A Chave de Portal
Capítulo Seis - A Chave de Portal
Harry teve a sensação de que acabara de se deitar para dormir no quarto de Ron quando foi acordado pela Sra. Weasley.
- É sempre assim quando dormimos tarde - disse Lily.
— Hora de levantar, Harry, querido — sussurrou ela, se afastando para acordar Ron.
- Boa sorte com isso - resmungou Ginny, ao lembrar-se do bom humor do irmão.
Harry tateou a procura dos óculos, colocou-os e se sentou.
- Você acorda rápido - resmungou Regulus. Ele sempre era uma bagunça na manhã, levava mais ou menos meia hora para que começasse a agir de forma normal.
Ainda estava escuro lá fora.
- Bem, a Sra. Weasley avisou que vocês iriam sair cedo - comentou Dorcas.
Ron resmungou alguma coisa quando a mãe o acordou.
- Provavelmente foi algo sobre Hermione - disse Sirius maléfico.
- SIRIUS! - gritou Hermione, corada.
Hermione e Ron evitaram se encararem.
Aos pés do seu colchão, Harry viu duas formas grandes e desgrenhadas emergindo de um emaranhado de cobertas.
- Quem você está chamado de desgrenhado? - perguntou George, ofendido.
Harry revirou os olhos.
- Nem imagino quem seja essas formas - comentou Sirius sarcástico.
— Já está na hora? — exclamou Fred tonto de sono.
- E não, não foi um jeito de falar - disse Fred - Eu realmente estava tonto.
- Acontece - murmurou Josh, bem-humorado.
Os garotos se vestiram em silêncio, demasiados sonolentos para falar,
- Nossa, esse era um momento que eu queria ter visto - murmurou Hermione.
- Ron se trocando? - questionou Sirius.
- Não! Eles calados - protestou Hermione.
Lene queria brigar com Sirius para ele deixar a garota em paz, mas ela estava se divertindo demais para isso.
depois, bocejando e se espreguiçando, os quatro desceram as escadas rumo à cozinha.
- Comida é uma ótima coisa para acordar - comentou Ron.
A Sra. Weasley estava mexendo o conteúdo de um grande tacho em cima do fogão, enquanto o Sr. Weasley, sentado à mesa, verificava um maço de grandes bilhetes de entrada em pergaminho.
- Os ingressos! - exclamou James, empolgado.
Lily deu um sorriso contido. Ela realmente não entendia o que deixava James tão feliz sobre um esporte, mas ela gostava de vê-lo assim.
Ergueu os olhos quando os garotos chegaram e abriu os braços para eles poderem ver melhor suas roupas. Vestia algo que parecia um suéter de golfe
Alice encarou o livro confusa. Por que ele usaria isso?
e jeans muito velhas, ligeiramente grandes para ele, seguras por um grosso cinto de couro.
Sirius tentou se controlar para não rir da imagem que estava se formando na mente dele.
— Que é que vocês acham? — perguntou ansioso.
Sirius estava feliz que ele não estava lá nessa hora.
— Temos que ir incógnitos: estou parecendo um trouxa, Harry?
- Bem... Mais trouxa do que bruxo - comentou Lily, incerta.
— Está — aprovou Harry sorrindo — muito bom.
Hermione olhou para Harry de forma duvidosa.
— Onde estão Bill, Charlie e Per-Per-Percy? — perguntou George,
- Nunca soube que você era gago, George.
- Calada, Ginny - disse George com um sorriso maléfico - Ou você quer que eu faça uma imitação sua de quando você encontrava com o Harry?
Ginny lançou um olhar fulminante para ele.
- Eu iria adorar isso! - disse Sirius, sorrindo amplamente. Adorava causar um caos.
- Era assim! Ha... Harr... Harry... Oi - George falou dando uma longa pausa entre as palavras e imitando as vozes e gestos de Ginny - Você... Tudo bem? - ele baixou a cabeça, fingindo ser incapaz de olhar para Harry.
O Potter em si estava dividido entre diversão e vergonha. Deus, Ginny tinha sido realmente estranha, não, tímida antes de conhecê-lo bem.
incapaz de reprimir um enorme bocejo.
- A situação está difícil mesmo - comentou Lene.
— Ora, eles vão aparatar, certo?
- Nunca quis tanto poder aparatar quanto naquele momento - comentou Fred.
— disse a Sra. Weasley, carregando um panelão para cima da mesa e começando a servir o mingau de aveia nos pratos fundos.
Lily fez uma careta. Detestava esse prato.
— Logo, eles podem dormir mais um pouco.
- Acho meio perigoso admitir isso na frente dos quatro, eles podem acabar surtando de raiva - sugeriu Ginny.
Harry sabia que aparatar era muito difícil;
- Nem é, só precisa de prática - disse Frank.
significava desaparecer de um lugar e reaparecer quase instantaneamente em outro.
- É uma das coisas mais legais da magia - disse Lissy.
