Chapter XVII



Uma onda de tristeza se espalhou pelo castelo quando Draco retornou mais arisco do que nunca. Sempre que possível evitava grifinórios já que sua agressora vinha desta casa – pelo menos um público, já que em seus momentos de descanso passava com a morena em algum canto se engolindo o máximo possível. Ele não estava de todo errado, tinha recebido uma tentativa de assassinato! As vezes passava algum empo com seus amigos afim de acabar com o boato que sua existência estava confinada a companheira inexistente até o momento. Mas apenas uma coisa intrigava as mentes mais esperta: se ela não havia sido encontrada, ele deveria estar à beira da exaustão. Então como sempre nos treinos e jogos de Quadribol sua disposição estava superior à de todo o time reunido?



Uma dúvida que certamente não seria resolvida tão cedo, mas que obviamente deu espaço para burburinhos mais ousados começarem. A paciência de Hermione começava a se esgotar com os comentários cada vez mais maldosos vindos de seus amigos e da concorrência feminina. A cada dia que se passava alguém inventava uma história diferente e era difícil ouvir e ficar quieta. Mas também não podia reclamar, era uma escolha sua apenas revelar quando já fossem de fato um casal.



Mas naquele dia, ah, aquele maldito dia seu temperamento havia se esgotado por completo. Naquela tarde de domingo, embora chuvoso, tinha tido uma partida de Quadribol entre a Sonserina e Lufa-Lufa onde Draco mais uma vez conseguiu ganhar o jogo para sua casa. Seu desempenho em campo beirava a excelência, desta vez controlando sua exibição para as garotas, tudo devido a longa sessão de amassos e uma pequena massagem na noite anterior.



Que ela, Hermione Granger, havia feito.



Só ela, apenas ela.



Mas ao chegar na torre da Grifinória o boato era outro. Como se não bastasse uma rodinha de intrometidas se formava cada vez mais rápido ao redor de Lilá que exibia u sorriso triunfante no rosto. Sabia que coisa boa não viria, mas não resistiu saber o que acontecia.



-Qual é a novidade? – Perguntou a uma terceiranista.



-Lilá está contando que o desempenho do Malfoy no jogo foi por sua causa.



-E como ela pode provar isso?



-Ela disse que é a sua companheira...



-E vocês estão acreditando nisso?!



-A culpa não é minha de você nunca teve chances, Hermione. – Lilá altera a voz, afim de humilhar a morena.



-Você não tem certeza disso Lilá.



-Ah, mas eu tenho sim! Ele vai me reclamar, logo, logo. Se não fosse por mim hoje cedo, ele não teria nem condições de jogar!



-Ah, é? E o que você fez? – Sua pergunta era carregada de ironia.



Não deveria ter feito isso.



-Eu proporcionei a ele o que um armário de vassouras tem de melhor.



-Ratos, que nem você?



-Talvez você queira ter se referido ao seu cabelo, mas não foi isso. Algo mais.... Concentrador para ele, se é que me entende. – Ela lambeu sua boca para finalizar e tirar quaisquer dúvidas sobre o que fizeram.



-E como espera que acreditemos nisso, Lilá? – Tentava a todo custo controlar a veia que ameaçava saltar em sua testa. Sua expressão corporal não era a das melhores: de pé, de braços cruzados, completamente impaciente.



-Só ver o lenço que ele me deu depois para limpar as provas. – Ela exibiu um pequeno lenço com as iniciais do garoto bordadas em sua beirada. Não sabia como ela havia conseguido aquilo, mas com certeza Draco arcaria com aquilo tudo.



Respirou fundo e tentou não começar um escândalo. Não conseguia fechar a boca, muito menos esconder o seu espanto. Teve de apertar os punhos para evitar pegar sua varinha e fazer um belo estrago naquela loira. Escutou suas risadas ao dar meia volta e ir em direção ao dormitório masculino. Estava tão cega de raiva que entrou sem nem pestanejar no quarto dos garotos ignorando por completo o fato de Harry estar sem camisa, recém-saído do banho.



-Harry, o mapa do maroto, rápido. – Ela estava muito furiosa, não conseguindo reparar ao seu redor ou em ser mais educada.



-Hermione! Não pode esperar cinco minutos? Eu termino de me vestir e....



