pelo menos pra isso aquele bando de inúteis servia. Fantoches, era isso que precisava naquela hora. Em meio a uma fumaça negra a figura misteriosa desapareceu nas sombras.
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A manhã de sábado praticamente voou, Sarah acordou com Olivia praticamente a tirando da cama para tomarem o café juntas. Tinham programado de estudar afinal os NIEMs seriam naquele ano e mesmo não sendo “assíduas” como Evans, não podiam jogar seu futuro fora não? Mas como tivera de contar detalhe por detalhe do que tinha acontecido isso tinha tomado parte do seu tempo. Não que tivesse acontecido muita coisa. Passou boa parte do tempo conversando com James, era incrível como tinham assunto. Desde quadribol até mesmo o caso da explosão na aula de poções. Caso esse que Sarah tinha certeza de que ele também suspeitava das cobrinhas embora ela tivesse certeza de quem explodiu seu caldeirão tivesse sido Mandy. Conversaram até a hora do jantar, quando ele e Sírius foram chamados para falar com professor Lorigan já que por algum motivo a professora Sinistra havia cancelado a aula. Não o viu mais depois disso e durante a manhã, depois do café Sarah acabou tão ocupada com Emmeline explicando como era a poção embelezadora que acabou só saindo para o almoço. Viu James apenas de relance quando ele passou pelo salão comunal apressado com Lupin e Peter em seu encalço. Achou estranho mas não comentou nada, talvez estivesse com alguma coisa na sua cabeça, afinal, o pai estava com a cabeça a prêmio não é? Deu de ombros e continuou conversando com as meninas. Contudo depois que Olivia decidiu ir a biblioteca procurar sabe-se lá o quê sobre como remover acne. Sarah então se sentou preguiçosamente de frente para a janela que dava para o lago. Inconscientemente ficou brincando com seu colar de meia lua enquanto olhava a paisagem do lado de fora. Sempre gostou de Hogwarts e obviamente sentia como se ali fosse sua segunda casa. Estava tão habituada as surpresas que o castelo reservava durante esses anos que ainda não tinha se quer pensado em como seria sua vida depois. Ok, queria ser Auror isso ela já sabia que teria um LONGO caminho pela frente. Estudos, Cursos, e mais um monte de atividades que teria de fazer. A professora McGonagall já havia comentado isso com seus avós e tivera de ouvir um sermão daqueles por não ter escolhido uma carreira menos perigosa como treinadora ou até mesmo jogadora de quadribol. No entanto ela sabia desde cedo o que queria. Queria fazer a diferença, queria poder se olhar no espelho e sentir-se orgulhosa do que tinha se tornado. E iria começar, esclarecendo a morte de seu pai. Por mais que o ministério dissesse que ele havia morrido por conta de um bruxo bêbado ou até mesmo um “acidente” tinha algo dentro dela que não conseguia se convencer.
— Aquele ali não é o gato do Potter? – ouviu a voz de Joen, uma das seguidoras de Mandy. Joen Flint era uma garota alta, magrela e com cabelos escuros. Sarah tinha certeza de que ela teria sido mandada para a sonserina se não fosse descendente de trouxas. E também Emmeline havia comentado que a ouvira falando mal de Mandy com Pearl, outra garota que adorava seguir Wilson pelo castelo. Ao todo, a tão famosa “torcida imbecilizada” a qual Sara chamava tinha três grifinórias, e duas corvinais. Sonserinas não se deixavam iludir pelos marotos embora ela já tinha ouvido Black se gabando sobre já ter levado algumas para o armário de vassouras, lufanas também, mas sabia que Mandy achava os texugos perdedores. Sarah no entanto achava-os bem valentes e leais, tudo bem que haviam as exceções como em todo grupo mas os que ela conhecia pelo menos eram legais. Amos Digory por exemplo era um ótimo jogador de quadribol sem mencionar que além de lindo era muito prestativo. Key Taemin ou como chamavam de “Kibum” por sempre explodir alguma coisa. Era um fofo mestiço coreano atrapalhado mas muito divertido. E também havia Amy Cavendish, uma jovem nascida trouxa que era sua parceira nas aulas de Herbologia. Enfim, todos que Sarah conhecia realmente eram bruxos incríveis, não sabia dizer porque Mandy os chamava de perdedores.
— Vem aqui gatinho... – ouvia a voz irritante de Mandy mas evitava olhar para traz, havia acabado de almoçar, não ia querer ter uma indigestão. Ouviu Mandy murmurar alguma coisa mas não deu importância, e no minuto seguinte um grito das meninas seguido de um miado enfurecido a fez saltar da cadeira. O gato laranja com focinho chato e rabo em pé arrepiado veio correndo em sua direção e saltou em seu colo. Sarah ficara sem reação sem falar em bastante surpresa afinal, sempre via o gatinho zanzando pelo castelo mas nunca se aproximou, embora fosse boa com animais, não tinha tido contato ainda com ele, aliás nem sabia como era seu nome. O gato por sua vez parecia bastante a vontade em seu colo tanto que ela o ouvia ronronar enquanto ele esfregava sua cabeça peluda em seu queixo.
— O que você pensa que está fazendo? – ouviu a voz de Mandy e então a encarou.
— Estava sentada tranquilamente aqui até vocês aparecerem... – respondeu Sarah ainda com o gato em seu colo.
— Não se faça de sonsa Perks! – ouviu Joen falar e então Mandy ergueu o indicador e a garota se calou na hora.
— Deixa ela comigo Joen.. – repreendeu Mandy e então se voltou para Sarah novamente - ... o que te faz pensar que tem direito de chegar perto desse gato?
Sara então olhou para o bichano em seu colo, ele por sua vez a encarou, piscou os olhinhos verdes “fofamente” e tocou com a patinha delicada em seu rosto fazendo carinho, então ela encarou a garota – Se bem me lembro... foi ele quem se aproximou de mim.. e não o contrário, ou vai me dizer que além do seu cérebro ter problemas está ficando com problema de visão também?
— Aha... até parece... – caçoou Mandy cruzando os braços.
— Olha Wilson... eu não tenho culpa se esse pobre gatinho não tem a mesma paciência que essas daí... – e indicou Joen e Pearl com o queixo - ... pra aturar você. – então abaixou o tom de voz e falou com o gato - ... sim você é mais inteligente... – e agora em voz alta acrescentou - ... ele não é como a sua almofada de pulgas temperamental.
