Retornando A Toca



Ele pisou decidido no chão coberto de poeira fofa, iluminando todo o corredor com a luz da varinha erguida. As vestes de Rony estavam sujas e amassadas, usava um grosso casaco, uma camiseta e uma calça jeans. Um filete de sangue escorria pelo canto do rosto; Ele afastou os cabelos ruivos do rosto numa tentativa de limpar um pouco o suor.
Passou a luz da varinha pelas paredes do túnel, era estreito, somente permitindo a passagem de uma única pessoa. Nas paredes diversos símbolos se iluminaram formando sombras grotescas projetadas pela luz que irradiava da varinha.


“Por que eu nunca aprendi a ler runas?”


Ele se perguntou enquanto prosseguiu pelo resto do caminho, afastando as teias de aranha com a mão livre. Prosseguiu por cerca de cinco minutos, até chegar ao fim do túnel. Um pesado bloqueio de pedra fechava a passagem, runas as quais ele não tinha a mínima idéia do que significavam estavam rabiscadas ao longo da pedra. Ele empurrou com força usando o ombro... Nada. A pedra não havia se movido nenhum centímetro.
Ele se afastou alguns passos e apontou a varinha para o centro do bloqueio.


- Defodio – Com um estampido que lembrava um tiro a pedra ruiu, num buraco do tamanho de um balaço.


Ele viu luz pelo buraco que acabara de produzir, suspirou cansado. Ele se afastou mais alguns passos para trás.


- Bombarda – Dessa vez uma explosão semelhante a um tiro de canhão acertou a porta em cheio com uma força devastadora, uma nuvem de fumaça branca se formou e pedaços de pedra voaram em todas as direções.


Satisfeito com o efeito que havia conseguido ele se adiantou para dentro da câmara que agora estava aberta.
Depois de dois passos ele sentiu a estabilidade do chão mudar. Em audível som estalado a cada passo. Ele parou onde estava, e deu um passo um pouco mais lento.


“crack”.


Novamente o som estalado que ele não conseguia definir.
Apontou a varinha para os próprios pés tentando ver algo por entre a fumaça branca que a explosão criara. Quando a fumaça foi se dissipando, ele se arrependeu de não ter sido mais paciente. Toda a cor no rosto dele sumiu imediatamente quando ele conseguiu divisar os pés: Aranhas cobriam totalmente o chão, algumas já tentavam escalar sua perna.


Num impulso chutou todas as direções, saltando o mais rápido que pode, seguiu em direção ao centro da câmara, agora era tarde para retornar. Conjurou labaredas de fogo ao redor de si mesmo, afastando as aranhas.


“Por que sempre aranhas? Por que não são borboletas só para variar?”


A poeira ia baixando, e ele pode ver melhor o lugar onde estava: era uma sala circular, havia aranhas por toda a extensão do chão, exceto pelo centro da sala. Num pedestal dourado, um quadradinho vermelho repousava iluminado por um único feixe de luz.
Usando as chamas ele afastou as aranhas e se aproximou do pedestal. Ele encarou o objeto por um instante.
Era uma caixinha pequena, cabia na palma da mão dele, era perfeitamente quadrada, e possuía runas gravadas na superfície plana de cima. Ele notou que o tom avermelhado possuía um motivo: era feita de rubi.


Ele sorriu aliviado. “Finalmente eu te encontrei”, foi o que ele pensou.


Ele se foi se aproximando aos poucos, sua mão cobriu a caixa e num puxão forte, ela se soltou do pedestal. Rony a observou reluzindo na luz da varinha, segura firmemente em sua mão.


“Até que não deu tanto trabalho assim...”.


Ele guardou a caixa no bolso da calça jeans. Já estava prestes a preparar as chamas para atravessar as aranhas quando sentiu uma vibração na sala. Aos poucos a vibração foi se tornando um tremor; e ele olhava em todas as direções a procura do motivo. Engolindo em seco ele percebeu que os tremores não vinham do chão ou das paredes.
Ele apontou a varinha para o teto do aposento: Era coberto com uma fibra esbranquiçada que ia se partindo aos poucos. Foi com horror que percebeu que a fibra nada mais era que uma gigantesca teia de aranha estendida por todo o teto. Através dos buracos que estavam se rompendo ele pode vê-la.


Uma aranha monstruosa, com cerca de cinco metros de diâmetro ia abrindo caminho pela teia. As pinças batiam freneticamente, Rony pensava em correr, mas o corpo não o obedecia, estava paralisado pelo medo.


A aranha se preparou para atacar, todos os brilhantes olhos voltados para Rony. Ela se afastou se preparando para desferir um único e mortal golpe contra o ruivo.


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- Não!