- É tão mágico... É mais mágico que magia normal, se faz sentido - concordou Hermione.
Harry entendeu o que a amiga estava falando. Apartar era algo que eles sempre sonhavam quando viviam no mundo trouxa, mas nunca acharam possível existir.
— Então eles ainda estão na cama? — concluiu Fred mal-humorado,
- Só elegantemente desapontado - corrigiu.
- Claro.
puxando um prato de mingau para perto. — Por que não podemos aparatar também?
- Porque vocês ainda não sabem apartar, certo? - disse Lene.
— Porque ainda são menores e ainda não prestaram o exame
- O exame devia ser feito em uma idade menor - reclamou Ron.
— respondeu a Sra. Weasley. — E onde foi que se meteram essas meninas?
Ginny e Hermione sorriram culpadas. Elas estavam conversando.
Ela saiu apressada da cozinha e todos a ouviram subir as escadas.
— A pessoa tem que prestar um exame para poder aparatar? — perguntou Harry.
James conteve um suspiro frustado. Algumas horas esquecia o quão pouco o próprio filho conhecia do mundo mágico. Isso não era certo.
— Ah, tem — respondeu o Sr. Weasley, guardando as entradas cuidadosamente no bolso traseiro da jeans.
- Mas assim elas irão amassar - disse Dorcas.
Ginny deu de ombros.
— O Departamento de Transportes Mágicos teve que multar umas pessoas, ainda outro dia, por aparatarem sem licença.
- Nunca entendi porque precisa de uma permissão para aparatar - murmurou Neville.
- Porque é perigoso - disse Aly.
Não é fácil aparatar
- Viu? - murmurou Alice.
e quando não se faz corretamente pode acarretar complicações desagradáveis.
- Mais do que isso - resmungou Frank, estremecendo. Ele sofrera para aprender a aparatar.
Esses dois que estou falando racharam ao meio.
Lissy fez uma cara enjoada. Ela amava magia, mas o mundo mágico também tinha muitas coias desagradáveis.
Todos ao redor da mesa fizeram uma careta, menos Harry.
- Você não tem coração mesmo - falou Fred, dramaticamente.
— Hum… Racharam? — admirou-se Harry.
- Não é algo que eu ouça todo dia - murmurou.
— Deixaram metade do corpo para trás — explicou o Sr. Weasley,
- Como se fosse a coisa mais normal do mundo - murmurou Hermione.
- É bem doloroso, mas pode acontecer - disse Ginny.
agora acrescentando várias colheradas de caramelo ao mingau. — E, é claro, ficaram entalados.
- Claro. Não basta ser dividido ao meio - disse Frank, fazendo uma careta.
Não conseguiram avançar nem retroceder.
- Deve ser apavorante - murmurou Regulus.
Tiveram que esperar pelo Esquadrão de Reversão de Feitiços Acidentais para resolver o problema.
- Eu imagino o que mais esse esquadrão encontra - murmurou Dorcas.
E vou dizer mais, foi preciso preencher uma enorme papelada,
- Não acho que essa tenha sido a pior parte - murmurou Alex.
por causa dos trouxas que encontraram as partes do corpo que eles deixaram para trás…
- Que coisa horrível - falou Lene, enjoada.
- Para um trouxa ver isso... - Harry não completou a frase.
- Seria traumatizante, para dizer o mínimo - concordou Hermione.
Harry teve uma súbita visão de um par de pernas e um olho abandonados na calçada da Rua dos Alfeneiros.
- Não fale desse lugar - rosnou Lily.
- Dessa vez, nem dá para culpar a imaginação de Harry - comentou Sirius.
— E eles ficaram O.K.? — perguntou o garoto, assustado.
- Finalmente uma reação normal - falou James em voz alta sem perceber.
Harry lançou um olhar magoado para ele.
— Ah, claro — respondeu o Sr. Weasley factualmente. — Mas receberam uma multa pesada e acho que não vão tentar fazer isso outra vez quando estiverem com pressa.
- Mas não por causa da multa, por causa da dor - comentou Josh.
Não se brinca com aparatação. Há muitos bruxos adultos que nem experimentam.
- Eles são espertos - falou Frank.
- Eu acho legal a aparatação - disse Lene - É meio ruim de pegar o jeito, claro, mas é bem prático.
Preferem vassouras, mais lentas, porém mais seguras.
- Vassouras são mais legais - concordou Harry.
Hermione revirou os olhos.
- Você diz isso só porque é viciado em Quadribol.
— Mas Bill, Charlie e Percy, todos sabem aparatar?
- Claro! - responderam os Weasley.
- Papai não os deixaria em paz até aprenderem - explicou Ron.
- É importante para emergências - disse Ginny.
— Charlie teve que prestar exame duas vezes — disse Fred sorrindo.
- Nem foi tanto - defendeu Lene - Tenho um primo que teve que tentar três vezes.
- Caramba - murmurou Sirius.