-Não, Harry. Que droga! Eu só preciso ver uma coisa!



Ele reparou na afobação e desespero da amiga, já estando à beira das lágrimas.



-Está tudo bem, Mione? – Ele se aproximou como se fosse um animal arisco a sua frente, com o mapa em uma mão enquanto a outra apoiava em seu ombro, dando suporte ao quer que fosse.



Ainda sem camisa.



-Vai ficar, tem que ficar. – Ela secava algumas lágrimas.



-Você está triste?



-Não, só estou prestes a matar alguém de ódio. Não se preocupe, já encontrei quem eu queria. Obrigada Harry.



Ela se virou e foi embora, tudo no automático. Ainda riam dela quando passou novamente pelo Salão, mas algo que ignorou completamente. Tinha visto Draco acabar de desaparecer nas cozinhas, o que significava que em poucos minutos ele estaria no dormitório. Da Grifinória até o seu quarto levava em média dez minutos, se estivesse com muita raiva, como agora. Ela não estava bem nos últimos dias, uma explosão de hormônios rodeava seu corpo. Seu temperamento estava estourado, poderia surtar por qualquer coisa o que era agravado com toda a situação estressante que passava.



Ninguém gostaria de ter o namorado cobiçado durante uma TPM violenta.



Sabia que Draco nunca a trairia, seria completamente impossível para ele suportar. Mas ao mesmo tempo Lilá tinha um excelente ponto ao mostrar aquela Droga de lenço. Ele era um garoto, garotos não tinham lencinhos! Mas sabia que ele usava para limpar o suor em alguns momentos, afim de diminuir os efeitos de um charme indesejado. Mas como aquela garota o conseguiu?



Ainda não enxergava nada a sua volta quando enfim passou pela tapeçaria, dando de cara com Draco saindo do quarto, com os cabelos levemente molhados, uma blusa de mangas compridas cinza e uma calça de moletom. Uma combinação incrível para um fim de tarde chuvoso de domingo.



-Gostou de me ver hoje? – Ele tinha aberto um sorriso de orelha a orelha, até reparar na expressão de fúria. – Hermione? Aconteceu alguma coisa?



Bufando, Hermione anda rapidamente até seu encontro, distribuindo tapas que ela julgava serem fortes por seus braços e peito.



-VOCÊ ACONTECEU!



-O que eu supostamente fiz dessa vez?



-Como deixou Lilá pegar a droga do seu lenço? COMO?



-Tudo isso só por um lenço? – Ele segurou suas mãos, impedindo de continuar com a agressão.



-Não é só um lenço, é a droga do seu lenço! Ela está agora mesmo na Grifinória contando abertamente para quem quiser ouvir que o seu desempenho no jogo foi devido a.... A..... Ela está espalhando que te chupou em um armário de vassouras e você deu o lenço para se limpar. – Ele a olhava chocado – Eu não aguento mais isso, ela falou justamente para me machucar, sempre frisando que eu nunca terei chances. Eu sei que não devo ligar para isso, mas já me tirou do sério. Sei que você nunca faria isso, mas... - Lágrimas caírem ao longo de seu discurso, mostrando o quanto estava cansada emocionalmente.



-Depois que o jogo acabou eu tentei vir para cá o mais rápido possível.  Ela esbarrou em mim na saída do vestiário. Eu a ignorei porque tinha que tomar banho o mais rápido possível, mas ela deve ter pego do meu uniforme sem eu ver. – ele segurou seu rosto entre suas mãos, tentando acalmá-la.



-Todas essas emoções estão acabando comigo.... Eu não aguento mais todo mundo falando de você, insinuando essas coisas!



-E pensar que eu sou o ciumento da relação. – Ele tentou fazer graça.



-Não brinque com isso!



Eles já haviam se separado, Hermione andava de um lado para o outro. Ficar em seus braços apenas a irritava mais.



-Sabe, eu tenho a solução para isso. Se deixar eu te marcar, isso vai aliviar bastante, inclusive para mim. Sei que não é nada agradável essa irritação e vontade de arrancar a cabeça de alguém, mas a mordida vai...



-Eu aceito.



Draco calou a boca na mesma hora. Ele jurava que ela ia mais uma vez recusar, nunca havia passado por sua cabeça que um papo furado daqueles iria convencê-la sem uma pequena discussão.