A garota de cabelos castanhos, muito cheios e fofos gritou para a noite, a respiração descompassada, os olhos ardiam e estavam úmidos – Constatou que devia estar chorando durante o sono.
Hermione acabara de acordar gritando de um pesadelo muito real, um pesadelo que envolvia Rony Weasley e aranhas. Ela passou a mão pelos cabelos grudados ao rosto devido ao suor. Com as mãos trêmulas ela afastou as cobertas, levantou-se e se dirigiu ao banheiro. Lavou o rosto na água fria e depois encarou o próprio reflexo no espelho.
Estava pálida e assustada. Tinha sido um sonho tão real... Ela não tinha um sonho desse tipo há muito tempo. Desde o fim da guerra.
Voldemort havia sido derrotado há cinco anos. Naquela época ela achou que as coisas iriam ficar bem, que teria uma vida feliz. Por certo tempo foi assim...


"Rony..."


Ela sabia que ele estava distante, e que de certa forma, a culpa era dela.
Ela foi à direção da cama, olhou o relógio que ficava na mesinha ao lado da cama, ainda faltava muito para o horário ao qual ela costumava sair para trabalhar, tentaria dormir novamente. Ela se deitou e refletiu sobre o sonho mais uma vez.
Morava em um apartamento pequeno numa rua trouxa. Não era confortável nem espaçoso, mas era perto do trabalho e ela morava sozinha... Não precisava de exageros.
Trabalhava no departamento de Execução de Leis Mágicas, no ministério. Jamais se interessara por uma carreira lá... Mas depois de vários convites do próprio ministro, Quim Shacklebolt, e muito pensar, constatou que era a melhor maneira de corrigir algumas leis e se criarem novas. Ela já havia ganhado dois prêmios por defender os direitos dos trouxas e dos “não-portadores-de-varinhas”.


Fazia quatro anos que não via Rony, e agora, esse sonho... Esse sonho extremamente real a fazia relembrar o antigo namorado.


Ela rolou de um lado para outro na espaçosa cama de casal. Bufou irritada... Uma cama grande com o espaço vazio só servia para lembrá-la que estava sozinha.
Lembrou-se com saudade dos amigos de escola...
Ela encontrava com Harry todos os dias, ele também trabalhava no ministério.
Harry agora era o chefe do departamento de Aurores, ele Rony trabalhavam juntos... Por assim dizer. Cerca de quatro anos atrás Rony simplesmente desapareceu... Pediu uma transferência, e Harry era o único que sabia onde o ruivo realmente estava. Sempre que qualquer um perguntava, o garoto dava sempre à mesma resposta:


“Rony está trabalhando em algo confidencial... Assunto do departamento de Aurores...”.


Ela sabia que os dois se correspondiam por cartas praticamente todos os dias. Rony também enviava cartas para os Weasley em datas especiais e aniversários. Ela nunca recebeu nenhuma carta dele.


“Talvez eu devesse escrever... Para saber se está tudo bem”. Afastou os pensamentos logo em seguida: “Ele provavelmente rasgaria a carta sem nem ao menos ler...”.


Ela havia tido alguns namorados durante esses quatro anos, mas nenhum deles tinha aquele jeito especial... Aquele espírito de criança que a encantava, os olhos azuis nos quais ela se perdia ao olhar. Nenhum deles a havia feito sorrir e se esquecer dos problemas como ele fazia... Ela sabia que ninguém jamais a faria sentir o que Rony fazia. Mas ela o havia afastado. E ele se quer imaginava o quanto ela sentia falta dele.


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Os olhos verdes muito vivos piscaram preguiçosamente. Harry esticou o braço até a mesinha ao lado da cama e buscou os óculos, depois, ainda sonolento, olhou pra o relógio de pulso que tinha desde os dezessete anos de idade.
Bufou contrariado enquanto ia se sentando na beirada da cama. Ele olhou para a esposa por um momento.
Gina tinha os cabelos ruivos soltos esparramados pelo travesseiro e pelo lençol branco, a camisola de seda tinha uma das alças caídas para fora de um dos ombros, revelando varias sardas. Ele ficou contemplando a beleza dela por alguns instantes antes de se levantar e ir à direção ao banheiro.
Estavam casados há dois anos. Logo após a guerra começaram um namoro, mas decidiram casar-se somente depois que os dois tivessem uma carreira firmada. Gina era dona de uma loja de artigos para quadribol no Beco Diagonal, ao lado da loja de Gemialidades Weasley do irmão.
Como ela possuía vários funcionários, Gina só precisava visitar a loja duas vezes por semana para ter certeza de que estava tudo bem.


Ele entrou no banheiro, despiu-se e entrou num banho quente. Outro dia de trabalho...
Pensou durante tanto tempo em se tornar Auror, mas agora ocupando o mais alto cargo entre os aurores, ele se sentia entediado. Durante todo o período em que trabalhara no ministério, somente quando dividia o escritório com Rony pareceu realmente gostar do serviço.
Sentia falta das piadas descontraídas do melhor amigo...