— Levou bomba na primeira vez, aparatou a oitenta quilômetros do ponto que queria, bem em cima de uma pobre velhinha que estava fazendo compras, lembram?
- Coitada - disse Dorcas, com pena.
Remus sorriu para ela.
— Foi, mas ele passou da segunda vez — disse a Sra. Weasley,
- É isso que importa - defendeu Ginny.
voltando à cozinha em meio a gostosas risadas.
- A Toca é um lugar bem acolhedor - comentou Harry sorrindo.
Rony sorriu para ele de volta.
— Percy só passou há duas semanas — disse George. — Desde esse dia tem aparatado todas as manhãs aqui em baixo, para provar que sabe.
- Parece com alguém que eu conheço - murmurou Harry, olhando para os gêmeos, que repentinamente estavam muito ocupados encarando o chão.
Ouviram-se passos no corredor, e Hermione e Ginny entraram na cozinha, as duas pálidas e cheias de preguiça.
- Nós acabamos dormindo bem tarde na noite anterior - explicou Ginny.
— Por que temos que levantar tão cedo? — perguntou Ginny, esfregando os olhos e se sentando a mesa.
- Acho que é a primeira vez que Ginny falou sem surtar na frente de Harry - comentou Ron.
Ginny lançou um olhar assassino para o irmão.
— Temos que andar um bom pedaço — respondeu o Sr. Weasley.
- Andar é bom, é um exercício relaxador - disse Sirius.
- Só se for para você - retrucou Lene de volta.
— Andar? — espantou-se Harry. — O quê, vamos a pé para a Copa Mundial?
- Não dê ideias, por favor - disse Ginny.
- Nem dava - disse Ron.
— Não, não, a Copa vai ser a quilômetros daqui — disse o Sr. Weasley, sorrindo.
- Ainda dá para andar.
- Cala a boca, Sirius.
— Só precisamos andar um pedacinho. É que é muito difícil um grande número de bruxos se reunir sem chamar a atenção dos trouxas.
- Mesmo poucos se reunindo já é estranho - comentou Hermione, pensando em todas as vezes que vira o contraste entre o mundo bruxo e o trouxa.
Temos que tomar muito cuidado com o modo de viajar até em tempos normais
- Mas nem todos tem cuidado - comentou Frank.
e numa ocasião grandiosa como a Copa Mundial de Quadribol…
- Realmente grandiosa - concordou James com fervor.
— George! — chamou a Sra. Weasley rispidamente e todos se assustaram.
- Imagine eu, que tive meu pobre nome chamado em vão.
- Pobrezinho - ironizou Lene.
— Quê? — perguntou George, num tom de inocência que não enganou ninguém.
- Poxa, estou ficando tão ruim assim?
- Só um pouco previsível.
- Outch, Harry, essa doeu.
- Acontece.
— Que é isso no seu bolso?
— Nada!
- Agora estou convencido - ironizou Remus.
— Não minta para mim!
A Sra. Weasley apontou a varinha para o bolso de George e disse:
— Accio!
- Parece até que eu estou vendo Dorea fazendo isso com James - disse Sirius bem humorado.
Regulus sentiu um pouco de frio ao lembrar de como o irmão idolatrava os Potter.
James sorriu para o amigo.
- Ela fez isso com você também, Padfoot, nem venha.
Vários objetos pequenos e vivamente coloridos dispararam para fora do bolso de George;
- Droga - xingou Sirius.
o garoto tentou segurá-los, mas não conseguiu,
- É tarde demais - lamentou James.
e eles foram parar direto na mão estendida da Sra. Weasley.
- A mãe de você irá cometer um assassinato - comentou Lene.
- Sim - disse George, resignado.
— Mandamos vocês destruírem isso! — disse ela furiosa mostrando indiscutíveis Caramelos Incha-Língua.
- Esses são muitos bons - elogiou James.
— Mandamos vocês se desfazerem de todos.
- Não fomos feitos para seguirmos ordens? - tentou Fred.
Ginny balançou a cabeça.
Esvaziem os bolsos, vamos, os dois!
- Tem certeza de que quer isso? - comentou Sirius.
Foi uma cena desagradável;
- Eu avisei.
os gêmeos evidentemente tinham tentado contrabandear o maior número possível de caramelos para fora da casa
- O que conseguíssemos vender, seria ótimo - explicou George.
- E Lee ia vender o resto - disse Fred.
e somente usando um Feitiço Convocatório a Sra. Weasley conseguiu encontrar todos.
- A situação estava pior do que eu pensei - comentou Sirius.
Snape revirou os olhos. Quem ligava para isso? Ele certamente não.
— Accio! Accio! Accio! — gritava ela e os caramelos voavam dos lugares mais improváveis,
James ergueu uma sobrancelha.
- Não, daí não - resmungou Fred, um pouco vermelho.
inclusive do forro da jaqueta de George e das barras do jeans de Fred.
- Levou tanto tempo para ajeitarmos tudo - choramingou Fred.