-Você está falando sério, Hermione?



-Eu já estou cansada de todo esse ciúme, a qualquer momento vou ter um ataque de nervos! E se isso realmente vai ajudar, então sim, por favor!



Draco se sentia mal por saber que aquela conversa não era de toda verdade. O ciúme diminuiria para ele. Só resolveria com ela no momento que descobrissem que ela era a companheira, mas já que ela havia concordado... Ele poderia se arrepender mais tarde, mas agora não. Tinha que aproveitar enquanto ela estava disposta.



Não poderia ser o bonzinho para sempre. Afinal, era sua vida que estava em jogo.



Aproveitou que a namorada se apoiou no sofá, tentando tomar o controle da respiração novamente para se aproximar. Chegou por trás, envolvendo sua cintura com uma das mãos, enquanto a outra acariciava de leve seu braço. Sentiu um arrepio vir da garota, ficando em alerta para sua presença. Ele tirou o cabelo do caminho de seu pescoço, dando acesso a toda extensão de pele. Ele não sabia o motivo de ir naquele local, seu instinto o guiava na maior parte do tempo. Inspirou lentamente seu perfume e depositou pequenos beijos molhados pela área, sabendo que estava conseguindo distrair o suficiente a namorada quando ela começou a suspirar. A garota quase deu um pulo quando Draco lambeu seu ponto atrás da orelha, chegando até se apertar mais conta o seu corpo que proporcionava o equilíbrio que lhe era roubado lentamente. Draco era o seu ponto de apoio naquela situação nada embaraçosa. Ele depositou mais um beijo molhado na curvatura de seu pescoço com seu ombro, sentido a garota se inclinar levemente, cedendo mais espaço. A velha dorzinha das suas presas crescendo veio à tona – ao menos isso conseguia ter mais um pouco de controle – junto da aceleração das batidas de seu coração. Seus olhos também escureceram, embora ninguém tenha percebido. Seus movimentos podiam ser lentos enquanto a preparava, porém, a mordida fora rápida.



Era estranho admitir o quanto havia gostado de cravar suas presas naquela carne macia e completamente inebriante. Ter escutado o leve gemido dela no momento tinha sido encantador também. Sentia a garota apoiar todo o seu peso em seu corpo, quase como se tivesse as pernas amolecidas, aproveitando para abraça-la mais forte. Também não era para menos, o veneno do Veela era liberado junto de grandes quantidades de oxitocina – o hormônio do amor – afim de camuflar quaisquer efeitos dolorosos sob seu corpo. Então, ao invés de gemer de dor como uma transformação Veela normal, Hermione gemia de prazer, algo que nunca tinha experimentado na sua vida. Era óbvio que já estava excitada pelo charme que tinha sido envolta, mas aumentou excessivamente com a mordida. Draco também não ficou para trás, sentido ondas de prazer enquanto sentia sua marca tomar conta da garota. Ele apertava o corpo da namorada mais contra seu corpo, afim de manter seu equilíbrio e buscar contato.



Quando enfim retirou suas presas de seu pescoço soltou um suspiro de alívio. Parecia que um peso tinha saído de suas costas. Instintivamente lambeu delicadamente sua ferida, limpando qualquer vestígio de sangue quando sentiu Hermione ficar mais pesada em seus braços.



-Hermione? Hermione?!



Ela desmaiou sem motivo algum aparente. Os garotos não mencionaram desmaio na marcação, ele não sabia o que estava acontecendo. Ele não era um vampiro para suga-la até a inconsciência!



-Jeremiah! Jacques! Eu não sei o que aconteceu, por favor alguém me ajude!



Samuel desapareceu de sua moldura. Aquele não era um assunto para alguém como ele.



-Vocês nunca falaram de um desmaio!



-Porque isso nunca aconteceu!



Ele a deitou no sofá. Precisava fazer alguma coisa, mas não sabia o quê. Estava prestes a chamar Severo quando a vê levantar de supetão, completamente desnorteada.



-Draco? O que aconteceu? – Ela colocou a mão no lugar da marca – Por que meu pescoço está tão dolor.... – A compreensão surgiu em seu rosto. Ela virou para ele irada – O QUE VOCÊ FEZ, MALFOY?!