Ele terminou o banho e cobrindo-se com uma toalha, observou o próprio reflexo no espelho: Havia uma queimadura arredondada no meio do peito, cicatrizes diversas no ombro esquerdo, e é claro, a famosa cicatriz em forma de raio.


“Marcas de batalha” - Pensou com sigo mesmo enquanto vestia-se e terminava a higiene matinal.


Desceu as escadas sem pressa, somente para encontrar Gina já acordada, tomando café da manha. Monstro servia torradas com geléia, quando Harry entrou na cozinha o Elfo fez uma longa reverencia:


- Meu senhor, o jornal já está em cima da mesa.


- Obrigado Monstro. – Ele falou, deu um selinho em Gina, se sentou abrindo o Profeta Diário.
Gina que havia acabado de comer, levantou-se e abraçou o marido por trás, dando um beijo no pescoço dele. Ele puxou a mão dela e de maneira gentil a beijou.


- Tenha um bom dia no trabalho ta? – Ela sussurrou ao ouvido dele.


- Pode deixar. – Ele foi virando-se para Gina, em busca de mais um beijo.


Antes que ela saísse da cozinha, pareceu se lembrar de algo:


- Monstro... – Ela parou na porta para falar – Hoje não precisa preparar nenhum almoço para mim e Harry, só faça algo gostoso para você...


- Sim senhora... – Monstro fez outra reverencia.


Harry virou-se encarando a ruiva, uma das sobrancelhas erguidas – Vamos almoçar fora hoje?


- Não acredito que você esqueceu! – ela cruzou os braços lembrando imediatamente a Senhora Weasley – É aniversario do papai! Todos vão almoçar n’A Toca hoje!


- Eu não me esqueci! – Harry apressou se em dizer – Eu só estava com o pensamento distante...


Ela sorriu – E posso saber no que você estava pensando senhor Potter?


- Em você senhora Potter. – Ele disse rindo, encarando os olhos castanhos de Gina.


- Você vai ter que aprender a mentir melhor Harry... – Ela falou enquanto cruzava o arco e deixava a cozinha, a camisola esvoaçando para trás foi a ultima coisa que Harry viu antes dela subir as escadas.


- Monstro... – Harry se dirigiu a elfo – Da próxima vez... Não me deixe esquecer desse tipo de compromisso...


- Certamente senhor! – O elfo sorriu enquanto colocava torradas com geléia no prato de Harry.


Ele mastigou tudo apressado, Monstro lhe entregou uma pasta e um casaco, se ajeitou dentro da lareira. – Ministério da Magia – Ele disse claramente antes de ser engolfado pelas chamas verdes.
Variam lareiras passaram diante dos olhos de Harry enquanto ele rodopiava, ele fechou os olhos instintivamente. Mesmo após todos os anos em que passara usando pó de flu para chegar ao trabalho ainda não se acostumara em viajar dessa maneira. Quando sentiu o giro do corpo parar lentamente e os pés se firmarem no chão sólido, ele abriu os olhos se viu o grande átrio do Ministério.
As estatuas de ‘Magia é Poder’ foram retiradas; Agora havia estatuas de mármore: Bruxos, elfos, duendes e centauros estavam postados unidos, como numa estranha foto de família, abaixo os dizeres:


“União e Igualdade”


Harry mal havia dado dois passos para sair de dentro da lareira e mais chamas verdes irromperam, no segundo seguinte uma garota de cabelos castanhos muito cheios e fofos se materializou na lareira.


- Acho que é a primeira vez que eu chego antes de você... – Ele disse abraçando a amiga.


Ela devolveu o abraço e beijou a bochecha do moreno – Não consegui dormir muito bem essa noite... Acabei me atrasando. – Hermione decididamente parecia desleixada... O cabelo havia sido arrumado de qualquer maneira e as roupas estava meio amassadas.


Os dois se afastaram e ela pode ver um traço de preocupação no rosto dele, conhecia bem esse lado de Harry, vira muito o rosto dele se contorcer em preocupação durante a guerra.


- Foi só um pesadelo – Ela completou – Não foi nada de mais...


Ele sorriu corado e os dois seguiram em direção do elevador que os levaria aos seus respectivos departamentos, dando vários ‘bom dia’ para os funcionários que encontravam no caminho.


- Você vai ao almoço n’A Toca hoje? – Ele perguntou quando vários aviõezinhos de papel entraram e ficaram flutuando sobre a cabeça dos dois.


- Vou... A Senhora Weasley me enviou uma coruja convidando semana passada. – Ela sorriu para o amigo, sabendo que agora ela era a única “intrusa” na família de ruivos.


- Me encontra no átrio no horário do almoço... Vamos juntos ok?