— Snowflake não tem pulgas! – cuspiu Mandy as palavras indo em direção a ela e tentando tomar o gato de seus braços – E me dê esse gato, você não é digna para tomar conta dele.
Quando a garota foi colocar a mão, o gato arrepiara-se todo sibilando arqueou as garras e atacou as mãos de Mandy mostrando as presas. Sarah instintivamente o puxou contra si enquanto a outra garota recuava.
— Eu te disse para não se meter comigo Perks! – esbravejou a garota segurando uma das mãos. Possivelmente o gato deve ter conseguido lhe arranhar.
— Realmente usar tanta roupa justa está bloqueando o sangue de subir para o seu cérebro... – disse Sarah – Escuta aqui sua imbecil, eu lá tenho culpa desse pobre gatinho não querer que você chegue perto dele?
— E porque mais ele não iria querer? – Perguntou Mandy – Eu tenho um gato, eu entendo muito bem como eles pensam e o que eles querem.
O gatinho novamente avançou com as garras afiadas e sibilando contra a garota que esticou a mão para tocá-lo.
— É... – disse Sarah novamente virando o corpo o impedindo de colocar as garras em Mandy - ... dá pra ver “o quanto você entende”. Por que você não o deixa em paz? Que culpa esse pobre animal tem se você não consegue o que quer?
— E quem disse que eu não consigo? – Agora os olhos azuis cinza de Mandy se cerraram e encarou Sarah com as mãos na cintura. – Espere para ver Perks! E você vai ver James Potter aos meus pés até o fim da noite amanhã!
— Só se ele tropeçar e cair... – respondeu Sarah rindo como se tivesse ouvido uma piada. Já tinha cansado de ouvir James falar que nunca teve alguma intenção de chegar a meio metro da garota, como ela tinha tanta certeza assim de que ele estaria aos seus pés?
— Espere pra ver... – disse ela em um tom que fez com que os cabelos da nuca de Sarah se arrepiassem. E se isso tinha acontecido era porque ela com certeza iria aprontar alguma. Ainda segurando a mão arranhada, Mandy saiu do salão comunal amparada por suas duas fiéis comparsas. Sarah no entanto permaneceu ali parada com o gato gorducho nos braços.
— Tem cada gente maluca nessa escola... – disse ela baixinho e o gato miou baixinho, ela então o colocou sobre a mesa e se sentou de frente para ele, quem a visse COM CERTEZA a chamaria de doida, mas ela sempre foi de falar com seus animais, porque com esse gatinho iria ser diferente? Ele pareceu entender o que ela estava prestes a fazer e então sentou-se a encarando - ... bem Senhor... – então ela olhou a coleirinha no pescoço do gato (que era quase invisível por conta dos pelos e gordura do animal) a plaquinha - Luyde?
O gato estufou o peito como se estivesse orgulhoso do nome e ela se segurou para não rir – Ok, Luyde... – disse ela estendendo a mão e o gato esticou a patinha direita que ela a tocou – muito prazer, sou a Sarah. – O gato miou baixinho e longamente, como se tivesse “dizendo” o mesmo. – Então, você é o tão famoso gatinho de James Potter? – Ele estufou ainda mais o peito e miou novamente. – Deve ser chato ter tanta garota querendo conquistar você pra poder chegar perto dele... - Luyde então baixou a cabeça e Sarah teve novamente a impressão de que ele havia entendido o que ela tinha dito. Ela então sorriu e coçou atrás de sua orelha o que ele pareceu gostar muito. – Humm por acaso você está com fome? Tenho algo no meu malão que acho que você vai gostar... – disse ela. Apontou a varinha para cima e disse o feitiço, não demorou muito uma latinha de atum apareceu flutuando e pousou suavemente em cima da mesa – Eu não conto nada para a Mandy se você não contar... – e deu uma gargalhada enquanto abria a latinha e convocava um prato para que ele pudesse comer sem se cortar. – Sabe... – disse ela vendo o gato se lamber todo enquanto ela colocava o atum sobre o prato - ... eu não entendo como é que aquela garota acha que pode conseguir alguma coisa com ele... – então começou alisar o pelo sedoso do bichano que olhou para ela e pareceu sorrir – Sim... é tão ridículo que dá vontade de rir. – então gargalhou enquanto o gato miava enquanto comia - ... acho que pra ela conseguir alguma coisa com alguém só usando feitiço... ou no caso... – foi exatamente nessa hora que algo dentro de sua mente ecoou - ... não... – disse ela incrédula olhando para o gato - ... ela não seria capaz de fazer isso... ou seria? – Luyde olhou para ela com uma cara de “sim, ela seria” – e voltou a lamber o prato agora já vários centímetros sem atum - ... aquela vagaranha... então foi por isso que ela explodiu meu caldeirão na aula de poções! – Sarah então olhou para o gatinho que terminara de comer e agora a encarava – Luy... posso te chamar assim não é? – Ele miou como se respondesse um sim e ela continuou - ... acho que você consegue achar James antes do que eu, o conhece melhor e sabe como o encontrar... – Então pegou um pedaço de pergaminho e anotou em um papel onde estaria e que a encontrasse o quanto antes. Prendeu-o na coleira de Luy e olhou nos olhos do gatinho – Entregue ao James, Luy... e não o deixe aceitar nada ouviu, impeça ela de comer qualquer coisa que lhe entreguem. Mais que depressa Luy saltou da mesa e desapareceu de vista. Nisso Olivia apareceu - Pensei que tinha ouvido você falando com alguém...
— Não perdeu nada... apenas outra discussão com Wilson e sua corja... – respondeu Sarah indo ao encontro da amiga – Aliás... ela estava importunando o gato do James, mas o problema não é esse... vem... eu te conto no caminho.
Dizendo isso as duas se dirigiram para fora do salão comunal.