— Gastamos seis meses para inventar esses caramelos — gritou Fred para a mãe, quando ela os jogou no lixo.
Se Fred fechasse os olhos, ainda conseguia se lembrar da sensação que tivera ao ver a mãe jogando todo o trabalha que tivera, literalmente, no lixo. Nunca antes tinha sentido tanta raiva e vontade de gritar e quebrar alguma coisa. Merlin, ele tinha ficado tão irritado e triste, magoado. Sabia que era capaz de recomeçar, mas só de pensar no tempo que levaria para isso, ele ficava doido.
— Que bela maneira de gastar seis meses! — guinchou a mãe.
- É bela mesmo - defendeu Ginny.
Os gêmeos sorriram para ela.
— Não admira que não tivessem obtido mais N.O.M"s!
- Ela tem um ponto, você sabe - afirmou Lily - Não querendo desmerecer o trabalho de vocês, nem nada, mas isso deve levar muito tempo. Se vocês estivessem estudando...
George deu de ombros.
- Eu tinha achado meu lugar. Não podia desistir - disse simplesmente. Tinha sido horrível no começo tentar equilibrar as aulas com os produtos da loja, sabendo que o realmente queria era somente os produtos, mas tinha conseguido no final.
No todo, o clima não estava muito simpático quando eles partiram.
- Uma pena - falou Alice honestamente. Ela detestava despedidas tristes.
A Sra. Weasley continuava enfurecida quando beijou o rosto do marido, mas não tanto quanto os gêmeos, que tinham posto as mochilas às costas e saído sem dizer uma palavra à mãe.
- Não sou orgulhoso disso, mas não sei se teria conseguido agir de maneira diferente - admitiu Fred.
- Bem, parece que todos tem seu momento Harry Potter Quinto Ano - comentou Ginny, para aliviar o humor.
Os de 1997, menos Harry, que estava ocupado protestando, riram enquanto os outros ficaram confusos.
- Vocês vivem falando do quinto ano de Harry, mas o quê aconteceu? - perguntou Sirius impaciente.
- Você terá que ler o próximo livro para descobrir - disse Ron.
Regulus levantou uma sobrancelha para Harry.
- Bem, eu não estava no meu melhor ano - o Potter confessou para Regulus - E eu posso ter agido de uma forma meio rude, revoltada, em geral. Mas eu tive meus motivos - defendeu-se.
— Bom, divirtam-se — desejou a Sra. Weasley — e se comportem — gritou para os gêmeos que se afastavam,
- Nunca conseguimos atender esse pedido, mãe - disse Fred, com um sorriso travesso.
mas eles não se viraram nem responderam.
George olhou de forma culpada para Fred.
— Vou mandar Bill, Charlie e Percy por volta do meio-dia — avisou a Sra. Weasley ao marido quando ele, Harry, Ron, Hermione e Ginny
- O novo quarteto - brincou Neville.
começaram a atravessar o gramado escuro atrás de Fred e George.
- Nossos seguidores - falaram os gêmeos orgulhosos.
Ginny revirou os olhos.
Fazia frio e a lua ainda estava no céu. Apenas um esverdeado-claro no horizonte, à direita deles, denunciava que em breve amanheceria.
- Nem está tão cedo - falou Sirius.
Harry lançou um olhar assassino para ele.
Harry, que andara pensando nos milhares de bruxos que rumavam apressados para a Copa Mundial de Quadribol,
- Ainda não acredito que terá uma Copa aqui! - falou James empolgado.
- Não sei como, já que você só fala nisso - resmungou Lily.
- Está com ciúmes, amor? - provocou James.
- Nunca teria ciúme de algo tão estúpido assim - falou Lily.
- Sei - ironizou James e a puxou para um beijo.
acelerou o passo para caminhar com o Sr. Weasley.
- Papai é rápido - comentou Ginny.
— Então como é que todo o mundo chega lá sem os trouxas repararem? — perguntou ele.
- Bem, alguns reparam - comentou Regulus.
— Foi um enorme problema de organização
- Imagino - falou Remus.
— suspirou o Sr. Weasley. — O caso é que vêm uns cem mil bruxos para a Copa Mundial
- Legal - comentou James.
e, é claro, não temos nenhum local mágico grande bastante para acomodar todos.
- Deviam construir um - falou James pensativo.
- Claro, Potter, com certeza o lugar terá muito uso - ironizou Snape.
Há lugares em que os trouxas não conseguem penetrar, mas imagine tentar acomodar cem mil bruxos no Beco Diagonal ou na plataforma nove e meia.
- Não daria certo - concordou Harry, imaginando a cena.
Então tivemos que encontrar uma charneca deserta que servisse e instalar o máximo de precauções antitrouxas possível.
- Espero que tenha sido um departamento competente que fez isso - observou Snape.
- Também espero - Lily concordou com ele.