Ela assentiu com a cabeça. Harry chegou ao andar em que ele trabalhava logo em seguida. Os dois se despediram com um “até o almoço”.


Quando Harry chegou ao escritório jogou a pasta e o casaco de qualquer jeito em cima da mesa vazia que um dia pertencera a Rony. Como o ruivo ainda era tecnicamente um funcionário, sua mesa havia sido mantida.
Harry notou uma coruja parda em cima da mesa, ela aguardava com uma carta. Assim que ele puxou a carta, ela abriu as asas e cruzou a janela para o céu da manhã.


Quando Harry terminou de ler não pode deixar de sorrir.


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Já era quase horário de almoço, Hermione esfregou os olhos cansados. Havia lido vários documentos e assinado outros tantos. O escritório era escuro e abafado, as janelas estavam sempre fechadas. A decoração era simples: Vários livros nas prateleiras instaladas nas paredes, Algumas flores e uma foto em cima da mesa. Na foto em questão, Ela ainda muito jovem e com os cabelos mais indomáveis que nunca, estava postada ao centro, Harry a sua direita sorridente, e a esquerda, estava Rony Weasley.
Ela encarou os olhos azuis dele na foto... Isso a fez lembrar do sonho.


Ela tentou afastar os pensamentos. Levantou-se dando por encerrado o trabalho; Não era de adiar coisas importantes, mas estava cansada... Pegou sua bolsa e seu casaco e seguiu até o átrio a procura de Harry.


Demoraram quinze minutos, Harry apareceu passando apressado.


- Mione... – ele falava enquanto colocava o casaco de viajem – Recebi uma coruja urgente... Você pode me fazer um favor?


Ela olhou confusa para o amigo – Claro... O que é?


- Diz pra Gina e pra todo mundo n’A Toca que eu vou me atrasar? Tenho um problema pra resolver...


- Sim... Claro... – Ela assentiu com certa curiosidade sobre qual problema seria esse...


- Obrigado! – Ele mal se despedira, entrou apressado numa lareira e desapareceu nas chamas verdes.


Hermione rolou os olhos. Imaginou que fosse se sentir deslocada lá, sem o amigo por perto. “Ao menos Gina vai estar lá”. Foi no que ela pensou quando entrou na lareira e disse audivelmente – A Toca! – Ela foi engolfada pelas chamas, e no segundo seguinte estava dentro de outra lareira, vários Weasleys a sua frente.


- Hermione! Ainda bem que você veio! – Gina disse enquanto a ajudava a sair da lareira.


Dentro da sala ela viu as pessoas reunidas. Percy conversava com o pai sorrindo, Gui e Fleur estavam sentados num sofá assistindo Carlinhos brincando com sua Victorie (Que era uma copia miniatura perfeita de Fleur). Ela acenou tímida para todos, e tirou da bolsa um presente para o senhor Weasley, que ela entregou um tanto ruborizada.


Ferramentas trouxas. “Isso era justamente o que eu precisava para terminar os ajustes na velha moto do Sirius!” Foi o que ele disse enquanto dava um abraço paternal na garota.


- Onde está o Harry? – Gina perguntou quando Hermione se separou do abraço.


- Recebeu uma coruja urgente... Vai se atrasar...


Gina suspirou desanimada, e se preparou para dizer alguma coisa... Mas foi interrompida quando algo que Hermione não conseguiu identificar de imediato passou voando pela sala. Demoraram alguns segundos enquanto o borrão rodopiava em todas as direções, Jorge e a antiga artilheira da Grifinória Angelina Johnson entraram sem fôlego na sala:


- Fred Weasley desça já daí! – Jorge gritou autoritário.


Só então Hermione percebeu que o borrão era na verdade uma criança ruiva montada numa vassoura. Ela se soltou caindo no colo do Senhor Wealsey.


- Oi vovô! – A criança disse gargalhando no colo do avô.


Jorge se aproximou e tirou o filho do colo do senhor Weasley, colocando-o no chão.


- Quantas vezes eu já te disse pra não subir nessa vassoura sem a minha permissão rapazinho? – Jorge continuou com a bronca por mais alguns minutos, Fred, apenas balançava pra frente e para trás no mesmo lugar enquanto olhava em todas as direções exceto para o pai.


Fred havia nascido exatamente um ano após fim da guerra, e Angelina, a esposa de Jorge concordou em batizar o garoto de Fred em homenagem ao irmão e companheiro que o gêmeo havia perdido.


- Desculpa pai... – Começou Jorge depois que Angelina puxou o pequeno Fred pela mão – Ele anda impossível ultimamente...


- Não se preocupe... Você e seu irmão me deixaram acostumado com esse tipo de coisa – Ele falou com um sorriso feliz no rosto.


