Um Natal diferente



Cartas Para Ninguém



Capitulo 5



Um Natal diferente







“St Mungus, 15 de Dezembro



Faz hoje duas semanas que Draco acordou…. Embora ele continue na mesma, sem se lembrar de nada.



O ataque da semana passada não se repetiu, o hospital está calmo.



A Liza voltou para casa com os pais, agora só estamos eu, a Bia, a Mara e Draco.



Voltando á perda de memória do Draco, acho que se revelou uma coisa positiva … Agora ele está mais humano… Deixou de ser o mimado, irritante, egocêntrico Slytherin que eu conheci….”



-Ginny, preciso de falar contigo – Disse Jenny entrando no quarto.

-Ok – Arrumou o pergaminho, a pena e o tinteiro e saiu do quarto deixando as raparigas ao encargo de Draco -O que me querias dizer? – Perguntou assim que se afastaram do quarto.

-O Malfoy vai receber alta.

-Como assim alta?

-Vai sair do hospital.

-Mas como…? Quer dizer, ele não se lembra de nada, não o podemos mandar embora assim.

-E é por isso que eu vim falar contigo. Embora saiba que não tens obrigação de o fazer pedia-te que o ajudasses.

-Eu?

-Sim Gin, tu estás com ele todos os dias, foste a primeira a reconhece-lo, de certo saberás o que fazer.

-Eu não sei….

-Não vai ser assim tão difícil, junto ás coisas dele acharam a chave do que será o cofre dele em Gringotts. Só tens de o levar até á Diagon-Al e hospeda-lo no Caldeirão Furado.

-Mesmo assim Jenny… Eu não sei…

-Tudo bem Gin, eu peço a outra pessoa – Disse voltando costas.

-Espera! – Pousou a mão no ombro da rapariga, fazendo com que ela se voltasse – Eu faço-o.

-Obrigado Gin, agora tens de falar com ele.

-Tudo bem….



Ginny entrou no quarto e dirigiu-se ás pequenas.



-Meninas, será que podiam fazer companhia á Jenny por uns minutos?

-Tudo bem Gin – Bia pegou na mão de Mara e saiu do quarto.



-O que se passou Ginny? – Draco estava sentado á secretária.



A ruiva aproximou-se dele, e conjurando uma cadeira, sentou-se a seu lado.



-Tu recebeste alta, vais poder sair do hospital.

-Mas para onde?

-Eu vou ajudar-te. Hoje vamos á Diagon-Al.

-Onde?

-Diagon-Al, é uma espécie de zona comercial mágica. Mas primeiro temos de ir a Gringotts. Ao banco – Acrescentou vendo a confusão estampada no rosto do rapaz.



Levantou-se da cadeira e caminhou até à mesinha de cabeceira ao lado da cama de Draco, abriu a gaveta e de lá retirou uma pequena chave dourada.



-Esta é a chave do teu cofre no banco. Vamos até á Diagon-Al via Flu. Pronto?

-Flu?

-Ok, também vou ter de te explicar isso, vamos procurar uma lareira.



Chegaram a um dos átrios principais onde existiam várias lareiras. Ginny pegou num pequeno vaso que continha pó de Flu e passou-o a Draco para que ele retirasse um punhado.



-O que é isso?

-Pó de Flu, é fácil, entras na lareira e ao dizeres Diagon-Al, que é o nosso destino, largas o pó aos teus pés. Percebeste?

-Basicamente.

-Cuidado com os cotovelos e mantêm a calma. Eu vou primeiro, não te esqueças, Diagon-Al.

-Diagon-Al – Repetiu.



Ginny entrou na lareira e ao dizer Diagon-Al chamas verdes rodearam-na, fazendo Draco recuar, e no segundo seguinte a ruiva não estava mais lá.

De seguida foi a vez do loiro, um pouco a medo entrou na lareira e largando o pó disse o seu destino. Sentiu tudo a girar à sua volta, e começou a ficar ligeiramente enjoado. À sua frente só via um remoinho verde, sentiu o seu corpo a embater numa superfície dura e no segundo seguinte estava sentado no chão de frente para uma ruiva sorridente.