O ministério inteiro vem trabalhando nisso há meses. Primeiro, é claro, tivemos que escalonar as chegadas. Quem comprou entradas mais baratas teve que chegar duas semanas antes.
- Que coisa péssima - comentou Lene - Se a pessoa comprou essa, é porque provavelmente não tinha muito dinheiro. Imagine tentar procurar um hotel?
- Acho que quem chegava cedo, já ficava dormindo na área - disse Ron.
Um número limitado tem usado os transportes dos trouxas, mas não podemos ter gente demais entupindo os ônibus e trens deles, lembre que temos bruxos chegando de todo o mundo.
- Seria bem suspeito - disse Hermione. Mesmo que só fossem bruxos nacionais, o aumento inesperado de passageiros daria pelo meno uma notícia em muitos jornais.
Alguns aparatam, naturalmente, mas temos que escolher pontos seguros para eles aparecerem, bem longe dos trouxas.
- Mas se o campo é deserto, não dava para apartarem lá perto? - perguntou Dorcas.
Harry deu de ombros.
- Vai ver lá tinha alguma proteção que impedia isso.
Acho que há uma floresta próxima que eles estão usando para aparatar. Para os que não querem aparatar, ou não podem, usamos os portais.
- Eles são piores ainda que aparatação - comentou Harry, enjoado. Só lembrava do Portal e de Cedric...
- Harry? - falou Alex em uma voz hesitante - Você está bem?
Harry deu um sorriso desnorteado para o companheiro.
- Desculpe, comecei a viajar.
- Eu entendo - falou Alex.
Harry não sabia por quê, mas aquelas palavras pareciam trazer um peso maior do que o normal.
São objetos para o transporte de bruxos de um lugar para outro em horas certas.
- É muito legal - comentou Lissy.
Pode-se atender a grandes grupos de cada vez se for preciso.
- Tenho a sensação de que é - murmurou Regulus.
Foram instalados duzentos portais em pontos estratégicos da Grã-Bretanha,
- Acho que deve ser uma das vezes que a Grã-Bretanha teve mais portais - comentou Josh impressionado.
- Foi - confirmou Hermione - Em Uma História Moderna da Economia Bruxa, Joseph Jokeins aponta que foi a segunda vez que teve mais portais. A primeira foi somente em uma outra copa que aconteceu junto a outro evento internacional.¹
e o mais próximo da nossa casa é no alto do morro Stoarshead, por isso é que estamos indo para lá.
- Quando ele diz o mais próximo, ele quis dizer algo que ainda continua extremamente distante - comentou Ron.
O Sr. Weasley apontou para uma grande massa escura que se erguia à frente,
- Então já está perto - comentou Lily.
para além do povoado de Ottery St. Catchpole.
- Eu costumava ir para lá - comentou Frank - Minha tia morava lá perto - explicou sob os olhares confusos.
— Que tipo de objetos são esses portais? — perguntou Harry curioso.
- Que bom que você perguntou isso! Veja bem, portais podem ser qualquer coisa! O importante é o procedimento usado para transformar algo em portal... - Frank continuou explicando por alguns longos minutos tudo que ele sabia sobre portais, o que era impressionantemente muita coisa, até que Neville o interrompeu.
- Pai, eu tenho certeza que Harry está adorando a explicação, mas infelizmente precisamos voltar a ler - falou Neville delicadamente.
Frank ficou envergonhado e parou de falar.
— Podem ser qualquer coisa — respondeu o Sr. Weasley.
- Isso me deu tantas ideias - sorriu Sirius. James sorriu de volta. Remus revirou os olhos.
— Coisas discretas, obviamente, para os trouxas não as pegarem e saírem brincando com elas…
- Ainda acho que devia ter algum feitiço antitrouxa - comentou Hermione.
- Seria uma boa ideia - concordou Regulus.
Coisas que eles simplesmente considerem lixo…
- Muitas coisas, então.
O grupo caminhava pela vereda escura e úmida que levava ao povoado, o silêncio quebrado apenas pelo eco de seus passos.
- Foi a melhor hora do passeio - brincou Hermione.
O céu foi clareando muito devagarinho quando eles atravessaram o povoado, o azul-tinta se dissolvendo em azul-escuro.
- Que lindo - murmurou Dorcas, sonhadora. Amava observar o céu.
As mãos e os pés de Harry estavam congelados.
- Por que ninguém nunca pensa em feitiços de aquecimento? - resmungou Hermione.
O Sr. Weasley não parava de consultar o relógio.
- Papai estava com medo que nós não fôssemos chegar a tempo - disse Ginny.
Eles já estavam sem fôlego para conversar quando começaram a subir o morro Stoatshead, tropeçavam ocasionalmente em tocas de coelho escondidas, escorregavam em grossos tufos de grama escura.
- Nada como um passeio em família - comentou George, sarcástico.
Cada vez que Harry inspirava sentia o peito arder e suas pernas já começavam a se recusar a andar quando finalmente seus pés pisaram em terreno nivelado.