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As notícias sobre a morte do primeiro ministro trouxa percorriam os corredores do castelo. James não sabia ao certo se isso era coisa do jornal sensacionalista ou era Rita Skeeter e suas discípulas do jornaleco da escola que estavam publicando algo do gênero. Contudo fazia de conta que não sabia de absolutamente de nada. Pelo menos até encontrar um jovem metido a besta o qual o olhou torto. Já estava acostumado com esse tipo de comportamento vindo de alunos cujo pais tinham uma mente limitada. Mas sua paciência com gente ignorante já estava no limite. Fingiu não o ver e então sorrateiramente proferiu um feitiço congelando os pés do garoto e o fazendo cair em pleno corredor. Rindo ele desceu as escadas rumo ao salão principal. Sírius e Peter tinham ido a algum lugar o qual ele não prestou muito atenção quando lhe disseram mas tinha haver com algum sonserino metido a besta. Já Remus o encontrou assim que entrou no salão principal. Estava debruçado sobre um livro enquanto tomava seu café. Era sempre assim, quando ficava uma semana afastado depois da lua cheia, Aluado corria atrás do prejuízo, não que ele precisasse afinal era o cara mais inteligente que ele conhecia, mas talvez quisesse provar que era capaz de ser digno da confiança que o velho barba branca havia depositado nele quando o aceitou na escola com seu “probleminha peludo”.
— Não acha que poderia aproveitar melhor seus estudos em um lugar menos movimentado? – disse James dando um tapinha no ombro do garoto que então respirou fundo e espreguiçou-se.
— Eu consigo estudar em qualquer lugar... diferente de algumas pessoas... – respondeu Lupin com um sorrisinho - ... por onde foi que você se meteu?
— Assuntos particulares... – respondeu James correspondendo o sorrisinho maroto.
— Aham... sei... – respondeu Lupin cruzando os braços - ... e por acaso teria uma bela morena artilheira novata envolvida?
— E se tiver? – James agora dera um sorrisinho de canto que fez Remus o encarar – O que foi Aluado?
— Olha James... – começou ele seriamente o que fez o garoto estranhar o comportamento do amigo - ... Sarah não é como as garotas que você e Black estão acostumados está bem...
— E quem foi que disse que eu acho isso? – perguntou ele agora também sério.
— Ela é uma garota legal... não é.... – Lupin ia dizendo mas James o interrompeu.
— Eu sei o quão incrível ela é Aluado... e custa tanto você acreditar em mim quando digo que eu sei? – então ele virou literalmente para o garoto e o encarou - ... não tenho intenção alguma de brincar com ela se é isso o que quer saber... – então virou-se para a mesa e pegou uma fatia de torta - ... como você mesmo disse... ela é diferente.
— Assim espero James... – respondeu Remus parecendo mais tranqüilo.
— Está estudando novamente? - perguntou ele e Remus apenas deu um suspiro e então respondeu – Olivia me pediu ajuda... ela e Sarah irão estudar depois do almoço sobre um feitiço, e...
— E você decidiu impressionar a garota? – perguntou James e Remus o encarou. – Eu estou brincando Aluado...
James entendia a preocupação de Lupin, afinal estava afim da melhor amiga de Sarah e como as duas eram próximas, uma besteira qualquer poderia causar uma bagunça sem tamanho no relacionamento dos dois. Contudo James não tinha intenção alguma de brincar com os sentimentos de Sarah, aliás estava sim experimentando algo que até então não tinha tido antes, por esse motivo iria aproveitar ao máximo esse sentimento que estava começando.
Nessa hora uma chuva de corujas entrou voando pelas janelas, pacotes de todos os tipos e tamanhos foram jogados para seus respectivos donos e então uma bonita caixa lavanda com laço azul caiu sobre a mesa na frente de James.
Ele olhou para Remus e sorriu, ok que não havia visto Sarah ainda naquele dia, mas daí ela lhe mandar um presente? Com um sorrisinho maroto James pegara o pacote que parecia ser uma caixa de bombons e então Remus que o encarava com uma das sobrancelhas arqueadas. Só havia um pequeno bilhete dizendo para que aproveitasse os bombons e não tinha assinatura.
— Você não está achando que foi a Perks quem te mandou isso... está? – perguntou Lupin e James então pareceu ficar em dúvida. Quando foi abrir a caixa Luyde saltou sobre ela o impedindo e praticamente mostrando as garras.
— Eita... – disse James dando um salto para o lado e Lupin para o outro - ... o que deu em você Luyde?
O gato novamente mostrou as presas sibilando e quando James foi tentar tocar na caixa, o gato mais uma vez o ameaçou com as garras.
— Porque eu estou tendo a impressão de que ele não quer que você toque nesses bombons James... – disse Lupin e então encarou o gato que agora estava sentado sobre a caixa. – Posso Luy?
Luyde então encarou Lupin com seus olhos verdes desconfiado e sibilou.
— Eu não vou nem tocar nos bombons... até porque não sou muito fã desse tipo de doce... prometo.. – disse ele e então devagarzinho Luyde saiu de cima da caixa. James novamente fez um gesto de que iria tocar na caixa e o gato novamente o ameaçou com as garras.
— Tem alguma coisa suspeita com esses bombons James... – disse Lupin examinando a caixa – Antes de você cair de boca nisso aqui, acho melhor você examinar ou procurar a Sarah para ver se foi realmente ela quem te enviou isso, apesar de que tenho quase certeza de que não foi.
James então encarou Luy que agora lhe olhava com os olhos verdes brilhantes.
— Não foi a Sah quem enviou isso não é Luy? – o gato sacudiu a cabeça negativamente e miou baixinho esticando o pescoço.
— Olha ali na coleira James... – mostrou Lupin e James viu um pequeno pedaço de pergaminho preso. Imediatamente Remus reconheceu a letra de Sarah.
— É meu caro Aluado... mais uma vez você acertou. – disse ele e então quando foi tocar na caixa Luy sibilou outra vez – Ok, ok... Remus vai levar, eu não vou tocar nisso. Vamos Remus, temos que encontrar as garotas.
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— É exatamente isso que você ouviu Olivia... – dizia Sarah entrando na sala de duelos ao qual o professor Lorigan havia dito que poderiam usar. - ... aquela... aquela...
— Sim... eu sei, a vagaranha da Mandy sabotou seu caldeirão na aula para roubar a poção do amor do professor Slugh... – acrescentou Olivia se jogando em uma das várias pilhas de almofadas que estavam dispostos na sala - ... e conhecendo-a como nós a conhecemos... ela vai tentar usar essa poção em Potter. Principalmente agora que você e ele...
— Por isso usei o gato dele para lhe mandar uma mensagem... – disse ela também se sentando ao lado de Olivia - ... espero que o encontre antes...