A Senhora Weasley chamou todos na cozinha, um almoço completo feito com as mais diversas coisas estava postado na mesa. Todos comeram e conversaram durante um bom tempo. Já estava escurecendo quando a Senhora Weasley falou:


- Bom... Não podemos esperar mais pelo Harry... Uma pena que ele tenha de trabalhar... – Com um aceno da varinha um grande bolo feito de chocolate flutuou pelo ar e caiu graciosamente na mesa.


O senhor Weasley abraçou a esposa pela cintura enquanto todos cantavam um “Parabéns-pra-Você”. Quinze minutos depois estavam todos conversando alegremente enquanto Victorie e Fred corriam pela casa, lambuzados de chocolate.


- O Harry chegou! – Todos olharam quando Gui avisou olhando pela janela – Acabou de passar pelo portão... – Ele franziu a testa em sinal de confusão – Acho que está trazendo alguém...


A porta se abriu lentamente e todos olharam curiosos para ver quem era essa pessoa que acompanhava Harry.


- Feliz aniversario senhor Weasley. – Harry disse arrastando uma pesada mala de viagem para dentro da casa.


Mas todos os olhares estavam voltados para o acompanhante de Harry. Usando uma grossa capa de viagem e uma mala na mão, com o braço enfaixado e uma pequena cicatriz na sobrancelha, estava Rony Weasley.


- Feliz aniversario papai...


O ar pareceu faltar aos pulmões de Hermione, ela se sentiu zonza e os olhos marejaram imediatamente. Lá estava o ruivo sorrindo após quatro anos de separação.


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Quando Rony entrou na sala ele olhou todos que estavam lá presentes... Procurando... Quando os olhos azuis dele se encontraram com os castanhos de Hermione foi como se os dois tivessem sido atingidos por um choque elétrico. Talvez nenhum dos dois estivesse preparado para esse contato ainda... Hermione sentiu um estranho revirar no estomago, e imediatamente sentiu o um calor na face, indicando que ruborizara... Rony ficou congelado onde estava simplesmente incapaz de desviar os olhos da morena.

“Como ela continua linda depois de todos esses anos!” Ele pensou quando viu que Hermione continuava exatamente como ele se lembrava, exceto talvez, por seu corpo que agora apresentava curvas mais sinuosas... Um corpo de mulher.
Por um momento delirante Rony teve vontade de atravessar a sala diretamente em direção à garota e beija-la, nem se quer se importava que todos Weasleys estivessem ali observando. Sobrou vontade... Faltou coragem. Os pensamentos foram interrompidos quando alguém o apertou forte pela cintura.
A senhora Weasley se jogou no filho lhe dando um abraço de quebrar costelas, lagrimas escorriam pelos olhos da matriarca dos Weasleys. Depois todos os ruivos foram se aproximando de Rony e lhe abraçando, até Angelina e Fleur foram cumprimentar o cunhado que havia passado quatro anos distante da família. Hermione foi à única que permaneceu no mesmo lugar, incapaz de desgrudar os olhos de Rony... E incapaz de se aproximar para falar com o ruivo.

- Calma pessoal! – Disse Rony quando todos o enchiam de perguntas – Eu preciso de descanso ok? – Ele ergueu o braço enfaixado para que todos vissem.

- Como raios você machucou esse braço? – Jorge perguntou enquanto se sentava em uma das cadeiras da cozinha puxando Fred para o colo.

- O trabalho de Auror não é nada fácil sabia? – Ele também se sentou, todos os Weasleys ainda tinham toda a atenção voltada para ele – Mas agora eu quero saber quem é esse rapazinho ruivo aqui...

Ele olhou diretamente para Fred, que sorriu e estendeu a mão em sinal para que Rony a apertasse – Fred Weasley! – Ele disse quando Rony sacudia de leve a mão do garoto.

- E eu sou seu Tio Rony... – Ele sorriu enquanto puxava alguma coisa de dentro do casaco – E isso é para você...

Ele entregou ao garoto um embrulho um pouco amassado, que era visivelmente muito maior que o bolso interno do casaco de onde havia saído. O garoto pulou do colo do pai agarrando o presente e levando para um canto

– Muito obrigado Tio Rony! – Foi o que o garoto disse enquanto se distanciava. Rony sorriu vendo o sobrinho desembrulhar a vassoura e o bastão de batedor novos...

- Eu tenho uma coisa aqui para minha sobrinha também... – Ele pareceu estar procurando algo dentro do bolso do casaco – Na verdade... Eu trouxe presentes para todos vocês! – Disse um sorridente Rony tirando vários embrulhos de todos os formatos de dentro do casaco. Todos os Wealseys abriram seus respectivos presentes agradecendo sem parar a um Rony extremamente encabulado.

- Então Rony... – Disse Gui calçando as novas botas de couro de dragão que havia ganhado do irmão. – Veio para ficar ou vai desaparecer novamente?

Rony sorriu – Dessa vez eu vim para ficar... Amanhã cedo eu vou procurar um lugar para ficar e... – Ele foi interrompido pela senhora Weasley.