Ele não entendeu absolutamente nada.



-O que você me pediu para fazer! Ou agora vai dizer que não se lembra de ter pedido a droga da marca para parar os ciúmes?! – Ele alterou. Estava apavorado por uma possível rejeição.



Ela começou a chorar.



-Como pode ter me feito ceder tão facilmente? Tinha que me fazer pensar melhor antes...



-Eu não ia perder a primeira oportunidade que você me ofereceu em quase três meses de namoro. Você estava quase implorando por isso! Sabia que eu já pedia a muito mais tempo!



Um rápido olhar de compaixão passou por seu rosto, atirando-se em seu peito, o abraçando fortemente.



-Me desculpa, por favor. Eu não deveria ter reagido dessa maneira. São só esses hormônios borbulhando em mim que estão me fazendo ir a loucura. – Ela tinha uma carinha arrependida pela choradeira – Também sei que isso só vai passar quando elas virem com os próprios olhos. Você me enganou, Draco. Se aproveitou de um momento de fragilidade. – Ela ameaçava a chorar novamente, formando um biquinho.



-Desculpe por isso, Hermione. Foi mais forte do que eu. – Ele segurava seu queixo com seu indicador, dando um beijinho em seu nariz antes de abraça-la, ainda confuso.



Apenas a reação de um garoto normal ao passar pela primeira TPM de sua vida amorosa.



***



Hermione pediu para descansar um pouco antes de voltar para a Grifinória. Seu pescoço doía, o que a fazia resmungar baixinho. Ele a tinha levado para o quarto, deitado em sua cama. Ela logo se aconchegou em seus braços, recebendo cafuné.



-O veneno deve continuar a incomodar pelo menos até amanhã de manhã. Tem certeza que não quer dormir aqui? Sua noite não vai ser muito agradável.



-Foi doloroso? A sua...



-Eu perdi a voz de tanto gritar. Esse não foi o presente de aniversário que eu sempre quis.



-Durou quanto tempo?



-O dia inteiro, mas passei a maior parte do tempo desacordado pela dor. Você percebeu que minha estrutura óssea mudou, não é? Além da dor da movimentação dos ossos e redefinição de algumas características, crescimento dos músculos, também teve o surgimento do Veela.



-A sua parte primitiva, você quis dizer?



-Também. É estranho admitir, mas eu não sou totalmente humano.



-Posso te pedir para parar de falar do veela como se fosse uma terceira pessoa? Acabo não me sentindo monogâmica...



-Realmente quer que eu faça isso depois da nossa noite na semana passada? – Perguntou sugestivo.



-Você sabia exatamente o que estava fazendo, não é?



Ele ficou em silêncio por um tempo.



-Sim. Me desculpe por isso. Eu recobrei a consciência um pouco antes do almoço. Digo, de não agir como um animal por completo. Aquilo também era eu.



-Você disse algumas coisas que me intrigaram... – ela se ajeitou mais em seus braços, ficando mais próxima de seu corpo.



-Você realmente não acredita que eu sempre tenha te desejado?



-Não isso, foi outra coisa. Você disse que não se tocava pensando apenas em mim, mas principalmente em mim. O que me levou a pensar que você pode ter beijado outras garotas, mas será que chegou a tentar alguma coisa com elas? – Seu olhar era de um cachorrinho pidão, louco por respostas.



Draco suspirou antes de responder.



-Não. As duas primeiras eu ainda era muito novo para ter maturidade para alguma coisa assim, e a última.... Ela até tentou, mas eu realmente não queria.



O olho da garota tremeu inconscientemente, um leve ciúme.



-Seria estranho demais eu perguntar quem eram?



-Levando em conta que eu sei que você já beijou o Krum...



-E o McLaggen, não se esqueça dele.



-COMO?!



-Um erro terrível, mas não vou deixar de fora da lista para você não me dizer tudo.



Depois de muito tempo ponderando, ele finalmente cede as suas perguntas.



-A primeira foi a Pansy, no terceiro ano.



-Nunca gostei mesmo dela.



-No quinto ano, eu beijei a Mahogany, da Lufa-Lufa.



-Mas ela era do sétimo ano!