-Correu bem?

-Sim, acho eu.

-Então vamos.



A ruiva encaminhou-se para as traseiras do que parecia ser um bar, enquanto era seguida por Draco, que se tentava livrar da poeira que aderira ás sua roupas.



-Mas…? – Ia perguntar quando viu Ginny parada á frente de uma grande parede de tijolos. Ela tirou a varinha do bolso das calças e com a ponta tocou na parede à sua frente, recuando em seguida. Uma grande passagem abriu-se na parede dando lugar a uma rua bastante movimentada.



Ginny começou a caminhar decidida e Draco não fez nada mais do que segui-la. As pessoas na rua olhavam para eles de uma forma estranha mas Ginny simplesmente as ignorava.

Chegaram a um enorme edifício de fachada branca. Entraram e a ruiva dirigiu-se a uma das bancadas onde um estranho ser.



-Cofre? – Perguntou a criatura, bastante mal-humorada.

-278 – Disse entregando à pequena criatura a chave com o nº 278 gravado.



O ser indicou o caminho que os dois deveriam seguir. Vinte minutos depois Draco saia do banco com os bolsos carregados de moedas douradas e bastante enjoado.



-Vamos voltar ao caldeirão Furado, vamos reservar-te um quarto.



Draco como sempre deu ombros e seguiu a ruiva.



-Tom, que queria reservar um quarto.

-Claro Srta. Weasley – Disse olhando estranhamente o loiro atrás da rapariga – E em que nome é que fica o quarto?

-Draco Malfoy – Respondeu prontamente.



Tom ia dizer algo mas logo se arrependeu.



-A…Aqui está a chave Srta. Weasley, número 15.



Ginny pegou na mão do loiro e na pequena chave e dirigiu-se de novo para as traseiras do bar.



-Onde vamos?

-Ás compras, agora que já tens o teu dinheiro precisas de roupas e outras coisas. Anda, vou ajudar-te.



Foram duas horas de compras realmente extenuantes para Ginevra. Draco insistia em comprar tudo de tons escuros e principalmente preto.



-Porque é que tens de comprar tudo desta cor? – Perguntava Ginny ao voltarem ao Caldeirão Furado.

-Sei lá, só sei que não gosto de cores claras.

-Ok, ok, tu é que sabes. Bem já é tarde – Tinham acabado de chegar á porta do quarto numero 15 – Acho melhor voltar ao hospital.

-Já?

-Tem de ser.

-Achas que te posso ver amanhã?

-Claro! Já sabes como usar o pó de Flu, é só ires até ao St. Mungus.

-Então tudo bem, vemo-nos amanhã.

-Sim, amanhã – Sorriu docemente, voltando-se para descer as escadas.

-Ginny… - Chamou.

-O que foi?

-Nada…. Esquece…



A ruiva deu ombros e sorrindo desceu as escadas deixando o loiro para trás. Voltou ao hospital, sentindo-se algo diminuída. Sentou-se á secretária do quarto vazio, começando a escrever.



“…. O Draco recebeu alta ….. hoje saiu do hospital …. Agora está hospedado no Caldeirão Furado …. O que vou dizer a seguir pode parecer estranho mas sinto saudades dele …. Quer dizer ele era uma companhia para mim aqui no hospital …. Para mim e para as meninas….”



Ouviu alguém a entrar no quarto e virou-se para constatar que eram as pequenas.



-Olá meninas!

-Daky? – Chamou a loirinha assim que deu pela falta de Draco.

-Anda cá baixinha – Chamou a loirinha que correu para seus braços – O Draco, ele foi embora.

-Porquê? – Perguntou Bia.

-Porque ele já está bom.

-E já se lembra das coisas.

-De algumas, mas ele vai ficar bem.

-E ele vai voltar?

-Acho que sim – Disse pouco convencida – Espero que sim ….. – Murmurou para si mesma.



Mas ele não voltou, pelo menos não nos três dias seguintes.



“St. Mungus, 19 de Dezembro



O Draco não voltou, não deu quaisquer sinais de vida… Será que ele está bem?