— Que encontre quem? – ouviram a voz grossa de James e então Luy veio correndo e pulou no colo de Sarah – Espero que esteja falando do papai aqui, pois não estou muito afim de ter de azarar outro bruxo se metendo a besta com você.
Sarah não prestou muito atenção ao que ele dissera, primeiro porque Luy parecia querer uma compensação por ter cumprido sua parte do trato, em segundo porque seus olhos foram direto para a caixa que Remus estava segurando.
— O que é isso? – perguntou ela e James apenas sorriu.
— Não se preocupe, Luy se encarregou de não me deixar nem tocar nesse negócio... – e o gato ronronou orgulhoso enquanto James fazia-lhe carinho atrás da orelha.
— Foi Mandy quem mandou isso.. – completou Olivia já tirando a caixa das mãos de Lupin e a colocando longe – Está cheia de Amormentia.
— Quer dizer que foi a Wilson quem bolou isso? – perguntou Remus a Olivia e ela olhou para Sarah.
— Mandy tentou persuadir Luy a entregar mas ele se recusou a chegar perto dela... – respondeu Sarah ainda com o gato em seus braços - ... ele correu para mim e ela meio que deu a entender que “conseguia tudo o que queria” e como foi mesmo a frase... – então ela fez cara de pensativa – ah “espere para ver Perks, James Potter estará caído aos meus pés até o final da noite de amanhã”. Ou algo do tipo...
— Eu não disse Remus? – perguntou James e tanto Sarah quanto Olivia ficaram o encarando – Que tinha alguma coisa errada naquela “explosão” de poções?
— Mandy sabotou sua poção só para conseguir Amormentia? – perguntou Remus a Sarah e ela confirmou com a cabeça. – Eu não acho que aquela mente medíocre tenha pensado nisso... – então olhou para James - digo... usar amormentia em você James... até pode ser, mas arquitetar um plano para pega-la embaixo dos bigodes de Slugh?
— Não... isso tem dedo da vacatrix... – disse Sarah e James levou uma das mãos a própria nuca e bagunçou os cabelos enquanto se sentava na beirada da mesa.
— Isso me leva a pensar numa coisa Aluado... – James agora sentia sua mente trabalhar rapidamente - ... você se lembra do que o professor Lorigan nos disse na nossa última prática de duelos?
Remus então se recordou enquanto as meninas ainda ficaram os encarando. James então tomou a palavra e começou a explicar a situação.
— O professor Lorigan achou que tivéssemos sido nós que estivéssemos brincando com a poção polissuco. – disse ele e então Remus dera um sorriso, enquanto James continuava - ... eu disse aos garotos que aquele incidente na aula de Poções era muito suspeito. E Lorigan nos interrogou pois o professor Flitwick encontrou cacos de um frasco quebrado no banheiro feminino no segundo andar... havia vestígios de poção polissuco nele.
— Mas porque alguém iria querer roubar poção polissuco? – perguntou Olivia e então Lupin sorriu dizendo – Não é preciso dizer quem foram os últimos a sair da sala naquele dia não é?
— Mandy, Bellatrix e Mayfair... – disse Sarah e James sorriu confirmando com a cabeça.
— O que nos leva a pensar... Por quê? – perguntou ele e todos ficaram na dúvida. Luy por sua vez chamou atenção de Sarah e a encarou sério.
— Ah... claro Luy... – disse ela tirando uma latinha de atum da mochila. Com a varinha transfigurou uma das almofadas em uma tigelinha e depositou nela o atum.
— De onde você... – perguntou Olivia.
— Onde mais tem um depósito de atum no dormitório Olivia? – disse ela com um sorrisinho maroto que fez os garotos gargalharem. – Além do mais, aquele poço de pulgas não vai sentir falta... não é Luy?
O gato miou agradecido e correu para o potinho com atum. Sarah fazia-lhe carinho quando James sentou-se próximo a ela.
— Desse jeito nem eu vou conseguir mais controlar esse gato... – disse ele com um sorriso.
— Luy é um ótimo gato... – respondeu Sarah e ouviram um miado como se Luyde concordasse com a observação – De nada Luy... além disso, ele mereceu. Evitou que você bancasse o idiota sendo controlado pela Wilson.
— E quem disse que eu como algo de onde eu não sei a procedência? – perguntou James e então Sarah o encarou – Pensei que só euzinha aqui é que fazia isso...
— James Potter não come ou bebe nada de onde ele não sabe onde vem... – disse Remus sentando-se ao lado de Olivia que ria alto agora – Eu sempre peguei no pé da Sarah por conta dessa paranóia - disse ela
— Não é paranóia... – respondeu Sarah e James juntos e então ambos se olharam e riram – é questão de prevenção... – respondeu James – desde o meu primeiro ano aqui aprendi a duras penas que não se pode beber ou comer nada que estiver dando sopa...
— Ele virou uma doninha no nosso primeiro ano quando pegou um bolinho de caldeirão que tinham deixado sobre a mesa na sala comunal... – disse Remus se segurando para não rir.
— Sim... – afirmou James com o rosto rubro - ... não é algo que me orgulhe, mas jamais vou esquecer das palavras de Dumbledore dizendo que “na magia, deve-se suspeitar de tudo que estiver por ai, nem tudo é o que parece”
— Desde então... nenhum dos marotos bebe ou come nada sem saber de onde vem... – concluiu Remus - ... porque vocês acham que sempre temos um estoque guardado na sala comunal.
— Por que Peter tem amizade com os elfos? – perguntou Sarah e todos riram.
— Isso facilita muito... – respondeu James - ... tenho que admitir. E também porque Dumbledore está com um dos elfos de minha família. Ciroc.
Sarah sabia muito bem sobre o que estava acontecendo. Fora que Olivia havia lhe mostrado a “nova manchete” que estampava a cara do pai do garoto como assassino do primeiro ministro trouxa. A fisionomia de James mudara totalmente após tocar nesse assunto e então Remus decidiu que seria hora de começarem a estudar.
— Bem... viemos aqui... – disse ele – para estudarmos não? Olivia... você me disse que precisava de ajuda?
Mesmo com Olivia falando a resposta a Remus, Sarah pode notar que James se calara por alguns instantes. Ele podia muito bem enganar as pessoas a sua volta mas ela...
— Não precisar fingir para mim... – disse ela baixinho ao garoto que apenas sorriu. Ele dissera a mesma coisa a ela quando a salvou do basilisco de pedra. Era hora de mostrar que podia confiar nela também. - ... me ajuda com o feitiço?