-E um pouco antes do meu aniversário no ano passado, uma prima minha. Eu não consegui levar adiante, a ideia de beijar alguém foi horrível. Talvez já fosse a transformação começando – Ele fez uma careta. – Eu nunca tentei nada com ninguém. O que não impede de investir pesado contra você.



-Como pretende fazer isso se não tem experiência alguma?



-Uma das vantagens de ser um veela é saber exatamente o que fazer e onde fazer. – Seu tom era bastante sugestivo. Draco chegou a se inclinar para roubar um beijo, porém ouviu um resmungo escapar da garota.



-Meu corpo tá doendo...



-Eu não sei o que tem de errado, você é só uma companheira. Não devia estar sentindo tanta dor assim. Acho melhor você passar a noite aqui. Sabe que tenho linha direta com os professores caso aconteça alguma coisa.



Ele nem precisou de muito para convencê-la a ficar. Embora fossem apenas seis da tarde, Hermione já dormia profundamente, vez ou outra resmungando. Embora estivesse com a companheira ao seu lado, Draco mal conseguiu pregar os olhos a noite toda: sua preocupação com a namorada era maior do que seu sono.



***



A previsão de Draco estava certa: no início da manhã de segunda Hermione já estava completamente curada, exceto pela leve dor em seu pescoço. Eles analisaram ao acordar e constataram que ficaria uma cicatriz no lugar devido ao fato de Draco não ter controlado muito bem a força e excitação na hora de mordê-la.



Nada que não mudasse com um pouco de prática. Por que sim, ele pretendia mordê-la mais vezes. O seu gosto era como um vício para seu lado irracional.



Por sorte a única pessoa a notar a falta da garota durante havia sido Gina, e ela não abriria a boca para ninguém. Hermione tinha conseguido se aprontar antes de todos, pegar sua mochila e ficar fora do campo de visão de quem quer que fosse durante as primeiras horas da manhã. Não pode mais evitar o contato após todos se reunirem para tomar o café.



-Tudo bem, Mione? – Harry estava preocupado.



-Bem melhor agora, eu acho. Obrigada.



Teriam aula de Defesa contra Arte as Trevas no primeiro horário, junto da Corvinal. O pequeno grupo se dirigia para a sala, com Gina apenas acompanhando por sua aula ser no corredor seguinte ao deles. Jogavam conversa fora quando Neville que passava perto deles se atrapalhou um pouco com seus cadarços – alvo de Pirraça – e se segurou na primeira coisa que viu pela frente: a capa de Hermione. Ela não rasgou, porém com o movimento deixou exposta a marca que ela havia tentado esconder pela manhã. Neville não apenas puxou a capa, como também a manga de sua camisa.



Ela não conseguiu se recompor a tempo.



-Hermione, o que é isso no se pescoço? – Rony se intrometeu.



-Não é nada, Ron. – Ela subiu a gola rapidamente dando fim no assunto.



-Nada uma ova, Hermione!  Deixa eu ver isso. – Antes que pudesse protestar o ruivo se aproximou e puxou sua gola. – Hermione, isso está marcado! Você não estava assim ontem à noite. Você foi atacada por um vampiro? Você precisa me dizer a verdade. Dumbleodore precisa saber se tem um vampiro à solta por Hogwarts!



-Rony! – Hermione corou violentamente, dando um tapa em sua mão para soltar sua camisa. – Não existe nenhum vampiro aqui!



-Então o que isso...?



-Rony, pelo amor de Deus, não sabe que é falta de educação perguntar sobre manchas e marcas no pescoço das garotas? – Gina respondeu sugestiva – Não está vendo que esse chupão não é da sua conta?



-Chupão?!



Harry ligou alguns pontos em sua cabeça.



-Você não voltou para a torre ontem, não foi?



-Isso não diz a respeito de ninguém! – Completamente corada e irritada Hermione deu as costas aos seus amigos indo em direção a sala de aula.



Enquanto eles achavam que Hermione tivesse um namorado da Lufa-Lufa – que provavelmente Gina já havia contado – Zabini sabia que seu amigo tinha conseguido enfim encontrar uma utilidade para aqueles dentes pontudos. Ele sorriu recostado a uma parede próxima, dando um sorriso de canto ao notar o olhar de Gina sobre si.



Talvez, mas só talvez, ele estivesse interessado em uma ruiva em particular.


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