Estou preocupada…. Tudo bem que foram só três dias, mas será que lhe aconteceu alguma coisa?

Será que ele recuperou a memória e agora não quer voltar?

Será?



Por mais que eu especule nunca vou chegar a conclusão alguma …. Tenho me impedido de ir até á Diagon-Al ver como ele está ….. Saber se está bem, se precisa de alguma coisa…..



Nestes três últimos dias tudo o que consigo pensar é nele…. Não é normal, definitivamente, não é normal …. Mas não consigo evitar….. Tudo me lembra ele e as pequenas não param de falar nele, de perguntar se vai voltar, quando vai voltar….”



Ouviu batidas na porta, provavelmente seria a Jenny ou outra das enfermeiras que costumava olhar pelas pequenas, por isso não se deu ao trabalho de se voltar.



-A escrever? – Perguntou a voz arrastada que reconheceria em qualquer lugar.

-Draco? – Voltou-se com um sorriso na face só para encarar o rapaz.

-Exactamente – Ele também sorria.



“Um sorriso lindo, para dizer a verdade” – Pensou a ruiva.



-Estava preocupada contigo.

-Sério? – Perguntou meio descrente, sentando-se na sua antiga cama, voltado para ela.

-É claro! Disseste que vinhas cá e nem sequer apareceste …. Pensei que te tinha acontecido algo.

-Estive a pensar nestes últimos dias, não que eu tenha muito em que pensar….. Acho que precisava de estar sozinho …. Pensar no que devo fazer daqui para a frente.

-Lembraste-te de algo?

-Nomes basicamente e foi por isso que aqui vim, perguntar-te quem são essas pessoas.

-Sou toda ouvidos.

-Alguns dos nomes não me pareceram importantes….Como por exemplo Pansy Parkinson, Cabbre ou Goyle.

-Eles eram teus colegas na escola.

-Mas houve um nome, que por alguma razão, me pareceu bastante importante…. Albus, Albus Dumbledore.

-Bem ele é o director da escola onde tu andaste, Hogwarts.

-Só isso?



Ginevra hesitou antes de responder, não seria prudente falar á cerca da Ordem.



-Sim.

-Estranho…. Tenho a sensação que ele sabia de coisas que mais ninguém sabia….

-É possível Draco.

-Mas diz-me, o que fizeste nestes dias?

-Nada de especial…



-Daky!!! – Gritou a loirinha entrando no quarto, acompanhada por Bia.

-Oi baixinha – Levantou-se, pegou na loirinha ao colo e rodou-a no ar – Tive saudades tuas….

-E ela tuas – Disse Ginevra – Todos os dias perguntava por ti….

-Sério baixinha? – Perguntou sentando-se de novo na cama, com Mara ao colo – Eu prometo que venho cá todos os dias, ok?

-Vens? – Perguntou a ruiva, estranhamente animada.

-Sim – Respondeu simplesmente sem tirar os olhos da pequena que segurava.



Ginevra encarou o loiro, com um sorriso no rosto. Aquela notícia tinha-a deixado animada e ela ao menos sabia porquê.



-Bem vou indo….

-Já?

-Já escureceu, é praticamente hora do jantar é melhor eu ir andando.

-Mas voltas amanhã, certo? – Perguntou esperançosa.

-Claro – Respondeu com o seu melhor sorriso – Prometi ás pequenas que voltaria.



Ginevra sorriu e com um aceno Draco saiu do quarto.



“Toca, 22 de Dezembro



Voltei a casa para passar esta época com a família …. Faltam dois dias para a véspera de Natal e eu não podia estar mais ansiosa …. É a única altura do ano em que todos estão em casa, prontos a celebrar …. Este ano vamos ter connosco o Harry e a Hermione, vai ser bom estarmos todos juntos….



Apesar disso tenho pena… pena de ter deixado a Mara no hospital… É verdade, a mãe da Bia recebeu alta e ela pode finalmente ir para casa …. Queria estar perto da Mara, talvez passe por lá na véspera de Natal…. Apesar de ela não compreender não queria que ela ficasse sozinha….”