Não que realmente precisasse de ajuda, Sarah sabia exatamente o que tinha de fazer mas queria desviar os pensamentos dele das coisas ruins de algum jeito. Levantou-se e então foi para o meio da sala coberta de almofadas e alvos.
— Por que você quer aprender esse feitiço? – perguntou James quando ouviu Olivia dizer a Lupin qual seria.
— Ué... nunca se sabe quando vou ter de explodir alguma coisa... – respondeu ela dando de ombros - ... sabe... pode ser muito útil se você ficar preso dentro de uma rocha.
— Posso te ensinar a se defender... – disse ele se aproximando mais da garota com um sorrisinho que fez a garota sorrir - ... assim ninguém mais lhe prenderia oras... – completou rapidamente.
— Aham... sei... – respondeu ela e ele gargalhou. – Vamos lá Sr. Potter, encare isso como um treino para seu torneio.
— Você não devia ter dito isso... – falou Lupin e Sarah apenas piscou para o garoto. Tecnicamente nunca entrara em um duelo para saber se era boa ou ruim, e decidir encarar justamente um dos melhores duelistas de sua casa era tecnicamente um suicídio MAS, para ela o que valeria seria a experiência, mesmo que isso lhe custasse algumas azarações. James dera um sorrisinho para Remus que respirou fundo apreensivo.
— Não se preocupe Remus... – disse ele tranqüilizando o amigo - ... vou pegar leve com a dama.
Sarah apenas meneou a cabeça sorrindo e se postando de frente a ele em uma certa distancia. Olivia apenas sorriu, já tinha visto Sarah duelar e embora ela não se achasse boa sempre conseguia desarmá-la.
— Ok... – disse Remus no meio dos dois - ... estão prontos?- Os dois menearam a cabeça. Remus apenas olhou para James e murmurou um “Pelo amor de Merlin não faça besteiras”. James somente sorriu mais ainda. – 1.... 2 .... 3.... AGORA!
— Expelliarmus... – disse James tão rápido que quase sua varinha voou de sua mão.
— Protego! – respondeu Sarah e por um segundo quase não tivera tempo de se proteger do feitiço.
— Nada mal... – elogiou James e ela apenas sorriu. – Mas tente antecipar os movimentos do adversário... e se não disser seu feitiço... é ainda melhor...
Falar era mais fácil do que fazer. Nunca havia tentado lançar um feitiço sem dizer-lo na verdade sabia que haviam muitos bruxos capazes disso mas ela ainda tinha muito o que estudar antes de chegar a esse nível.
— Rictusempra! – disse ela e James se defendeu magestosamente, sem pronunciar nenhum feitiço. Tendo se criado com aurores era OBVIO que ele devia saber tudo sobre o assunto. Então ele sorriu novamente e ela serrou seus olhos, sempre que duelava com Olivia, a maioria das vezes acabavam caindo na gargalhada e levando o assunto na brincadeira. Afinal não era nada sério, mas estava agora duelando com James Maroto Potter, estava na cara que ele estava levando o assunto a sério. Embora ela não estivesse. Ela sabia uma magia, a qual jogara Sophie Bulstrode da Lufa-Lufa a pelo menos dois metros de distância durante o clube de duelos antes de ser proibido pelo professor Dumbledore. Então mais que depressa realizou o movimento e pronunciou o feitiço.
— Depulso! – James fora até rápido para defender-se repelindo o feitiço contra parede. Mas deu a impressão de que havia sentido algo o que lhe deixou preocupada. Remus e Olivia a encararam e James ao contrário bateu palmas.
— É disso que eu estou falando... se tivesse lançado esse feitiço em Mayfair... ele estaria até agora na ala Hospitalar... – disse ele ficando novamente em posição – Vamos lá... é a sua última chance de me derrubar... – dera um sorrisinho e piscara para Remus que meneou a cabeça.
— E o que é que eu ganho... se derrotar você? – perguntou ela com uma sobrancelha arqueada.
— Hum.... – gemeu James fazendo cara de pensativo - ... posso pensar em algo realmente proveitoso.
— Ok Sr. Potter... – respondeu Sarah novamente com um sorrisinho - ... aceito o desafio... quem vencer irá fazer “algo proveitoso” ao outro... está bem assim?
James sorriu e se postou novamente de frente a Sarah essa também se posicionou em posição de ataque. A garota já tinha exatamente na sua cabeça o que faria. E quando James fez menção de lançar-lhe o feitiço ela apontou a varinha para o chão embaixo dos pés do garoto ao mesmo tempo que se abaixava e gritou - GLAUCIUS!
A superfície embaixo dos pés de James congelou tão rápido quanto ele perdera o equilíbrio. O feitiço que ele lançou ricocheteou na parede atrás de Sarah acertando a vidraça a frente enquanto James perdera o equilíbrio escorregando e sendo jogado na pilha de almofadas atrás de si. Tanto Sarah quanto Olivia ficaram apreensivas, mas Remus estava gargalhando.
— Você está bem? – perguntou Sarah indo de encontro a James que estava deitado nas almofadas rindo.
— É sério... James Potter ser nocauteado por um glaucius... – disse Remus entre uma gargalhada e outra - .... realmente isso é incrível.
— Ué... quem foi que disse que em um duelo só se pode usar feitiços de ataque e defesa? – perguntou Sarah e James então se sentou ainda rindo.
— Está completamente certa.. – disse James - ... e acho que posso usar essa técnica no torneio... aposto que ninguém vai pensar nisso.
— Um bruxo tem de ser criativo... – começou Olivia - ... em um combate de verdade, eu duvido que um comensal iria jogar limpo.
— Olivia está coberta de razão... – respondeu Remus - ... se me derem licença... Olivia, quer me acompanhar? Tenho que entregar algumas anotações para o professor Flitwick. Olivia prontamente aceitou e os dois saíram da sala. Remus ainda rindo alto sobre o acontecido. – Espere até Black saber disso.
— NÃO SE ATREVA ALUADO!..... – Repreendeu James mas Remus já estava fora de alcance - Agora sim que Remus vai pegar no meu pé por uma semana... – disse James jogando-se novamente nas almofadas e encarando o teto.