- E olhe que Harry ainda fazia exercício - falou Ron.
- Eu estava morto - declarou.
— Ufa! — ofegou o Sr. Weasley, tirando os óculos e secando-os no suéter.
- Isso é...? - falou Lene com desgosto.
- Eu acho que é - concordou Dorcas.
— Bom, fizemos um bom tempo, ainda temos dez minutos…
- O sacrífico não foi em vão - disse Alex, divertido.
Hermione foi à última a aparecer na crista do morro,
- Desculpe se eu não sou muito atlética - murmurou.
apertando uma cãibra do lado do corpo.
- Foi horrível - resmungou.
— Agora só precisamos da Chave do Portal — disse o Sr. Weasley repondo os óculos e apurando a vista para esquadrinhar o terreno. — Não deve ser grande…
- Quer dizer que vocês não sabem o que é a chave? - questionou Snape incrédulo.
Ginny deu de ombros.
Vamos…
Eles se espalharam para procurá-la.
- Dividir para conquistar - falou George.
E estavam nisso havia poucos minutos, quando um grito cortou o ar parado.
- Grito do tipo ruim? - perguntou Lily, imediatamente alerta. O que seria agora?
- Não, um grito de oi - tranquilizou Harry.
— Aqui, Arthur! Aqui, filho, achamos!
Harry sentiu-se um pouco enjoado. Não estava nem um pouco a fim de ler sobre Cedric, mas sabia que teria que passar por isso.
Dois vultos altos
- Mas duvido que tanto quanto Hagrid.
- Cala a boca, Sirius.
surgiram recortados contra o céu estrelado, do outro lado do cume do morro.
— Amos!
James franziu uma sobrancelha. Não era Amos Diggory, certo? O cara que tivera uma queda por Lily?
— exclamou o Sr. Weasley, encaminhando-se sorridente para o homem que gritara.
- Tá vendo mãe, tudo tranquilo - disse Harry.
Lily ainda o encarou um pouco desconfiada.
Os garotos o acompanharam.
E foi aí que eu conheci Cedric, pensou Harry tristemente.
O Sr. Weasley apertou as mãos de um bruxo de rosto corado, com uma barba castanha e curta,
James ficou aliviado com a descrição, mesmo que soubesse que era besteira ligar para isso. Mesmo que fosse o Diggory, ele não parecia estar muito bonito.
que segurava em uma das mãos uma bota velha de aparência mofada.
- Aposto que é a chave - disse Sirius.
— Este é Amos Diggory,
James xingou. Sirius o olhou divertido.
- Ah, eu conheço Amos - disse Lily surpresa - Ele estudou em Hogwarts conosco - comentou.
- Ele era alguns anos mais velhos - comentou Lene.
- Você não gosta dele, pai? - questionou Harry confuso com a reação de James.
- Não vou muito com a cara - resmungou.
- Mas ele parece ser legal - disse Alice.
- Ele teve uma queda por Lily - falou Sirius bruscamente.
Lily corou. Ela nunca soube disso! Ela mal falava com Amos, eles mal se viam, porque eram de séries diferentes. Nunca na vida ela iria imaginar que ele gostasse dela.
Harry parecia chocado com a nova informação. Por que ele só descobria depois que pessoas que ele tinha conhecido gostavam da sua mãe?
- Mas não foi nada sério - disse Frank, que era um amigo distante de Amos. Eles conversavam toda semana e contavam algumas coisas uns para os outros, mas nunca nada muito sério.
pessoal— apresentou-o o Sr. Weasley. — Trabalha no Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas.
- O futuro emprego de Hermione - brincou Ron.
- Eu espero que sim - Hermione afirmou. O que ela poderia fazer pelos elfos se ela trabalhasse lá...
E acho que vocês conhecem o filho dele, Cedric?
Harry ficou sem ar por um momento. Sabia que teria que lidar com a morte de Cedric, mas ele sempre jogava aquele dia para o mais fundo da mente possível. Detestava lembrar de tudo que acontecera com o pobre garoto, por culpa dele.
Ginny apertou a mão de Harry, sabendo que o namorado precisava de apoio. Tinha sido realmente traumatizante toda a morte do lufano para ele, a ruiva sabia. Talvez porque ele não estivesse preparado para a volta de Voldemort ou observar uma morte de maneira tão fria.
Regulus encarou Harry preocupado. Sabia que alguma coisa estava seriamente errada, mas não queria perguntar o que era. Não agora, não na frente de todo mundo. Precisava entender mais antes de se intrometer também.
Cedric Diggory era um rapaz muito bonito de uns dezessete anos.
Era está correto, pensou Hermione tristemente.
Era capitão e apanhador do time de Quadribol da Lufa-Lufa, em Hogwarts.
- Um dos melhores apanhadores - murmurou Harry com convicção.
Ron encarou o amigo preocupado. Sabia que Harry só estava tentando dizer algo legal sobre o menino, Diggory nem era tão bom assim em Quadribol.