- Como assim um lugar para ficar? Você vai ficar aqui! – Disse a senhora como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

- Posso passar um tempo aqui mamãe? Até encontrar alguém lugar para mim? – Rony olhou esperançoso para a mãe.

- Mas é claro que sim! – Disse ela se aproximando e abraçando o filho mais uma vez – Vai ser bom você passar um tempo aqui... Vai poder se alimentar de verdade... Você está muito magro! Aposto que mal se alimentou enquanto esteve fora!

- E por falar nisso – Percy disse se sentando ao lado do irmão mais novo – Onde você esteve esse tempo todo?

- Em todo lugar... – Disse Rony displicente – Grécia, Irlanda, França, Rússia, Egito... – Ele contava nos dedos enquanto falava – Conheci montes de pessoas fascinantes...

Rony começou a narrar suas viagens pelo mundo... Mas Hermione não escutava nenhuma palavra, a cabeça dela rodava... Lá estava o Rony a quem ela tanto sentia falta, há quatro anos não se viam... E agora que ele estava lá nem sequer havia falado com ela. Ela se sentiu desconfortável, como se não pertencesse aquele lugar.
Rony continuou contando sobre suas viagens enquanto a senhora Weasley enchia um prato com comida recém preparada. Mione nem reparou que admirava o ruivo enquanto ele comia desajeitado devido ao braço enfaixado...
O mesmo Rony de sempre... Mastigando tudo depressa, sorridente, fazendo elogios a comida da mãe com a boca cheia... Rony estava um pouco mais forte do fora no passado, e aparentava estar realmente cansado... Mas fora isso continuava tudo exatamente como ela se lembrava: As sardas, o sorriso meio torto, os olhos azuis que a encantavam, o jeito de criança que a fazia esquecer dos problemas...
Rony percebeu que Hermione o olhava intensamente; Lançou um sorriso à garota, que ficou imediatamente vermelha, lançou um sorriso tímido e desviou os olhos de Rony imediatamente.
Quando Rony terminara de comer (a senhora Weasley reencheu o prato do rapaz diversas vezes), ele se espichou preguiçosamente na cadeira. - Mamãe, eu não sei como eu pude sobreviver esse tempo todo sem a sua comida! – Ele esfregou o estomago em sinal de aprovação a comida.

Enquanto Rony continuava a contar historias de suas viagens e ser bombardeados de perguntas pela família, Hermione foi até a pequena sala d’A Toca, desabou sobre o sofá e esfregou os olhos com força.

- E agora Mione? Gina caminhou em direção à amiga e sentou-se no sofá ao lado dela. – E agora o que você vai fazer?

- Com relação a que? – Hermione falou séria, sem se quer olhar para a amiga.

- Sobre o meu irmão é claro! – Disse Gina num tom ligeiramente indignado – Vocês não se falam desde que você...

- Não vou fazer nada... – Hermione interrompeu depressa – Você sabe por que eu me separei do Rony... Vamos deixar as coisas como estão... Quem sabe eu não consigo ao menos a amizade dele de volta?

Gina bufou nervosa – Já faz quatro anos Mione! Eu não acredito que depois de tanto tempo você ainda acredite naquela besteira!

- Não é uma besteira! – Hermione finalmente encarando a amiga – É pelo bem dele e você sabe disso! – ela tinha uma expressão dura no rosto, uma expressão amargurada – Alem disso Gina... Ele nunca iria me perdoar se soubesse...

- Mione... Você ao menos tem que tentar!

- Tentar o que? – As duas deram um pulo quando a voz de Rony soou alta atrás delas, ele vinha saindo da cozinha.

- Nada Rony... – Gina disse – Conversa de mulher.

- Humm... – O ruivo olhou da irmã para Hermione desconfiado – O Harry tá te chamando na cozinha...

- ah... Obrigado... - Ela se levantou rápido e foi em direção à cozinha, não pelo chamado do marido, mas sim por que sabia que assim Rony e Hermione ficariam sozinhos.

- Mione... Será que você pode me ajudar com as minhas coisas – Ele apontou para o malão que ainda estava na sala – Com o braço desse jeito vai ser difícil levar lá até meu quarto lá em cima...

Hermione ficou estática por um momento. Após todos esses anos havia imaginado como seria reencontrar Rony, ouvi-lo falar mais uma vez o som do nome dela, mas ele estava bem ali, falando com ela como se nada jamais houvesse acontecido... Falando com certa... Indiferença.
Ela assentiu com a cabeça e com um floreio da varinha fez o malão de Rony flutuar, ela seguiu com ele escada acima, escutava as suas costas os passos do ruivo, isso a deixava apreensiva...