— Sinto muito... – disse Sarah guardando a varinha no cós da calça e estendendo sua mão para ajudá-lo a levantar. – Juro que não foi essa a minha intenção.
James então pegou na mão da garota e ao invés de se levantar a puxou sobre ele. Sarah ficou a poucos centímetros do rosto do garoto que a encarou com um sorrisinho maroto. Com um movimento ainda mais rápido, girou seu corpo fazendo com que ela ficasse deitada nas almofadas e ele a segurando pela cintura. Seus lábios sentindo a respiração rápida da garota a poucos milímetros de distância. No entanto ficara com seus olhos preso aos dela por alguns longos minutos. E a garota também não soube o que fazer.
— Posso saber no que o Sr. Está pensando? – perguntou ela sentindo o coração palpitar no peito.
— Se...... – começou ele baixinho quase um sussurro - ... se por acaso pudesse ler minha mente.. você me daria outra joelhada...
— Seus pensamentos são tão impuros assim? – perguntou ela tentando parecer séria mas ele então afundou seu rosto no espaço entre o pescoço e o ombro de Sarah rindo e dera um beijo ali. Sarah sentiu um arrepio percorrer seu corpo e então o encarou com um sorriso.
— Não... – respondeu ele finalmente - ... só que tem algo que não sai da minha cabeça desde aquele dia na sala de troféus...
— Pensei que já tivéssemos resolvido... – respondeu a garota séria e então ele sorriu.
— Apenas... – então ele se aproximou ainda mais dos lábios dela e depositou um beijo – ... queria saber...quando eu sentiria o seu gostinho outra vez...
— Bem... – respondeu ela mordendo levemente o lábio inferior o que fez com que ele abrisse um sorriso ainda maior - ... é só você pedir afinal... consegui te vencer no duelo, e como uma vencedora misericordiosa que sou... cedo-lhe o direito de pedir o que quiser...
James então sorriu ainda mais se aproximando do rosto da garota. Sarah sentia o coração bater tão forte em seu peito, que com certeza James poderia ouvi-lo. Sentiu então os lábios de James tocarem os dela delicadamente, O beijo começou leve e tímido. A garota não sabia dizer o que estava fazendo, mas sentia o corpo todo entorpecido. Após alguns minutos, e quase sem fôlego, ambos sentiram um focinho intervir entre eles.
— Luyde... – disse James encarando o gato que o encarava de uma maneira inocente - ... não faça essa cara! Estava no meio de um lance aqui...
Luy então se aconchegou entre os dois e encarou o dono. Sarah começou a rir e James também.
— Agora vou ter de disputar você com meu próprio gato! – disse ele começando a se levantar. Luy então se acomodou ainda mais se aconchegando no colo de Sarah. – E o mais engraçado que ele não simpatiza com ninguém.
— Eu só o comprei com atum... – disse Sarah sorrindo fazendo carinho atrás da orelha do bichano.
— Não... – disse James a encarando e a garota pode notar que ele falava sério - ... Luyde não se engana... você é especial, ou ele não chegaria perto de você.
Sarah apenas sorriu, era a primeira vez que ouvia James Potter falar daquela forma. Ele então novamente levara a mão a nuca e bagunçara os cabelos. A garota então se levantou, tinham um assunto sério a tratar.
— James... eu sei que não é uma boa hora para tratar desse assunto... – começou ela e ele então pareceu ficar apreensivo - ... mas lembra-se de que me pediu para selecionar algumas pessoas para treinarmos?
— Sim... – disse ele com um sorriso parecendo aliviado - ... eu pensei... – então ele a encarou sorrindo novamente – deixa pra lá... já encontrou as pessoas?
— Bem... – agora ela colocava Luyde novamente nas almofadas e ia até ele - ... Alice e Olivia, e Emmeline... também acho que Frank seria uma boa... ele tem se mostrado muito bom para Alice... e você sabe... depois do que aconteceu... – ela dera um suspiro - ... sinceridade acho que tanto você quanto Black estão cobertos de razão quando dizem que tem algo se esgueirando pelas paredes desse castelo... sinto que já não estou tão segura como antigamente... – James então sorriu de um jeito doce e ela foi logo tomando a parada novamente - ... não James, eu não quero que você me proteja... eu quero ser capaz de me virar sozinha. Não sou nenhuma “princesinha” que precise ficar sendo protegida.
— Eu jamais pensaria isso de você... – respondeu o garoto se aproximando o que fez com que Sarah novamente sentisse um friozinho na barriga. – Sei exatamente o quão boa você é com esse joelho ai... – e dera uma gostosa gargalhada. Sarah no entanto sentiu o rosto queimar.
— Mas nem tudo vou conseguir resolver com meu joelho... – respondeu ela cruzando os braços – e só pra constar... tenho um soco de direita muito bom.
- Não duvido... – disse ele com um sorriso nos lábios que fez a garota estremecer - ... se não se importa, prefiro não ser alvo desse seu segundo talento.
— É só não fazer nada que mereça levar um soco... – respondeu ela com a maior cara de inocente que conseguiu. James no entanto se aproximou ainda mais e passou o braço direito por sua cintura a trazendo para junto o corpo. Sarah ficara estática por alguns segundos, tinha que se acostumar aos toques do garoto mas sempre que sentia em sua pele o calor dele o corpo todo estremecia. Nunca em sua vida tinha se sentido assim antes e estava começando a gostar de se sentir assim. Com a mão esquerda ele tocou lentamente seu rosto e tocou seus lábios com os dele outra vez. Não conseguia descrever o que estava sentindo. Até aquele momento não tinha se dado conta do quanto gostava de estar com ele, e novamente sentira o perfume que a entorpeceu durante a aula de poções. Se realmente amormentia tinha um aroma diferente para cada pessoa... foi então que lembrou-se da caixa e então afastou-se por alguns segundos.
— O que vai fazer com respeito ao seu presente? – perguntou ela e ele a encarou. Ela então apontou para a caixa lavanda sobre a mesa. James então dera um “selinho” em seus lábios e cerrou os olhos. Isso queria dizer que ele já tinha algo em mente. Quando deu um sorrisinho de canto... – Você já tem um plano...
Ele sorriu dando um beijo rápido em seus lábios e fora até a caixa. Luy sibilou e Sarah pegou o bichano.
— Tudo bem Luy... James vai dar o destino apropriado para isso... – disse ela e então o gato o encarou.