— Oi — disse Cedric olhando para os garotos.
- Fomos completamente ignoradas - comentou Ginny, tentando animar o clima.
Todos retribuíram o "Oi", exceto Fred e George, que apenas acenaram com a cabeça.
- Nós ainda estávamos meio irritados - comentaram os gêmeos culpados. Sabiam que deviam ter falado com Cedric, o menino só estava tentando ser educado.
Eles nunca haviam perdoado Cedric por derrotar o time da Grifinória, no primeiro jogo de Quadribol do ano anterior.
- Também tem isso também - admitiram os gêmeos.
- Nem me fale disso - comentou James.
- Pai, não foi culpa de Cedric - rebateu Harry, irritado.
James olhou para Lily pedindo socorro. Ela deu de ombros.
— Uma longa caminhada, Arthur? — perguntou o pai de Cedric.
- Uma caminhada eterna - disse Ron.
— Não foi tão ruim assim — respondeu o Sr. Weasley.
- Foi pior - comentou Ginny.
— Moramos logo ali do outro lado do povoado. E você?
— Tivemos que nos levantar as duas, não foi, Ced?
- Caramba, foi horrível - disse Regulus.
- Pesadelo - concordou Lene.
Confesso que vou ficar satisfeito quando ele passar no exame de aparatação.
- Acho que qualquer pai - disse Sirius.
Mas… Não estou me queixando…
- Não, claro que não - ironizou James.
A Copa Mundial de Quadribol, eu não a perderia nem por um saco de galeões, e é mais ou menos quanto custam as entradas.
- É um preço justo - disse James.
Fácil falar para quem é rico, pensou Snape.
Mas, pelo visto, parece que me saiu barato… — Amos Diggory mirou bem-humorado os três garotos Weasley, Harry, Hermione e Ginny.
- Seria bem caro se tivéssemos comprado - concordou Ginny.
— São todos seus, Arthur?
- Praticamente - disse Ron.
Harry sorriu para ele.
— Ah, não, só os ruivos
- É bom que é fácil de explicar - riu James.
— esclareceu o Sr. Weasley apontando os filhos. — Esta é Hermione, amiga de Ron,
- E futura namorada - acrescentou Ginny.
e Harry, outro amigo…
— Pelas barbas de Merlin!
- Ah, não, ele também não - resmungou Lily.
— exclamou Amos Diggory arregalando os olhos. — Harry? Harry Potter?
- O mesmo - disse Harry.
- Mais um momento: Será mesmo Harry Potter? - falou Sirius.
— Hum… É — respondeu o garoto.
- Muito seguro você - ironizou Alice.
Harry estava habituado às pessoas o olharem curiosas quando o conheciam,
- Só porque é famoso, tá se achando - disse Fred.
habituado à corrida instantânea do olhar delas a cicatriz em forma de raio em sua testa,
- Pelo menos, minha aparência não importa contato que a cicatriz esteja lá - comentou Harry.
mas isto sempre o constrangia.
- Você é muito fofo - disse Ginny.
— Ced nos falou de você,
- Parece que não é só Malfoy que tem o estranho hábito de falar sobre Harry em casa - observou James.
- Cedric não é nada feito Malfoy - retrucou Harry.
James recuou.
naturalmente — disse Amos Diggory.
Uma pena que Harry não falaria sobre Cedric, pensou James.
— Nos contou tudo sobre a partida que jogaram com vocês no ano passado…
- Aquela partida não valeu - reclamou George irritado. Eles foram prejudicados por algo que não devia estar lá.
- Desculpa, gente.
- Não foi sua culpa, Harry.
Eu disse a ele: Ced, isto vai ser uma história para contar aos seus netos, ah, vai… Você derrotou Harry Potter!
- Já está apto para lutar contra Voldemort agora - comentou Fred, irritado.
Harry não conseguiu pensar em nenhuma resposta a esse comentário, por isso ficou calado.
- Melhor decisão - aprovou Regulus. Detestava pessoas que falavam qualquer coisa só para dizer algo. Sim, ele tinha problemas em aturar Sirius.
Fred e George amarraram a cara outra vez.
- Ele que começou - falaram os gêmeos.
- Vocês não tem 3 anos - lembrou Ginny.
Cedric pareceu ligeiramente encabulado.
- Ele é muito educado para ter ficado feliz com o rumo da conversa - observou Hermione.
— Harry caiu da vassoura, papai — murmurou ele.
James estreitou os olhos. Isso não estava ajudando.
— Contei a você… Foi um acidente…
James relaxou. Então tudo era culpa do Amos. Fazia sentido.
— É, mas você não caiu, não é mesmo? — rugiu Amos jovialmente,
- Ou arrogantemente - disse Ginny.
dando uma palmada nas costas do filho. — Sempre modesto, o nosso Ced, sempre cavalheiro…
- Deve ter aprendido com a mãe - disse James.