-Ginny… - Chamou alguém do outro lado da porta.

-Sim?

-Está na hora do almoço, vamos descer – Disse Hermione abrindo um pouco da porta.

-Ok, estou a ir.



Guardou o pergaminho na gaveta e desceu as escadas, acompanhando a morena.



-Mas o que é que aconteceu? – Perguntava a sua mãe preocupada.

-Houve um ataque … Um entre muitos – Respondeu o seu pai.

-Onde?

-Diagon-Al.

-O quê? – Perguntou Ginny alarmada.

-O que se passou filha? Porque está tão preocupada?

-Onde é que disseste que tinha sido o ataque?

-Na Diagon-Al, porquê?

-Draco – Murmurou.

-O que disseste?

-Nada.

-Tens a certeza que está tudo bem?

-Tenho… Eu, eu tenho de ir ao hospital….

-Mas Ginny….

-Eu volto logo….



Aparatou-se no hospital bastante aflita.



“Não lhe pode ter acontecido nada de mal…. Não pode….”



Estava imensamente preocupada com Draco, só conseguia onde estaria ele e se estaria bem.



Entrou no quarto, onde costumava cuidar das pequenas, á procura de Jenny mas não foi ela que encontrou.



Mara dormia calmamente na sua cama, e a seu lado, sentado numa cadeira, estava Draco.

Ela praticamente correu até ele e atirou-se para os seus braços.



-Hei, hei, tem calma – Disse ele a sorrir.

-Tu não sabes como estava preocupada – Disse ainda abraçando-o com força, com a face enterrada no ombro dele – Houve um ataque na Diagon-Al, pensava que te tinha acontecido algo.

-Mas não aconteceu, eu estou aqui.



A ruiva afastou-se dele super corada e encarou-o.



-O que fazes aqui?

-Vim ver-te… vos…. Vim ver-vos.

-Tens a certeza que está tudo bem contigo?

-Sim, está tudo bem, eu saí de lá antes do ataque. Na realidade eu vim cá trazer-te uma coisa.

-O quê? – Perguntou curiosa.

-A tua prenda de Natal.

-Prenda? Mas porquê… Tu não devias….

-Não é nada de especial ….



Tirou um pequeno embrulho esguio do bolso do casaco e passou-o á ruiva.



-Não o abras agora…. Abre-o juntamente com os outros presentes.

-Mas eu não…. Eu não te comprei nada….

-Não faz mal….

-Bem eu tenho de ir…. Antes que a minha mãe fique preocupada…..



Deu um beijo suave na testa da loira adormecida e aparatou-se de novo na Toca.



Subiu até ao seu quarto escapando a todas as perguntas que lhe foram feitas no processo. Ao entrar no quarto trancou a porta e pousou o pequeno embrulho na sua secretária. Ficou apenas a olha-lo, lutando contra a imensa vontade de o abrir.



. . . . .



“Toca, 24 de Dezembro



Faltam vinte minutos para a meia-noite…. Sei que deveria estar lá em baixo com os meus pais, irmãos, Harry e Hermione ….. Mas o que eu queria mesmo era estar com a Mara …. E por mais que não queira admitir, com Draco….



Oiço a minha mãe a chamar, ela parece preocupada comigo, apenas lhe respondo que já vou…..



Não queria ter de sair deste quarto ….. não sabendo que lá fora o mundo bruxo está em guerra ….. Eu devia aproveitar, aproveitar o tempo que tenho com a minha família porque em tempos de guerra o futuro é incerto…..



Vou descer, e levo comigo o presente dado por Draco …. Ainda não o abrir…. Mas sei que vai ser o primeiro ….”



Desceu as escadas e entrou na sala, reunindo-se com os seus pais e irmãos. A sua mãe olhava-a preocupada, talvez por ela ostentar um sorriso triste na face.



-Ginny, tens a certeza que está tudo bem?

-Tenho mãe…..



As doze badaladas soaram e os presentes começaram a ser distribuídos, mas Ginny só se importou com o pacote que trazia consigo.