— Porque tenho a leve impressão de que eu perdi meu gato? – disse ele com um sorrisinho enquanto saíam da Sala.
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— Alice... – dizia Sarah agora sentada em pleno salão principal. O jantar estava prestes a ser servido e parecia que Alice não estava se sentindo muito bem. - ... não banque a boba, Frank esta caídinho por você. Porque não dá uma chance?
A menina a encarou parecendo duvidar, mas Sarah via isso nos olhos dela. Olivia também estava assim, embora Lupin desse “indícios” de que estivesse interessado nela, ainda ela colocava em dúvida as ações do garoto. Mas sendo um maroto, bem, Sarah não iria se meter. Jurou não se meter na vida amorosa alheia mas Alice... bem, Frank era um garoto diferente e ela tinha a mais absoluta certeza de que ele tinha sentimentos reais pela amiga e não ia deixar os dois não aproveitarem o máximo de tempo juntos por obstáculos que eles mesmo colocavam na relação.
— E como é que você sabe? – perguntou Alice – Olha lá ele conversando com a Emme?
Realmente, Emme tinha um jeito de cativar os garotos que até mesmo Sarah ficava impressionada. Mas vez ou outra Frank olhava para Alice. E conhecendo Emme, bem, Vance não ia se dobrar tão facilmente por um garoto a não ser é claro pelo lufano bonitão que elas conheciam muito bem. Josh Rutherford. Companheiro de Amos Digory.
— Pelas cuecas de Godric... – disse Sarah - ... Emme sempre se deu melhor com os garotos do com as garotas, e cá entre nós ela está farta de tanto te dar indiretas sobre o Longbottom.
Alice olhou para Emmeline e Frank que conversavam animadamente e então desviou os olhos assim que Frank a olhou.
— Alice... é o nosso último ano... – começou Sarah como se fosse a pessoa mais experiente do mundo – sabe muito bem o que vai acontecer... Frank é lindo, sensível, simpático e muito leal... se você demorar muito ele pode se cansar... e outra bruxa sortuda pode ficar com ele.
Dizendo isso Sarah pegou sua taça e bebericou um gole de suco. Alice então respirou fundo, pegou o copo das mãos de Sarah, virou tudo goela abaixo e limpou a boca com o guardanapo.
— Você tem razão... – disse ela - ... se Pelé não vai até a montanha... a bruxa aqui vai...
— Acho que não é bem esse o ditado... – respondeu Sarah rindo.
— Mas você entendeu... – Alice disse se levantando. Porém nesse instante, Mandy entrou no salão com cerca de 15 elfos domésticos atrás dela lhe oferecendo coisas, querendo tocar em alguma parte de seu corpo enfim, sendo realmente importunada. Por mais que ela tentasse correr não conseguia se livrar dos benditos elfos. Nisso James, Sírius, Peter e Remus entraram no salão. Sarah sentiu novamente o friozinho na barriga. Mandy gritava, enxotava, grunia, fazia de tudo mas os elfos não a deixavam em paz. Todos não só na mesa da grifinória mas em todo o salão começaram a rir. James e os marotos seguiram até a mesa, e ela encarou-os. Sarah podia ver nos olhos da garota que se pudesse azararia todos ali, naquela hora. Então James andou até onde Sarah estava encarando Mandy sério. Com certeza tentando mostrar que com um maroto não se brinca.
— Da próxima vez que tentar dar a um maroto alguma poção Wilson... – disse ele - ... acredite, não serei tão piedoso...
Ele então se sentou ao lado de Sarah passando o braço por sua cintura e apoiando o queixo em seu ombro esquerdo. Era a primeira vez que ele fazia isso, na verdade era a primeira vez que ele “mostrava” por assim dizer que estavam juntos e isso a deixou um tanto atordoada. Ele então depositou um beijo em seu ombro. Sarah estava colocando um pedaço de bolinho de caldeirão na boca parou a meio caminho quando ele abriu a boca e pediu que ela desse a ele. Ela obedeceu, ainda não estava entendendo qual era a intenção dele com tudo aquilo. James então dera um beijo estalado em sua bochecha e começou a se servir. Não só Alice ficou parada como o resto da mesa da Grifinória. James então olhou para Frank do outro lado da mesa, Sarah tinha absoluta certeza de que havia uma certa “comunicação” entre esse olhar mas não mencionou nada, apenas ficou observando enquanto Frank se levantava e passava por debaixo da mesa saindo em seguida do lado oposto onde ela e Alice estavam sentadas. Ele então parou atrás de Alice e tocou seu ombro. Alice se virou lentamente, nesse exato momento ele enlaçou a garota pela cintura e a beijou na frente da escola inteira praticamente. Algumas meninas deram risinhos, outros gritaram aprovando a ação. E foi o que tanto Sarah quanto os marotos ou a mesa da Grifinória fez. E não que Sarah fosse experiente no assunto mas até mesmo ela estava ficando sem fôlego quando finalmente Frank afastou seu rosto de Alice.
— Alice.. – disse Frank se curvando um pouco enquanto segurava ambas as mãos da garota - ... eu sei que não sou tão bom no quadribol quanto muitos, e também não pertenço ou sou a um clã de bruxos famosos... mas... – então ele respirou fundo embora não desgrudasse dos olhos da garota - ... eu serei o bruxo mais feliz desse mundo... se me der a honra, de ser seu namorado.
— Esse é meu garoto... – ouviu a voz de James e então o encarou por alguns segundos. Sabia que Frank dividia o quarto com eles mas nunca na verdade pensou que fossem tão amigos. Até mesmo pensou em perguntar o que ele havia dito para que Frank agisse daquela forma mas estava interessada demais no que Alice iria dizer. Viu a morena abrir e fechar a boca algumas vezes e então ela a encarou. Sarah apenas sorriu e meneou a cabeça, era agora ou nunca. Viu que a amiga travou e então dera um pequeno tapa na perna de Alice.
— Sim Senhor! – respondeu Alice como se estivesse falando com algum professor. – Digo... – tentou ela outra vez causando risos – Com certeza... - e então novamente tentou - ... a honra seria minha... – então bufou baixinho - ... ahhhhh vocês entenderam...