“Como é que ele consegue me deixar tão abalada sem nem ao menos fazer nada?” ela se perguntou quando abriu a porta do quarto e fez com que o malão caísse graciosamente no chão. O quarto continuava exatamente como sempre fora: os velhos posters descascados do Chudley Cannons e livros espalhados por toda parte. Com uma pontada de tristeza no coração ela se lembrou da ultima vez que os dois estiveram juntos naquele quarto...

- Obrigado Mione... – A voz de Rony a acordou dos devaneios.

- De nada... – ela falou baixinho.

- Espera! – Rony disse quando ela fez menção a sair do quarto. – Eu ainda não entreguei o seu presente... – Ele enfiou a mão no bolso interno do casaco novamente, retirando um embrulho retangular que ele entregou a Hermione – Na confusão que estava lá embaixo acabei me esquecendo...

Era uma mentira é claro... Ele havia planejado usar o presente como desculpa para ficarem sozinhos. Ele assistiu apreensivo ela abrindo o embrulho, a capa do livro ficando a amostra aos poucos...

- Hogwarts uma História? – Hermione indagou confusa quando viu a capa do livro extremamente velho e surrado. – Rony você sabe que eu já li um milhão de vezes!

- Olhe a primeira pagina... – Ele disse com um sorriso maroto no rosto. Ele apenas observou enquanto a garota cuidadosamente abria o livro e corria os olhos pela pagina amarelada, o coração dele batendo rápido em apreensão.

- Rony! É a primeira edição! O primeiro a ser vendido! – Ela encarava o livro e Rony totalmente surpresa com o presente.

- Comprei de um Irlandês que eu conheci na viagem... Ele me cobrou uma fortuna, mas eu sabia que você ia gostar... – ele foi falando muito encabulado. Hermione se atirou sobre ele num abraço forte. O cheiro dos cabelos dela encheu as narinas de Rony e ele sentiu um frio passando por todo o corpo dele, ao mesmo tempo, era como se o toque de Hermione ascendesse uma brasa dentro dele... Era uma sensação inexplicável, um misto de emoções e sentimentos todos num só abraço. Ele devolveu aperto do abraço na mesma intensidade.
Hermione não sabia explicar o que havia acontecido, por que de súbito havia perdido a compostura e se atirado nos braços do ruivo. A emoção falou mais alto que a razão.

- Eu senti tanta falta sua Mione...

- Eu... Eu também – Ela disse quase sem voz. Ficaram abraçados por vários segundos, mas Rony nem percebeu. Ele continuou aproveitando aquela sensação fantástica que era estar perto de Hermione novamente. Quando os dois se afastaram ele jurou ter visto Mione enxugando discretamente os olhos, preferiu não dizer nada.

- Eu acho que eu já vou... Já está tarde... – Ela foi falando muito corada, encarando os próprios pés enquanto seguia em direção a porta.  - Trabalhos do ministério para resolver...

- Certo... Mione, tudo bem se agente almoçar junto amanhã? – Ela o olhou depressa – Tem uma coisa preciso conversar com você...

- Ah... Tudo bem... – Ela concordou timidamente. Os dois desceram as escadas lentamente, Hermione nem se atrevendo a olhar para Rony... Ela achava que não agüentaria e o abraçaria novamente.


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Quando os dois apareceram na cozinha Gina lançou um sorriso malicioso a Hermione que corou violentamente.

- Mal chegou e já está desaparecendo novamente Rony? – Jorge disse alegremente sentado a mesa – Mas dessa vez deu pra ver que foi por um bom motivo... – Ele olhou direto para Hermione e piscou pra Rony. As orelhas do ruivo ficaram imediatamente vermelhas e ele balbuciou algo inaudível.

Hermione estava extremamente envergonhada, todos olhavam dela para Rony com grandes sorrisos. - Acho melhor nós irmos Angelina... – Jorge foi se levantando – Já está ficando tarde e nós já abusamos muito da hospitalidade dos meus pais...

- Ora fique mais um pouco! – A senhora Weasley disse depressa – Amanhã é domingo Jorge!

- Eu sei mãe... O movimento na loja é maior no domingo...

Todos os Weasleys foram se levantando e se despedindo. – A comida estava ótima. – Harry disse a Senhora Weasley – Parabéns novamente Senhor Weasley...

Do outro lado Gina se despedia de Rony e Mione.  - Vê se não some outra vez seu desmiolado! – Ela deu um forte abraço no irmão – Eu estava com saudades de você!

- Eu também estava com saudades de você baixinha...

Ela deu um tapinha no braço bom dele, enquanto Harry vinha se aproximando e deu um abraço no amigo. – Você está convidado para ir lá em casa sempre que quiser...

- Eu apareço por lá sim... Temos bastante o que discutir companheiro. – O ruivo disse quando eles se afastaram. Todos foram saindo e desaparatando no jardim, até que restou somente Rony e Hermione, O Senhor e a Senhora Weasley já haviam subido sorrateiramente, para deixar os dois a sós.