Desfez o laço delicado que prendia o pequeno pacote, e desdobrou cuidadosamente o papel para revelar uma delicada pena. Não era uma pena qualquer, e logo Ginevra constatou isso, era uma pena de Fénix. Ela sabia o quão raras e caras elas eram. Era uma pena linda, de um vermelho forte com uma pequena particularidade, na parte de baixo da pena, centímetros antes da ponta, pequenas letras douradas estavam gravadas formando as palavras, Ginevra Weasley.



“Como é que ele soube o meu nome?”



Alguém a chamou, arrancando-a dos seus pensamentos.



-Então Ginny, não vais abrir os teus presentes? – Era Ron quem falava.



Ginevra voltou a envolver a pena no papel de embrulho e encarou o irmão.



-Claro Ron – Abriu os vários presentes que lhe foram oferecidos sem prestar realmente atenção a algum.



-Vou subir – Anunciou momentos depois.

-Já Ginny?

-Estou cansada – E sem dizer mais nada recolheu os presentes e subiu as escadas até ao seu quarto.

Trancou a porta com um feitiço que só ela poderia desfazer e aparatou-se no hospital carregando dois pequenos embrulhos.



Entrou no quarto de Mara e não se espantou ao ver Draco sentado na cadeira ao lado da cama dela.



-É tarde, o que fazes aqui? – Perguntou-lhe assim que ela entrou no quarto.

-Não consegui ficar em casa, tinha de a ver….

-E a tua família?

-Pensa que estou a dormir.

-E o presente? Gostaste?

-Se gostei? Eu adorei …. Mas acho que não devias ter gasto tanto dinheiro numa simples prenda.

-Não era uma simples prenda, era um presente para ti….

-Bem eu também te comprei algo… nada de especial na realidade.



Passou um dos embrulhos a Draco, que logo o abriu. Era um livro, com capa de couro negro e com letras douradas, formando o seguinte titulo: “Malfoys: O legado”



-A minha família tem um livro?

-Está visto que sim…. O título atraiu-me enquanto folheava uns livros na livraria. Fala das gerações da tua família, dos hábitos e tradições, pode ajudar-te.

-Obrigado.



Ginny sentou-se na ponta da cama de Mara, vendo a pequena dormir. Ficaram em silêncio, até que a ruiva decidiu quebra-lo.



-É verdade, como soubeste o meu primeiro nome?

-Perguntei à Jenny.

-Ah….



O silêncio voltou a instalar-se, deixando a ruiva nervosa.



-Se vieste só ver a Mara, porque é que trouxeste o meu presente contigo? – Perguntou Draco do nada.

-Estava com esperança de te ver – Respondeu sem pensar.



Agradeceu a Merlin o facto do quarto estar na penumbra, porque por aquela altura ela estava mais vermelha que os próprios cabelos.

Draco sorriu com a reacção da ruiva, que agora observava as unhas como se fossem a coisa mais interessante que alguma vez tinha visto.



-Bem, acho melhor ir embora – Disse levantando-se.



Colocou o presente que havia trazido para Mara na mesinha de cabeceira da cama desta e quando se voltou assustou-se ao ver que Draco estava de pé bem próximo dela.



“Muito próximo mesmo” – Pensou fixando os olhos cinza.



Ficaram a encara-se pelo que pareceu uma eternidade e Ginevra teria continuado assim, se não tivesse fechado os olhos ao sentir os lábios dele nos seus.

Ele beijava-a de uma maneira suave, quase delicada. A língua dele roçava lentamente na sua, provocando uma sensação maravilhosa. Sentia as mãos dele no seu corpo, uma segurava gentilmente a parte de trás do seu pescoço, inclinando-a levemente, e outra estava pousada no fundo das suas costas.

Separou-se dele, a contra gosto e encarou-o novamente.



-Eu….eu vou embora.



No segundo seguinte estava de volta ao seu quarto. Deitou-se na cama, com a mão pousada nos lábios e encarou o tecto.



“Eu beijei-o…. Eu beijei o Draco Malfoy….”



Era a única coisa que passava na sua cabeça e foi com esse pensamento que adormeceu.





- - - - - Fim do 5º Capitulo - - - - -

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