- James - Lily repreendeu.
Mas venceu o melhor, tenho certeza de que Harry diria o mesmo, não é?
- Sim, mas só porque ele é muito educado - disse Ginny.
Um cai da vassoura, um continua montado,
- Não vou nem comentar isso - disse Sirius.
não é preciso ser gênio para saber quem voa melhor!
- Não precisa ser gênio para entender que uma queda causada por dementadores não tem nada a ver com habilidade de voar - rosnou Remus. Ele gostava de Amos, mas ele estava agindo feito um idiota ai.
— Deve estar quase na hora — disse o Sr. Weasley depressa,
Lily ficou agradecida que Arthur interferiu. Já estava vendo a hora de começar uma briga.
puxando o relógio do bolso mais uma vez.
- Ele está bem nervoso.
— Você sabe se temos que esperar mais alguém?
- Acho que mesmo se tiver, não vai dar - disse Frank.
— Não, os Lovegood já estão lá há uma semana
- Nem acredito que Luna foi para a copa e não a vi - comentou Harry.
- Luna?
- Lovegood.
e os Fawcett não conseguiram entradas
- Que pena - disse James, sincero.
— disse o Sr. Diggory. — Não tem mais gente nossa na área?
- Se tem, a pessoa se escondeu bem - comentou Ginny.
— Não que eu saiba. Só falta um minuto…
James conteve a emoção. Seu filho estava indo para a Copa Mundial de Quadribol!
É melhor nos prepararmos…
- Mas Harry e Hermione não sabem o que fazer - disse Lissy, pensativa.
- O Sr. Weasley explicou - disse Hermione.
Ele olhou para Harry e Hermione.
— Vocês só precisam tocar na Chave do Portal, só isso, basta um dedo…
- Como se fosse mágica - comentou Hermione com humor.
Com dificuldade, por causa das volumosas mochilas,
- E porque era um grupo grande - comentou Ron.
os nove se agruparam em torno da velha bota que Amos Diggory segurava.
- Deve ter parecido meio ridículo de fora - comentou Ginny - Todos reunindo em torno de uma bota.
Todos ficaram parados ali, num circulo fechado, sentindo a brisa gélida que varria o cume do morro. Ninguém falava.
- Depois da conversa que tiveram, eu acho uma boa ideia - comentou Remus.
De repente ocorreu a Harry como pareceria estranho se um trouxa subisse até ali naquele momento…
Ginny e Harry sorriram um para o outro.
Nove pessoas, dois adultos, segurando uma bota velha de pano, esperando…
- Trouxas achariam que nós erramos doidos - afirmou Fred.
— Três… — murmurou o Sr. Weasley, com o olho ainda no relógio — Dois… Um…
Aconteceu instantaneamente.
- É sempre assim.
- Por isso que é importante ser pontual.
Harry teve a sensação de que um gancho dentro do seu umbigo fora irresistivelmente puxado para frente.
- Harry e suas descrições - comentou Fred.
Seus pés deixaram o chão; ele sentiu Ron e Hermione de cada lado,
- Frase estranha.
- SIRIUS!
- Estou só dizendo.
os ombros se tocando; todos avançavam vertiginosamente em meio ao uivo do vento e ao rodopio de cores;
- É uma viagem total essa viagem - falou Dorcas.
- Drogas, Do? - perguntou Lene.
- Nunca.
seu dedo indicador estava grudado na bota como se esta o atraísse magneticamente para frente, e então…
- O fim - comentou Sirius dramaticamente. Lily bateu no ombro dele.
Seus pés bateram no chão; Ron deu um encontrão nele e caiu;
- Bem gracioso - comentou Lene, aos risos.
- Todo mundo já passou por isso - defendeu Ron.
a Chave do Portal despencou no chão do lado da cabeça dele com um baque forte.
- Só para dar dor de cabeça.
Harry ergueu os olhos. O Sr. Weasley, o Sr. Diggory e Cedric continuavam parados,
- Viu? Eles sabem fazer - disse Lene.
embora com a aparência de terem sido varridos pelo vento;
- Ainda assim é melhor do que vocês.
- Obrigado, Lene.
- Nada, Harry.
os demais estavam caídos no chão.
- Que fofinhos - brincou Alice.
— O sete e cinco chegando do morro Stoatshead — anunciou uma voz.
- Ministério?
- Sim.
Notas: Eu percebi que em LHP alguns nomes estavam em inglês e outros em português, então decidi adotar um padrão e deixar tudo em inglês. Além disso, troquei o nome de Lyssi para Lissy, porque sempre bugava na hora de escrever.
Já troquei os nome no fanfiction. Só falta trocar aqui no site.
Se aparecer algum nome em português é porque eu não percebi que era uma tradução, então seria ótimo se alguém avisasse quando visse.
¹ - Só para deixar claro que eu inventei isso tudo. Se JK já divulgou algum dado sobre os portais, eu não tenho a menor ideia.
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