- Então... Nós nos vemos amanhã no almoço... – Hermione disse meio sem coragem de abraçar o ruivo.

- É... – Ele abriu os braços a chamando para um abraço... A garota não pode fugir.

- Foi bom te ver... – Ele sussurrou no ouvido dela. Ela não conseguiu dizer nada, o corpo inteiro dela tremeu.

“Assim fica difícil resistir...”
Ela pensou. Ele a acompanhou até o jardim e ela desaparatou diante dos olhos dele. Ele sorriu para olhando o lugar onde ela acabara de desaparecer, e ainda com a sensação do abraço dela, ele entrou n’A Toca. 


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Harry estava terminando de ler o pergaminho, estava sentado na mesa do escritório que mantinha em casa. O único som era o da pena arranhado o pergaminho em que ele fazia anotações.

- Você podia ter me contado que ia trazer meu irmão...

Harry assustou-se quando a voz de Gina soou da porta. Ela já estava usando a camisola de seda; os longos cabelos ruivos amarados num rabo de cavalo. Ela já estava a alguns minutos observando o marido, encostada no vão da porta com os braços cruzados.

- Ele só me mandou uma coruja avisando que havia chegado essa manha... – Disse Harry lançando um olhar para a ruiva e voltando a escrever apressado.

- O que você está fazendo? – disse ela se aproximando curiosa.

- Só estou terminando um relatório pro Ministro sobre a viagem do Rony... – Ele disse sem desgrudar os olhos do pergaminho.

Ela o abraçou por trás e sussurrou ao ouvido dele – Amanhã é domingo... Você pode terminar isso mais tarde...

- Gina... – Disse ele finalmente tirando os olhos do pergaminho e olhando para a esposa – Eu preciso terminar logo isso...

- Não precisa não... – Ela falou num sussurro quando começou a beijar o pescoço dele. Harry até tentou argumentar, mas quando ela foi mudando de posição e sentando no colo dele, todo o assunto do relatório já havia desaparecido da mente do moreno.

- Bom... – Ele falou com a voz mais seria que conseguiu – Pedindo desse jeito, fica difícil recusar...

Ele a beijou apaixonadamente, e por vários minutos ficaram somente assim, se beijando, sentindo o gosto e a textura um do outro. Os dois foram se levantando sem nem perceber, e trombando nas paredes foram em direção ao quarto. Quando chegaram os dois caíram pesadamente sobre a cama, Harry sentia o corpo dela contra o dele, a pele quente e macia... Ela puxava o moreno para mais perto num beijo cheio de desejo, as mãos passeando pelas costas e pela nuca dele, deixando os cabelos ainda mais bagunçados que o normal. Harry se afastou por um momento e admirou a ruiva ofegante.

- Eu te amo sabia? – Ele disse rouco.

- Claro que eu sabia! – ela falou sorrindo – Agora chega de conversa senhor Potter... – E ela o puxou novamente para o beijo. 


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Hermione estava deitada em sua cama, a primeira edição de “Hogwarts uma História” aberto em seu colo. Já havia lido o livro centenas de vezes, já havia decorado praticamente todas as palavras escritas nele... Mas agora enquanto ela folheava o livro as palavras pareciam ter um sentido totalmente diferente...

“Um presente do Rony...”.

Ela sorriu sozinha, fechou o livro e o colocou cuidadosamente na mesinha de cabeceira. Com um aceno da varinha as luzes do quarto se apagaram. Quase que imediatamente os olhos dela se abriram.
Ela não podia se aproximar de Rony... Ela sabia mais do que ninguém que era o destino dela permanecer longe do ruivo, e foi com os olhos em lagrimas que ela adormeceu, os olhos azuis cobalto de Rony foram a ultima coisa em que ela pensou. 


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Rony se sentou na beirada da cama, avaliando as paredes do antigo quarto com o olhar... Pensou no quanto sentiu falta d’A Toca e dos irmãos nesses longos quatro anos... Sentiu falta da comida da mãe... Do melhor amigo... E de Hermione.
Era estranho, agora que os dois haviam se reencontrado, Rony se perguntava como ele pode viver sem ela por perto. O cheiro do perfume dela ainda estava em sua roupa. Ele sorriu bobamente...
Amanhã os dois ficariam juntos... Sozinhos...

“Ora vamos... Você sabe muito bem que agora vocês não passam de amigos...” Ele pensou “Tudo que ela vai fazer é te ajudar...”.

Antes de se deitar ele enfiou a mão no bolso interno do casaco de viajem que estava usando, retirou dois objetos que se encontravam lá: Um pergaminho velho e surrado cheio de dobras, e uma pequena caixinha feita de rubi, com diversas runas gravadas na parte de cima. Que ele analisou por vários instantes.

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