Ela então fez um beicinho e cruzou os braços feito uma criança, Frank abriu um enorme sorriso. Com ambas as mãos segurou o rosto delicadamente de Alice e novamente dera-lhe um beijo que por fim a fez sorrir. Sarah mais do que ninguém aplaudiu a atitude. Foi então que ouviu palmas um tanto sarcásticas e a voz anazalada de Lucius Malfoy que quando Sarah virou-se estava em pé ao lado da mesa da grifinória.
— Pelo visto... – disse ele agora encarando todos ali com seu ar superior - ... o cupido andou mostrando as asinhas fofas pela torre da Grifinória. Seus olhos foram de Alice a Sarah e só então para James que já estava em pé assim como Peter, Remus e Sírius.
— E o que você tem haver com isso Malfoy? – agora era Frank que já se postava na frente de Alice a protegendo com o corpo.
— Exatamente oxigenado... – dizia atravessando a distância por sobre a mesa sem ligar para o que tinha sobre ela - ... está com ciuminho?
— Hahaha... – riu ele sarcástico - .. amor é para os fracos... não me admira que justamente os leõezinhos sintam isso.
— Como se alguém ligasse para o que uma cobra tem a dizer... – retorquiu Remus agora ao lado de Frank. Sarah estranhou James não tomar partido da briga e também se levantou. James automaticamente segurou em sua mão a impedindo de fazer qualquer besteira. – Na verdade Luluzito... – agora era Sírius já com a varinha em punho - ... ninguém aqui pediu opinião alguma se é que posso dizer que o que acabou de dizer foi algo significante... – então olhou em volta e ninguém se manifestou - ... viu? Gente como você não faz a menor diferença a nobres pessoas e de bons costumes...
— Então acho que devia olhar mais em volta Black... – agora era Mayfair quem saía das sombras com um sorrisinho suspeito, em sua mão carregava uma edição do profeta diário. Sarah sentiu a tensão surgindo no corpo do maroto ao seu lado. James parecia ter enrijecido e apertava as mãos como quem tentava contar a vontade que pelo que ela pode notar todos tinham na casa dos leões de estuporar os cabelos ensebados e Lucius Malfoy e Julien Mayfair. – Nem todos são tão nobres e de bons costumes como você acha... – dizendo isso, Mayfair jogou no rosto de James a edição “extra” do profeta diário daquele dia. Sarah respirou fundo, tinha certeza de que James iria azara-lo ali na frente de todos, mas não foi o que aconteceu. O garoto simplesmente continuou encarando a cobra sonserina. A leoa sentiu vontade de puxar ela mesmo a varinha mas o toque de James em sua mão a fez parar na mesma hora. Se tinha algo que tirava Sarah do sério era exatamente isso. O prazer que os sonserinos tinham de se aproveitar de certas situações para conseguir o que queriam. E nesse caso... com certeza era causar uma bela detenção a James, principalmente por ele ser um dos forte candidatos a campeões do torneio de duelos.
— Um assassino... – cuspiu Bellatrix as palavras, o que fez com que Sírius a encarasse com certa curiosidade - ... se dizia amante de trouxas, amante da vida... – então imitação barata com uma vozinha irritante – que bruxos e trouxas tinham direitos iguais... e olha ai... ele mesmo deu cabo na vida não só de um mas de 5 trouxas torrados!
— É curioso essa observação... – começou James a dizer tão calmo que Sarah chegou a sobresaltar-se quando ouviu sua voz - ... em primeiro chamar alguém de assassino sendo que é uma Black.... – então ele olhou para Sírius – Sem ofença Padfoot...
— Não... não... to contigo... – respondeu Sírius e então desceu da mesa e ficou ao lado do garoto - ... e desde quando você e essa cambada aí se importam tanto com “trouxas torrados”?
— Não nos importamos... – agora era Lucius Malfoy a falar em tom calmamente anormal - ... aí é que esta a questão Potter... não nos importamos, o que temos que fazer... fazemos as claras... não como seu pai que posa de bom moço... mas no entanto é tão sujo e asqueroso quando você nos pinta...
— Ora seu... – era visível agora que eles tinham conseguido tirar James do Sério. Sarah segurou fortemente o braço de James assim como Sírius o segurou antes que voasse com tudo o que podia para cima dos sonserinos. Lupin se interpôs entre os dois encarando James e indicando com os olhos a porta. Sarah pode observar que haviam 3 bruxos uniformizados e mais dois vestidos com as cores do Ministério da Magia. Com certeza estariam ali para alguma coisa. E tinha a leve impressão de que não seria nada bom. Logo a professora McGonagall encontrou os recém chegados e foi até onde estavam.
— Sr. Potter? – disse ela encarando as cobrinhas sonserinas que pareciam se tornar minhocas pois se encolheram quando seus olhos encararam os sonserinos como vermes. – Creio que essa conversa possa ser resolvida depois... – então com um sorriso doce encarou o garoto - ... poderia me acompanhar?- James meneou a cabeça, Sírius fez um movimento como se fosse com ele mas a professora o cortou na hora – Somente Potter Sr. Black...
Sírius até tentou protestar, mas James meneou a cabeça para o garoto e então dera um sorriso para Sarah que ainda o encarava. Depositou um beijo em sua testa e então esperou a professora.
— O que vocês todos estão olhando? – disse ela em tom de ordem – Não está na hora de voltarem para suas salas comunais? Se não me engano tem muito o que estudar para os seus NIEMs...
Delicadamente conduziu James para fora do salão. Sarah então olhou para o chão onde havia o jornal aberto. A imagem se destacava para a página inteira. O rosto de Charlus Potter estampado como assassino. E mais abaixo um bruxo falando a um grupo de pessoas. Provavelmente dizendo quem era o suspeito.
— Venha Sarah... – ouviu a voz de Remus - ... melhor irmos e esperarmos por James na sala comunal.
A garota não podia fazer mais nada, se sentia inútil. O que dizer a alguém cujo o pai está sendo falsamente acusado de um crime? E o que aqueles “ministeriais” estariam esperando que ele contasse? James estava preso na escola tanto quanto ela. Abaixou-se, pegou o profeta diário e com a varinha ateou fogo na frente dos sonserinos. Para ela isso significava que seja lá o que saísse naquele jornaleco mentiroso, não mudaria nada em seu julgamento. Saiu do salão acompanhada de Remus, um Sírius terrivelmente desgostoso com a fala de Minerva, e o mais novo casal da grifinória. Tinha coisas mais importantes a fazer. Como por exemplo. Estar firme e dar o apoio que James precisasse.
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